sábado, 28 de fevereiro de 2015

6 Tipos de Streptococcus e Suas Principais Doenças


Responsável por diversas doenças em animais e seres humanos, a bactéria Streptococcus causa de problemas de pele até complicações respiratórias em cães e gatos

Bastante conhecida por quem tem um pet em casa – e mesmo pelos que nunca tiveram um bichinho de estimação - a bactéria Streptococcus é agente causadora de diferentes doenças e complicações, afetando tanto animais quanto seres humanos e podendo, portanto, ser transmitida de um para o outro.

Produtoras de ácido lático, as bactérias Streptococcus são caracterizadas por causarem a morte celular das hemáceas (também chamadas de glóbulos vermelhos), presentes nas correntes sanguíneas de animais e humanos. Inalteradas com a presença de oxigênio, estas bactérias podem viver com ou sem a sua presença, e são classificadas em diferentes grupos específicos (sendo os grupos B, C e, principalmente G, os mais frequentes em infecções de animais):

Grupo A

Inclui as bactérias do tipo pyogenes, e pode causar problemas como faringite, febre reumática e febre pós-parto.


Grupo B
Formado pela espécie agalactiae, é agente causadora de complicações que incluem a meningite, e pode afetar bebês recém-nascidos.


Grupo C e G
Composto por diferentes espécies da bactéria, este grupo desencadeia problemas que se apresentam em doenças que tendem a formar pus.


Streptococcus Viridans
Comunmente, causa complicações na boca e na dentição, levando a abcessos dentários e inflamações da gengiva, por exemplo.


Streptococcus Mutans
Tem as cáries dentárias entre suas principais consequências, já que o ácido lático destrói o cálcio dental aos poucos, deixando o dente mais vulnerável.


Streptococcus Pneumoniae


Também conhecida pelo nome Pneumococo, esta espécie da bactéria é uma das que causa os problemas mais graves, incluindo pneumunia, meningite e sinusite, entre outros.

Além dos cães, dos gatos e dos seres humanos, a Streptococcus pode acometer outras espécies de animais, incluindo equínos, suínos, bovinos e aves. Normalmente encontradas nas áreas genitais, no trato respiratório e no intestino, as bactérias desse tipo podem causar infecções em todos os tipos e raças de cães, sendo que ambientes não muito higiênicos e fatores como idade e um histórico recente de cirurgia podem aumentar as chances de que o Streptococcus acometa o seu pet.

Confira, neste artigo, um pouco mais sobre esta bactéria causadora de tantos problemas, e aprenda a identificar os sinais de que ela pode estar presente no seu pet, garantindo o tratamento do animal e evitando que ela possa ser transmitida para você.

Transmissão do Streptococcus


As formas de transmissão da bactéria são variadas, e podem ser tanto endógenas (determinada por herança genética, estilo de vida ou fisiologia do organismo) quanto exógenas (determinada por causas referentes ao meio ambiente, independentes ao organismo do animal).

Fatores referentes à idade do animal também podem apontar para uma maior chance de infecção, seja o cão idoso ou um filhote. No caso dos filhotes, essa propensão maior se dá em função do sistema imunológico ainda pouco desenvolvido e muito frágil, o que impede a produção de anticorpos por parte do animal para que a infecção seja combatida.

Entre os cachorros idosos a causa é similiar, e ocorre em função da diminuição de células de defesa que acontece no organismo nos animais de idade avançada, que ficam bem mais expostos a infecções causadas por bactérias, fungos e protozoários.

Cães que passam por procedimentos cirúrgicos também devem ser bem cuidados durante a fase pós-operatória, já que, neste período ficam com o sistema imune mais fagilizado e, com isso, mais propensos a sofrer com algum tipo de infecção bacteriana.

Ambientes muito cheios e que causam estresse aos cachorros - como canis - podem ser um fator determinante para a transmissão da bactéria e, portanto, devem ser evitados, tendo em vista que o contato de animais sadios com outros contaminados é garantia da transmissão do Streptococcus. Assim como no caso do contato direto, o hábito de dividir tigelas onde se come e se bebe também apresenta riscos para a transmissão, que geralmente é feita por meio das secreções respiratórias e salivares do pets.





Vale a pena lembrar, mais uma vez, que boa parte das doenças causadas por esta bactéria são zoonoses – ou seja, podem ser transmitidas para seres humanos – e, por isso, é importante que ao notar qualquer tipo de sintoma por infecção de Streptococcus em seu pet, o contato com ele seja evitado ao máximo, até que se possa consultar um profissional veterinário; tendo em mente que um simples abraço no seu amigão pode fazer com que você também adquira algum tipo de complicação.

O Streptococcus também pode ser o agente de doenças que acometem os felinos e que, na maioria dos casos, se manifestam de forma similar às doenças causadas pelas bactérias do Grupo A em seres humanos; incluindo infecções respiratórias, sinusite e dermatites variadas. Assim como no caso dos cães, evitar gatis muito cheios e o contato do bichano saudável com gatos infectados é uma boa opção de prevenção.

Gatos portadores da AIDS Felina entram no grupo dos mais propensos a serem infectados com a bactéria Streptococcus, já que o sistema imunológico dos gatos com esta doença é bastante fragilizado e aberto a transmissões de doenças diversas.

Sintomas e complicações causados pela bactéria Streptococcus

Podendo ser fatal para cães e gatos, as doenças causadas por esta bactéria específica se apresentam por meio de diversas formas e sintomas. Nos cães, alguns dos sinais mais comuns incluem febre, dor, amidalite, celulite (doença inflamatória), dificuldade para engolir alimentos ou bebidas, pneumunia, tosse e apatia. Complicações mais graves também já foram registradas tendo o Streptococcus como agente causador, incluindo abortos e infecções que afetam o trato urináro, o sistema nervoso central e toda a circulação sanguínea dos animais.

A Síndrome de Choque Tóxico também é uma complicação que pode ser causada pela bactéria Streptococcus e, por ser bastante grave, pode acometer diferentes áreas do organismo animal, incluindo membranas mucosas, os rins, a pele e o sistema gástrico. Embora seja bastante rara, essa complicação pode acometer tanto animais como humanos, e as suas causas além da bactéria ainda não foram completamente definidas.







Nos gatos os sintomas também podem incluir tosse, pnemunia, febre, artrite, apatia e dor, no entanto, os problemas respiratórios acabam sendo os principais e de maior gravidade entre os felinos, sendo que dermatites também podem ser observadas em gatos contaminados pelo Streptococcus.

É de extrema importância que um profissional veterinário seja consultado no caso de esses sintomas do Streptococcus se manifestarem em seu pet, já que, além da transmissão da doença em questão para outros animais e mesmo para seus proprietários, o animal pode chegar ao óbito em pouco tempo caso não seja tratado da maneira correta.

Enquanto os humanos com complicações mais graves referentes a esta bactéria podem falecer em até 80% das situações, a proporção aumenta bastante no caso dos animais, sendo que os gatos são ainda mais afetados que os cães, na maioria das vezes.

Diagnóstico e tratamento das doenças relacionadas ao Streptococcus

Embora o conjunto de sintomas das doenças causadas pela bactéria Streptococcus sejam relativamente típico, é somente por meio de um exame laboratorial que se pode chegar a um diagnóstico certeiro e, para isso, a visita do animal a um veterinário é indispensável.

Para que o diagnóstico seja realizado da maneira correta, o médico colherá uma amostra da área infectada no pet, que será analisada e, de acordo com os resultados e a região afetada, pode pedir por outros exames complementares.

O uso de antibióticos é, normalmente, o caminho seguido para o tratamento das doenças causadas pelo Streptococcus, e somente um profissional poderá indicar a medicação correta para o caso do seu pet, além de dizer quais doses e com que frequência os remédios devem ser dados ao seu amiguinho para que o tratamento seja completo e eficaz.

Em geral, o tratamento para os casos mais comuns de doenças desencadeadas pela bactéria dura de alguns dias até algumas semanas, no entanto, intervenções cirúrgicas também podem ser indicadas para tratar casos mais graves. Nas situações em que o animal desenvolve feridas, por exemplo, uma cirurgia pode ser necessária para que todo o tecido morto seja retirado do corpo do pet, evitando que a bactéria se mantenha no local e se propague para outras regiões.

Como sempre frisamos, os donos de pets jamais devem optar pela auto-medicação, pois, dessa forma, podem tanto agravar a doença de seus bichinhos de estimação como retardar o seu processo de recuperação e até levá-los à morte. Tomando-se o cuidado de consultar um veterinário ao aparecimento dos primeiros sintomas, basta seguir corretamente ao tratamento para ajudar na cura de seu pet, lembrando sempre de mantê-lo em locais limpos e desinfetados, e de sempre lavar bem as mãos aos brincar com seu amigo.

