quinta-feira, 31 de março de 2016

O que fazer em casos de alergia a animais domésticos

Os animais domésticos, como cães, gatos, pássaros, hamsters, entre outros, são queridos por muitas crianças e adolescentes. Contudo, nem todas essas crianças e adolescentes estão livres da alergia a animais.
Abaixo respondemos a uma série de dúvidas frequentes entre os pais que possuem ou pretendem adotar um bichinho de estimação.
1. Por que as crianças e adultos sofrem de alergia ao entrar em contato com os cachorros e gatos? Pesquisando, achei informações sobre flocos de pele morta, restos de saliva e urina. Qual é a verdade nisso?
Os animais de sangue quente, ou de pelos e penas, desprendem cascas que contm proteínas da pele e também a saliva ou urina podem ser alergênicas e causar sintomas em pessoas geneticamente predispostas à alergia. Porém, nem todos os alérgicos terão esse problema.
2. Com relação aos outros animais, quais outros também são alérgenos? Pássaros, hamsters, porquinhos-da-índia... Tem mais algum? E existem animais de estimação que não causam nenhum tipo de alergia?
Qualquer animal de pelo ou pena podem causar alergias: pássaros, hamsters, porquinho-da-índia, cavalos, cobaias (ocorre em profissionais que trabalham em laboratórios).
Além do alérgeno específico do animal, a presença de animais no ambiente interno da casa, aumenta a quantidade de ácaros (maior disponibilidade na cadeia alimentar, já que ácaros se alimentam de detritos de pele).
3. Se a pessoa tem reações alérgicas aos O bichinhos, mas quer tê-los mesmo assim, qual é a postura que se deve adotar para ter o animal em casa sem prejudicar a saúde dos moradores? Banhos nos cachorros e gatos, limpeza das fezes e urina, limpeza da casa, etc.
O melhor é evitar o contato. Por exemplo, quem é alérgico a gatos, dependendo da gravidade da alergia, pode ter sintomas até quando o gato mora no apartamento vizinho, ou quando a avó, que tem um gato, vem visitar o netinho sem trocar de roupa... Pesquisas demonstraram a presença de alérgenos do gato no ambiente até seis meses após a retirada do animal.
De todo modo, se a alergia está controlada, pode-se tentar manter o animal fora da casa (de preferência no quintal) e dar banhos frequentes. Além de, é claro, fazer a limpeza adequada da casa.
4. É verdade que quanto mais a pessoa tiver contato com o animal, mais ela vai desenvolvendo tolerância ao bicho e fica mais resistente à alergia?
Isto não está comprovado. Existem estudos que demonstram o aumento da tolerância à exposição ao epitélio de cão e gato através da imunoterapia (aplicação de alérgenos em doses progressivamente crescentes, através das vacinas alergênicas).
5. Uma pessoa já apresenta uma alergia assim que entra em contato com o animal ou este processo alérgico pode desencadear após um tempo de convivência com ele?
Para que o processo alérgico ocorra, com formação de anticorpos contra o alérgeno do animal, deve ocorrer um contato inicial. Mas observa-se que essa alergia pode ser desencadeada após muito tempo de convivência também.
6. Em que casos de alergia a família deve decidir se desfazer do animal?
A principal recomendação para obter o controle das alergias é tentar manter-se distante do alérgeno que a causa (ex. alérgicos ao camarão não terão sintomas se não tiverem contato com o camarão). Do ponto de vista prático, em relação aos animais, esta medida deve ser mais incisiva quando se observa que a alergia está fora de controle, prejudicando com frequência a qualidade de vida do paciente.

