Apesar das mudanças pelas quais tem passado o mundo, o Brasil continua sendo um país privilegiado quando o assunto está relacionado com desastres naturais, visto que não há ocorrência de vulcões ou terremotos de maior magnitude, além de serem raros os casos de tempestades acompanhadas por furacões e outros e eventos similares. Mas apesar dessa aparente vantagem o país não está imune à incidência de catástrofes, quase todas elas relacionadas com chuvas e principalmente com inundações que assolam cidades de todos os portes.
Para garantir a segurança da população e a preservação dos patrimônios público e privado, os governos investem todos os anos uma grande quantidade de recursos em projetos e ações ligadas à gestão de inundações e recursos hídricos, buscando dessa forma garantir a prevenção e principalmente o atendimento às áreas atingidas.
As ações mais comuns relacionadas com a gestão de inundações são aquelas baseadas na construção e na manutenção da rede de captação de águas pluviais. Quando esse dispositivo funciona adequadamente, a água proveniente das chuvas é encaminhada para rios e córregos de forma quase imperceptível para a população, mas há casos em que o entupimento por excesso de lixo ou falta de manutenção adequada impede seu funcionamento, contribuindo dessa forma com o surgimento de inundações localizadas.
Outro dispositivo bastante eficiente para a prevenção de enchentes nas grandes áreas metropolitanas é o “piscinão”, verdadeiros empreendimentos sustentáveis que são implantados pelos governos estaduais e pelas prefeituras. Eles são construídos em uma área destinada à captação de grandes volumes de água que, posteriormente, é removida com o auxílio da rede de captação de águas pluviais, ou por meio de um sistema de bombas, conforme o caso e as dimensões do projeto.
Outras técnicas usadas para a gestão de inundações são baseadas em conceitos como a ordenação do território feita a partir de estudos quanto à vazão de rios e córregos, áreas de várzea e histórico de áreas inundadas. Os dados reunidos permitem a tomada de decisões sobre a construção de canais auxiliares, barragens e até mesmo o deslocamento da população, quando necessário.
É importante ressaltar que a construção de modernos empreendimentos sustentáveis que contemplem em seus projetos recursos hídricos para a captação e o escoamento de águas pluviais também pode auxiliar, em certo grau, a gestão de inundações em determinadas áreas das cidades. Porque quanto mais projetos deste tipo forem criados, melhores serão as condições para a prevenção desse desastre natural tão frequente no Brasil.
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