terça-feira, 14 de abril de 2015

Um voto pelo bem-estar dos animais - No Brasil, há cerca de um animal de estimação para cada dois habitantes. Volume populacional e o impulso econômico do setor quantificam a força dos pets nas eleições

Um voto pelo bem-estar dos animais


Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet, São Paulo/SP), há 106,2 milhões de pets no País. Se considerarmos que a população nacional é de 201 milhões de pessoas, conforme os últimos dados do IBGE, podemos considerar que existe um animal de estimação para cada dois habitantes humanos. O Brasil é o quarto no quadro mundial, atrás de China, Estados Unidos e Reino Unido. Entretanto, se considerarmos apenas cães e gatos, aparece na segunda posição do ranking, com 37,1 milhões e 21,3 milhões de animais de cada espécie, respectivamente.
Muitas pessoas dedicam grande atenção e nutrem tamanho afeto por seus bichos, que suas decisões, via de regra, são pautadas na garantia do bem-estar deles, inclusive na hora do voto. Ou seja, mesmo que indiretamente, cães e gatos votam. “O animal doméstico tornou-se companhia e parte importante do cotidiano de indivíduos e famílias. Hoje, fazem parte das relações familiares e ocupam lugar fundamental na sua dinâmica. Não é à toa que o cachorro é chamado “o melhor amigo do homem”. A carga afetiva depositada em qualquer espécie é o ponto de ligação. Os animais protegem o lar, fazem companhia, tranquilizam e acalmam, podem auxiliar em alguns processos terapêuticos, mas é o valor sentimental que realmente importa. Sentimentos como amor, carinho, preocupação, motivam as pessoas a lutarem pelo bem estar desses seres.
Os números, mais uma vez, dão a dimensão dessa relação. O faturamento da indústria de produtos para animais de estimação deve crescer 8,2% este ano, atingindo R$ 16,47 bilhões, enquanto a indústria em geral prevê resultado negativo. Em 2013, o setor registrou alta de 7,3% na receita.
O mercado pet representa 0,34% do Produto Interno Bruto (PIB), à frente de setores tradicionais da economia, e está presente em todas as classes sociais. Ainda segundo dados da Abinpet, as rações para cães, considerando apenas linhas standart, podem ocupar 1,7% do orçamento familiar da classe A, 2,2% da classe B, 4,7% da C, 11,1% da D e 16,6% da E. Os gastos totais mensais com cães podem ir de R$ 133 (raças pequenas) até R$ 314 (raças grandes).
A troca afetiva cria uma vinculação entre o animal e seu “dono”, e esse cuidado estimula ações em prol de sua proteção, inclusive no momento do voto. As pessoas votam pelo que se identificam. Se o eleitor tem um grande afeto por um animal, consequentemente, tem um grande interesse sobre a causa e pode, sem dúvida, orientar seu voto neste sentido”, avalia o psicólogo e professor da Faculdade Santa Marcelina (FASM/SP).
 Fonte: AI,
adaptado pela equipe

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