O carneiro é um dos animais domésticos mais prolíferos, já que está dotado de uma diversidade genética e um potencial de reprodução capazes de satisfazer as necessidades alimentares dos humanos, segundo um estudo sobre a evolução animal nos últimos 11.000 anos.
A pesquisa, publicada na revista americana PLoS Biology (Biblioteca Pública de Ciências Biológicas), foi realizada a partir do sequenciamento do genoma deste ovino.
Isto permitiu reconstituir a influência do homem através dos séculos para fazer com que o animal se adaptasse a diferentes ambientes e melhorasse a produção de sua carne, leite e lã, explicaram os cientistas.
O estudo identificou regiões específicas do genoma do animal que parecem ter passado por uma transformação rápida, em resposta à seleção de genes que controlam a cor da lã, o tamanho do animal, sua reprodução e, sobretudo, a ausência de chifres, um dos principais objetivos do cruzamento seletivo efetuado pelo homem.
Ao detalhar o que caracterizou a domesticação do carneiro ovelha e suas migrações pelo mundo, o estudo confirma e enriquece os conhecimentos atuais sobre os movimentos migratórios das populações humanas ao longo da história, afirmou James Kijas, da Agência Científica Nacional Australiana (CSIR0), coordenador da pesquisa.
O estudo reconstruiu os laços genéticos entre 2.819 ovelhas que pertenciam a 74 raças diferentes de vários lugares do mundo, por meio da comparação de 50.000 moléculas de DNA no genoma.
Assim foi possível detectar os efeitos genéticos da domesticação e a consequente divisão em centenas de raças.
"Descobrimos que a maioria das populações de carneiros contêm uma grande diversidade genética e que conseguiram manter um número de indivíduos muito maior que a maioria dos outros animais domésticos, inclusive os cães de raça, o que sugere que a domesticação aconteceu a partir de uma vasta base genética", disse Kijas.
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