Fonte:

Bactérias resistentes provocam debate sobre o uso de antibióticos em animais


Roma – Depois de tantas alegrias dadas pelos antibióticos e outros antimicrobianos à ciência nas últimas décadas, o crescimento da resistência a essas substâncias europém pessoas e animais está agora reascendendo o debate sobre a necessidade da realização de novas pesquisas.
Alexander Fleming, vencedor do Prêmio Nobel em 1945 pela descoberta da penicilina, alertou na época que o uso incorreto da droga poderia provocar o surgimento de bactérias resistentes.
O tempo lhe deu razão: assim como os antibióticos permitiram tratar facilmente infecções que antes eram mortais, salvando a vida de milhões de pessoas, muitos deles perderam parte - ou totalmente - sua eficácia. No caso dos animais, essas substâncias não só foram usadas para curar doença, mas também para fins profiláticos e para aumentar a produção.
Diante dos riscos, as possíveis restrições no uso de antimicrobianos são um motivo de atrito para os países, divididos entre os que defendem - como a União Europeia (UE) - que há um vínculo entre o uso e o aumento da resistência antimicrobiana, e os que não veem a utilização da substância como suficiente para provocar o fenômeno, incluindo os Estados Unidos.
A especialista da Annamaria Bruno, da Secretaria do Codex Alimentarius (coletânea de normas internacionais para garantir a inocuidade dos alimentos), afirma que a pesquisa é muito importante porque cada vez há mais evidência entre o uso de antibióticos em animais e a resistência em seres humanos.
O órgão intergovernamental administrado de forma conjunta pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e a Organização Mundial de Saúde (OMS) busca, desde 2000, como conter a resistência aos antibióticos a partir de análise dos riscos de transmissão pelos alimentos.
O Codex promove, além disso, ações globais como o fortalecimento do marco regulador, o uso veterinário dos antimicrobianos de forma prudente e responsável, e a eliminação ou a progressiva redução de sua utilização como promotores do crescimento da produção animal.
A especialista destaca que a pesquisa também pretende encontrar alternativas aos antibióticos, como vacinas e outras maneiras de reduzir o risco de doenças nos animais.
Enquanto as discussões seguem nos fóruns internacionais, a revista científica "The Lancet" publicou, em novembro do ano passado, um artigo sobre o descobrimento na China de uma nova forma de resistência em pessoas e animais, vinculada à colistina. O problema teria ocorrido pelo uso desse antibiótico na agricultura.
Em relação aos últimos estudos, a Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA, na sigla em inglês) lembrou que detectou em aves um aumento da resistência a antimicrobianos empregados para tratar doenças como a salmonela, que também afeta os humanos.
O especialista da EFSA Ernesto Liebana destacou que existem "evidências circunstâncias" que deixam claro que, quanto mais antimicrobianos, mais cresce a "pressão seletiva aplicada sobre a população de bactérias, gerando uma proporção maior de resistência".
"Nos países nos quais houve um esforço em reduzir o uso de antimicrobianos, encontramos os menores níveis de resistência de modo geral", destacou Liebana.
De qualquer forma, os pesquisadores seguem estudando o fenômeno, considerado como muito complexo quando surgem, por exemplo, bactérias multirresistentes ou capazes de transmitir seus genes resistentes para outras, com grande capacidade de expansão.
A contaminação pode ocorrer de diferentes formas, como, por exemplo, por meio das importações de animais. Apesar de a UE proibir o uso de antibióticos para favorecer o crescimento dos animais, alguns dos países-membros do bloco usam a substâncias para tratar doenças, o que dificulta as análises de risco.
Os especialistas pedem medidas globais para minimizar os efeitos negativos. Eles exigem que as decisões políticas sejam baseadas nas evidências científicas, mas nem todos os países parecem estar interessados em participar desse debate.
Para Barbara Murray, ex-presidente da Sociedade Americana de Doenças Infecciosas (IDSA, na sigla em inglês), os EUA precisam se esforçar mais para reduzir o uso desnecessário dos antibióticos em animais. Ela reconhece, porém, que as opiniões entre os profissionais de saúde são diversas e que é preciso mais pesquisa para esclarecer as divergências. EFE

Aedes transmite doença que pode causar embolia pulmonar e morte em cães

Mosquito Aedes aegypti
Foto: Wikipédia



Cansaço, tosse e edema pulmonar são alguns dos sintomas que alertam para a dirofilariose, também transmitida por pernilongos.

