A vontade é presentear o melhor amigo com um ovo de chocolate, para celebrar a Páscoa. Isso, porém, pode colocar a vida do pet em risco. Se o chocolate é uma guloseima para humanos, no organismo dos animais, ele age como veneno.
O fígado dos cães e gatos não metaboliza direito uma substância presente no chocolate, chamada teobromina, que está relacionada com a quantidade de cacau. Quanto mais cacau, mais teobromina o produto contém e mais tóxico ele é.
Quanto mais escuro e amargo o chocolate, maior o percentual de cacau e, consequentemente, mais tóxicos para os animais. No entanto, o chocolate ao leite e o chocolate branco também fazem mal e não devem ser oferecidos aos pets.
“Como a teobromina age intensamente no organismo, pode ocorrer aumento de contrações musculares, excitação nervosa, micção em excesso, elevação da temperatura corporal, respiração acelerada, taquicardia, vômitos e diarreia. A gravidade do quadro varia de acordo com a quantidade ingerida”, esclarece Keila Regina.
Apesar de os casos letais serem raros, existe alta incidência de indisposições gastrointestinais, especialmente em animais pequenos e jovens, devido à quantidade de toxina em relação ao peso do pet.
“Além do risco de intoxicação e do mal-estar, o chocolate pode acarretar em outros males ao organismo do animal, como a obesidade e suas complicações”, alerta. Para evitar surpresas desagradáveis, a veterinária recomenda que não se deixem ovos e bombons em locais acessíveis a cães e gatos. Eles podem se sentir atraídos pelo cheiro, pela embalagem e “roubar” sem que os tutores percebam. Também é fundamental orientar as crianças para que não ofereçam a guloseima.
De acordo com a Associação Norte-Americana de Medicina Veterinária, os estimulantes do chocolate circulam no organismo por um bom tempo: em casos severos, os sintomas podem durar por 72 horas. Por isso, no caso de ingestão acidental, é muito importante levar o animal ao hospital veterinário.
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