Animais possuem características semelhantes as dos homens, como tamanho e velocidade de crescimento de tumores, auxiliando na busca por tratamento
Em um encontro promovido pelo Fórum de Política Nacional do Câncer dos Estados Unidos, o Dr. Timothy Fan, professor de Medicina Clínica Veterinária da Universidade de Illinois, e 15 outros especialistas na área descreveram os benefícios do uso de cães de estimação para testes de drogas contra o câncer.
Apenas nos Estados Unidos, existem cerca de 70 milhões de cães de estimação e cerca de 25% deles desenvolverá algum tipo de câncer em sua vida. Cães de estimação ajudam a aprimorar medicamentos para as pessoas e ao mesmo tempo auxiliam em tratamentos mais eficazes para sua própria cura. E, assim, sem precisar criar cães de laboratório.
Os cães de estimação são ótimos sujeitos para esses estudos, disse Fan. Eles tendem a desenvolver o câncer na velhice, assim como as pessoas. As diferenças entre eles é similar ao que se observa entre os humanos e o tamanho e a velocidade de crescimento dos tumores são parecidos.
Estudos. A partir de 2007, Fan começou a testar uma droga anticâncer chamada PAC-1, em cães de companhia que desenvolveram naturalmente linfomas e osteossarcomas. Os resultados permitiram aos cientistas avançar contra canceres humanos também, e a droga está agora em fase I de ensaios clínicos.
Outros fármacos experimentais que foram testados em cães com câncer incluem o tripeptídeo de muramila, um agente imuno-estimulante. Esta droga é um exemplo de agente que não poderia ser testada em ratos de laboratório com tumores induzidos artificialmente, pois esses animais são imunodeficientes.
Em um outro exemplo uma empresa produziu um pró-fármaco, que tem de ser ativado por uma enzima que ocorre naturalmente em leucócitos humanos antes de se tornar eficaz. Camundongos e ratos não têm esta enzima, mas os cães têm, de modo que só o teste em cães permitiu seu desenvolvimento.
Fonte: Hora de Santa Catarina
(por Carlos Tonussi), adaptado pela equipe Cães&aGatos VET FOOD
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