Por necessidade e pela agilidade no transporte, é cada vez mais comum ver animais de estimação em aeroportos. No entanto, este é um processo nada simples. A viagem de avião em si não é tão é tão problemática; a maioria dos incidentes ocorre em solo, de acordo com um levantamento feito pelo site especializado PetTravel.
Evite acidentes como o ocorrido com o gato Louis, que que escapou de sua caixa de transporte no Aeroporto de Guarulhos, São Paulo que desapareceu em setembro de 2014, deixando seus tutores apavorados. O AgendaPet já publicou um artigo sobre viagem de avião (veja no link a seguir), e neste aqui vamos focar em que medidas você pode tomar para evitar perder seu pet no meio do caminho, como aconteceu com o Louis.
Cinco dicas sobre como não perder o seu pet em uma viagem de avião
Estas dicas valem tanto para quem vai fazer um voo doméstico ou internacional com um cachorro, gato ou outro tipo de pet
Uma viagem de avião, nacional ou cruzando o Atlântico pode ser bastante cansativa para um humano. Imagine para um animal de estimação! Barulhos estranhos, compartimentos de carga e ambiente repleto de pessoas desconhecidas podem ser aterrorizantes para um pet acostumado com a tranquilidade do seu lar. Isso tudo, combinado com o manuseio não apropriado, pode levar a uma fuga se ele perceber uma oportunidade. Para isso, separamos 5 dicas fundamentais que o auxiliarão neste processo:
1. Viagem bem sucedida começa com bom planejamento, desde a compra da passagem!
O sucesso da viagem com seu pet começa na hora de comprar a sua passagem. Evite os vôos com conexões (paradas). Se isto for impossível, tente escolher o trecho com mínimo de paradas, mesmo que custe mais caro. Outra dica é dar preferência aos vôos noturnos, nos momentos de menor movimento nos aeroportos. É uma forma de minimizar sua chance de extravios, e, além disso, um cão ou gato perdido no horário. de ‘rush’ é mais difícil de ser capturado.
Se possível, opte pela classe executiva (ou primeira!). Existe um espaço muito maior entre os assentos e acesso prioritário para entrar e sair da aeronave. No caso de transporte de pets, não se trata de comodidade, mas sim de necessidade.
Se o seu pet tiver que ser despachado em um compartimento de carga, uma outra dica do site Pettravel é considerar a temperatura da origem e do destino e verificar quais são as condições climáticas: algumas companhias podem recusar a embarcar um animal em casos de temperaturas extremamente altas ou baixas que podem colocar a vida em risco.
2. Escolhendo a caixinha de transporte ideal
(Imagem: Shutterstock)
Antes de adquirir uma caixa de transporte (oucarrier, em inglês) confira om a companhia aérea as medidas e dimensões aceitas e se o tamanho dela atende ao seu pet com conforto. Como regra, o petdeve poder ficar de pé com as quatro patas, e girar no eixo confortavelmente. Caixas muito grandes, também não são indicadas: além de a companhia aérea cobrar mais, não funcionará como "cinto de segurança" em caso de freadas bruscas ou turbulência.
Os carriers devem ser de plástico de boa qualidade, com trancas seguras o suficiente que não permita que seu bichinho possa abrir, além de possíveis fugas.
(Imagem: reprodução Mercado Livre)
Uma boa dica é reforçar com abraçadeiras plásticas as trancas da porta e as junções das 2 partes da casinha (chão e teto). Dessa forma, você reforça a segurança e garante que, caso necessário, seja fácil de abrir o carrier (não use metal ou similar). Se o seu pet for daqueles que adora roer coisas novas, coloque as abraçadeiras de forma a evitar que o pestinha as mastigue.
Algumas companhias aéreas não permitem a presença de animais na cabine. Mas fique tranquilo, pois o local de carga de animais vivos possui temperatura controlada e são pressurizadas!
3. Sempre que possível, opte por levá-lo na cabine. Sim, é possível!
De modo geral, cargas que não excedam 10 Kg (soma do peso da caixa e do animal) são permitidos na cabine de algumas empresas áereas. Se seu pet é deste tamanho, procure as empresas que permitam. Isso elimina 80% do risco de perder um pet.