Cães são geralmente bastante sensíveis a infecções causadas pelos Streptococcus e devido a essa característica, o tratamento deve ser feito o mais rápido possível, mesmo diante de pequenas infecções.

Além do uso de antibiótico adequado de acordo com o tipo de Streptococcus, alguns casos mais graves exigem intervenção cirúrgica para a remoção de tecido morto no pet, limitando assim a propagação da bactéria.

Infelizmente os animais também estão sofrendo com um problema que vem se tornando bastante comum para humanos: a resistência das bactérias aos antibióticos. Segundo especialistas uma série de fatores influenciam nesse problema:
Interrupção do tratamento antes do prazo estabelecido pelo veterinário. Alguns donos acham que a ausência dos sintomas já resolve o problema e param o tratamento por conta própria, no entanto o Streptococcus ainda se encontra no organismo do animal e pode voltar mais resistente;
Problemas em administrar a dosagem correta indicada pelo veterinário, além de dificuldades de seguir os intervalos determinados;
Uso de antibióticos sem a indicação de um especialista. Lembre-se que apenas um veterinário é capaz de passar o medicamento certo para infecção streptocócica do seu bichinho de estimação.

É comum que os veterinários queiram o retorno do animal após o termino do tratamento, isso é necessário porque apenas o profissional é capaz de dizer se o pet está completamente curado ou se ele precisa de novas doses do medicamento antes de ter alta.



Conheça mais sobre os Streptococcus

O grupo de bactérias Streptococcus é bastante amplo e conta com cerca de 100 espécies diferentes. Algumas espécies são albergadas em cães e gatos, mas dificilmente desencadeiam qualquer doença nesses animais, assim como algumas espécies são comuns para o ser humano, mas podem causar doenças nos animais que não seu reservatório natural. Fora do hospedeiro o Streptococcus sobrevive por pouco tempo, sendo uma bactéria frágil.

É comum ouvir o termo Enterococcus. Os Enterococcus nada mais são do que Streptococcus entéricos, que são encontrados no intestino de animais e humanos. Quando comparado ao Streptococcus esse gênero apresenta algumas diferenças: toleram sais biliares e parte dos Enterococcus isolados é móvel. Esse grupo pode ser considerado como patógenos oportunistas.

Cada grupo de Streptococcus possui um nível de virulência, pois essa capacidade depende de uma série de fatores, como tipo de hemólise que a bactéria é capaz de causar, presença de determinas proteínas, enzimas e cápsula conferindo resistência à bactéria.

Além de tudo, nem toda bactéria estreptocócica é causadora de zoonose, algumas só afetam animais, outras afetam apenas humanos, enquanto outras afetam ambas as espécies, de forma similar ou diferente.


Streptococcus do grupo A – S. pyogenes
O S. pyogenes é uma bactéria que afeta principalmente os seres humanos, sendo um patógeno comum para crianças, no entanto pode causar amidalite (tonsilite) em cães de forma eventual. Essa bactéria pode também infectar bovinos através de humanos e voltar a infectar humanos através do leite.

Pode também causar Impetigo, sendo mais comum em humanos do que em animais, especialmente em filhotes de cachorros, nos quais a doença é causada mais comumente por estafilococos. 

Streptococcus do grupo B – S. agalactiae


Esse grupo é composto exclusivamente pelo S. agalactiae e apresenta diferenças nas infecções causadas em animais e em humanos. Por algum tempo cientistas tentaram separar essa bactéria em diferentes linhagens por causa das diferenças bacteriológicas das infecções, no entanto tudo leva a crer que se trata de uma única espécie.

A S. agalactiae atinge principalmente bovinos e animais da família dos camelos, causando mastites, sendo mais raras infecções em animais como peixes, hamsters, gatos e cachorros. Ela se mostra importante para recém-nascidos, tanto humanos como em cães, sendo causadora de meningite e septicemia nesse grupo.

Em humanos a S. agalactiae se apresenta no trato geniturinário e gastrointestinal. Nos cães é causadora de endocardite e eczema. 

Streptococcus do grupo G - S. canis


A S. canis já foi isolada em caninos, felinos e bovinos, entre outros animais. Geralmente se encontra no trato respiratório superior e no aparelho genital dos animais.

Em cães é causadora de diversos tipos de infecção, como otites externas, infecções de pele, faringites, amidalites, infecções genitais, urinárias, respiratórias, abortos e em alguns casos endocardite. A ocorrência da síndrome do choque tóxico por S. canis ou septicemia é considerada incomum.

Em gatos o S. canis se apresenta principalmente na vagina de fêmeas jovens, mas pode ficar albergado nas amígdalas, prepúcio e faringe. A infecção ocorre em todas as faixas, mas é mais comum em animais com menos de duas semanas. Nesses gatinhos mais jovens a grande ocorrência de septicemia com morte súbita. Nos gatos que tem idade de 3 a 7 meses costumam ter linfadenite cervical, decorrente de uma faringite o amidalite.

Enterococcus

Infecções do trato urinário são mais comuns em animais de estimação jovens, mas podem ocorrer em qualquer período da vida do pet. Estima-se que 14% dos cães vai apresentar a doença em alguma fase da vida. Em gatos as ITUs são menos frequentes, porém em gatos idosos mais da metade deles vão apresentar ITU decorrente de infecção estreptocócica ou outra infecção bacterina.

Parte das ITUs (infecção do trato urinário) é causada pelos Enterococcus, entre outras bactérias, muitas vezes ocorrendo mais de uma em cada infecção. Ao contrário dos seres humanos, essas infecções não apresentam sintomas e são descobertas por acaso. Quando não tratada elas podem causar uma série de sequelas como disfunção urinária, problemas de fertilidades, problemas na próstata, septicemia, entre outras, com eventual falha renal.


Pneumococos – S. Pneumoniae

O grupo de bactérias S. Pneumoniae são amplamente conhecidas como Pneumococos. Esse grupo causa diversas doenças e leva a óbito milhares de pessoas todos os anos não apenas no Brasil como no mundo todo.

A doença pneumocócica (DP) mais comum é a pneumonia. No entanto as DP’s se apresentam em dois tipos: Invasivas, ou seja, que entram na corrente sanguínea ou em locais que comumente são estéreis no animal ou pessoa infectada e não invasivas. Por causa dessa variedade, as DP’s apresentam sintomas e gravidade variados de acordo com o local que infectou, além disso, alguns pneumococos são considerados resistentes à terapia com antibióticos.

A infecção pelo S. Pneumoniae não é muito diferente das de outros Streptococcus, se dando principalmente pelo ar através da liberação de gotículas de saliva ou espirros. Conheça abaixo algumas das doenças causadas pelos Pneumococos de forma invasiva:
Septicemia e bacteremia é a presença do patógeno no sangue. A bacteremia é a presença da bactéria que entrou na corrente sanguínea de forma primária, ou seja, direta ou de forma secundária, decorrente de uma infecção. Já a Septicemia é um processo inflamatório, com intensa multiplicação bacteriana, muitas vezes com liberação de toxinas pelas bactérias, agravando o quadro;
Meningite é um processo infeccioso que ocorre quando o Streptococcus atinge a membrana que recobre o cérebro e a medula espinhal, muito comum em humanos, geralmente causa febre e rigidez na região do pescoço e da nuca;
Artrite ocorre quando há presença de processo infeccioso ou inflamatório na articulação;
Pericardite acontece quando o processo infeccioso está na membrana serosa que envolve o coração externamente, o pericárdio.

Existem também as Doenças Pneumocócicas não invasivas:

Otite média aguda, como o nome sugere, a infecção atinge a porção média do ouvido;
Pneumonia causa pelo Streptococcus, nos cães a doença tem como sintoma mais frequente a dispneia ou dificuldade de respirar, com respirações rápidas e superficiais, com febre e muitas vezes com cianose, cor cinza ou azulada causada pela falta de oxigênio, nas gengivas, língua e lábios;
Bronquite, doença que muitas vezes ocorre devido à presença do Pneumococo ou outro patógeno, levando a inflamação da mucosa da traqueia e dos brônquios;
Conjuntive que é o processo infeccioso na conjuntiva, parte transparente que reveste a superfície ocular.

A Síndrome do choque tóxico

Essa doença é rara, no entanto apresenta um grande potencial de levar a pessoa ou animal acometido a óbito. A Síndrome é causada pelas toxinas de bactérias variadas, dependendo da situação. Frequentemente a Síndrome do choque tóxico causada por Streptococcus é chamada como Síndrome do choque tóxico estreptocócica, sendo causada principalmente pelo S. pyogenes.

