O Dia Internacional de Proteção à Camada de Ozônio é comemorado em 16 de setembro, data que marca o aniversário da ratificação do Protocolo de Montreal, ocorrido em 1987.
O tratado visa à redução e à proibição de substâncias que destroem a camada de ozônio, como os gases CFC. De acordo com Neusa Paes Leme, pesquisadora do laboratório de ozônio do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), quase todos os países do mundo já assinaram o acordo.
O ozônio é um gás atmosférico azul-escuro, que se concentra na chamada estratosfera, uma região situada entre 20 e 40 km de altitude. A diferença entre o ozônio e o oxigênio dá a impressão de ser muito pequena, pois se resume a um átomo: enquanto uma molécula de oxigênio possui dois átomos, uma molécula de ozônio possui três.
Essa pequena diferença, no entanto, é fundamental para a manutenção de todas as formas de vida na Terra. A natureza, sabiamente, protegeu o nosso planeta com a camada de ozônio, que funciona como um escudo que nos protege dos raios solares de intensidade mais elevada, perigosos e maléficos à vida - o câncer de pele, uma das doenças que mais mata atualmente no mundo, é consequência da exposição da pele a esses raios.
Origens do problema
O homem tem lançado grandes quantidades de gás carbônico na atmosfera, o que está causando diminuição da camada de ozônio e aquecimento em nível global. Quando foram inventadas, por exemplo, as geladeiras com CFCs (clorofluorcarbonos, gases muito agressivos à camada de ozônio), não se pensava que esse gás seria tão prejudicial à camada de ozônio.
O uso de CFCs é proibido desde 2000, quando, infelizmente, o estrago já havia sido causado. Nos dias atuais, preocupa-nos os índices de gás carbônico, pois, embora menos prejudicial que o CFC, esse é produzido em escala muito maior (até mesmo carros movidos à álcool emitem uma pequena parcela de gás carbônico).
Ao emitirmos gases poluentes para o ar, estes tendem a ocupar todo o espaço. Isso significa que ao emitirmos gases poluentes em Portugal, estes podem se espalhar e ir até os EUA. Além disso, os gases que emitimos sobem muito lentamente (demoram cerca de 15 anos para atingir a camada de ozônio), o que significa que se parássemos de poluir hoje, só em setembro de 2023 teríamos um reparo na ozonosfera.
Atualmente, a maior parcela dos gases está concentrada nos pólos terrestres, o que está causando um enorme buraco nesta camada nessas áreas. A área de gelo permanente, a camada que fica congelada durante todo o ano, foi reduzida em 14%, o equivalente a um país como Turquia ou Paquistão.
Locais de altitudes elevadas também estão sujeitos ao degelo em conseqüência do furo na camada de ozônio. As geleiras suíças, por exemplo, perderam mais de 15% de sua área de superfície nas últimas décadas, e podem desaparecer quase que inteiramente em um século se as mudanças climáticas não forem amenizadas.
Soluções
A tarefa de todos neste 16 de setembro é conscientizar as pessoas de que a camada de ozônio desempenha uma função muito importante na vida terrestre e marinha.
Após reconhecida essa importância, é necessário que façamos nossa parte para sua preservação. Combustíveis fósseis, como o petróleo, além de poluírem muito, não são renováveis. Quando transformados em materiais como plásticos, não são biodegradáveis, ou seja, nunca mais voltarão a fazer parte da natureza novamente.
Nossa solução é substituir carros a gasolina por carros à álcool (renovável e menos poluente), reciclar sempre que possível as embalagens plásticas e diminuir a liberação de gases que destroem a camada de ozônio, comprando produtos (geralmente sprays, aparelhos de refrigeração e extintores de incêndio) que não contenham CFC (geralmente estes produtos vêm acompanhados de um selo identificador).
Ser uma pessoa consciente é pensar sempre no nosso futuro, que passa, de qualquer forma, pela preservação do nosso meio ambiente.
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