Apesar do senso comum, os alvos do mosquito Aedes aegypti não são apenas as pessoas, mas também seres felpudos e de quatro patas.
A dirofilariose canina é uma doença que tem entre seus vetores o mosquito transmissor da dengue, do zika vírus e do chikungunya. E a consequência é uma embolia pulmonar que pode levar à morte.
O veterinário André Luís Soares da Fonseca, professor na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), explica que “o Aedes aegypti prefere sangue humano, mas também ataca cães” – momento em que o parasita dilofilaria immitis entra no corpo do animal e passa a se desenvolver em seu coração, podendo atingir até 20 centímetros de comprimento.
“É um verme que fica em forma de novelo. O animal infectado chega a abrigar no coração dez larvas ou até mais”, alerta Rodrigo Monteiro, professor do curso de Medicina Veterinária na Universidade Anhanguera. “O parasita se alimenta dos componentes do sangue, nutrientes e proteínas do animal.”
A partir do momento em que o Aedes aegypti contaminado com a dirofilária pica o cão, o verme é transmitido para o animal, caindo na corrente sanguínea e indo direto ao coração, onde instantaneamente começa a causar danos.
Inicialmente de uma dimensão minúscula, capaz de passar pela tromba do mosquito, o verme se desenvolve rapidamente e, em três anos, chega a seu auge, com 20 centímetros, momento em que passa a causar maior estrago ao organismo. Cansaço, dificuldade para se exercitar, tosse e edema pulmonar são alguns dos sintomas.
O tratamento, diz Monteiro, é de alto risco, já que o medicamento atualmente disponível mata o verme, mas, por se hospedar nas artérias do coração e até do pulmão, se fragmenta e pode entupir algum capilar do órgão respiratório, causando a embolia pulmonar e levando à morte. Sem ele, no entanto, o animal está fadado a morrer, pois o verme continua a crescer e se desenvolver dentro do coração.
“Mas os animais dificilmente morrem por infarto, porque o coração canino consegue se irrigar de forma mais eficaz do que o humano quando alguma artéria está obstruída”, ressalta o especialista. “Só que a embolia é ainda mais grave do que o infarto.”
Apesar de o primeiro vetor da doença ser o mosquito culex, um pernilongo comum, a alta densidade do Aedes no País aumenta o risco de transmissão pela espécie.
Proteger o cão é a melhor maneira de evitar a doença
Monteiro explica que há um medicamento vermífugo que pode ser oferecido mensalmente aos cães que vivem em áreas endêmicas da dirofilariose, mas que ele só vale como método preventivo, quando a infecção pela larva ainda é recente.
“Se o cão for picado pelo mosquito infectado, assim que essa larva cair no sangue, automaticamente ele vai morrer”, conta Ribeiro. Ele enfatiza que o medicamento, receitado por médicos-veterinários, é seguro e que há cães tomando-o mensalmente há mais de dez anos, sem registro de efeitos colaterais.
Outra forma de prevenir, segundo Fonseca, da UFMS, é passar um inseticida canino nos pelos dos cães, cuja eficácia contra o Aedes aegypti é de 98%, com durabilidade da proteção de 30 dias.
A incidência da dirofilariose canina varia de região a região. O litoral norte de São Paulo, o interior do Estado e o Nordeste do País, por exemplo, são algumas áreas com maior número de casos em território nacional.

