Barney, um basset hound de 13 anos, sempre foi pra lá de agitado. Mas, um dia, depois de muito correr e brincar, a coluna do pequeno reclamou.“Ele amanheceu amuado e mancando, demos um remédio para aliviar a dor, mas não adiantou”, conta o dono João Carlos Saraiva, de São Paulo. No dia seguinte, o quadro piorou.
As patas traseiras de Barney ficaram paralisadas e a família correu ao veterinário. Depois dos exames, o diagnóstico: hérnia de disco. Casos como o de Barney são muito mais comuns do que se imagina e, muitas vezes, têm a ver com o estilo de vida dos cachorros.
No dia a dia, eles correm pelo quintal, passam pelo corredor da sala em alta velocidade, pulam no sofá, sobem e descem escadas... E adivinhe qual parte do corpo mais sofre? “A coluna, sem dúvida alguma”, responde a veterinária especializada em fisioterapia Maira Formenton, da clínica Fisioanimal, em São Paulo.
Hérnia de disco
Hérnia de disco
Basta ouvir falar dela para muita gente se arrepiar. E com razão! A tal da hérnia de disco entra em cena quandoum ou mais discos da coluna saem do lugar e vão comprimir os nervos ali perto. A dor que ela causa é tremenda.
“Em casos mais graves, ela pode impedir o bicho de realizar as atividades mais cotidianas”, conta Maira . Alguns cães, segundo a veterinária, ficam quietos e deixam de comer, enquanto outros nem sequer conseguem andar.
Foi o caso de Barney! Não dá pra detectar o mal logo de cara. “É preciso investigar a fundo e avaliar, entre outras coisas, se o cão é sedentário, se é obeso, se tem histórico na famíliaou se houve algum impacto na coluna”,explica Maira.
A radiografia, a tomografia e a ressonância magnética também ajudam na hora do diagnóstico.“Com esses exames, é possível identificar o local exato da compressão e, a partir daí, definir a melhor alternativa terapêutica”, afirma a veterinária.
Nos casos mais amenos, o tratamento envolve medicamentose sessões de acupuntura para desinflamar a coluna e reduzir a dor. Quando o cachorroa presenta dificuldade de locomoção, afisioterapia também costuma ser uma excelente aliada. Só em situações mais graves, a cirurgia é recomendada.
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