Com apenas 1 ano, Raica foi considerada caso perdido. A cachorrinha tinha aplasia medular, doença que destrói o sistema imunológico. "Ela passava muito mal", conta sua dona, Sandra Hayakawl. Até que foi submetida a um novo tratamento: a injeção de células-tronco. E se curou. Enquanto a terapia com células-tronco para humanos continua em fase experimental, os veterinários já oferecem esse tratamento de forma regular para cães e gatos, cobrando de R$ 1 500 a R$ 3 mil.
As doenças que podem ser tratadas são: fraturas, anemia, deficiências imunológicas e cardíacas, lesões nos rins e nas córneas. Não há estudos definitivos mostrando que as células-tronco realmente funcionem - só casos práticos (e isolados) como o de Raica. "As inovações costumam chegar antes na medicina veterinária, porque todo o desenvolvimento [de novos tratamentos] é feito em animais antes de chegar ao homem", explica Josélio Moura, da Sociedade Brasileira de Medicina Veterinária.
Tratamento para animais é indolor (em tese) e seguro
1. COLETA
Usando uma agulha, o veterinário coleta células-tronco mesenquimais - que podem ser encontradas na polpa dos dentes, na medula óssea ou no tecido adiposo da barriga do cachorro (ou gato). O bicho fica sob anestesia geral durante o procedimento.
2. MANIPULAÇÃO
As células-tronco vêm misturadas com colágeno. Para separá-las, o material é colocado numa centrífuga e tratado com uma enzima. Em seguida, as células são imersas numa solução de nutrientes e armazenadas durante 3 semanas, para que se multipliquem.
3. INJEÇÃO
Uma injeção de células-tronco é aplicada diretamente no órgão machucado ou doente, como nas articulações (em caso de artrite), no coração (problemas cardíacos), ou nos ossos (fraturas). São necessárias de 1 a 3 aplicações.
4. RECUPERAÇÃO
As células-tronco começam a se diferenciar, ou seja, a assumir o formato das demais células do organismo. Se elas forem injetadas num osso, por exemplo, se transformam em células ósseas. Com isso, o órgão ou tecido doente vai se regenerando.
5. CURA
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