Desmitificando os mitos da castração - veja 8 benefícios


Existem muitos mitos sobre a castração de animais de estimação. Uma das crenças mais comuns é que fêmeas devem ter ao menos uma ninhada antes de serem castradas, para que sejam saudáveis e felizes. Já no caso dos machos, crê-se que a castração torna o animal triste e frustrado, pois não conseguiria mais cruzar. 
Todas as afirmações acima são falsas, tanto para cães quanto para gatos. 
Os cães não precisam cruzar ou ter filhotes antes de ser castrados para sentir-se satisfeitos ou completos. Em outras palavras, sua saúde física e mental não será comprometida se eles não tiverem contato sexual ou filhotes. Esses são valores humanos. A realidade é que os cães agem por instinto e estão mais sujeitos à frustração se não forem castrados. Já imaginou quantas fêmeas entraram no cio, nos últimos anos, em seu prédio ou na sua rua? Esses possíveis “parceiros” são percebidos à distância pelos animais, mas não pelos humanos. Isso significa que o seu cachorro instintivamente vai querer cruzar, às vezes durante dias seguidos, sem nunca conseguir. Isso, sim, pode gerar frustração e representar um estresse constante na vida do seu cão ou gato.
A castração traz ainda uma série de benefícios para os nossos animais de estimação e para a sociedade. Por exemplo, tente se lembrar: existem muitos cães de rua onde você mora? Castrar o seu cachorro é um ato de responsabilidade, pois você está não apenas prevenindo possíveis doenças (veja abaixo), como também contribuindo para reduzir a quantidade de ninhadas indesejadas. Esses filhotes frequentemente acabam abandonados ou em situação de maus-tratos. 

Benefícios para o animal

Além do que destacamos acima, conheça 8 bons motivos para castrar seu cão ou gato:
  • Em fêmeas, o procedimento diminui o risco de câncer de mama. E quanto mais cedo, melhor: 99% das cadelas castradas antes do primeiro cio não desenvolvem a doença. Já em gatas, a castração reduz as chances de câncer de mama entre 40% a 60%.
  • Em machos, a castração reduz a frustração sexual e a necessidade de sair em busca de “namoradas”. Ao mesmo tempo, isso diminui o risco de fugas, atropelamentos e brigas com outros machos.
  • As fêmeas não ficam mais vulneráveis a infecções uterinas graves, como a piometra, uma vez que o seu aparelho reprodutor é removido durante o procedimento.
  • Já em machos, reduz-se em grande escala os problemas de próstata e evita-se o câncer de testículo, que pode ser fatal.
  • As fêmeas não entram mais no cio, poupando os tutores de lidar com o sangramento e com possíveis cães de rua importunando no portão. 
  • Cães e gatos machos sentem menos necessidade de marcar o seu território com urina.
  • Seu animal de estimação também pode ficar mais dócil, facilitando a interação e reduzindo situações problemáticas – especialmente entre os que tinham comportamento agressivo antes. 
  • Uma vez que seu cão está castrado, consulte seu veterinário sobre a quantidade de comida que você deve oferecer. Em geral, os animais castrados consomem menos calorias. Ressaltamos ainda que a castração em si não faz os animais engordarem. O que acontece em alguns casos é a redução de atividade física (o animal fica mais calmo), o que o leva a ganhar peso. Basta ficar de olho e não deixar de exercitá-lo.
Se tiver alguma dúvida sobre a castração, recomendamos que fale com o seu médico veterinário. Ele poderá te aconselhar sobre o melhor período para realizar o procedimento e cuidar das necessidades específicas do seu cão ou gato.
Castrar seu animal é um ato de amor. Que tal reconsiderar?
Fonte:
World Animal Protection

A castração é mesmo necessária para todos os cães? Há contra-indicações?




O que não falta são recomendações e campanhas referentes à castração de caninos. Mas também não faltam certas indagações. A castração é mesmo necessária? Para todos os cães? Há contra-indicações? Boas perguntas – e aqui estão boas respostas.

Afinal, o que é castração?


