segunda-feira, 23 de março de 2015

Animais albinos: Cuidados redobrados


Você já viu algum animalzinho todo branco? Provavelmente ele era albino. Essa classificação é destinada ao bichos que não possuem nenhum tipo de pigmentação, isto porque são desprovidos da célula que fabrica a melanina, responsável pela cor da pele e proteção contra a radiação solar. 

Além disso, os pequenos possuem pouca pelagem, e sempre branca. Os olhos geralmente são azuis bem claros e o focinho também é desprovido de cor. 

Esta é uma doença genética transmitida hereditariamente e pode atingir todos os animais mamíferos, inclusive seres humanos – embora sejam raros os casos.

Cuidado dobrado

Infelizmente, estes bichinhos têm a pele muito sensível, portanto apresentam mais possibilidade de ter câncer nesta região, isto porque a melanina, que protege e bloqueia um pouco os raios ultravioleta não está presente. Apesar de ter a doença, nem todos os albinos desenvolvem a doença. “É muito difícil ter um animal albino. Eles precisam de muita atenção, e mesmo que o dono não os exponha ao sol, existe o perigo das luzes de casa também, que podem transmitir raios ultravioleta (mesmo que em menor quantidade) e causar o câncer”, explica Gizeli Pruano Ramos, veterinária da clínica Lambe Late, em São Paulo.

Diagnóstico

Como eles não podem desenvolver pintas (já que esta necessita de pigmentação), o câncer geralmente se manifesta por meio de feridas perto da boca, dos olhos, nariz, barriga, ponta das orelhas e lugares que possuem menos pêlos. “As feridas não cicatrizam, e assim que o dono perceber qualquer uma delas, precisa levar ao veterinário imediatamente. Isto porque o aparecimento de lesões espontâneas apontam 90% para o câncer de pele, mas somente por meio de uma biópsia, o diagnóstico será confirmado”, alerta Luiz Fernando Ferreira Lucas, médico veterinário da clínica Professor Israel, em Belo Horizonte, Minas Gerais.

O tratamento

Varia de acordo com a época do diagnóstico. Quando está recente, existem chances mais seguras de sanar o problema. Ramos garante que a quimioterapia nestes casos funciona muito bem. “A remoção cirúrgica também é uma opção. Mas o dono precisa estar sempre atento. Às vezes acha que é uma feridinha de nada, e é muito mais do que isso”, conta Lucas. O importante é sempre fazer exames de coração, verificar possíveis alterações genéticas em órgãos como o fígado, entre outros. Lembre-se de que os albinos precisam de acompanhamento sempre, para não desenvolverem problemas pela sua frágil saúde.

Precaução

Apesar de existir tratamento, a melhor forma ainda é se prevenir. “A chance de retirar o câncer e o problema voltar é muito alta, por isso a melhor coisa é não deixar que a doença se manifeste”, aconselha Ramos. A não exposição ao sol é muito importante. Caso o dono queira passear com o pet na rua, o melhor é optar por sair bem cedo, ou bem tarde. Evite o sol das 11h às 16h, e sempre passe protetor solar (especial) no bichinho, para que ele fique protegido, mesmo nos horários adequados. No inverno, apostar em roupinhas também é uma boa saída.

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