quarta-feira, 1 de junho de 2016

Especialista da ONU elogia Brasil por iniciativas de proteção à fauna e flora



Bárbara Távora-Jainchill participa da Assembleia da ONU para o Meio Ambiente, no Quênia; evento discutiu tráfico de espécies, tema abordado por outra agência da ONU, Unodc, que divulgou relatório global sobre crimes deste tipo, na terça-feira.
A Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente abre, nesta quarta-feira, seu terceiro dia de debates sobre a dimensão ambiental da Agenda 2030.

A Agenda da ONU reúne 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável para erradicar males econômicos, sociais e ambientais nos próximos 15 anos.

Cooperação

Um dos tópicos do encontro, que ocorre em Nairóbi, no Quênia, é a proteção da fauna e da flora e o combate ao tráfico de espécies. O assunto foi abordado também, na terça-feira, num relatório global do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, Unodc, divulgado na Europa.

Uma das participantes a discursar na Assembleia é a especialista em temas florestais do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais, Bárbara Távora-Jainchill.

Em entrevista à Rádio ONU, de Nairóbi, ela afirmou que a informação da população e a participação de comunidades locais são fundamentais em ações de prevenção. E citou o caso do projeto Tamar, no Brasil, de proteção às tartarugas marinhas, como um bom exemplo.

Apoio financeiro
“Eles simplesmente resolveram bater de porta em porta nessas populações costeiras e explicar o mal que causava este hábito de comer sopa de tartaruga marinha. E isso foi feito sem dar qualquer tipo de apoio financeiro a essas populações, simplesmente na base da informação. Simplesmente explicando que a tartaruga marinha, ela era parte de um todo.”

Bárbara Távora-Jainchill elogiou o programa de proteção à fauna e a flora para combater a exploração indevida das espécies.

A especialista da ONU também falou do estado do Amazonas, onde uma política de implementação de subsídios ajudou a combater a extração i legal da madeira da floresta.

“Existe o aspecto econômico, mas também existe o aspecto da informação e a solução é muito difícil de dizer. Envolve informação, talvez um subsídio econômico, envolve também atividades de caráter policial, mas é um tema muito complexo que tem que ser tratado o mais rápido possível sob pena de que as futuras gerações não conhecerão muito da fauna e da flora silvestre que, hoje em dia, nós vemos.”

A segunda sessão da Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente deve terminar nesta sexta-feira.

Por 
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

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