A castração nada mais é que a extração dos testículos – de cães, seres humanos, bois e outros bichos – por meio de cirurgia, e pode ter várias finalidades, como remover doenças nos testículos e próstata, zerar a possibilidade de gravidez indesejada, reduzir a atividade sexual, a agressividade e a impetuosidade. Os testículos, além de esperma, produzem testosterona, o famoso hormônio que comanda o ímpeto sexual e a agressividade dos machos (daí o uso do verbo “castrar” como sinônimo de censurar e reprimir.
Além de se tornarem menos impetuosos, cães castrados exalam menos “cheiro de macho” e, portanto, são menos vulneráveis à agressão territorial de outros caninos.
Vale lembrar que há dois tipos de agressividade canina. Um é o que leva o peludo a se posicionar, marcando território e se defendendo contra estranhos. Esta, quando exagerada, pode ser minimizada com a castração. O outro, o mais perigoso, é causado pelo medo e tem como melhor remédio o treinamento e a socialização.
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Quando e como castrar
O canino pode ser castrado em qualquer idade, mas a melhor é bem cedo, dos seis a dezoito meses de idade. Esse é o período aproximado da “adolescência”, quando o peludo descobre o prazer sexual (além do “prazer solitário” de se esfregar em almofadas, pernas humanas ou o que mais aparecer). E é quando é menor a possibilidade de ele desenvolver tumores de próstata e hábitos agressivos como marcar território.
O bicho, após um exame médico geral (inclusive quanto a sensibilidade a anestésicos), recebe anestesia geral, e normalmente não precisa permanecer no hospital, voltando para casa logo após a cirurgia – que dura cerca de meia hora. Há poucos riscos pós-operatórios, como a vontade de ele lamber ou morder o local operado ou sair correndo e estourar os pontos. O canino pode precisar usar aqueles colares altos que o deixam parecendo um “abajur”, para evitar que ele mastigue o local operado. É bom evitar que ele se agite muito e verificar se há ruptura ou sangramento nos primeiros cinco dias após a cirurgia. O retorno ao veterinário para a retirada dos pontos costuma ser após sete a dez dias.
Nunca é demais lembrar: a castração não é reversível, e o peludo castrado não poderá mais gerar peludinhos. Cuidado com veterinários baratinhos cujo serviço pode sair caro, mas castrações gratuitas ou a preços baixos promovidas pelas prefeituras ou ONGs dedicadas a animais são um bom negócio.
Mitos da castração
A importante prática da castração costuma motivar mal-entendidos e equívocos; vamos comentar os mais comuns, na esperança de que se tornem cada vez menos comuns.
“Todo cão deve ser castrado”
Obviamente, caninos “empregados” como reprodutores, ou cujos donos queiram “constituir família”, não devem ou necessitam ser castrados. Afinal de contas, se todos fossem castrados a raça canina acabaria desaparecendo.
“Cães de guarda não devem ser castrados para não perderem a coragem e disposição de exercer a função”
Nada disso. A castração não muda o caráter do animal. Dobermans, Pastores Alemães e outros eméritos cães de guarda, ao serem castrados, podem tornar-se menos dominantes, mas não deixam de ter “culhões” para desempenharem sua função de guardas bravios e ferozes quando necessário – inclusive muitos criadores destas raças oferecem a opção de filhotes já castrados.
“A castração resolve todos os problemas de temperamento canino”
Não! A castração não substitui a socialização ou o adestramento, apenas os complementa, e não deve ser interpretada como “fórmula mágica” ou “penúltimo recurso” (antes do sacrifício) para cães muito agressivos (no sentido de anti-sociais) ou Dons Juans peludos.
“Castração faz engordar”
O que engorda não é a castração em si, e sim o aumento de apetite e consequente excesso alimentar que podem advir, além da preguiça e menos atividade em peludos mais pacatos.
“Cães castrados são mais difíceis de treinar.”
Na verdade, a tendência é eles ficarem mais dóceis, menos agressivos e menos dispersivos.
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“A castração é prática anti-natural”
Já não basta os seres humanos terem de ouvir que usar preservativo é pecado? Anti-natural é adotar um cão e não lhe dar a atenção e conforto devidos!
“Cães castrados param de levantar a perna para fazer xixi”
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Isso depende da idade do cão ao ser castrado e se ele ainda não havia começado a erguer a perna – ou seja, fazer xixi em locais os mais altos possíveis para marcar o máximo de território.
Enfim, castrar ou não o peludo é uma decisão que cabe ao dono, e deve ser pensada de acordo com todas as circunstâncias, da idade do bicho à presença e temperamentos de outros cães. O importante é não “castrar” a felicidade e bem-estar do canino e de quem convive com ele.
Fonte: Yahoo
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quarta-feira, 30 de março de 2016