A Síndrome ocorre geralmente através de faringe, vagina – principalmente em humanos pelo uso de absorvente interno - ou traumas na pele como queimaduras e cortes.

A doença atinge diversos órgãos, com lesão hepática, renal e/ou muscular frequente, além de levar a anemia. Febre, cansaço, diarreia, vômitos e erupções cutâneas também estão entres os sintomas da Síndrome. Geralmente os órgãos se recuperam por completo após o término da doença e da infecção estreptocócica.

Fonte: CachorroGato @ http://www.cachorrogato.com.br/cachorros/streptococcus/

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Afinal de contas, gato bebe leite?


Quando o assunto é alimentação para filhotes de gato, provavelmente um dos pontos mais discutidos é se gato bebe leite e se isso pode fazer mal a ele.

Todos nós sabemos que o gato bebe leite da sua mãe quando filhote, como acontece com todos os mamíferos, contudo, o que não é de conhecimento de muitos (e que pode gerar grandes problemas à saúde do bichano), é que grande parte dos gatos adquire intolerância à lactose após o seu desmame, fazendo com que o leite se torne um inimigo em potencial ao seu bem-estar.

O que pode acontecer se você der leite ao seu gato

Sintomas como diarreia e vômitos poderão acontecer caso o seu bichano, intolerante à lactose, consuma leite, e estes fatores podem causar uma séria desnutrição.

A intolerância à lactose acontece pois, conforme o seu crescimento, o felino diminui consideravelmente a produção da enzima necessária para digerir a lactose, ocasionando um acúmulo da substância no organismo e causando o mal estar.

Percebendo vômito ou diarreia no seu bichano não hesite em buscar o seu médico veterinário de confiança, uma vez que, como já dissemos, estes dois comportamentos podem acabar gerando uma desnutrição.



O meu gato toma leite e não passa mal, e agora?

Se o seu gato bebe leite e não passa mal por isso depois, significa que ele faz parte da minoria de bichanos que não adquiriram intolerância à lactose, portanto, o leite não fará mal a ele. Especialistas em saúde animal, entretanto, alertam que não faz sentido dar leite para os gatinhos, justamente por não se tratar de um alimento que não é necessário ao organismo dos felinos que já desmamaram.

Se a intenção for agradar, procure substituir o leite pela ração úmida, por exemplo, que é rica em nutrientes benéficos aos bichanos e formulada em sabores especiais para agradarem ao paladar dos gatos. Aqui, porém, é válido nos lembrarmos de uma coisa: ração úmida não pode substituir a ração seca! Ela é apenas um complemento à alimentação e deve ser dada como petisco e sem excessos.




Tenho um filhote de gatinho que perdeu a mãe, posso dar leite de vaca a ele?
Não é recomendado. As vacas são animais herbívoros, enquanto os gatos são carnívoros, o que faz com que os nutrientes do leite da vaca sejam diferentes das necessidades de nutrientes dos gatinhos. Um filhote de gato provavelmente ainda não terá a intolerância à lactose, contudo, não faz sentido alimentá-lo com um leite que não atende às suas necessidades, certo?



Como alimentar meu filhote de gato que perdeu a mãe?
Uma vez que vimos que o leite de vaca não é a melhor opção, especialistas trabalharam em formular os leites especiais para situações onde filhotes de gato não possam se alimentar direto de suas mães. O mercado pet disponibiliza, atualmente, diversas opções de leites especiais, disponíveis em todas as melhores pet-shops. Não se esqueça de consultar o seu médico veterinário de confiança e perguntar qual leite ele considera melhor para as necessidades do seu pequeno bichano.



E quanto à comida caseira? Posso dar para os meus gatinhos?
Jamais alimente seus pets, sejam eles gatos ou cachorros, com a mesma comida que você e sua família comem. Não falamos sobre o leite de vaca não ser ideal para os gatinhos? Pois bem, o mesmo vale para a nossa comida. Cada espécie possui seus próprios gostos e necessidades, e nem sempre o que faz bem à uma espécie também fará bem à outra.

Os temperos da nossa comida podem ser extremamente maléficos à saúde dos nossos pets, por isso, se você pretende colocar comida caseira na dieta do seu bichano, consulte um médico veterinário sobre que tipo de comida dar e de que forma prepara-la. Vale lembrar que o mercado pet conta com cada vez mais opções diferentes de alimentos especiais para os nossos bichinhos, sendo possível formularmos uma dieta rica, balanceada e bastante diversificada apenas com alimentos produzidos especialmente para eles. Portanto, bom senso e responsabilidade são as palavras de ordem! Nunca deixe de consultar seu veterinário antes de acrescentar um novo alimento à dieta do seu bichano.



Link deste artigo: http://www.cachorrogato.com.br/gato/bebe-leite/

Fonte: CachorroGato @ http://www.cachorrogato.com.br/gato/bebe-leite/

Como escolher um animal de estimação?


A variedade de animais que podem virar um pet é grande e mesmo quando temos preferência por um tipo específico, ainda podemos ficar em dúvida quanto à raça. Vários fatores são essenciais na hora da escolha: gastos, tempo, espaço, acordo entre os membros da família, entre outros. Algumas dicas podem facilitar essa escolha:
O que espera dele? 

Por exemplo, gatos enxergam humanos como iguais, por isso são independentes e fazem o que querem, apesar de serem carinhosos, enquanto cachorros entendem a família como sua matilha e seguem as ordens do “alfa”, ou seja, o dono;
Em qual parte da casa seu pet vai ficar?

Qual é o espaço disponível?
 Um pet como hamster, peixe ou pássaro não ocupa grande espaço e precisa apenas de um cantinho para deixar a gaiola ou aquário, enquanto cães e gatos precisam de espaços variados de acordo com o porte;
Entenda que o pet é uma responsabilidade sua pelo tempo que ele viver, se você não pretende ficar 15 anos responsável por um bichinho, dê preferência para animais que tem menor média de vida;
As demais pessoas que vivem na sua casa devem estar de acordo com a compra ou adoção, evitando conflitos, problemas de maus tratos, etc., se você tiver filhos a idade também é um fato importante na escolha, crianças acima de 6 anos conseguem entender melhor responsabilidades e ajudam com os pets;

A idade também é um fator importante na escolha de cães e gatos, se você não quer acompanhar toda intensidade de um filhote prefira os animais que tem um ano ou mais;
Se informe sobre as raças, às vezes aquela sua raça favorita não é exatamente a raça que se enquadra no seu estilo de vida e disponibilidade, conheça um pouco sobre o bichinho antes de leva-lo para casa;

O nível de atividade do pet também é importante, algumas raças de cachorro precisam de caminhadas enquanto outros curtem a preguiça de ficar em casa vendo tv com o dono, a mesma coisa vale para os gatos, que são animais mais preguiçosos.




A importância da adoção

Infelizmente nosso país possui um grande histórico de abandonos e maus tratos de animais, por isso cada vez mais se fala em adoção responsável. Nas ruas vemos uma grande quantidade de animais sem donos e os abrigos estão sempre trabalhando além de sua capacidade, não porque aqueles animais são perigosos ou possuem alguma doença grave, mas porque as pessoas responsáveis por eles simplesmente os largaram. Outro grande problema é deixar de fazer a castração, gerando assim ninhadas indesejadas que são abandonadas.

Animais que foram abandonados geralmente demonstram um grande afeto e lealdade aos seus donos, pois eles aprenderam que isso ajuda a suprir suas necessidades. Quando se adota um pet, você está dando a ele mais uma chance de ter uma família e um espaço saudável, pois abrigos não fornecem tudo que é necessário para seu bem estar.

Se você está aberto a ter um animal de estimação pense em adotar.

Confira dicas para escolher um animal de estimação:

Fonte: CachorroGato @ http://www.cachorrogato.com.br/cachorros/animais-de-estimacao/

Porquê ter um animal de estimação?


Em 1857, o escritor britânico George Eliot escreveu que os animais são amigos muito agradáveis, não fazem perguntas, nem manifestam desaprovação. Esse é o caráter comum dos animais de estimação. Apesar de soar esnobe a descrição, o que o autor quis dizer é que os animais de estimação são leais e gostam de fazer companhia ao dono.

O famoso ‘até que a morte nos separe’ pode até ser falho nas relações humanas, mas pode apostar que com os animais de estimação a situação muda. Eles serão leais a você sempre.



