sábado, 19 de setembro de 2015

Inundações e terremotos: desastres que representam maior perigo às cidades, diz estudo

quake tsunami (Foto: Kyodo News/AP)


Pesquisa feita por seguradora suíça analisou 616 centros urbanos do globo. Ásia é área mais vulnerável.

As inundações e os terremotos são os desastres naturais que representam o maior risco para os habitantes de todo o mundo, segundo um estudo feito pela seguradora suíça Swiss Re. Atualmente, 1,7 bilhão de pessoas vivem em centros urbanos, o que representa um quarto da população global. Em 2050, cerca de 6,3 bilhões de pessoas poderão viver nas cidades.

A pesquisa mostra que 308 milhões de pessoas poderiam ser afetadas por grandes inundações, em decorrência do aumento dos níveis de água nos rios. Cerca de 280 milhões de habitantes também poderiam ser atingidos por terremotos severos.

O trabalho abrangeu 616 centros urbanos do mundo e avaliou os riscos ligados a cinco tipos de desastres naturais, incluindo tsunamis e tempestades. Os autores estabeleceram uma diferença entre o impacto humano, o número de dias de trabalho perdidos por causa dos desastres e o impacto da perda de produtividade na economia nacional.

Quando a infraestrutura de uma cidade é danificada, a ponto de as pessoas não poderem ir para o trabalho, desastres naturais podem prejudicar de forma significativa a economia local e nacional, destacou o estudo.

Segundo o modelo da Swiss Re, as cidades da Ásia são as mais vulneráveis do mundo. Na região de Tóquio – com Yokohama à frente –, até 29 milhões de pessoas podem ser atingidas por terremotos. Tóquio-Yokohama também alcança o topo do ranking em termos de dias de trabalho perdidos, seguido por Osaka-Kobe e Nagoya.

Amsterdã-Rotterdã está em quinto lugar entre as cidades potencialmente mais expostas em termos de perda de produtividade, enquanto Los Angeles e Nova York estão, respectivamente, em sexto e sétimo lugar. Paris ocupa a nona posição.

Ainda de acordo com a pesquisa, um terremoto devastador em Los Angeles poderia afetar tantas pessoas quanto em Jacarta, mas a queda no valor devido aos dias de trabalho perdidos seria 25 vezes maior.

Em algumas regiões, um desastre natural pode ter consequências graves para a economia nacional, mesmo quando o impacto se limita ao nível da própria cidade. Esse é o caso, por exemplo, de Lima, no Peru, mas também de cidades menores, como San Jose, na Costa Rica, que são os principais centros de produção desses países.

Para a Swiss Re, o levantamento destaca a necessidade de entender o que torna as cidades mais resistentes e quais decisões devem ser tomadas sobre investimento e infraestrutura, com o objetivo de reduzir as perdas humanas e econômicas.

Fonte:

G1

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