Veja qual é a diferença da gripe comum para a H1N1

O aumento do número de casos de gripe suína, um tipo de influenza causada pelo vírus H1N1, vem chamando a atenção das autoridades de saúde em todo o país, em especial no Sul e no Sudeste.
De acordo com o Ministério da Saúde, neste ano, até 12 de março, houve 188 registros e 30 mortes relacionadas à doença no país. No ano passado inteiro, o Brasil confirmou 141 casos de H1N1 e 36 óbitos.

Vírus H1N1
Creative Commons - CC BY 3.0 - Vírus H1N1 (Imagem: NIAID)
O principal surto da doença ocorre no estado de São Paulo. Até o momento, a Secretaria Estadual de Saúde confirmou o registro de 157 casos relacionados ao H1N1 e 23 óbitos – 66 casos e oito mortes foram registrados na capital.
De acordo com o médico infectologista e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Paulo Olzon Monteiro da Silva, não há uma resposta definitiva sobre o início do surto da doença, cuja maior incidência ocorre no inverno, mas a hipótese que vem sendo aceita pelos médicos é a de que brasileiros ou viajantes vindos de áreas endêmicas da doença, como os Estados Unidos, o Canadá e a Europa, tenham trazido o vírus para o hemisfério sul. “Hoje em dia com a facilidade de transporte, as pessoas circulam pelos países e em questão de horas podem trazer doenças de uma área para a outra”, explica. 
Além disso, as alterações do clima provocada pelo aquecimento global faz com que doenças cuja ocorrência ficavam restritas à determinadas épocas do ano possam acontecer em qualquer época do ano. “Doenças como a gripe comum e a gripe suína costumam acontecer mais em épocas frias, porque a penetração do vírus pelas vias respiratórias é facilitada nesse período, mas com as mudanças climáticas essa delimitação das estações do ano já não está mais acontecendo como antigamente.”
O médico ressalta a importância de se adotar cuidados para evitar o contágio pelo H1N1, como evitar locais fechados e com grande concentração de pessoas, evitar levar as mãos ao rosto ou boca e lavá-las com frequência, e aponta que é necessário saber distinguir os sintomas da gripe comum e o da gripe suína para procurar ajuda médica e evitar a automedicação. Confira abaixo quais os sintomas dessas doenças e como tratar e se prevenir do H1N1.

Gripe Comum X H1N1

A influenza é comumente conhecida como gripe. Trata-se de uma doença viral febril, aguda, geralmente benigna e autolimitada. Frequentemente é caracterizada por início abrupto dos sintomas, que são predominantemente sistêmicos, incluindo febre, calafrios, tremores, dor de cabeça, mialgia e anorexia, assim como sintomas respiratórios com tosse seca, dor de garganta e coriza. A infecção geralmente dura 1 semana e com os sintomas sistêmicos persistindo por alguns dias, sendo a febre o mais importante.
Existem três tipos de vírus influenza: A, B e C. O vírus influenza C causa apenas infecções respiratórias brandas, não possui impacto na saúde pública e não está relacionado com epidemias. Já os vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais. O vírus influenza A é responsável pelas grandes pandemias, entre eles encontramos os subtipos H1N1 e H3N2 circulam atualmente em humanos. Alguns vírus influenza A de origem aviária também podem infectar humanos causando doença grave, como no caso do A (H7N9).
Segundo o Centro de Vigilância Epidemiológica de São Paulo (CVE), a influenza suína ou gripe suína é uma doença respiratória dos porcos causada por um vírus de influenza do tipo A, que é motivo de surtos regulares em porcos. Estudos mostraram que esse vírus pode se disseminar de pessoa para pessoa.
A nova influenza A (H1N1), mais conhecida como gripe suína, que se propagou na primavera de 2009, é uma gripe sem precedentes e provocada por um novo tipo de vírus, ou seja a população não tem nenhuma imunidade contra ela.