Animal de estimação também é saúde

Fonte: CachorroGato @ http://www.cachorrogato.com.br/cachorros/animais-de-estimacao/




Os bichinhos de estimação tem sido muito utilizados também em terapias. Alexandre Rossi, especialista em comportamento animal, diz que é comprovado que os animais de estimação alegram qualquer ambiente. Em seu programa no canal Net Geo, ele levou cães em hospitais e constatou que um Golden Retriever, por exemplo, sempre dava mais carinho e atenção à criança que parecia mais triste, até fazê-la brincar com ele.

Leia Mais: Por que alguns gatos dormem muito?

Nos Estados Unidos, em algumas prisões, os cachorros e gatos têm sido usados como meio de melhorar o clima interno. Em uma penitenciária feminina de Bedford Hills, as detentas ajudam a adestrar filhotes de labradores e golden retrievers. Após um ano, os animais são doados para servirem de cão-guia a pessoas com deficiências físicas ou com estresse pós-traumático, como ex-combatentes, veteranos de guerra.

É indiscutível que animais, não somente os cães, são os melhores amigos do homem. Porém, claro, como tudo na vida, é importante dosar. Utilizar um animalzinho de estimação como substituto de uma família ou amigos não é saudável, por isso é essencial ressaltar a importância da companhia dos animais como uma parte da vida, mas sempre com um cuidado responsável com os animais.

Veja alguns dos vários benefícios que ter um pet traz para os humanos:
Quando uma criança se relaciona com animais de estimação desde cedo, produz anticorpos que evitam o aparecimento de alergias futuras;
Donos de cães geralmente precisam levar o pet para sair e as caminhadas ajudam na perda de peso;
Controle da pressão arterial, diminuição nos níveis de colesterol e estresse com consequente redução dos problemas cardíacos;
Existem histórias de animais que já salvaram a vida de seus donos, ajudaram a descobrir doenças, etc.;
Ajuda crianças a desenvolverem senso de responsabilidade, melhora autoestima e capacidade de socialização;
Liberação de endorfinas que causam sensação de bem-estar, ajudando no combate da depressão e outros vários problemas que enfrentamos na sociedade atual.

Muitos desses fatores estão diretamente relacionados com o fato do ser humano precisar de carinho e atenção, mas normalmente as relações não satisfazem as nossas necessidades de maneira apropriada, por isso o organismo reage tão bem ao simples ato de fazer carinho em um bichinho.

Além do lado bom para os humanos, devemos pensar no bem-estar do animal. Lembre-se que os gatos e cachorros foram domesticados por homens há muitos séculos e por isso criaram um vínculo com as pessoas, sendo dependentes delas e merecendo cuidados especiais.

Fonte: CachorroGato @ http://www.cachorrogato.com.br/cachorros/animais-de-estimacao/

É a cara do dono! - - Já ouviu falar isso?



Um estudo científico sugeriu que os cães atribuem aos seus donos as figuras de pai ou de mãe. A pesquisa mostrou que os cães exibem um comportamento semelhante ao encontrado em crianças humanas, ou seja, eles sentem como se seus proprietários fossem a base para um ambiente seguro de vida.

Nas crianças, esse efeito influencia suas vidas diárias e se torna importante para o seu desempenho cognitivo. No caso dos cães, eles vêm nos donos uma figura de proteção e afeto.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores testaram os cães em três condições: Na primeira o dono estava ausente; na segunda o dono estava em silêncio; e na terceira o dono estimulava o cão com palavras de incentivo. Em uma condição adicional, o proprietário foi substituído por um homem desconhecido.

Durante os testes, foi nítido que os cães se mostravam mais confortáveis quando o proprietário estava presente, independentemente de seu comportamento. Na presença de um ser humano desconhecido, o grau de angústia do cão foi maior.

O estudo forneceu evidências de que os proprietários de cães representam uma base segura para os animais. A presença ou a ausência dos donos pode afetar substancialmente a motivação dos cães.

Assim, os pesquisadores conseguiram entender que há o desenvolvimento de um vínculo forte do cão com o seu cuidador primário, uma vez que os animais associam a imagem dos donos à imagem de sua mãe ou pai. Existe nessa relação um apego que ativa o sistema de fixação que mantém a proximidade com este indivíduo específico.

A pesquisa levou em conta que os cães domésticos têm sido intimamente associados com os seres humanos por cerca de 15 mil anos. Assim, esses animais se encontram bem adaptados ao nicho da sociedade humana onde, em muitos casos, o proprietário substituiu membros da mesma espécie como o principal parceiro social.

Esta relação única entre cães adultos e seus donos humanos tem uma notável semelhança com o vínculo do apego infantil, já que os cães são dependentes de cuidados humanos e seu comportamento parece ser especificamente orientado pela prestação dos cuidados de seus donos

Fonte: Plosone

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Como dar remédios líquidos para o seu cachorro

(Imagem: Shutterstock)



1. Como dar remédios líquidos para o seu cachorro


Você deve usar uma seringa sem agulha para dar remédio líquido para o animal.

Quando o medicamento for líquido, a dose recomendada varia de acordo com o peso do animal. É importante prestar atenção nas recomendações do médico veterinário para que a quantidade certa seja administrada.

No geral, os remédios líquidos para cachorros são administrados através de uma seringa sem agulha, na qual você deve colocar a quantidade correta de medicamento e dar na boca do animal.

Para realizar este procedimento, a seringa sempre deve estar na porção lateral da boca, na região da curva interna, no espaço entre o maxilar (parte superior) e mandíbula (parte inferior).

Em primeiro lugar, acalme o animal e vá conversando com ele. De forma rápida, puxe o lábio e apoie o bico da seringa na porção lateral, mostrando um petisco para que ele entenda que será recompensado depois. Depois é só pressionar a seringa com cuidado para que a medicaçao seja engolida corretamente e para que ele não se afogue.

Cuidado para possíveis reações, como por exemplo, o cachorro querer tentar escapar e puxar o pescoço. O máximo de cuidado é sempre ideal para evitar possíveis acidentes.


Fonte:

Como dar remédios sólidos para seu cachorro


(Imagem: Shutterstock)

É necessário dividir um alimento que o animal goste em três partes e colocar o comprimido em uma delas.


Quando é necessário administrar via oral um medicamento sólido para o cachorro, a melhor opção é escolher um alimento de que ele goste muito, podendo ser alguma fruta ou um petisco mole.

Feita a escolha, você deve dividir o alimento em três pedaços, dar o primeiro pedaço do petisco puro, o segundo pedaço com o remédio escondido, e o terceiro pedaço também deverá ser dado puro para que o animal não perceba a diferença entre os três pedaços.

Quando se quer colocar o remédio direto na garganta, é necessário posicionar o animal de costas para você e prendê-lo entre suas pernas, levantando a cabeça do cachorro e colocando o medicamento na garganta, segurando, em seguida, a boca do cão fechada até que ele engula. É preciso lembrar que a pessoa que irá dar o remédio não pode ter unhas compridas para não gerar machucados na boca do animal.



Fonte:

Como dar remédios tópicos para seu cachorro



(Imagem: Shutterstock)


Para aplicar os remédios tópicos no animal, é preciso distraí-lo.

Os medicamentos tópicos são os que devem ser administrados no local exato do ferimento. Se houver a opção de spray ao invés de pomada, e se o médico veterinário recomendar, procure sempre dar preferência, pois o medicamento é absorvido mais rapidamente pela pele, facilitando a aplicação no animal.

Mesmo optando pelo spray, a melhor maneira de aplicá-lo em seu cachorro não é diretamente na pele e sim com a ajuda de um algodão para depois espalhar na pele. Após a aplicação brinque ou vá passear com seu cachorro enquanto o medicamento faz efeito, a fim de distraí-lo e evitar que ele lamba o remédio. Se o médico veterinário recomendou, não deixe de colocar o colar protetor (colar elisabetano).



Fonte:


Como aplicar remédios no ouvido do seu cachorro




(Imagem: Shutterstock)

Quando o problema que deve ser tratado com remédio é uma otite ou outro na orelha ou ouvido do cachorro, a administração do medicamento deve ser feita com muito mais cuidado.

No geral, depois que fizer a primeira aplicação, dificilmente o animal deixará você aplicar pela segunda vez. Assim, a melhor forma para aplicação é colocar seu cachorro sobre uma mesa, utilizar uma focinheira se ele for bravo e com o auxílio de mais uma pessoa, segurá-lo.

Já estão disponíveis no mercado os medicamentos em gel, que não assustam tanto os animais e evitam a sensação de desconforto.

Independente se o medicamento é líquido ou em gel, sempre segure as orelhas com firmeza, mas jamais as aperte para não machucar o seu pet. Para a uma melhor eficácia, depois de aplicar um medicamento na orelha do cachorro, faça uma leve massagem na cartilagem que fica na base da orelha.



Fonte:

Como dar remédios em pasta para o seu gato

(Imagem: Shutterstock)

Um dos medicamentos mais comuns para gatos, o remédio em pasta, deve ser passado nas patas para que o animal lamba.

No caso dos gatos, o principal tipo de remédio utilizado é o medicamento em pasta. Como eles são animais mais desconfiados, a melhor maneira de utilizar esse remédio é passar diretamente na pata do gato, já que o mesmo irá lamber o local e apenas por instinto e acabará ingerindo o medicamento sem que você precise forçá-lo a nada. Alternativamente, você poderá passar no focinho dele.

Tome cuidado para espalhar um pouco a pasta e evitar que o gato chacoalhe a pata e acabe se livrando da medicação sem lamber completamente.

Além disso, muito cuidado para não confundir essas pastas com com outros medicamentos tópicos (aqueles que devem ser aplicados na pele do animal e não ingeridas por ele. Nesse casos, as pomadas (tópicas) devem ser passadas nas costas do bichano e os demais medicamentos tópicos, como sprays e pomadas, devem ser colocados diretamente na parte machucada do animal. Fique atento para que o felino não lamba o remédio. Para isso, tente distraído o máximo possível com brincadeiras e passeios. Também é mais indicado utilizar um spray ao invés da pomada, visto que o primeiro tempo uma absorção mais rápida.

Essas são as formas mais comuns de dar remédio para seu gato, mas é importante que, independente do tipo de medicamento administrado, você sempre realize o procedimento com muita calma e paciência, pois dificilmente o animal estará feliz com a situação. Caso não esteja seguro em realizar o procedimento sozinho, a melhor forma é procurar um veterinário de confiança para ajudar a dar o remédio nas primeiras vezes, ou nos primeiros dias, sendo que você poderá observar o processo e fazer em casa depois que estiver mais seguro.



Fonte:

Como dar remédios líquidos para o seu gato


(Imagem: entretenimento.r7.com/bichos)
.

1. Como dar remédios líquidos para o seu gato


Com ajuda de uma seringa, é possível dar remédio facilmente.

O uso de remédios líquidos para o seu gato é feito com ajuda de uma seringa. É necessário que você sempre utilize a dose recomendada pelo veterinário (nem a mais e nem a menos do que ele indicar) para evitar intoxicações e outros tipos de acidentes com o animal. Afinal, dar remédio para o seu gato é uma forma de ajudar sua saúde, e não prejudicá-la.

Para esse procedimento, utilize a seringa na curva interna da boca do felino, mais precisamente entre o maxilar superior e o inferior. Vale lembrar que isso deve ser feito lentamente, mas sem que demore muito para que o animal não fique irritado. Conversar com o gatinho durante o processo vai ajudar bastante também.

Depois, puxe o lábio do animal, apoie o bico da seringa e aproveite para mostrar um petisco a fim de que ele veja que será recompensado pelo bom comportamento. Após, pressione a seringa lentamente para que o seu gato não engasgue e possa ingerir líquido de maneira gradativa.


Fonte:

Como dar remédios em comprimido para o seu gato


pneumonia em gatos

Para gatos mais calmos, basta abrir-lhe a boca e colocar o comprimido depois da língua. Em casos mais difíceis, usar um aplicador específico (com ponta de borracha) vai mudar a sua vida!

Ter que dar remédios em cápsulas e comprimidos também é uma tarefa difícil para os proprietários de gatos.

A forma de dar o remédio para o gato não é mesma que dar remédio para o cachorro, pois os felinos são mais desconfiados. Dessa forma, a maneira utilizada é segurar a cabeça do animal com cuidado e com a boca para cima, abrir-lhe a boca e colocar o comprimido na metade da língua, de maneira que caia quase na garganta. Depois é só massagear a garganta do animal, ele estando já com a boca fechada, para ajudar o comprimido a descer.

É importante lembrar que os gatos não costumam ser tão amistosos como os cães e você pode ter dificuldade para conter o seu felino durante o processo de medicação. Nesse caso, você pode pedir para alguém ajudar segurando as patas ou até mesmo a pele do pescoço (mas sem machucar) do pet. Se você estiver sozinho, utilize uma toalha de maneira a enrolar e imobilizar o gatinho para que não fuja antes de tomar o remédio.

Vale dizer que, se o gato sentir o gosto do remédio, poderá não querer engoli-lo e vai começar a espumar. Não se desespere, pois é um sinal de que ele está relutando para tomar o medicamento ou que sentiu um gosto muito ruim e quer jogá-lo fora. Ajude massageando mais a garganta e depois o recompense.

Em casos de maior dificuldade, a ajuda de um aplicador de comprimidos para gatos pode ser útil, pois ele coloca o remédio diretamente na garganta sem que o animal sinta o gosto. Você pode achar o aplicador em pet shops, mas deve tomar cuidado e seguir à risca as instruções de uso do produto.



Fonte:

Meu cachorro mordeu um sapo: o que fazer nessas horas?



Sapos podem ser um problema aos donos de pets pois eles produzem toxinas letais aos cães. Acidentes envolvendo cães e sapos são comuns e devem ser motivo de preocupação para quem é proprietário de um cachorro, principalmente quem mora em locais como próximos ao habitat natural destes anfíbios.

Os sapos comuns, (do gênero Bufo) podem causar graves intoxicações entre os cães. Fora da água, os sapos caminham lentamente, o que os torna presas fáceis para qualquer cachorro, que podem morder estes anfíbios. Na superfície dos sapos, existem substâncias potencialmente fatais para um cachorro. No momento da mordida, os sapos eliminam este 'veneno', produzidos em suas glândulas espalhadas pelo seu corpo, sendo rapidamente absorvido causando graves sintomas nos cachorros.

Sintomas da intoxicação por veneno de sapo em cãesO veneno produzido pelos sapos pode causar diversos sintomas entre os cães, que podem variar de acordo com a quantidade ingerida


(Imagem: Shutterstock)


Vômitos e náuseas: cães podem começar a demonstrar ânsia de vômito logo após a intoxicação;

  • salivação intensa;
  • incontinência urinária e fecal : animal defeca e urina de forma descontrolada;
  • convulsões;

o efeito do veneno pode causar hemorragias generalizadas nos cães, e ainda causar parada cardíaca, levando a morte em poucos minutos.


Tratamento das intoxicações causadas pelo veneno de sapo em cães

Esta situação é uma emergência e se não tratada a tempo pode levar a morte de um cão em poucos minutos!


(Aspecto de veneno produzido pelas glândulas paratóides

Se você presenciou o ocorrido, o que pode ser feito como medida de primeiros socorros é lavar bem a boca do cachorro com água para eliminar restos do veneno, se isso for possível. Não o faça se não tiver segurança, pois vale lembrar que os cães podem morder, principalmente nestes momentos pois o veneno pode causar dor.

Procure por atendimento veterinário o mais rápido possível. Casos de intoxicação por sapos precisam de tratamento imediato com medicamentos para combater os sintomas. Quando atendidos a tempo por um médico veterinário, existem boas chances de recuperação quando tratamento de suporte é realizado a tempo.

O veterinário pode precisar de exames complementares como um ECG - eletrocardiograma. Não existe um antídoto e sim medicamentos que irão auxiliar no controle dos sintomas, como a atropina e medicamentos anticonvulsivantes.


Como evitar acidentes envolvendo sapos e cães

Os sapos comuns podem ser encontrados em praticamente em quase todas as regiões do planeta.

Quem mora em locais próximos a lagoas ou riachos pode não ter como evitar este 'problema de convivência' entre cães e sapos. Não existe justificativa para matar os sapos: basta seguir algumas 'boas regras de convivência', veja algumas dicas a seguir:

1. Sapos se alimentam praticamente de tudo: são animais onívoros. Evite deixar a ração de cães ou outros alimentos em locais que eles possam ter acesso e facilitando a presença deles nos locais onde cães possam atacá-los. 


(Imagem: Shutterstock)

2. Cuidado redobrado ao passear com seu cachorro em ambientes como sítios ou fazendas que tenham áreas alagadas. Evite que os cães tenham acesso aos locais que onde você perceba que existam sapos durante a noite. Sapos normalmente evitam sair a luz do dia, devido ao risco deles perderem umidade.

3. Use as plantas ao seu favor: plantas que produzem odor cítrico, como o limão, são repelentes naturais de sapos. Uma sugestão é espalhar uma mistura de suco de limão nos locais onde eles forem indesejados. Grãos de café torrado também tem essa função e podem ser uma alternativa.

