Pássaros, como papagaios, calopsitas e periquitos, são animais sociáveis, inteligentes, ativos e podem ser ótimos animais de estimação. Mantidos em gaiolas adequadas e devidamente exercitados e até adestrados, eles podem viver muito bem em ambiente doméstico. Porém, muitas vezes, esses animais são acometidos por um problema bastante comum, a automutilação, com o arrancamento das próprias penas.
A automutilação pode ocorrer por diversos motivos, sendo eles comportamentais ou médicos. Entre as causas médicas, podemos citar infestação por parasitas, fungos, alergias, disfunções hormonais e nutricionais. É importante o acompanhamento de um médico veterinário, para determinar corretamente a causa e o tratamento, e por muitas vezes, o comportamento de automutilação pode parar depois do tratamento adequado.
Porém, em muitos casos, esse distúrbio também tem um fundo comportamental, tornando-se um transtorno compulsivo, geralmente em aves que são pouco estimuladas ou passam por estresse.
Para manter a ave ativa e devidamente exercitada, é importante enriquecer o ambiente onde ela vive, proporcionando estímulos diversos: use a alimentação como enriquecimento, oferecendo castanhas com casca para que a ave possa bicar e quebrar a casca para se alimentar, frutas também com casca (peça orientação ao veterinário sobre os alimentos permitidos para psitacídeos), espalhe a ração em vários potes em níveis diferentes da gaiola para que a ave procure a comida, pendure sinos que emitam sons quando manipulados, galhos e poleiros em alturas diversas para o pet poder se movimentar bastante, e por fim, ensine alguns truques ao pássaro, usando método de reforço positivo, ou seja, recompensando-o a cada acerto.
Por exemplo, se a ave for calma, ensine-a a subir em sua mão, colocando-a próxima ao poleiro, e quando ela subir, recompense-a com um pedaço de fruta. Aves são muito inteligentes e totalmente aptas a aprenderem comandos, além de gostarem da interação com pessoas.
Outro fator que pode causar a automutilação é o estresse. Por isso, coloque a gaiola do seu pássaro em local adequado, abrigado do frio e do calor intensos, em que ele possa ver e interagir com pessoas, porém, que não seja muito movimentado (pois isso também pode estressar o bichinho). Para entretê-lo, é possível deixar um rádio ou até TV ligada. Mudanças no ambiente ou nas relações com as pessoas também podem gerar ansiedade.
Ao perceber o comportamento de automutilação, evite punir o pássaro. Nesses casos, punições só aumentam o problema, pois geram estresse. Trabalhe em conjunto com o médico veterinário e um adestrador, para tratar o distúrbio logo no início, quando há mais chances de sucesso, sempre aliando o tratamento médico com a terapia comportamental.
Fonte: Pet Center Marginal.
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