segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Cuidados da cadela gestante


A educação e informação do proprietário é fundamental no maneio de uma cadela gestante. É desejável examinar a cadela com suspeita de gestação por volta das 4 semanas, altura em que se estabelece o diagnóstico de gestação.

A decisão de examinar a cadela noutras alturas da gravidez, depende do potencial risco de distócia desse indivíduo em particular ou, dessa raça. Todas as cadelas que mostrem sinais de doença devem ser criteriosamente avaliadas.

Alguns testes diagnósticos como o exame fecal e a urianálise podem ser realizados. As cadelas grávidas devem realizar exercício moderado e ter uma boa nutrição. Vacinas, especialmente as vivas modificadas, devem ser evitadas durante a gravidez a não ser que o risco de exposição a infeções seja muito elevado. Deste modo, os clientes devem ser encorajados a ter cadelas devidamente imunizadas antes do cruzamento, evitando assim a administração de vacinas (principalmente as vivas modificadas) durante a gestação, que podem ser potencialmente nefastas para os fetos.

Os proprietários têm tendência para oferecer excesso de alimento numa fase precoce da gestação e, a alimentarem deficientemente durante a lactação. Para que ocorra um parto normal, será importante a cadela receber uma boa nutrição, exercício moderado e uma dieta de manutenção normal, em quantidades adequadas, durante os primeiros dois terços de gestação.

Durante as primeiras 5 a 6 semanas de gestação, o crescimento fetal é mais lento (menos de 30%), não sendo assim necessárias alterações nutricionais durante o início da gestação. O tamanho fetal aumenta rapidamente nas últimas 3 a 4 semanas de gestação, resultando num aumento do peso corporal da cadela em 25 a 30% até ao momento do parto. Assim, nas últimas 3 a 4 semanas de gravidez, a quantidade de comida deve ser gradualmente aumentada, recebendo mais 25-30% em quantidade de comida. Na última fase da gestação a dieta fornecida deve conter níveis elevados de proteínas, carbohidratos e minerais, do que aquilo que é requerido para a manutenção ou seja, alimentar nesta fase com, dieta de crescimento/dieta de lactação. Temos também de ter em conta que na fase final, principalmente em grandes ninhadas, há uma perda substancial da capacidade do estômago, aumentando assim frequência em número de refeições, a qual pode ajudar a compensar esta redução da capacidade do estômago.

Frequentemente há diminuição do consumo de comida na 1ª fase de parto, sendo assim importante monitorizar um consumo adequado de comida. Algumas cadelas, principalmente quando a ninhada é grande, podem desenvolver cetoacidose. Embora os requerimentos em causa aumentem na última fase de gestação e início de lactação, estes são compensados por uma dieta balanceada e adequada. A suplementação excessiva de cálcio durante o final da gestação, tem mostrado predispor para o desenvolvimento de eclâmpsia e distócia, causando calcificação dos tecidos moles, anomalias físicas.

Embora não existam estudos na cadela, é também prudente evitar excesso de cálcio e vitamina D durante a gestação, sob risco de a paratiróide ser menos efetiva em estimular a libertação de cálcio ósseo.

A área da maternidade deve ser um ambiente protegido de forma a evitar danos e doenças na cadela e crias. É essencial uma sanidade excelente para a eficiência reprodutiva. Animais com estado vacinal desconhecido ou ausência de história clinica, não devem ser introduzidos junto a cadelas gestantes ou neonatos. Visitantes ou fómites podem transmitir agentes infeciosos logo, o tráfico na área de maternidade deve ser minimizado nas primeiras 3 semanas de vida dos fetos.

Uma piscina de plástico pode ser uma boa opção para a maternidade, até para evitar que os neonatos entrem em fuga. A cadela deve ser introduzida nesta área uma semana antes do parto. Após o nascimento as toalhas de revestimento devem ser mudadas várias vezes ao dia. Podem ser utilizadas fontes externas de calor para manter os bebés quentes no entanto, deve-se evitar excesso de calor, desidratação ou queimaduras.


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