domingo, 21 de fevereiro de 2016

Primeiro caso conhecido de assassinato entre orangotangos é observado na Indonésia

Um artigo publicado na revista científica Behavioral Ecology and Sociobiology relatou o primeiro caso conhecido de assassinato entre orangotangos. Uma fêmea foi atacada e morta por outra fêmea e um macho, agressão letal inédita até então na espécie.

Os criminosos: Ekko e Kondor
Os criminosos: Ekko e Kondor
Outro macho, Guapo, saiu em defesa de Sidony, conseguindo espantar Ekko. No entanto, Sidony já havia recebido lesões graves.

Surpreendente

Orangotangos fêmeas são normalmente solitárias e muito raramente se envolvem em brigas. Também é incomum que fêmeas e machos formem coalizões nesta espécie.

Logo, esse caso é certamente estranho. Kondor, uma fêmea jovem, e Ekko, seu pretendente, bateram e morderam em uma fêmea mais velha chamada Sidony nas florestas pantanosas da Reserva Mawas, na Indonésia.
 

Sidony ficou com ferimentos graves que infectaram, morrendo duas semanas depois.
“Foi muito surpreendente”, disse Anna Marzec, da Universidade de Zurique, na Suíça, que observou o comportamento. “Nunca tinha visto nada assim antes”.

Motivação desconhecida

Não está claro por que Kondor teve tal comportamento agressivo. Orangotangos fêmeas não defendem seu território e os pesquisadores não viram nenhum sinal de qualquer provocação.
“Nós achamos que a presença do macho teve muito a ver com o fato de que ela teve a coragem de atacar e, em seguida, ser tão persistente”, sugeriu Marzec ao jornal The New Scientist.
 
 Kondor tinha perdido recentemente um bebê. Pouco antes do ataque, ela estava em um momento de namoro com Ekko.
Quando o par encontrou Sidony, Ekko a inspecionou antes de voltar para acasalar com Kondor. Kondor, em seguida, deixou Ekko para atacar Sidony. Mais tarde, Ekko juntou-se a ela.

Superpopulação

A área da reserva está ficando cada vez mais lotada de orangotangos, por causa da destruição do habitat ao redor.
De acordo com os cientistas, isso também pode ter desempenhado um papel no comportamento incomum dos animais. “Queremos ver se isso vai acontecer com mais frequência agora”, afirmou Marzec. 

Fonte:
[NewScientist]

Publicado por:
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário