terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Streptococcus - Transmissão, Sintomas e Complicações / Diagnóstico e tratamento



Transmissão do Streptococcus

As formas de transmissão da bactéria são variadas, e podem ser tanto endógenas (determinada por herança genética, estilo de vida ou fisiologia do organismo) quanto exógenas (determinada por causas referentes ao meio ambiente, independentes ao organismo do animal).

Fatores referentes à idade do animal também podem apontar para uma maior chance de infecção, seja o cão idoso ou um filhote. No caso dos filhotes, essa propensão maior se dá em função do sistema imunológico ainda pouco desenvolvido e muito frágil, o que impede a produção de anticorpos por parte do animal para que a infecção seja combatida.

Entre os cachorros idosos a causa é similiar, e ocorre em função da diminuição de células de defesa que acontece no organismo nos animais de idade avançada, que ficam bem mais expostos a infecções causadas por bactérias, fungos e protozoários.

Cães que passam por procedimentos cirúrgicos também devem ser bem cuidados durante a fase pós-operatória, já que, neste período ficam com o sistema imune mais fagilizado e, com isso, mais propensos a sofrer com algum tipo de infecção bacteriana.

Ambientes muito cheios e que causam estresse aos cachorros - como canis - podem ser um fator determinante para a transmissão da bactéria e, portanto, devem ser evitados, tendo em vista que o contato de animais sadios com outros contaminados é garantia da transmissão do Streptococcus. Assim como no caso do contato direto, o hábito de dividir tigelas onde se come e se bebe também apresenta riscos para a transmissão, que geralmente é feita por meio das secreções respiratórias e salivares do pets.


Vale a pena lembrar, mais uma vez, que boa parte das doenças causadas por esta bactéria são zoonoses – ou seja, podem ser transmitidas para seres humanos – e, por isso, é importante que ao notar qualquer tipo de sintoma por infecção de Streptococcus em seu pet, o contato com ele seja evitado ao máximo, até que se possa consultar um profissional veterinário; tendo em mente que um simples abraço no seu amigão pode fazer com que você também adquira algum tipo de complicação.

O Streptococcus também pode ser o agente de doenças que acometem os felinos e que, na maioria dos casos, se manifestam de forma similar às doenças causadas pelas bactérias do Grupo A em seres humanos; incluindo infecções respiratórias, sinusite e dermatites variadas. Assim como no caso dos cães, evitar gatis muito cheios e o contato do bichano saudável com gatos infectados é uma boa opção de prevenção.

Gatos portadores da AIDS Felina entram no grupo dos mais propensos a serem infectados com a bactéria Streptococcus, já que o sistema imunológico dos gatos com esta doença é bastante fragilizado e aberto a transmissões de doenças diversas.

Sintomas e complicações causados pela bactéria Streptococcus

Podendo ser fatal para cães e gatos, as doenças causadas por esta bactéria específica se apresentam por meio de diversas formas e sintomas. Nos cães, alguns dos sinais mais comuns incluem febre, dor, amidalite, celulite (doença inflamatória), dificuldade para engolir alimentos ou bebidas, pneumunia, tosse e apatia. Complicações mais graves também já foram registradas tendo o Streptococcus como agente causador, incluindo abortos e infecções que afetam o trato urináro, o sistema nervoso central e toda a circulação sanguínea dos animais.

A Síndrome de Choque Tóxico também é uma complicação que pode ser causada pela bactéria Streptococcus e, por ser bastante grave, pode acometer diferentes áreas do organismo animal, incluindo membranas mucosas, os rins, a pele e o sistema gástrico. Embora seja bastante rara, essa complicação pode acometer tanto animais como humanos, e as suas causas além da bactéria ainda não foram completamente definidas.



Nos gatos os sintomas também podem incluir tosse, pnemunia, febre, artrite, apatia e dor, no entanto, os problemas respiratórios acabam sendo os principais e de maior gravidade entre os felinos, sendo que dermatites também podem ser observadas em gatos contaminados pelo Streptococcus.