Quais são os sintomas do H1N1

Os sintomas do H1N1 são similares aos sintomas da influenza humana comum (gripe comum). Eles incluem febre, tosse, garganta inflamada, dores no corpo, dor de cabeça, calafrios e fadiga. Algumas pessoas relatam diarreia e vômitos associados à enfermidade. Já foram relatadas formas graves da doença com pneumonia e falência respiratória, além de mortes. A gripe suína pode causar também uma piora de doenças crônicas já existentes.

Transmissão

Acredita-se o H1N1 possa ser transmitido da mesma maneira pela qual se transmite a gripe comum. Os vírus da influenza se disseminam de pessoa para pessoa especialmente através de tosse ou espirros das pessoas infectadas. Algumas vezes, as pessoas podem se infectar tocando objetos que estão contaminados com os vírus da influenza e depois tocando sua boca ou seu nariz.

Grupos de risco

Algumas pessoas, como idosos, crianças novas, gestantes e pessoas com alguma comorbidade possuem um risco maior de desenvolver complicações devido à influenza. A melhor maneira se prevenir contra a influenza sazonal é se vacinar todo ano.

Como tratar?

O tratamento dos sintomas da influenza sem complicações deve ser realizado com medicação sintomática, hidratação, antitérmico, alimentação leve e repouso. Nos casos com complicações graves, são necessárias medidas de suporte intensivo. Uma das principais complicações da influenza são as infecções bacterianas secundárias, principalmente as pneumonias. Em caso de complicações, o tratamento deve ser específico. O Ministério da Saúde alerta que é fundamental procurar atendimento nas unidades de saúde, para que haja identificação precoce de risco para agravamento da doença.

Resfriado e alergias são diferentes

O resfriado também é uma doença respiratória frequentemente confundida com a gripe, mas é causado por vírus diferentes. Os vírus mais comuns associados ao resfriado são os rinovírus, os vírus parainfluenza e o vírus sincicial respiratório (RSV), que geralmente acometem mais crianças.
Os sintomas do resfriado, apesar de parecidos com da gripe, são mais brandos e duram menos tempo, entre dois e quatro dias, segundo o Ministério da Saúde. Os sintomas incluem tosse, congestão nasal, coriza, dor no corpo e dor de garganta leve. A ocorrência de febre é menos comum e, quando presente, é em temperaturas baixas.
As medidas preventivas utilizadas para evitar a gripe, como a etiqueta respiratória, também devem ser adotadas para prevenir os resfriados.
Outra doença que também tem sintomas parecidos e que pode ser confundida com a gripe é a rinite alérgica, cujos principais sintomas são espirros, coriza, congestão nasal e irritação na garganta.

Como podemos nos prevenir?

De acordo com o Ministério da Saúde, para redução do risco de pegar ou transmitir doenças respiratórias, as pessoas podem adotar medidas gerais de prevenção:
- frequente lavagem e higienização das mãos, principalmente antes de consumir algum alimento;
- utilizar lenço descartável para higiene nasal;
- cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
- evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
- higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
- não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
- manter os ambientes bem ventilados;
- evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe.
Fonte:

Gerbo da Mongólia: Características desse animal de estimação


Conhecidos como ratos-do-deserto, gerbos ou esquilos da Mongólia, esses pequenos roedores - pesam entre 80 e 100 gramas - pertencem a uma família diferente, só sua e não são ratos nem esquilos.
O nome científico dos gerbos da Mongólia, Meriones unguiculatus, significa pequeno guerreiro com garras. Ele pode ser criado como animal de estimação, por conta de seu temperamento pacífico e sociável.

