Com as altas temperaturas animais domésticos como cães e gatos estão mais propensos a pegar doenças infecto-contagiosas virais e infestação de ectoparasitas como pulgas, carrapatos e ácaros.
Especialistas dão dicas de como minimizar a sensação térmica nessa época do ano. No zoológico de Goiânia a saída para aliviar o calor foi oferecer picolé para a bicharada.
O veterinário Paulo Roberto de Sousa, especialista em cardiologia e cirurgia veterinária, observa que devido o tempo estar muito quente a elevação da temperatura corporal dos animais aumenta (hipertermia) sendo necessária uma atenção redobrada nos cuidados com pestes.
Ele avalia que uma forma de monitorar esse aquecimento é perceber as alterações no comportamento do animal como, por exemplo, o aumento da frequência respiratória e a temperatura retal. “A gente orienta o proprietário a aferir a temperatura retal do animal. Sendo que a temperatura normal é de 37°C até 39°C e devido a problemas com altas temperaturas ela pode chegar até 42 °C”.
Paulo acrescenta que ao contrário das pessoas o animal não perde calor através da pele e sim através da respiração e quando demonstram dificuldades respiratórias é um sinal clínico de que está sofrendo pela alta temperatura.
Dentro da categoria dos cães ele chama a atenção para as raças que costumam sofrer mais nessa época quente. “Existe raças que a gente chama braquicefálicos que são cães que tem o focinho muito curto. Eles sofrem muito com as altas temperaturas. Tem também os animais de pelos longos e que já tem alguma doença crônica como as bronquites e problemas respiratórios que acabam sofrendo mais nessa época do ano”.
Em relação aos animais de pelo longo o veterinário orienta que o ideal é que os proprietários mantenham uma tosa com pelagem mais curta, não para facilitar a regulação da temperatura, mas porque o pelo retém mais calor na superfície corpórea do animal. “As altas temperaturas podem levar a um estado de hipertermia e esse estado pode alterar algumas funções fisiológicas levando, às vezes, a uma parada cardíaca súbita”.
Paulo chama a atenção para os cuidados redobrados com os cães de pele clara que sofrem mais nessa época. Ele explica que alguns têm predisposição a desenvolver doenças cancerígenas na pele devido à exposição solar. “Nessa época do ano em que o calor é intenso os donos de animais devem evitar a exposição ao sol e caso necessário fazer o uso de filtro solar normalmente em áreas que não tem pelo”.
Peixes
O veterinário alerta que os peixes também podem sofrer com o aquecimento, podendo morrer devido às altas temperaturas. Uma vez que cada espécie tem uma temperatura adequada para sua sobrevivência o veterinário orienta: “Um dos cuidados que se deve ter com o peixe é o uso do termostato, dispositivo que controla as variações de temperatura de um sistema, procurando manter a temperatura ideal”.
Outra orientação é que se deve levar em conta, na hora da escolha dos peixes para compor o aquário, que eles precisam compartilhar de um mesmo tipo de temperatura para que não haja perdas.
Bicharada refresca-se com picolé
Animais do Zoo tem tanque com água e picolés durante o calor (Foto: Divulgação)
De acordo com a supervisora técnica do Parque Zoológico de Goiânia, Rita Figueiredo existe hoje no parque 532 animais, desses os que sentem mais calor são os grandes felinos, ursos e alguns primatas. Para minimizar os efeitos das temperaturas altas: “Além de oferecer um picolé que é feito aqui, também há aspersores dentro dos recintos que em horários mais quentes do dia nós ligamos para refrescar um pouco.”
Rita explica que os picolés são feitos pela equipe técnica do zoológico com todo um preparo e cuidado para oferecer aos animais o alimento de forma mais natural possível. “Os picolés são feitos com frutas, verduras e carnes e costumam demorar um pouco mais para congelar devido ao calor e precisam ficar bem duros”.
Ela descreve que nos caso dos ursos além de receberem um picolé de frutas, tomam banho de mangueira e contam com os aspersores dentro dos recintos. Já os grandes felinos desfrutam de picolé de carne, bem como o uso dos aspersores. Os pequenos e médios primatas também recebem picolé de frutas.
“Graças a Deus nenhum animal morreu por conta do calor, eles têm o jeito próprio deles de tentar lidar com isso. Todos os recintos tem tanque de água que é trocado diariamente e se por ventura o bicho achar que tem necessidade ele vai entrar no tanque para molhar o corpo”, conclui.