Nestes casos, opte por carriers mais leves ou até mesmo de tecido, caso aceito pela companhia aérea. As regras de tamanho prevalecem: seu pet tem que viajar confortável. O agravante aqui é que a caixa de transporte terá que ir sob seus pés, entre sua poltrona e a da frente. Por isso, cheque antes com a companhia aérea qual aeronave será usada e peça as dimensões exatas deste espaço para saber se a caixa caberá. Saiba que se o carrier não couber neste espaço, ele não poderá viajar na cabine, e você correrá um risco elevado de perder a viagem por completo. A dica aqui é, seja meticuloso!
4. Durante o trajeto, JAMAIS abra a caixa de transporte!
Antes de tudo, é sempre válido acostumar o seu animal de estimação a ficar um pouco na caixa: faça pequenas viagens 'de mentirinha' com ele antes da viagem definitiva. Esta é uma forma a diminuir o medo de forma gradual e fazer com que ele se sinta seguro em uma caixa de transporte.
Se o seu animal for na cabine: JAMAIS abra a caixinha de transporte durante a viagem. não importa quão mansinho seja. Sequer abra a porta. Não só você corre o risco de perdê-lo, como de ser expulso do voo.
Um gato ou cachorro de pequeno porte tem a capacidade de esconderem-se em setores de uma aeronave onde a vida dele pode correr risco de literalmente ir para o espaço. Nem todo gato tem a sorte do Bisou, que foi encontrado em uma mala após uma viagem de 5500 Km!
(Imagem: Shutterstock)
Se o animal for embarcado em outros compartimentos de carga, é muito importante certificar-se da devida identificação não só da caixa mas também do seu pet. Mantenha sempre seu animal de estimação com uma coleira com tag de identificação e atenção com idioma em casos de viagens internacionais. Caso ele não esteja acostumado a usar,começar a usar em casa, em tempo integral, umas 2 semanas antes da viagem, sendo uma recomendação válida tanto para cães ou gatos.
Em caso de conexões e se você estiver no mesmo voo, deve ser possível que a companha aérea permita que você tenha acesso e possa ver o seu pet no período que estiver aguardando o próxima etapa da viagem.
Existem rastreadores GPS para animais que podem ser úteis nesses casos.Difíceis de encontrar no Brasil, estes equipamentos ainda possuem muitos problemas, em especial o tamanho e a autonomia da bateria, mas para situações específicas como esta podem ser bastante úteis. O AgendaPet já falou sobre o tema no artigo abaixo:
Existem outros acessórios que podem ser adaptados para este uso e podem ser muito úteis nestas horas. Localizadores de bagagem como o TRAKDOT, encontrados à venda em lojas especializadas no exterior, podem ser acoplados à caixa de transporte dando maior controle a você sobre a localização da mesma. Não vai resolver o prolema caso seu pet fuja, mas vale considerar.
5. E quando o pior acontece e seu pet some?
(Imagem: Shutterstock)
Quando seu pet se perde é importante saber onde recorrer. Nos aeroportos brasileiros, problemas assim devem ser notificados imediatamente além da companha aérea responsável e também a Anac e o responsável pelo Ministério da Agricultura do aeroporto onde ocorreu o incidente. No caso de morte ou perda do animal, cabem as medidas judiciais por danos materiais e morais.
No caso do gato Louis, perdido no Aeroporto de Guarulhos, depois de uma campanha nas redes sociais onde foi oferecida recompensa de R$ 5 mil e muita insistência dos proprietários, a adminstração e a companhia aéreac oncordaram em auxiliar nas buscas. Foram contratados profissionais especializados e montadas armadilhas próprias que permitiram a sua captura.
Se você suspeitar ou constatar que houve negligência, vale coletar, fotografar ou filmar todas as evidências e procurar imediatamente a ouvidoria da companhia aérea, tendo em mãos a documentação do seu animal.
Seguindo estas dicas, evite possíveis dores de cabeça e tenha uma viagem tranquila e sem extravios. Estes cuidados podem parecer excessivos, mas não são. Viajar de avião com um pet é uma tarefa bastante complexa e deve ser planejada e executada com o máximo cuidado.
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