sexta-feira, 3 de julho de 2015

Bichos de estimação são cada vez mais humanizados pela indústria

Foto: Abinpet
Um estudo publicado recentemente no Brasil revela que as marcas de produtos para bichos de estimação usam artifícios na comunicação que remetem ao universo infantil. A indústria tem humanizado os animais em rótulos e mensagens publicitárias. Enquanto isso, donos dividem sobras de alimento com o animal.
Os produtos disponíveis no mercado de pets vão desde bichinhos de pelúcia e mordedores até fraldas e produtos que tiram odores de ambientes.
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação(Abinpet), o Brasil ocupa o segundo lugar no mercado mundial do segmento, atrás apenas dos Estados Unidos. O setor nacional faturou no ano passado cerca de R$ 15 bilhões.
Essa prática de humanizar o animal tem causado impacto também na indústria de ração –muitos donos não resistem aos olhares pidões do bichinho e compartilham sobras de alimento com ele.
Segundo dados da Abinpet, a demanda total de alimentos para animais de estimação é de 4,4 milhões de toneladas por ano, mas o mercado só produz 2,3 milhões de toneladas – a diferença entre demanda e oferta é suprida por sobras de comida humana dividida com cerca de 106 milhões de bichos domésticos que existem no país.
Ainda não há consenso se a comida humana faz mal aos animais. A indústria de ração, no entanto, é quem reclama do prejuízo. Anualmente, o setor deixa de faturar em média R$ 8 bilhões com o fornecimento de comida para os pets.

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