4. Se você tem qualquer tipo de água parada em sua propriedade, o ideal é ter algum tipo de filtro que faça a água recircular. Anfíbios põem ovos na água parada: manter a água em movimento é uma forma de controlar o número de novos sapos.

Importante: O veneno dos sapos comuns não é tóxico aos humanos: se você tocar um sapo, o ideal é lavar as mãos o mais rápido possível.

Fonte:

Tudo sobre a Leptospirose: Sintomas, Diagnóstico e como Prevenir

validado por veterinario

Cachorros podem adoecer com a Leptospirose após o contato direto com secreções e qualquer tipo de resíduo úmido contaminadas com fezes de ratos, por exemplo, como ocorre em locais de enchente. Através de qualquer tipo de lesão na pele, mesmo que ínfima é porta de entrada para este tipo de bactéria, que ao multiplicar-se no organismo causa sintomas graves e pode levar a morte.

Vacinar o seu cachorro é fundamental para proteger a sua saúde também! Cães podem transmitir a doença para os humanos. Veja mais sobre o que esta doença pode causar e como prevenir esta enfermidade potencialmente letal

A Leptospirose é considerada uma doença de distribuição mundial: ocorre tanto em países de clima frio ou quente. Isso de deve ao fato das bactérias causadoras desta doença possuirem a capacidade de crescer em locais locais úmidos e repletos de materia orgânica, como nos esgotos e pântanos. Nestes locais, animais podem ser contaminados e tornam portadores.

Os ratos levam a fama de 'vilão', mas esta doença pode ocorrer em praticamente qualquer mamífero. Bactérias deste tipo são capazes de colonizar órgãos como os rins de animais como bois, cavalos, ratos, cachorros, ferrets e, de forma mais rara, até mesmo os gatos.

A forma comum de transmissão e contaminação pelas bactérias causadoras da Leptospirose ocorre através do contato da pele que tenha algum tipo de corte (mesmo que mínimo) com a água contaminada pela urina de animais portadores. Mordidas de rato não transmitem a Leptospirose.


Sintomas da Leptospirose em cães


Diversos sintomas são observados neste tipo de infecção: se notar qualquer uma das alterações descritas abaixo, procure imediatamente por atendimento veterinário para o seu cão

(Imagem: Shutterstock)

Perda de apetite;
desidratação;
vômitos;
diarréia;
febre;
mucosas, como a gengiva dos cãos podem ficar com uma coloração amarelada.

Neste tipo de infecção, cães podem padecer devido a hepatite e insuficiência renal.Alguns indícios da ocorrência desta doença podem aparentemente serem confundidos com outras doenças, como por exemplo: cadelas fêmeas podem abortar seus filhotes caso adquiram a doença durante a prenhez. 



(Imagem: Shutterstock)

Atenção especial quando seu cachorro que têm acesso constante a locais úmidos e alagadiços! Após o contato com o agente causador da doença, a doença pode demorar entre 5 a 6 dias para a sua manifestação dos primeiros sintomas, mas existem relatos de períodos de incubação de até um mês.

Muitos cachorros podem adoecer com a Leptospirose e recuperarem-se sozinhos, criando assim anticorpos contra doença. O problema é que muitos destes animais contaminados continuam portadores da bactéria, que tem a especial 'habilidade' de crescer e colonizar os rins. Estas são eliminadas através da urina, mantendo assim o ciclo da Leptospirose em um ambiente.


Diagnóstico e tratamento da Leptospirose canina


Em caso de suspeita deste tipo de doença, o médico veterinário precisa de exames laboratoriais para ter um diagnóstico preciso da doença

Exames de sangue e de urina são fundamentais para o médico veterinário realizar o diagnóstico corretamente e diferenciar de outras enfermidades, como as hemoparasitoses que podem causar sintomas semelhantes e detectar quando possível a presença da bactéria.

No tratamento desta doença são empregados antibióticos específicos para literalmente matar as bactérias organismo e ainda pode ser fornecido suporte para controle dos sintomas até a completa recuperação do animal, que deixa de ser portador da doença.


Como prevenir a Leptospirose entre os cães

Leptospirose é coisa séria: pode matar um cão e você em pouco tempo! 



(Imagem: Shutterstock)

Hábitos em relação a higiene e armazenamento dos alimentos que o seu animal de estimação são fundamentais. Cuidados como evitar o contato com lama, locais com lixo e presença de roedores devem ser observados.

Para a prevenção da Leptospirose, a VACINAÇÃO é essencial! Vacine o seu cachorro respeitando os prazos recomendados pelo médico veterinário. As vacinas com múltiplos formadores de anticorpos nos cães, conhecidas também como V8 , V10 (ou V11) são fundamentais não só para a saúde do seu animal, mas para a sua saúde. O cão pode transmitir a doença para os humanos, por isso a sua vacinação é tão importante!

As vacinas contra a Leptospirose canina, também previnem outras doenças graves próprias dos cães, como a cinomose e a parvovirose.

Fonte:

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Doenças mais frequentes nos gatinhos e gatos adultos


Dentro das doenças mais frequentes nos gatinhos e gatos adultos, encontramos as patologias respiratórias e gastrointestinais. Vamos falar de algumas dessas patologias e formas de transmissão.

- O Calicivirus felino e o Herpesvirus felino (vírus da rinotraqueite felina) são considerados os agentes mais importantes na patologia do trato respiratório superior nos gatos. É normalmente uma patologia de grupos/colónias de animais, geralmente jovens. Contudo podem estar presentes outros patogéneos como por exemplo a Bordetella bronchiseptica, Chamydophila felis, outras bactérias e micoplasmas. A transmissão normalmente é efectuada por via nasal, oral ou conjuntival directa ou indirecta. 

Durante o internamento destes animais, quando necessário, devem ser adoptados cuidados no sentido de evitar a sua transmissão. Os sinais clínicos dependem da dose infectante, da estirpe e de factores do hospedeiro, como estado geral, idade e imunidade, podendo ocorrer ulceração oral e nasal, hipersalivação, alterações respiratórias (desde espirros a dispneia severa), febre, claudicação, alterações oculares. Os sinais clínicos normalmente resolvem-se em 7 a 10 dias, contudo podemos ter um período em que o animal infectado se transforma em hospedeiro, que pode ir até aos 30 dias.

- Gastroenterites - A Panleucopenia felina é causada pelo parvovirus felino. As infecções severas são observadas em gatinhos jovens, não vacinados. Os sinais clínicos são febre, letargia, diarreia com sangue, vómito e desidratação, leucopenia. Em fêmeas gestantes, pode causar aborto, mumificação fetal, infertilidade. As infecções no final da gestação podem levar a danos cerebelares severos nos fetos. O vírus pode ser eliminado nas fezes até 6 semanas após infecção.

- Leucemia/Leucose - FeLV (Vírus da Leucemia Felino) - os gatos são infectados através de um contacto “social” com animais assintomáticos portadores de FeLV, através de recipientes de alimento e água – saliva. A infecção inicia-se na faringe orornasal, espalhando-se para a medula óssea e desenvolvimento de virémia.

- “SIDA dos gatos” - FIV (Vírus da Imunodeficiência Felino) – transmitido por mordeduras, sendo mais frequente em machos inteiros, por lutas de território. Após a dentada, o vírus atinge os nódulos linfáticos, podendo demorar algumas semanas a meses até o animal apresentar resultados positivos

- PIF (Peritonite Infeciosa Felina) – O vírus que provoca a Peritonite Infecciosa Felina é um coronavírus entérico mutado que causa inflamação granulomatosa multisistémica, associada a vasculite necrotizante. Os sinais clínicos mais comuns são: febre, inflamação ocular, ascite, dispneia e ocasionalmente icterícia.

A detecção destas patologias pode ser feita através de alguns testes sanguíneos: testes ELISA e Sorologias. Normalmente, são aconselhados por volta dos 6 meses de idade, para evitar reacções cruzadas.

Encontrou um gatinho abandonado? Veja o que fazer



Por vezes, ao passar numa estrada com menos movimento, ao chegar ao carro quando está estacionado no exterior, ou num passeio a pé, deparamo-nos com um gatinho assustado, com fome e frio.

Devemos sempre aproximar com cuidado e movimentos pouco bruscos, pois na maioria dos casos os animais estão muito assustados e não têm muito contacto com pessoas. Depois de os recolher, estes devem ser vistos por um veterinário para confirmar o estado de saúde, desparasitação e indicação de qual a alimentação mais adequada. Devemos também ter em atenção que deve ser respeitado um período de quarentena (cerca de 10 dias) de observação de todos os sinais que possam ser sinónimo do início de uma doença e, em casas já com outros animais, a introdução de um novo elemento deve ser gradual.