É de extrema importância que um profissional veterinário seja consultado no caso de esses sintomas do Streptococcus se manifestarem em seu pet, já que, além da transmissão da doença em questão para outros animais e mesmo para seus proprietários, o animal pode chegar ao óbito em pouco tempo caso não seja tratado da maneira correta.

Enquanto os humanos com complicações mais graves referentes a esta bactéria podem falecer em até 80% das situações, a proporção aumenta bastante no caso dos animais, sendo que os gatos são ainda mais afetados que os cães, na maioria das vezes.


Diagnóstico e tratamento das doenças relacionadas ao Streptococcus

Embora o conjunto de sintomas das doenças causadas pela bactéria Streptococcus sejam relativamente típico, é somente por meio de um exame laboratorial que se pode chegar a um diagnóstico certeiro e, para isso, a visita do animal a um veterinário é indispensável.

Para que o diagnóstico seja realizado da maneira correta, o médico colherá uma amostra da área infectada no pet, que será analisada e, de acordo com os resultados e a região afetada, pode pedir por outros exames complementares.

O uso de antibióticos é, normalmente, o caminho seguido para o tratamento das doenças causadas pelo Streptococcus, e somente um profissional poderá indicar a medicação correta para o caso do seu pet, além de dizer quais doses e com que frequência os remédios devem ser dados ao seu amiguinho para que o tratamento seja completo e eficaz.

Em geral, o tratamento para os casos mais comuns de doenças desencadeadas pela bactéria dura de alguns dias até algumas semanas, no entanto, intervenções cirúrgicas também podem ser indicadas para tratar casos mais graves. Nas situações em que o animal desenvolve feridas, por exemplo, uma cirurgia pode ser necessária para que todo o tecido morto seja retirado do corpo do pet, evitando que a bactéria se mantenha no local e se propague para outras regiões.

Como sempre frisamos, os donos de pets jamais devem optar pela auto-medicação, pois, dessa forma, podem tanto agravar a doença de seus bichinhos de estimação como retardar o seu processo de recuperação e até levá-los à morte. Tomando-se o cuidado de consultar um veterinário ao aparecimento dos primeiros sintomas, basta seguir corretamente ao tratamento para ajudar na cura de seu pet, lembrando sempre de mantê-lo em locais limpos e desinfetados, e de sempre lavar bem as mãos aos brincar com seu amigo.

Cães são geralmente bastante sensíveis a infecções causadas pelos Streptococcus e devido a essa característica, o tratamento deve ser feito o mais rápido possível, mesmo diante de pequenas infecções.

Além do uso de antibiótico adequado de acordo com o tipo de Streptococcus, alguns casos mais graves exigem intervenção cirúrgica para a remoção de tecido morto no pet, limitando assim a propagação da bactéria.

Infelizmente os animais também estão sofrendo com um problema que vem se tornando bastante comum para humanos: a resistência das bactérias aos antibióticos. Segundo especialistas uma série de fatores influenciam nesse problema:

  • Interrupção do tratamento antes do prazo estabelecido pelo veterinário. Alguns donos acham que a ausência dos sintomas já resolve o problema e param o tratamento por conta própria, no entanto o Streptococcus ainda se encontra no organismo do animal e pode voltar mais resistente;
  • Problemas em administrar a dosagem correta indicada pelo veterinário, além de dificuldades de seguir os intervalos determinados;
  • Uso de antibióticos sem a indicação de um especialista. Lembre-se que apenas um veterinário é capaz de passar o medicamento certo para infecção streptocócica do seu bichinho de estimação.

É comum que os veterinários queiram o retorno do animal após o termino do tratamento, isso é necessário porque apenas o profissional é capaz de dizer se o pet está completamente curado ou se ele precisa de novas doses do medicamento antes de ter alta.


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