Cuidados para minimizar o calor nos animais
Especialistas dão dicas de como minimizar a sensação térmica nessa época do ano. No zoológico de Goiânia a saída para aliviar o calor foi oferecer picolé para a bicharada.
O veterinário Paulo Roberto de Sousa, especialista em cardiologia e cirurgia veterinária, observa que devido o tempo estar muito quente a elevação da temperatura corporal dos animais aumenta (hipertermia) sendo necessária uma atenção redobrada nos cuidados com pestes.
Ele avalia que uma forma de monitorar esse aquecimento é perceber as alterações no comportamento do animal como, por exemplo, o aumento da frequência respiratória e a temperatura retal. “A gente orienta o proprietário a aferir a temperatura retal do animal. Sendo que a temperatura normal é de 37°C até 39°C e devido a problemas com altas temperaturas ela pode chegar até 42 °C”.
Paulo acrescenta que ao contrário das pessoas o animal não perde calor através da pele e sim através da respiração e quando demonstram dificuldades respiratórias é um sinal clínico de que está sofrendo pela alta temperatura.
Dentro da categoria dos cães ele chama a atenção para as raças que costumam sofrer mais nessa época quente. “Existe raças que a gente chama braquicefálicos que são cães que tem o focinho muito curto. Eles sofrem muito com as altas temperaturas. Tem também os animais de pelos longos e que já tem alguma doença crônica como as bronquites e problemas respiratórios que acabam sofrendo mais nessa época do ano”.
Em relação aos animais de pelo longo o veterinário orienta que o ideal é que os proprietários mantenham uma tosa com pelagem mais curta, não para facilitar a regulação da temperatura, mas porque o pelo retém mais calor na superfície corpórea do animal. “As altas temperaturas podem levar a um estado de hipertermia e esse estado pode alterar algumas funções fisiológicas levando, às vezes, a uma parada cardíaca súbita”.
Paulo chama a atenção para os cuidados redobrados com os cães de pele clara que sofrem mais nessa época. Ele explica que alguns têm predisposição a desenvolver doenças cancerígenas na pele devido à exposição solar. “Nessa época do ano em que o calor é intenso os donos de animais devem evitar a exposição ao sol e caso necessário fazer o uso de filtro solar normalmente em áreas que não tem pelo”.
Peixes
O veterinário alerta que os peixes também podem sofrer com o aquecimento, podendo morrer devido às altas temperaturas. Uma vez que cada espécie tem uma temperatura adequada para sua sobrevivência o veterinário orienta: “Um dos cuidados que se deve ter com o peixe é o uso do termostato, dispositivo que controla as variações de temperatura de um sistema, procurando manter a temperatura ideal”.
Outra orientação é que se deve levar em conta, na hora da escolha dos peixes para compor o aquário, que eles precisam compartilhar de um mesmo tipo de temperatura para que não haja perdas.
Bicharada refresca-se com picolé
Animais do Zoo tem tanque com água e picolés durante o calor (Foto: Divulgação)
De acordo com a supervisora técnica do Parque Zoológico de Goiânia, Rita Figueiredo existe hoje no parque 532 animais, desses os que sentem mais calor são os grandes felinos, ursos e alguns primatas. Para minimizar os efeitos das temperaturas altas: “Além de oferecer um picolé que é feito aqui, também há aspersores dentro dos recintos que em horários mais quentes do dia nós ligamos para refrescar um pouco.”
Rita explica que os picolés são feitos pela equipe técnica do zoológico com todo um preparo e cuidado para oferecer aos animais o alimento de forma mais natural possível. “Os picolés são feitos com frutas, verduras e carnes e costumam demorar um pouco mais para congelar devido ao calor e precisam ficar bem duros”.
Ela descreve que nos caso dos ursos além de receberem um picolé de frutas, tomam banho de mangueira e contam com os aspersores dentro dos recintos. Já os grandes felinos desfrutam de picolé de carne, bem como o uso dos aspersores. Os pequenos e médios primatas também recebem picolé de frutas.
“Graças a Deus nenhum animal morreu por conta do calor, eles têm o jeito próprio deles de tentar lidar com isso. Todos os recintos tem tanque de água que é trocado diariamente e se por ventura o bicho achar que tem necessidade ele vai entrar no tanque para molhar o corpo”, conclui.
Cuidados para minimizar o calor nos animais
- Animais de pelo longo retém mais calor o ideal é mantê-los tosados.
- Sempre deixar um recipiente com água fresca para o animal com troca a cada três horas.
- Banhos semanais com água na temperatura ambiente.
- Fazer controle dos ectoparasitas.
- Evitar o uso de roupas nos animais nessa época do ano.
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