Espuma se forma por causa do esgoto doméstico que é lançado no rio.
Problema causa transtornos em cinco cidades do interior de São Paulo
Uma espuma cobriu 50 km do rio Tietê, no interior de São Paulo. É tudo poluição provocada pelo lançamento de esgoto na água do maior e mais importante rio paulista. Foi a primeira vez que a espuma apareceu este ano, mas o problema já ocorre há décadas.
É tanta espuma que lembra nuvens e em alguns pontos só se vê o branco encobrindo o rio escuro, mas o visual é causado por um péssimo motivo: a poluição. Em um trecho o rio está morto. Para ter vida, peixes, é preciso que a água tenha de cinco a sete miligramas de oxigênio por litro. Mas hoje, segundo a Cetesb, a água está com 0,3% miligrama de oxigênio.
O rio também está com pouca água por causa do período de estiagem, e segundo a Secretaria Estadual de Meio Ambiente a espuma se forma por causa do esgoto doméstico que é lançado no rio sem tratamento e o detergente que usamos para lavar louça, mesmo sendo biodegradável, não se dilui porque falta oxigênio na água.
O Rio Tietê nasce em Salesópolis e corta praticamente todo o estado de São Paulo. São 1,1 mil km até Itapura, onde deságua no rio Paraná. O trecho poluído é de Santana de Parnaíba até Salto.
E é justamente no ponto, em Pirapora do Bom Jesus, que a situação é mais crítica. É tanta espuma que chega a atingir as casas as margens do rio.
O problema é maior durante a manhã. O Tietê fica todo branco. Ao longo do dia os blocos de espuma vão se despedaçando. Eles descem rio abaixo e passam por mais três cidades. Só depois do município de Salto é que a espuma vai se dissipando até sumir na água.
Além da poluição visível, o mau cheiro é um problema para os moradores dessas cidades do interior paulista. Além disso, o contato com a espuma causa principalmente doenças de pele. Quem mora na região já considera quase um sonho ver de novo o maior rio paulista limpo, como há mais de 30 anos.
"A Cetesb fiscaliza, sob aspecto ambiental e a Cetesb cobra, qualquer coisa que não for cumprida desse plano a Cetesb vai tomar as providências cabíveis com base na legislação. São metas progressivas tanto que o projeto de despoluição do rio Tietê já se arrasta há 20 anos e nós temos percebido uma diminuição dessa poluição mas é algo que vai demorar”, fala o diretor de engenharia e qualidade ambiental da Cetesb, Carlos Roberto dos Santos.
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