De acordo com um levantamento americano recente,
52,5% dos cães e 58,3% dos gatos estão acima do peso,
sendo que 16% cães e 19% gatos são considerados obesos.
Entende-se por obesidade o excesso de gordura corporal
em relação à massa magra, enquanto que sobrepeso pode
ser definido apenas como um excesso de peso previsto
para os padrões individuais ou raciais do animal avaliado,
não necessariamente causado por acúmulo de gordura.
O sobrepeso está associado à causa ou progressão de
diversas doenças em cães e gatos. O excesso de tecido
gorduroso e peso pode comprometer os sistemas osteoarticular,
cardiorrespiratório e urogenital, além de acarretar
endocrinopatias (como diabetes e hipotireoidismo),
neoplasias (tumores) e desordens metabólicas (como
resistência à insulina).
São muitos os fatores que controlam a ingestão
de alimentos e o gasto metabólico. O erro de manejo
combinado a fatores genéticos, como condição racial, e
ambientais, como sedentarismo e o consumo exagerado
de alimentos, e a oferta de alimentos desbalanceados
caseiros, são as principais causas.
Outro fator de risco é a castração, que aumenta a incidência
de excesso de peso e obesidade, tanto em cães,
quanto em gatos castrados de ambos os sexos. As razões
para este efeito têm sido estudadas, mas torna-se claro
que os hormônios sexuais são importantes reguladores
do gasto metabólico.
O modo de vida atual é outro
importante fator de incidência
da obesidade ao acometer o
homem ou seus animais de estimação.
Características sociais
como sedentarismo e oferta de
alimentos desbalanceados nutricionalmente,
com excesso de
gordura e calorias muito agradáveis
ao paladar, permeiam cada
vez mais os hábitos da sociedade.
Na cidade de São Paulo,
um estudo com 50 cães obesos
verificou que 22% dos animais pesquisados não realizavam
nenhuma atividade física, 46% deles eram considerados
moderadamente preguiçosos, e 56% destes animais
tinham um comportamento alimentar considerado voraz
ou guloso. Verificou-se, também, que 78% destes animais
de estimação consomem, com maior ou menor frequência,
o mesmo tipo de alimento de seu proprietário.
A conscientização dos donos é fator importante, tanto
para a prevenção, quanto para o sucesso do tratamento
da obesidade. Algumas regras básicas são fundamentais
para o auxílio no tratamento:
• Alimentar-se e preparar alimentos do pet separadamente.
• Não fornecer petiscos ou guloseimas em excesso.
• Seguir rigorosamente a dieta recomendada pelo
médico veterinário.
• Dividir a quantidade diária recomendada em ao
menos 2 a 3 refeições.
• Estabelecer um planejamento de atividades físicas
para o animal.
A dieta varia de acordo com o peso e as necessidades
específicas de cada animal, e por isso é importante
sempre consultar um médico veterinário. Seguem algumas
dicas para que os donos estimulem a atividade física
em seus pets:
• Cães brincalhões fazem melhor atividades de alta
energia, que sejam divertidas, como buscar uma bola
ou discos.
• Os felinos domésticos, que possuem um estilo de vida
sedentário, precisam ser estimulados a realizar atividades
com brinquedos, objetos, plataformas e barreiras
dentro do seu domicílio, uma vez que dificilmente
esses animais vão realizar atividade física como os
cães.
• Passeios mais lentos são ideais para animais mais
velhos.
• Comece a caminhar com o seu cão em superfícies
macias, como terra, areia ou grama, até que as almofadas
das suas patas se acostumem.
• Evite exercitar o animal imediatamente antes ou após
as refeições.
• Cuidado com o clima muito quente ou muito frio: o
sol pode causar insolação e desidratação, ou machucar
as patas, e o frio pode causar desconforto ao animal.
Em geral, todos os animais precisam de dietas
balanceadas, e em quantidade condizente, para manter
uma condição corporal adequada, pois todos
estão sujeitos ao excesso de peso. Em geral os animais
domesticados e domiciliados, como coelhos e hamsters
por terem uma mudança drástica no hábito de vida,
como oferta de alimentos exagerada e baixo nível de
atividade física, tem maior propensão de desenvolver
obesidade. Por isso, o ideal é sempre ter orientações de
como alimentar e qual a conformação física ideal para
cada espécie.
Dra. Luciana Pellegrino
médica-veterinária – Nestlé Purina – CR MV SP 25919
e-mail: falecom@nestle.com.br
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