De acordo com o estudo, lacraias que cresceram sem as mães tendem a ser mais relapsas com seus descendentes
O núcleo familiar é importantíssimo para o seu desenvolvimento, até mesmo se você for uma lacraia. Isso foi que descobriu Joël Meunie, biólogo da Universidade Johannes Gutenberg, na Alemanha. De acordo com o estudo, os insetos órfãos costumavam ser pais mais relapsos.
A pesquisa se apoia no fato das lacraias estarem entre os poucos seres vertebrados que conseguem sobreviver sem ajuda dos pais. Pensando nisso, o pesquisador dividiu os animais em dois grupos: um de 1.600 larvas cuidadas por suas 40 mães, e outro, com o mesmo número de filhotes - só que, dessa vez, com eles tendo que se virar. Os resultados mostram que as larvas fêmeas desse primeiro montante se tornaram boas mães: limpavam o ninho, alimentavam as crias e defendiam a prole se algum predador aparecia. As larvinhas órfãs, por outro lado, não se preocupavam tanto com os filhotes que vinham a ter depois. Nem mesmo das ameaças predatórias elas faziam muito esforço para proteger.
O estudo ainda apontou que a adoção não funciona muito no mundo dos insetos. Mesmo quando os cientistas colocavam uma lacraia mais velha para cuidar dos órfãos, as larvinhas crescidas continuavam menos cuidadosas em relação aos seus filhotes.
A ideia do estudo é mostrar como as relações familiares ocorrem no mundo animal. "Não existem muitas espécies de artrópodes com relação parental", afirmou Meunie à Scientific American. "Mas aquelas que possuem essa característica, podem nos ajudar a mostrar como a vida familiar evoluiu e porquê", conclui.
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