terça-feira, 29 de março de 2016

Tire suas dúvidas sobre qual animal adotar


Várias são as dúvidas de quem está querendo adotar um animal doméstico: desde a hora da escolha do “melhor amigo” até os cuidados diários que o animal necessita.

Segundo os veterinários, a pessoa tem que ter consciência de que está adquirindo um ser vivo, que requer atenção, carinho e cuidados específicos, como alimentos de boa qualidade, vacina e medicamentos.

Existem muitas opções de animais, desde os tradicionais até os mais exóticos, e são vários os fatores a serem analisados antes de permitir que a rotina da família seja completamente alterada. Afinal, é necessário ter tempo de sobra para os cuidados que o animal vai precisar. O espaço físico, a raça e o tamanho do animalzinho também devem ser considerados.

De acordo com o veterinário de um hospital de animais, em Sorocaba (SP), Roberto Comitre, para quem quer brincar, as aves não são uma boa opção. “As aves não interagem tanto quanto um cão ou gato. Elas são mais reservadas”, explica.

Aísne Rocha sempre teve animais, principalmente gatos. Ela é tutor de dois cães: Lilly, uma Yorkshire de dois anos; e Carlota Joaquina, uma Pug de dois meses. A estudante de enfermagem conta que cachorro faz muito bem, principalmente para a saúde mental. “O cachorro tem uma coisa com o tutor. Ele é muito dependente da gente ao extremo, ele sente a sua falta. Então, esse amor que ele transmite para a gente faz muito bem. Quando eu peguei a Lily, eu estava numa fase muito ruim na minha vida, estava quase entrando em depressão e ela fez muito bem para mim”.

Apartamento e animais O veterinário explica quais fatores devem ser considerados por quem mora em apartamento. “O ideal são animais de pequeno porte, com baixo nível de energia e que não precisem de muito espaço para correr. Não existe uma metragem padrão do ambiente. Se o cão for de grande porte, é necessário levá-lo para passear de uma a duas vezes ao dia”, comenta o especialista.

Ainda de acordo com Comitre, se o animal for de pequeno porte, não será necessário levá-lo para se exercitar. “Se eu estivesse morando numa casa, eles poderiam usar o quintal para fazer as necessidades, mas tenho tapete higiênico e troco uma vez por dia. Já o passeio tem que ser duas vezes por dia” , conta a estudante de enfermagem.

Ela explica também que é bom pesquisar antes. “A raça que eu peguei tem muitos problemas de saúde, mas eu já tinha pesquisado bem antes para saber, conversava com pessoas que tinham, eu procurava muito sobre a raça.”

O cuidado com os felinos tem que ser o mesmo, orienta o veterinário. Quem mora em apartamento precisa instalar a caixa de higiene, que é o local em que os gatos farão suas necessidades, e colocar também proteção nas janelas. Ainda de acordo com o especialista, é importante distribuir brinquedos e instalar prateleiras, para que o gato possa “escalar” e melhorar o bem-estar físico e psicológico.

Comitre fala da relação de gatos com crianças. “Se a criança é muito pequena, não acredito que gato seja a melhor opção, caso seja, o importante é conscientizar as crianças de que deve-se respeitar os limites dos gatos porque eles podem arranhar caso se sintam aprisionados ou ameaçados.”

O veterinário comenta sobre a facilidade nos cuidados com gatos. “Eu sempre brinco dizendo que os gatos já nascem prontos e são ‘autolimpantes’, se adequam bastante para pessoas que possuem uma vida mais corrida, até porque eles já sabem onde fazer as necessidades.”

Comprar ou adotar? Caso a pessoa queira comprar um animal, é importante que procure os criadores, indo até o local para conhecer as condições de higiene, instalações, a ninhada e verificar se os filhotes estão espertos, brincando e alegres.

Roberto Comitre explica que adotar ou comprar é uma questão pessoal. “Muitas ONGs fazem feiras de adoção e se dedicam ao resgate de animais de rua ou vítimas de maus-tratos”. Ele também dá dicas sobre o comportamento de algumas raças. “São bastante tranquilas as raças Spitz Alemão, Shih Tzu, Lhasa Apso, Maltês e Pug. Cães de grande porte que são bastantes calmos são Golden Retriever e Akita, com temperamento reservado, mas não são considerados cães brincalhões”, completa.

Ele explica que, com aumento de animais exóticos criados como domésticos, deve-se pesquisar antes de adquiri-los. “Cada espécie necessita de cuidados diferentes, as cobras, por exemplo, necessitam de grandes espaços, não fazem barulho e o intervalo entre as refeições são bastante prolongados.” Por fim, o veterinário conta que a aquisição deve ser legal e autorizada pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) ou por outro órgão competente.

Fonte: G1

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