terça-feira, 8 de setembro de 2015

Cidadania & Meio Ambiente: Crise hídrica pede medidas imediatas

De fato, há muito tempo as secas deixaram de ser, exclusividade, do campo e, mais ainda, da região Nordeste em nosso país. Não é à toa que São Paulo, a maior cidade da América Latina, com 11 milhões de habitantes, sofre com a pior seca em 80 anos.
No fi nal do ano passado, o nível das represas que abastecem a cidade baixou a 22%. Como comparação, nessa mesma época em 2013, o sistema funcionava com 57%. A partir de então, a possibilidade de racionamento de águavempreocupandoapopulação e o governador do estado.

Cabe destacar que cientistas, pesquisadores e ambientalistas vêm alertando, há mais de 10 anos, sobre os riscos de uma grave crise hídrica, já que esses problemas possuem 
raízes muito claras: mudanças climáticas, inchaço urbano e infraestrutura insuficiente de abastecimento. Porém, essas condições também têm afetadooutras partes do país. 

Na última década, por exemplo, o Sul sofreu com estiagens mais intensas efrequentes do que o normal para a região. No ano passado, até a hidrelétrica de Itaipu foi afetada, como o nível do lago que a abastece se aproximando do registrado em 2001, o mais baixo da história. E, em 2005 e 2010, foi a vez da Amazônia.

A possível falta d’água no Sudeste pode não causar uma emigração, como no Nordeste, mas preocupa a economia. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografi ae Estatística (IBGE) o estado de São Paulo concentra 36% da produção industrial e 33,5% da renda gerada pelo setor de serviços no país.
Os dados mostram que não há mais o que se esperar. Medidas imediatas são necessárias, como revitalizar bacias hidrográfi cas, recuperar mananciais, ampliarao máximo os sistemas de captação e tratamento de esgoto, conservar e proteger as áreas de recarga dos aquíferos. 

Isto sem falar, da redução do desperdício dos sistemas de distribuição, do uso perdulário da água pela agricultura e do desperdício pelos consumidores. É bom saber ainda que a crise hídrica está intimamente ligada ao manejo do solo.
Atuando como um fi ltro, ele deve estar permeável para que o líquido se acumule nos lençóis freáticos e aquíferos. Assim, percebe-se que o problema da crise hidricano Sudeste é provocado não só por baixa precipitação, mas principalmente pela impermeabilização do solo nas áreas urbanas e o não armazenamento das águas pluviais. Por isso, o solo também deve estar na pauta dos agentes públicos, sob a responsabilidade de quem faz a gestão de um recurso finito.
Diante da crise da água, apenas por meio de medidas como essas, envolvendouma
questão de mudança de cultura e muito esforço educativo, haverá mais chances de ue o cenário futuro do Brasil e do mundo seja mais promissor para a vida do homem na Terra.

Mudanças climáticas e o aumento no 

consumo de água ameaçam o abastecimento 

em algumas das principais cidades brasileiras. 

Parte da solução está na criação do primeiro 

monitor brasileiro de secas. 

Água que vem do chão
A crise hídrica está intimamente ligada 
ao manejo do solo. Atuando como um 
fi ltro, ele deve estar permeável para 
que o líquido se acumule nos lençóis 
freáticos e aquíferos.

Recursos hídricos
O equilíbrio ecológico do meio aquático 
deve ser preservado. Por isso, monitoramentos e 
sistemas de controle devem ser incentivados 
e implantados.

A ética e a água 
O professor Efraim Rodrigues fala sobre a crise 
hídrica que assola São Paulo e a Califórnia, 
mostrando que gerir a água de maneira 
sustentável é complicado.

O solo e a crise da água
A importância de aproveitar a ocasião para 
fazer uma avaliação das condições de uso 
deste recurso no Brasil, porque são elas que 
determinam a maior ou menor efi ciência 
no ciclo hidrológico.

Escassez hídrica
Cientistas, pesquisadores e ambientalistas vêm 
alertando, há mais de 10 anos, sobre a necessidade 
de medidas imediatas, como revitalizar bacias 
hidrográfi cas, recuperar mananciais e reduzir 
os desperdícios.

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