77 Espécies deixaram de correr riscos
Uma força-tarefa para proteger animais ameaçados de extinção foi criada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). Será priorizada a proteção ao boto vermelho, peixe-boi-da-amazônia, arara-azul-de-lear, onça pintada, muriqui, tatu-bola, tubarões e arraias de água doce.
Além do ministério, a iniciativa tem apoio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, dentre outras.
As instituições vão fiscalizar e combater ilícitos contra as espécies ameaçadas por tempo indeterminado.
Nos últimos 12 anos, 77 espécies melhoraram o seu estado de conservação a ponto de deixarem de ser consideradas ameaçadas. É a boa notícia de um vasto levantamento sobre a situação da fauna brasileira feito pelo Instituto Chico Mendes.
BALEIA JUBARTE A SALVO
Entre elas aparece a baleia jubarte. Em 1980, apenas 500 cetáceos visitavam as águas do litoral do Brasil. Agora, com mais de 15.000 indivíduos, o animal – também conhecido como baleia-corcunda ou baleia-de-bossa – vai deixar a lista de espécies ameaçadas de extinção no território nacional.
O reverso da medalha é que houve mais entradas do que saídas na lista de espécies ameaçadas, que vai passar a ter 1.051 animais, ao invés dos 627 até agora.
O trabalho durou quatro anos, envolvendo 929 especialistas e 188 instituições. No total, foram avaliadas 7.648 espécies de animais, sobretudo vertebrados – 74% dos que existem no país.
O levantamento anterior, feito em 2002, tinha avaliado apenas 1.400 espécies, sobretudo aquelas que já se sabia que poderiam estar numa situação mais desfavorável. Dessas, 126 melhoraram o seu estatuto de conservação – 77 das quais deixaram de estar ameaçadas – e 121 pioraram.
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