Idade muito avançada ou muito baixa da cadela e episódios anteriores de partos com complicações já podem ser considerados fatores de risco para as cachorrinhas prenhas, sendo que a existência de um número muito alto ou muito baixo de filhotes na gravidez também oferece riscos, já que muitas crias podem levar o útero canino à exaustão, e apenas uma cria pode não provocar o estímulo necessário para que a cadela expulse o filhote de maneira correta.
Além disso, a raça específica da cadela e as suas características corporais também podem favorecer complicações na hora do parto. Raças como pequinês, pug, bulldogue francês e boston terrier costumam correr riscos na hora do parto, principalmente em função da braquicefalia (focinho curto e achatado) característica destes animais, que pode provocar problemas respiratórios.
Cadelas com a região da pélvis estreita demais também podem ter complicações no parto, assim como as cachorrinhas que já tenham sofrido algum tipo de fratura na área da bacia, por exemplo. A identificação de possível sofrimento fetal (que pode ocorrer quando o animal já passou do tempo de nascer) e a falta de assistência veterinária na região em que o pet habita também são fatores considerados de risco para o parto de uma cadela, podendo influenciar na necessidade da realização de uma cesariana.
Fonte: Dr. Eduardo Toshio (CRMV – SP 15.821), médico veterinário formado pela Universidade de São Paulo (USP), com mestrado em Cirurgia Cardio-Torácica na USP e Docente do Curso de Especialização em Oftalmologia Veterinária- ANCLIVEPA – SP. Responsável pelo Setor de Cirurgia Ortopédica e Oftalmológica em Hospital Veterinário de São Paulo, atuando em cirurgia geral, ortopédica, torácica e vascular, oftalmologia clínica e cirúrgica e clínica geral.
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