Nem todos os animais de rua são abandonados. Veja o que fazer se encontrar um cão abandonado


Não ignore! Alguns segundos do nosso tempo podem salvar uma vida! Não esqueça que nem todos os animais de rua serão abandonados, alguns podem estar apenas perdidos e ficarão gratos com a sua dedicação.


Por exemplo, se encontrar um animal com coleira, peitoral ou trela, pêlo limpo e bem tratado, boa condição corporal, que responde a comandos básicos de obediência e que parece desorientado, a probabilidade de se tratar de um cão perdido é muito grande. No entanto, é preciso ter em conta que bastam poucos dias passados na rua para os animais ficarem com um aspeto degradado e negligenciado.


Quando tentar interagir com um cão na rua deve considerar que ele está num estado de grande ansiedade; por isso, deve acercar-se muito devagar, permitindo que o animal faça a aproximação final.
Chame-o com uma voz carinhosa e encoraje-o com comida. Evite sempre o contacto visual direto prolongado, estenda a mão para que ele a possa cheirar. Lentamente, comece a fazer festas.

Em qualquer situação, é importante levar o animal a um centro de atendimento médico veterinário, de modo a verificar a existência de identificação eletrónica (microchip) que, através da base de dados do SIRA, torna possível a identificação do proprietário do animal. 


Contudo, muitos animais não possuem microchip, sendo por isso importante verificar se têm algum tipo de identificação na coleira ou tatuagem nas orelhas. Poderá também perguntar aos moradores e comerciantes locais se o reconhecem.

O ideal será recolher o animal e publicitá-lo através de cartazes, redes sociais, associações e da plataforma FindMyPet - Ponto de Encontro de Animais Perdidos, incorporado no site da Ordem dos Médicos Veterinários ou em www.encontra-me.org. Se escolher recolhê-lo em sua casa e se tiver outros animais, evite o contacto direto entre eles, uma vez que desconhece as origens do animal recolhido e o seu estado clínico. 

Vítimas do tempo: Pesquisadores aperfeiçoam tratamentos de câncer em cães, cada vez mais longevos

Pastor-alemão: uma das raças mais suscetíveis ao câncer

Mais bem tratados do que nunca, com rações especiais, vacinas, fisioterapia e até acompanhamento psicológico, os cães estão vivendo mais. Pode ser bom para seus donos, mas a longevidade traz um problema: amplia o risco de câncer, hoje visto como uma das principais causas de morte entre os animais domésticos, que mata mais da metade dos cachorros e um terço dos gatos criados nos lares norte-americanos. É um problema também no Brasil, onde vivem cerca de 28 milhões de cães (quase metade da população canina dos Estados Unidos) e 12 milhões de gatos, considerados idosos – e mais sujeitos ao câncer – após os 7 ou 8 anos de idade.

Atentos a essa situação, pesquisadores da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV) da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Jaboticabal, criam alternativas para, de acordo com a tendência mundial, tratar e se possível curar os animais domésticos acometidos pela doença, para os quais há alguns anos só havia uma saída: eram sacrificados.

Em vez da amputação, procedimento padrão em caso de osteossarcoma, tumor responsável por cerca de 85% das ocorrências de câncer ósseo canino, a equipe da Unesp demonstra a viabilidade, em muitos casos, do implante de ossos, cuja eficiência tende a aumentar com o uso de novos materiais. Em um estudo publicado em março na Acta Cirúrgica Brasileira, um grupo de seis veterinários da Unesp atesta a possibilidade de uso no Brasil da resina poliuretana de mamona como cimento para o implante de fragmentos ósseos retirados de doadores saudáveis e conservados em glicerina à temperatura ambiente. Esse material substitui outra resina, o polimetil metacrilato, que libera gases tóxicos, desprende calor (chega a 70o Celsius) e pode provocar arritmias cardíacas.

Cimento de ossos
Os resultados se apóiam em um experimento com seis cães (quatro machos e duas fêmeas) sem raça definida, em cujas tíbias (o osso equivalente à canela da perna humana) se fez o implante. Cinco dos seis animais tratados apoiaram a pata operada no primeiro dia após o implante e corriam normalmente em média após um mês e meio. Nesse estudo, a resina de mamona – uma massa esbranquiçada usada para rechear o enxerto, no lugar da medula óssea retirada – deu maior resistência na fixação da placa metálica que faz o implante aderir ao osso original. E não desencadeou processos infecciosos, um resultado atribuído ao bom estado de saúde dos animais.

Em outros estudos em que se utilizaram os mesmos procedimentos cirúrgicos, exceto o cimento ósseo, adotado experimentalmente há cerca de seis anos nos Estados Unidos, um terço dos animais tratados, em média, apresentou infecção. No experimento feito na Unesp também não se notou a absorção da resina nem sua substituição por tecido ósseo novo. Por atuar como bactericida, dispensou o uso de antibióticos, imprescindíveis com a resina anterior, o polimetil metacrilato.

Tais evidências representam indicadores positivos para que a resina de mamona seja usada como cimento ósseo em uma escala mais ampla, no futuro, pelas clínicas veterinárias. Mas, lembra Carlos Roberto Daleck, da equipe da Unesp, o implante é uma alternativa à amputação somente se restar pelo menos metade do osso – o osteossarcoma, mais comum nas raças de maior porte, como o são-bernardo ou o doberman, é um tumor bastante agressivo, que muitas vezes leva à desintegração dos ossos.

A preservação dos ossos atingidos leva em conta também o bem-estar dos proprietários dos animais. “Há casos em que seria mais simples amputar o membro afetado e o animal deixaria a clínica andando tranqüilamente sobre três patas”, diz Daleck, “mas a idéia da mutilação costuma tirar o sono do dono do cão”. Em outro estudo recente, a ser publicado na Acta Cirúrgica, feito com dois grupos de seis cães, a equipe da Unesp de Jaboticabal mostrou que um medicamento chamado furosemida pode atenuar os efeitos indesejados, sobretudo as alterações nas funções renais, causados pela cisplatina, quimioterápico adotado para tratamento de câncer nos ossos, na bexiga ou nos testículos de cães, por exemplo.

Outro trabalho, publicado no ano passado no Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, reitera a importância do tratamento precoce ao detalhar as possibilidades de diferenciar, por meio do exame no microscópio eletrônico de transmissão, as alterações que ocorrem em um tipo de célula da pele, os mastócitos: à medida que o tumor evolui, o núcleo dessas células ganha volume, surgem grânulos no citoplasma e as rugosidades da membrana se tornam mais evidentes.

Com base nesses parâmetros, a equipe da Unesp curou 60% dos 108 cães atendidos nos últimos quatro anos com mastocitoma, o tipo de câncer de pele mais comum, que afeta especialmente buldogues e boxers a partir dos 8, 5 anos de idade. É muito difícil saber com precisão quais as raças mais afetadas e os tipos de câncer mais comuns entre os cães no Brasil. Um levantamento publicado na Archives of Veterinary Science, com base em 333 cães atendidos no hospital veterinário da Universidade Federal do Paraná (UFPR) entre 1998 e 2002, indicou que as fêmeas são mais suscetíveis que os machos, numa proporção de dois para um. Predomina o tumor de mama, encontrado em quase metade das fêmeas (45, 6%), com um agravante: na maioria dos casos (68%), tratava-se de lesões malignas.

De acordo com esse estudo, coordenado por Suely Rodaski, essa predominância pode estar associada ao uso de hormônios como método contraceptivo e à pouca atenção dada à castração precoce – a retirada dos ovários e do útero antes do primeiro cio reduz a quase zero o risco de surgimento de câncer de mama. A equipe do Paraná verificou também que, entre os cães com raça definida, o câncer é mais freqüente no pastor alemão (12, 61% dos casos atendidos), poodle (11, 41%) e boxer (10, 81%), com maior incidência entre os animais de 6 a 12 anos. Quando submetidos a cirurgia e tratamento quimioterápico, ganharam uma sobrevida de em média 19 meses.

