Com cordeiro, salmão, peru e versões como picadinhos de carne e risoto de frango, alimento possui boa palatabilidade e contém cerca de 85% de umidade
Confundida com petiscos, as rações úmidas, a maioria acondicionada em latinhas ou sachês e utilizadas recorrentemente nos Estados Unidos e na Europa, vem invadindo as prateleiras dos pet shops brasileiros. “Nunca tivemos tantas opções com tipos diversos de proteínas, como cordeiro, pato, fígado, peru, atum, salmão, entre outras receitas mais elaboradas, como risoto de frango, carne com vegetais, frango com maçã, galinha caipira. Diferentemente da ração seca, que contém aproximadamente 10% de água, a úmida tem entre 80% e 85%”, esclarece o veterinário e nutrólogo da Petz/Pet Center Marginal,Eduardo Braghirolli.
As versões úmidas são uma opção de alimentação bastante adequadas à própria fisiologia dos animais, já que as caças antes da domesticação também eram úmidas. Em relação às calorias, são as mesmas das secas, porém é como se estivessem diluídas. Outra vantagem: também estão disponiveis em versões Premium e Super Premium, ambas com qualidade nos ingredientes.
Fonte de nutrientes é ideal para preservar a saúde dos pets, como por exemplo aos gatos com problemas nos rins (Foto: reprodução)
Um dos aspectos que pode diferenciar uma da outra é a palatabilidade, principalmente naquela com maior quantidade de água. Segundo o especialista, ambas rações são eficazes pois proporcionam uma dieta completa e balanceada, essencial à saúde de cães e gatos. “Trata-se então de uma opção do veterinário, da condição do animal e da praticidade que o dono busca”, opina o veterinário da Petz.
Em geral, as rações úmidas atualmente são mais usadas principalmente em cães debilitados, com dificuldades para se alimentar e problemas de apetite, mas são indicadas para cães e gatos em qualquer faixa etária. “Uma opção, em casos de animais debilitados ou com apetite seletivo, é amornar as latas do alimento em banho-maria, ação que faz o odor ficar mais intenso, o que estimula o animal a comer. Tomando cuidado para não aquecer demais”, ressalta.
A versão úmida também é uma opção para animais idosos, com problemas dentários. “Ela facilita a ingestão, embora os animais não mastiguem, apenas mordam para quebrar o alimento. Em alguns casos, a dieta úmida pode ser recomendada pelo veterinário para evitar até sangramentos gengivais”, explica Braghirolli.
Apesar de na composição incluir menor quantidade de conservantes, já que o modo de preparo é por meio do cozimento após o alimento já estar enlatado, alguns alimentos úmidos contêm mais açúcar para preservar o alimento por mais tempo – por isso é necessário cautela quando os pets são diabéticos ou estão obesos. Porém, em casos como estes, atualmente existem opções de dietas prescritivas em versões light.
Há ainda uma alta incidência de problemas renais nos gatos, como cálculos e insuficiência renal. “Para pacientes em estágios iniciais, a dieta úmida é uma boa opção, já que aumenta a ingestão hídrica, reduzindo a concentração de sólidos na urina e consequentemente esse tipo de enfermidade”, aconselha o especialista.
O tutor, porém, deve ter em mente que a quantidade da ração úmida a ser oferecida ao animal é diferente da seca. O médico-veterinário exemplifica: um Shitzu de 5kg ingere em torno de 430 gramas de alimento úmido ao dia, em comparação a aproximadamente 95 gramas de um alimento seco de mesma qualidade.
O alimento úmido não deve ficar exposto o dia inteiro à disposição dos animais. “Ele resseca e pode começar a fermentar e atrair insetos em cerca de meia hora, por isso é importante oferecer na hora e guardar o restante na geladeira. Com a tampa e refrigerada, a ração aberta dura de 2 dias a 3 dias. Já um alimento seco chega a durar até seis meses, se bem conservada e, apesar de não aconselhável, pode ficar à disposição do animal por mais tempo no comedouro”, concl
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