Os gerbos têm sua origem no norte da África, na Turquia, no noroeste da Índia e na Ásia Central.
 Detector de drogas
Donos de um faro aguçado, esses roedores passaram a ser utilizados para detectar drogas, em bagagens nos aeroportos e em revistas a visitas de prisioneiros na cadeia de Toronto, no Canadá. Hoje, o gerbo está entre os animais de estimação mais procurados nos Estados Unidos - e começa a ser popular entre os brasileiros.

habitat do gerbo da Mongólia é o deserto, ou seja, quente e seco durante o dia e frio de noite. Por isso, ele desenvolveu a capacidade de produzir pouca urina e suor - para evitar a perda de água.
 
Gerbos ouvem tudo
O gerbo tem orelhas pequenas e pêlos na cauda, para melhor conservar o calor. Sua audição é capaz de captar o bater das asas de uma coruja, a ave mais silenciosa que existe, pois seu ouvido interno é bem desenvolvido.

Em ambiente selvagem, os gerbos vivem em famílias de até 20 indivíduos, liderados por um macho e uma fêmea, chamados pelos cientistas de casal alfa. Apenas esses procriam no grupo.

Todos esses roedores são escavadores talentosos: eles usam as patas dianteiras, curtas, para cavar, e suas longas patas traseiras jogam a areia longe.
Tocas dos gerbos são cheias de câmaras
Os gerbos cavam várias câmaras em suas tocas. Elas servem para armazenar comida, dormir, e fazer as suas necessidades. As tocas têm mais de uma saída, para o caso de ser preciso escapar de predadores, como as cobras.

Asseados, gostam de tomar "banho": eles rolam na areia para retirar a sujeira de seus corpos. A limpeza, para os gerbos é, além de um ato de higiene, uma forma de estabelecer uma ligação social.

Ao contrário de seus primos hamsters, que se limpam sozinhos, os gerbos limpam e penteiam uns aos outros. Na natureza, o dominante sempre penteia o submisso e, assim, afirma a sua superioridade sobre ele.
 Não molhe o gerbo
Os machos costumam alisar os pêlos da barriga de uma fêmea prenha. Por serem animais tão sociáveis, recomenda-se ter sempre mais de um gerbo como mascote - do contrário, esses animais ficam estressados e infelizes.

Quem deseja ter um gerbo de estimação jamais deve molhá-lo, pois ele pode ficar com doenças respiratórias. Quanto à alimentação, os gerbos adoram sementes, raízes, folhas, frutas e, de vez em quando, comem insetos.
Sapatear para comunicar
Para se comunicar, os gerbos da Mongólia usam o olfato, algumas expressões faciais e o som de seu sapateado. Quando há sinal de perigo, eles batem suas patas traseiras no chão, num ritmo curioso.

Conforme outros roedores de sua família escutam, eles repetem o mesmo comportamento e, assim, transmitem a mensagem de alerta para todos os membros do grupo. Se, por acaso, um gerbo prova algo saboroso, ele pisca um olho - outro charme que cativa muitas pessoas que adotam esses animais.

Ao contrário de outras espécies de gerbos, o da Mongólia não dorme o dia todo. Eles alternam períodos de vigília e de sono tanto de dia como de noite. E seu tempo de vida vai de dois a cinco anos.
Cuidados com o gerbo
Para quem deseja ter um gerbo como animal de estimação, existem cuidados muito especiais a serem tomados, tanto para o bem-estar do roedor, como para os outros habitantes da residência.

Alguns desses cuidados são:
  • Manter a higiene do terrário do gerbo.
  • Evitar o contato de outros animais como cães e gatos com o gerbo, para evitar o estresse do roedor bem como risco de vida.
  • Dar alimentação adequada ao gerbo e usar bebedouros próprios para ele.
  • Não fornecer brinquedos de plástico, pois o gerbo vai roer e poderá ter problemas gastrointestinais.
  • Estar sempre atento a sinais como: focinho vermelho, cauda roída, inchaços - podem ser tumores - e qualquer outro alerta de anormalidade. Nesses casos, deve-se procurar um veterinário.
Mariana Aprile, Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação é estudante de biologia na Universidade Presbiteriana Mackenzie e aluna de Iniciação Científica do Mackpesquisa (PIVICK).pagina3@pagina3ped.com

Fonte