domingo, 26 de abril de 2015

Os sinais de velhice manifestam-se frequentemente sobre a forma de doenças




A velhice afecta os cães, da mesma forma que influencia o comportamento e saúde dos humanos. É importante conhecer os sinais de velhice do seu animal para que possa reconhecer sinais de doença ou simplesmente ajustar brincadeiras e atitudes às mudanças pelas quais o cão está a passar.

Os cães têm diferentes ritmos de envelhecimento. Ao contrário dos humanos, que têm um período alargado de infância, adolescência e velhice, os cães vivem a grande maioria das suas vidas no estado adulto.

Os cães de porte grande têm uma esperança média de vida menor e podem ser considerados idosos aos 6/8 anos. Os cães de porte mais pequeno vivem geralmente até mais tarde e por essa razão, os sinais de velhice surgem também mais tardiamente.


Sinais de Velhice

Pêlo grisalho – por vezes pode haver um branqueamento precoce do pêlo, tal como acontece com o cabelo dos humanos.
Pêlo áspero – o pêlo passa por transformações na sua estrutura com o passar dos anos. Menor densidade e menos suavidade são características do pêlo de um cão idoso. A alimentação de boa qualidade pode contudo atenuar estes sinais;
Sedentarismo – os cães idosos podem-se tornar mais preguiçosos, valorizando mais o tempo no sofá. Até certo ponto, isto pode ser previsto através do temperamento da raça - há raças que permanecem brincalhonas e mais activas até mais tarde - mas cada cão é diferente e tem a sua própria personalidade. Uma doença pode também contribuir para uma redução da actividade do animal.
Menor apetite – Intimamente ligado ao sinal anterior, os cães que abrandam o ritmo de vida, têm necessidade de repor menos energia e por isso não necessitam de tanta comida. Isto não quer dizer que o cão está-se a alimentar mal, apenas que não tem tanta fome, por não fazer tanto exercício.


Os sinais de velhice manifestam-se frequentemente sobre a forma de doenças.

Doenças Características da Velhice

Diabetes

Tal como os humanos, os cães idosos estão mais sujeitos a desenvolver diabetes do que os novos. Os sintomas mais comuns são consumo excessivo de água, vómitos, fadiga. O tratamento possível para cães diabéticos são as injecções de insulina. As injecções podem ser administradas pelo dono, desde que primeiro observe o veterinário a fazê-lo. Dependendo dos casos, os cães podem necessitar de uma injecção diária ou então várias.

Os dois sexos são afectados por esta doença. Os cães com diabetes podem viver com qualidade durante vários anos, dois em média. Sem dor e sem sintomas, durante este tempo, apenas a necessidade de tomar injecções diferencia este cão de qualquer outro.

Problemas Cardíacos
O coração dos cães é uma máquina poderosa e impressionante. Na sua plena forma aguenta uma pressão incrível, impressa pelo exercício que o cão desenvolve durante um dia inteiro de caça ou no campo a pastorear o rebanho.

Com a idade, este músculo tendo contudo a perder elasticidade. Com o calor ou exercício, o cão evidencia um cansaço cada vez mais precoce. O cão deve ser levado ao veterinário quando qualquer apresentar qualquer problema anormal. O sistema cardiovascular está intimamente ligado ao sistema respiratório e a falta de ar, tosse ou outros sintomas semelhantes são sempre alertas.

Com um tratamento adequado, os cães com problemas cardíacos podem levar uma vida normal, com algumas condicionantes apenas ao nível de exercício.

Tumores

Algumas raças estão mais predispostas a desenvolver tumores do que outras. Os tumores podem ser benignos são relativamente comuns e são uma consequência normal do envelhecimento. Mais preocupantes são os tumores malignos que podem exigir cirurgia, quimioterapia, entre outros tratamentos mais agressivos. Apenas o veterinário pode aconselhar os tratamentos mais adequados ao caso do seu animal. Quanto mais cedo forem detectadas estas situações, maior são as hipóteses de sucesso do tratamento.

A escovagem do pêlo é uma boa altura para despistas estas situações. Procure sempre por papos e altos enquanto trata do pêlo do cão. Outros sintomas são a perda de peso, vómito, diarreia, feridas que não saram.

Problemas nas Articulações
Entre os problemas mais comuns nas articulações que surgem nos cães idosos está a artrite. Dor, inchaço, perda do alcance na passada ou recusa em fazer exercício são os principais sintomas de doenças articulares. As regiões mais afectadas são a anca, os joelhos e os cotovelos dos cães.

Em alguns casos pode ser necessário operar o animal, sendo que o principal objectivo é a redução da dor, o que muitas vezes implica a limitação da mobilidade. Outros tratamentos comuns são compostos por medicamentos com o mesmo objectivo de reduzir a dor.

Problemas Oculares
Os olhos dos cães idosos são muitas vezes afectados pelo envelhecimento. Entre a doença mais comum encontra-se as cataratas. As cataratas são uma película que se forma no olho e que turva progressivamente a visão do cão. Os olhos tornam-se azuis ou acizentados e o cão evidencia todos os sinais de indicam cegueira.


Problemas Renais e Urinários
As inflamações nos rins podem ter vários graus de gravidade, que podem exigir o internamento do cão. Entre os sintomas estão o excesso de sede e de urina. Por vezes a urina pode tornar-se mais escura ou com vestígios de sangue. Nos casos menos graves medicamentos orais e uma dieta especial, podem ser a solução.

A incontinência é uma doença que se manifesta na velhice. Se o seu cão começar a urinar dentro de casa, não assuma que perdeu a educação que lhe deu. Por detrás deste comportamento pode estar um problema de ordem médica.

Eutanásia
O aparecimento destas doenças não significa que nada há a fazer e que o melhor é deixar o animal morrer, pois chegou a hora dele. Pelo contrário, muitas destas doenças acarretam dor e com o tratamento adequado, a qualidade de vida do animal pode ser assegurada, prolongando também a sua vida.

Contudo, se o tratamento não for suficiente para minimizar a dor, a eutanásia, pode ser uma opção a ponderar. Nestes casos, fale com o veterinário e peça segundas opiniões. Não sendo uma decisão fácil, é muitas vezes a maior prova de estima que podemos dar a um cão em sofrimento.




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