terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Colapso de traqueia: Saiba mais sobre o que causa tosse e engasgos entre os cães e gatos



A traqueia um órgão essencial para a respiração: é através deste grande tubo composto por anéis de cartilagem que o ar que respiramos chega aos pulmões. O colapso de traqueia em cães e gatos ocorre quando existe algum problema na anatomia normal deste órgão na região do pescoço até o inicio do peito, que muda de formato e consequentemente dificulta a muito a respiração. Tosse e engasgos frequentes, que podem ocorrer sem nenhum motivo aparente é um dos principais sintomas observados pelos proprietários, principalmente entre as raças de cães miniatura.


Uma causa para aparentes crises de tosse e engasgos entre os cães é uma condição denominada como 'colapso de traqueia'. Mais do que uma simples dor de garganta, nesses casos ocorrem mudanças no formato dos anéis cartilaginosos que constituem a traqueia dos cães e gatos, que se tornam mais abertos e, consequentemente, causam tosses e engasgos frequentes.

Esta condição é relativamente comum entre cachorros com mais de cinco anos de idade de raças miniatura ou de focinho achatado, mas não está restrita a eles. Cães da raça Yorkshire são aqueles que mais sofrem com esta condição, seguida pelas raças como o Poodle, Chihuahua, Lhasa apso e Lulu da Pomerânia.

(Imagem: Shutterstock)

A causa da doença não é muito clara e é considerada multifatorial: diversos fatores tais como genética, doenças infecciosas e próprio processo natural do envelhecimento podem colaborar para o aparecimento dos sintomas.

Um cãozinho já pode nascer com esse problema e permanecer sem demonstrar sintomas por vários anos até que ocorra algum episódio que desencadeia uma crise: pode ser desde a inalação de algum produto de limpeza potencialmente tóxico, traumas na região do pescoço, infecções, animais que foram submetidos à intubação para algum procedimento cirúrgico ou até mesmo a obesidade podem piorar a situação.


Sintomas do colapso de traqueia em cães e gatos
Como os sintomas que caracterizam esta enfermidade podem variar, por isso é importante procurar um veterinário caso observe alguma das alterações a seguir



Tosse: com som, curta, alta e 'seco' similar a um ‘grasnar de ganso’ . A tosse que pode ocorrer de forma acentuada logo após algum passeio curto ou esforço do cão;


dificuldade de respirar, acompanhada por sons anormais como roncos;


latidos roucos;


mucosas, como a da gengiva podem ficar pálidas e mesmo podem adquirir uma coloração azulada (chamada de cianose) durante as crises;


podem até mesmo ocorrerem desmaios súbitos e perda da consciência, devido a angústia respiratória.

Entre os gatos a condição é rara, mas pode ocorrer. Os sintomas também incluem tosse constante, dificuldade de respirar e tentativas de vômitos improdutivas. No vídeo a seguir você pode observar um cachorrinho da raça Yorkshire que demonstra sintomas bem característicos desta condição.
Diagnóstico e tratamento do colapso de traqueia em cães e gatos
Para que o médico veterinário possa fazer o correto diagnóstico desta condição exames complementares são imprescindíveis

(Imagem: Shutterstock)

Além da avaliação clínica do animal, são necessários exames para excluir outras possíveis infecções (como a tosse dos canis). Umexame através do raio X é imprescindível para o diagnóstico, pois através dele é possível fazer uma avaliação do formato da traqueia e possíveis alterações. Outros exames, tais como uma ultrassonografia ou traqueoscopia, podem também ser necessários para complementar o diagnóstico.

Infelizmente a condição não tem cura e o que pode ser feito nos casos diagnosticados é o manejo dos sintomas. Medicamentos para controlar a tosse, cuidados com exercícios físicose procurar manter o paciente em ambiente fresco são algumas das medidas comuns. O uso de suplementos como o sulfato de condroitina é recomendado por muitos médicos veterinários como forma de retardar o avanço dos sintomas.

Crises graves, em casos avançados, podem causar insuficiência respiratória e constituir uma emergência, sendo necessário o uso de nebulizadores e oxigenioterapia devido ao elevado risco de morte. Dependendo da severidade do caso pode-se considerar a cirurgia para atenuar os sintomas, mas nem sempre essa é uma opção válida devido ao baixos índices de sucesso deste tipo de procedimento.

Um cuidado fundamental a ser tomado com cães portadores desta alteração é que eles jamais devem usar coleiras no pescoço! Como alternativa, eles podem usar guias com coleiras peitorais, para evitar qualquer tipo compressão na região cervical. O acompanhamento do cão diagnosticado com esse quadro por um médico veterinário cardiologista é importante, pois esta condição pode causar e agravar quadros de insuficiência cardíaca, que podem levar a morte súbita.

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