Geralmente gatos e cães conseguem viver harmoniosamente. No começo parece muito difícil essa amizade, mas não é. Você vai saber agora algumas estratégias de como eles podem ser parceiros sem muito esforço e dor de cabeça.
Cachorro já está na casa e o gato chega depois
Suponha-se que já tenha o cachorro domesticado e quer incluir o gato no convívio familiar. Conforme a médica-veterinária Liane Alice Franciosi, a apresentação entre os dois deve ser diferente. A dica é levar o felino para a casa e evitar o contato visual por aproximadamente 24 horas.
Isso permite que eles sintam apenas o cheiro e ouçam ruídos um do outro. Assim, durante a noite, sem acordar o cão, o dono soltará o gatinho. “Quando eles ficarem frente a frente, a presença não será tão estranha. O gato já estava ali, entrou de mansinho, sem invadir o espaço do cão”, diz. No momento em que se encontrarem pode acontecer, de acordo com Liane, do cachorro querer mandar: “Eu mando e você obedece”.
Gato chega primeiro que o cachorro
Você possui o gato e pretende adotar um cão? Liane entende que nesta situação não há problemas, pois o felino, por ter maior facilidade de fuga, saberá o momento certo de aproximação. Aos poucos, quando se sentir confiante, ele perceberá a ausência da ameaça.
Os dois chegam juntos
Também existe a possibilidade de alguém querer adotar gato e cão na mesma hora. Diante disto, precisa-se delimitar o lugar da alimentação e higiene de cada um. “Cuidar para nenhum deles invadir o espaço do outro, porque o cão comerá a ração e as fezes do gato”, diz a médica-veterinária. Se ocorrer, Liane explica que o cão pode enfrentar diversos problemas de saúde. “Pode pegar vermes e necessitará ser levado ao veterinário”.
Cada um no seu quadrado
Ainda conforme ela, a separação do local da alimentação de cada um inibe o cão de querer, a todo custo, comer a comida do gato. “A ração do gato faz o cachorro ficar louco. É como se fosse um x-salada, mas não pode, faz mal”, adverte. Já o gato, com raríssimas exceções, não tem costume de “biscoitar” a comida do cãozinho.
Outra questão diz respeito ao gato semi-doméstico e não castrado, principalmente o macho.
Ele passa o dia todo em casa e à noite resolve caçar, brigar ou envolver-se com fêmeas. Quando ele retornar para casa, certamente terá desentendimento devido ao comportamento de identificação. “O outro animalzinho sente cheiro diferente e, com certeza, vai ter ‘BO’”, ressalta.
Segundo Liane, em casos onde o gato é tranquilo e o cachorro extremamente estressado, há uma alternativa para tentar amenizar a situação. Profissionais aplicam um remédio chamado fluoxetina de forma manipulada e recomendada por quilo do animal.
Sobre a questão do brinquedo, a confecção de produtos do gato é feita à base de ervas e o cão não sente atração por eles. “O perfil dos brinquedos é totalmente diferente”, enfatiza.
Todas estas questões mencionadas tornam os bichos menos estressados. Segundo Liane, quando há equilíbrio entre família e eles, existe uma criação de zona de conforto, reinando a tranquilidade e a harmonia. “A possibilidade de cães e gatos dormirem juntos é grande”, revela.
Cuidado!
A médica-veterinária alerta para os donos não incluir, por exemplo, um filhote de gato junto com um rottweiler, que só não dará problemas em raríssimas exceções.
“É preciso adequar a raça na presença do próximo. Um cachorro de porte pequeno, bom temperamento e, de preferência, castrado, aceitará a presença de um felino mais facilmente”, finaliza Liane.
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