O Projeto
Quimioterapia com Cisplatina em Cães
Modalidade
Linha regular de auxílio à pesquisa
Coordenador
Carlos Roberto Daleck – FCAV/Unesp

Escassez de aves pode afetar evolução de plantas

Tucano-de-bico-preto: aves cumprem funções ecossistêmicas importantes em relação às plantas, por polinizar suas flores e dispersar suas sementes, favorecendo a regeneração das florestas

Queda na população de espécies pode ajudar a explicar redução no tamanho de sementes de palmeira da mata atlântica

A queda na população de aves frugívoras de grande porte, como tucanos e arapongas, capazes de comer frutos com sementes grandes, pode estar associada à diminuição do tamanho das sementes de certas espécies de plantas da mata atlântica, e, consequentemente, a mudanças em seus padrões evolutivos. Essa relação foi observada por um grupo de pesquisadores de várias instituições brasileiras e internacionais, liderados pelo biólogo brasileiro Mauro Galetti, do Departamento de Ecologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Rio Claro. Com base em análises estatísticas, genéticas e em modelos evolutivos, eles estudaram a ecologia de uma palmeira conhecida como palmito-juçara (Euterpe edulis) – importante fonte de alimento para mais de 50 espécies de aves da mata atlântica, como papagaios, sabiás e tucanos, que se alimentam de seus frutos, além de ter importância econômica. Para isso, coletaram nove mil sementes de 22 populações da palmeira espalhadas ao longo da costa sudeste do Brasil.

Ao combinarem todos esses dados, os pesquisadores verificaram que em locais onde as aves de maior porte haviam sido extintas há mais de 50 anos, tanto pela caça predatória quanto pelo desmatamento, as populações das palmeiras produziam apenas frutos pequenos, enquanto em áreas de floresta mais conservada, e com quantidade de aves suficiente para desempenhar sua função ecológica de dispersão de sementes, as palmeiras produziam frutos de tamanhos mais variados, com sementes pequenas e grandes. Os detalhes do estudo serão publicados na edição desta sexta-feira (31) darevista Science.

Há algum tempo se sabe que as aves cumprem funções ecossistêmicas importantes em relação às plantas, seja por polinizar suas flores ou por comer seus frutos e dispersar suas sementes, favorecendo a regeneração natural das florestas. Contudo, aves de bicos menores, como os sabiás, não conseguem engolir e dispersar as sementes grandes, que geralmente caem embaixo da palmeira. Isso acaba dificultando o surgimento de novas plantas da espécie. Na ausência das aves grandes, as novas plantas acabam sendo geradas a partir de sementes pequenas e, como consequência, também produzem sementes pequenas. Com o tempo, a tendência é que somente as sementes menores sejam encontradas na natureza, em um efeito cascata induzido pela ação humana que pode desencadear mudanças ecológicas significativas.

De acordo com Galetti, a redução do tamanho das sementes dessas populações pode trazer consequências negativas, inclusive para as próprias plantas, já que sementes pequenas apresentam maiores índices de mortalidade devido ao dessecamento. “Como os modelos climáticos sugerem períodos de seca mais severa no futuro, em decorrência das mudanças do clima, uma proporção maior de sementes pequenas pode não germinar”, explica. Isso também pode resultar em um menor potencial de resposta evolutiva às mudanças climáticas. “Acreditava-se que os efeitos da seleção natural demonstrada por Charles Darwin há mais de 100 anos poderiam levar gerações para se manifestar”, diz Galetti, “mas nossos dados mostram que o impacto humano sobre a população das aves ajuda a selecionar rapidamente as plantas com sementes pequenas”, disse.

A mata atlântica é um dos principais e mais degradados ecossistemas brasileiros, do qual restam, segundo algumas estimativas, aproximadamente 12% de sua cobertura original – mais de 80% da vegetação remanescente encontra-se altamente fragmentada em áreas com menos de 50 hectares. “Essas áreas são pequenas demais para manterem populações de grandes aves frugívoras”, afirma Galetti. A fragmentação mais intensiva da mata Atlântica teve início em 1800, com o desenvolvimento dos cultivos de café, cana-de-açúcar e a exploração madeireira.

“Infelizmente, os efeitos que documentamos em nosso trabalho não refletem uma situação isolada”, afirmou. “A rápida diminuição das populações de grandes vertebrados parece estar causando mudanças sem precedentes na trajetória evolutiva e na composição de muitas áreas tropicais”, concluiu.

No entanto, o biólogo afirma que ainda há tempo para reverter esse quadro. Segundo ele, é preciso aumentar a conectividade entre os fragmentos de floresta, o que estimularia o fluxo gênico, a fiscalização em relação à caça dessas espécies de aves e o contrabando ilegal do palmito. “Isso só pode ser feito se as autoridades aumentarem a fiscalização das unidades de conservação em parques estaduais”, disse. “O que estamos vendo, porém, é o contrário. A aprovação da última versão do Código Florestal estimulará o desmatamento. Além disso, a fiscalização em áreas que deveriam estar protegidas é inócua”, completou.

Assim, a degradação de hábitats, junto da extinção de espécies, pode causar drásticas mudanças na composição e estrutura de ecossistemas importantes, já que interações ecológicas críticas estão sendo perdidas. “Isso significa funções ecossistêmicas que podem determinar mudanças evolutivas podem estar sendo perdidas muito mais rápido do que imaginamos”. Daí a importância de se identificar quais funções estão sendo afetadas, de modo a evitar o colapso desse ecossistema.

Projeto
Efeitos de um gradiente de defaunação na herbivoria, predação e dispersão de sementes: uma perspectiva na Mata Atlântica (nº 2007/03392-6); Modalidade:Auxílio Pesquisa; Coordenador: Mauro Galetti Rodrigues/Unesp; Investimento:R$692.437,03 (Biota-FAPESP)

Artigo científico
GALETTI, Mauro. et al. Functional Extinction of Birds Drives Rapid Evolutionary Changes in Seed Size. Science. v. 340, p. 1086-1090. 2013.

Fazer o xixi descontroladamente ou no lugar errado pode ser um problema emocional


Photo credit: left-hand / Foter / CC BY-ND

. Alguns animais podem desenvolver quadros de ansiedade, medo ou depressão, por exemplo, que podem causar esse tipo de problema. Isso acontece porque as emoções têm relação direta com o sistema nervoso que, por sua vez, controla o relaxamento dos esfíncteres que controlam a micção. Também existem situações em que o animal tem controle do xixi e que utiliza esse tipo de comportamento a seu favor.
Identificando o problema

Além de não conseguir controlar o ato em si, o animal pode se utilizar desse comportamento para chamar a atenção. Isso acontece quando ele se sente sozinho e quer a atenção do dono. Nessa segunda possibilidade, o animal sabe claramente aonde deveria ser feito o xixi e faz fora do lugar propositadamente. Um exemplo: quando há o nascimento de um bebê, o que causa um desvio de atenção, que anteriormente era apenas do cão. Esse comportamento também pode estar relacionado ao descontrole dos esfíncteres, o que pode ser provocado por fortes emoções, como o medo.


Tratamento

O tratamento consiste em adotar estratégias de comportamento que não permitem ou desestimulem que o animal apresente o comportamento na presença do que causa essa reação.

Treinamento

Algumas situações podem ser controladas para que o animal não tenha uma reação emocional exagerada. Em situações em que o animal mostra esse tipo de resposta, pode-se fazer uma dessensibilização ao gatilho causador do medo por exemplo, ou euforia. A dessensibilização deve ser feita de forma gradual para que o animal não apresente esse comportamento emocional exagerado, utilizando-se uma intensidade menor e aumentando esse estímulo gradativamente. Em alguns casos, o tratamento pode ser medicamentoso para animais sensíveis e que reagem de forma emocional muito exagerada. Para os casos em que o animal faz xixi para chamar atenção, o tratamento é não valorizar essa atitude. Por exemplo, se o cachorro começar a fazer xixi quando as pessoas fazem carinho nele, é preciso parar, porque fazendo carinho o animal será recompensado por aquele comportamento. O tratamento, para tanto, está relacionado à mitigação das causas que o fazem errar (causas de reação emocional intensa, como medo ou euforia, por exemplo), ao treinamento de reforço positivo quando acerta (elogio, petiscos e elogios) e a retirada da atenção quando erra. Importante lembrar que o treinamento básico para essa situação envolve o reforço positivo, em que se recompensa quando o comportamento é adequado.
Xixi durante o sono

A micção noturna pode ter causas emocionais, pois, alguns estudos têm indicado que existe a possibilidade de os cães sonharem, ou até mesmo em função de uma causa anatômica. 

Cães muito jovens não têm a sua capacidade de retenção desenvolvida, nem a cognição que os possibilite acertar com tanta frequência, enquanto os cães velhos ou doentes podem ter essas capacidades comprometidas. Por sua vez, a cognição também pode influenciar os estados emocionais. 

Se as possibilidades emocionais que causam esse tipo de problema forem consideradas e não se conseguir determinar qual a situação que está causando a reação ao animal passível de treinamento, deve-se considerar a possibilidade de investigar causas anatômicas ou uma emotividade exagerada que determine a intervenção medicamentosa.

Fonte: