Outra queixa rotineira é a poliúria/polidipsia, normalmente relacionadas ao diabetes mellitus, doença renal ou hipertireoidismo em gatos. Podemos ainda elencar os problemas cardíacos (sopros), epistaxe, convulsões, paresia, síncope e colapsos como alguns sinais indicativos. Os sinais observados com frequência como reflexos da hipertensão sistêmica incluem:
- Sistema ocular: uma apresentação frequente, ainda que não exclusiva, é a cegueira de origem desconhecida. As pupilas permanecem dilatadas e não responsivas à luz forte ou outro estímulo visual, o animal tromba contra objetos ou exibe relutância em perambular normalmente dentro ou fora de casa, o exame oftalmoscópico mostra anormalidades intraoculares, tais como alteração na morfologia vascular, edema e inflamação, descolamento de retina e/ou hemorragia.
O aumento da pressão intraocular medido através do tonômetro, se presente, indica glaucoma.
- Sistema cardiovascular: alterações no músculo cardíaco são exacerbadas pelo dano aos vasos que suprem o miocárdio. O resultado pode ser variável, desde sinais leves a graves: arritmias, murmúrios cardíacos, colapso repentino e morte, lentidão, inapetência, dificuldade respiratória e tosse, gastroenterite inespecífica, palidez de mucosas, pulso fraco, fraqueza, tromboembolismo ou acidente vascular.
Tanto a doença primária quanto o dano vascular originário da hipertensão secundária predispõem à formação de trombos no interior dos vasos afetados, o que é chamado de acidente vascular. Os animais podem apresentar manifestações agudas e beirando à morte quando o coágulo se forma, obstruindo as principais veias do pulmão ou coração.
O trombo pode se formar dentro do coração, especialmente em felinos, e migrar para a aorta, obstruindo, em virtude da sua posição, o fluxo para um ou ambos os membros posteriores.
Os animais afetados geralmente são incapazes de utilizar os membros, os quais se apresentam hipotérmicos e extremamente doloridos. Devido à dor, são bastante comuns os uivos.
- Sistema nervoso central: Sinais de disfunção cerebral secundária à hipertensão estão relacionados ao aumento de pressão intracraniana, hemorragias e acidentes vasculares dentro das pequenas estruturas ósseas da cabeça.
Pode acontecer perda da função motora, o que está relacionado a achados como claudicação, alterações na marcha ou postura, perda de capacidades perceptivas, mastigatórias e de deglutição, alteração no piscar de olhos e incontinência fecal ou urinária.
Sinais de cegueira não relacionada ao globo ocular, mas de origem nervosa, convulsões, acidentes vasculares afetando uma ou mais porções específicas do cérebro, podendo resultar em discretas anormalidades neurológicas assimétricas, bem como sinais de desorientação ou demência podem ser observados.
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