Para muitos sortudos, julho é mês de férias – hora de curtir o descanso merecido e renovar as energias para enfrentar o resto do ano. E o que fazer com o cachorro? Muita gente tem a resposta na ponta da língua: levar junto, claro! Com o crescimento no número de estabelecimentos pet friendly, já dá para incluir bolinhas, frisbees e ração na bagagem. Mas às vezes, por mais que a gente queira, eles não podem ir.
Nas duas situações, é preciso planejamento dobrado, para você e para o bicho, afinal as férias têm de ser boas para os dois.
Se o seu amigão é do time aventureiro, prepare-o para a curtição. Fugir da rotina só vai estreitar ainda mais a relação de vocês. Para começar, é importante um check-up no veterinário. As vacinas devem estar em dia, e a proteção contra pulgas e carrapatos é indispensável. Se o destino for o litoral, é preciso prevenir também a dilofilariose, conhecida como verme do coração. Uma farmacinha básica pode ser para lá de útil em uma emergência como picada de insetos ou corte superficial – e é o vet quem pode ajudar a montá-la, além de indicar um anti-histamínico se a viagem for de carro e seu peludão enjoar.
Nunca medique o animal por conta própria!
Ao organizar a mala do amigão, inclua os itens com os quais o bicho está acostumado, como a caminha, os brinquedos e a ração com um pouquinho de folga – pensa que é só você que sente mais fome na praia ou na montanha? A coleira com a plaquinha de identificação, que já faz parte do look do peludo, pode ganhar temporariamente o nome e telefone da pousada onde vocês estarão hospedados. Sabe como é, vai que ele se empolga com o ar puro e o excesso de liberdade...
Para uma viagem tranquila, use o cinto de segurança específico para cães, um peitoral que prende na trava do cinto de segurança do seu carro, ou a caixa de transporte. Você já viu aquelas propagandas que mostram o que acontece com as pessoas numa freada brusca, ou numa batida? Com o cachorro é a mesma coisa, segurança em primeiro lugar.
Evite alimentá-lo cerca de oito horas antes da viagem, e reduza a hidratação. Durante o percurso, pare a cada duas horas para que o bichão estique as patas, faça seu xixi e beba um pouco de água. Todo mundo acha lindo cachorro debruçado na janela, os orelhões ao vento, mas além de perigoso – e de render uma multa que pode sair quase o preço da sua hospedagem – há o risco de entrar algum cisco ou objeto nos olhos e acabar com o passeio.
Quem viaja de avião deve pesquisar com antecedência as regras das companhias aéreas, que em geral cobram taxas específicas e limitam o número de animais por voo. Algumas permitem levar os pequeninos até 5 kg a bordo, mas em geral eles vão no compartimento de cargas.
Em ambos os casos, os cães devem estar em caixas de transporte adequadas ao seu tamanho. Se o seu cachorro não está acostumado com essa “clausura”, comece o treinamento com bastante antecedência e sempre usando o reforço positivo para que a viagem não se transforme numa verdadeira tortura. Lembre-se que algumas companhias aéreas não transportam cães braquicefálicos, que têm a respiração mais restrita, como Boxers, Bulldogs, Pugs etc.
Quando deixar?
Seu cão é bebê e não tomou todas as vacinas? É velhinho, tem problemas de saúde ou não lida bem com mudanças de ambiente? Você vai para a Disney e tem certeza que o seu cachorro vai vomitar na montanha russa? Em alguns casos não há como incluir o peludão nas férias. O que fazer, então?
Para tudo tem jeito, mas nunca, jamais, em tempo algum deixe o seu cãozinho sozinho em casa! Não importa se é só um final de semana, nem se haverá água e ração suficientes. Imprevistos acontecem e Murphy vai dar plantão quando você menos esperar. Se não for possível levar o animal, converse com aquela amiga que vive pedindo carona para o supermercado no domingo de manhã ou convença a sogra que o seu bicho precisa de carinho de avó. Hoje em dia existem profissionais incríveis que trabalham como pet sitter, e tem uns (e umas) tão legais que é capaz do seu cachorro até se apaixonar.
Hotéis também podem ser boas opções, e nessa hora o boca a boca funciona muito bem. Peça indicações para os amigos, mas antes de fazer a reserva conheça o lugar, cheque as instalações, as condições de higiene e confira como os funcionários lidam com os bichos. Na primeira vez em que hospedei meus cachorros no hotel fui lá três vezes, em horários diferentes, pronta para dar uma “incerta”, e só depois deixei meus cachorros por algumas horas para se acostumarem com o ambiente. A maratona serviu para que eu me sentisse confiante para hospedá-los por dez dias, mas é claro que esperava ansiosa pelas fotos e filminhos diários. Quando fui buscá-los, morta de saudades, eles nem me deram muita bola: sinal que foram bem tratados. Quer saber? Eu adorei! :)
Aproveite as férias e divirtam-se!
por Regina Ramoska
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