sábado, 10 de outubro de 2015

"Demarcação de território" - O que fazer para seu cachorro parar com essa mania


Demarcação de território é um dos principais problemas dos cães machos.


Muitas vezes, um filhotinho chega a uma nova casa e é, adequadamente, ensinado a fazer suas necessidades no local certo. Entretanto, quando está com cerca de 8 meses – mesma idade com que começa a levantar a pata para urinar – o pet começa a marcar território, levando seu dono a acreditar que ele desaprendeu.

A boa notícia é que o animal não desaprendeu a fazer o que lhe foi ensinado, já a má notícia é que os machos possuem mesmo essa tendência. Cachorros que marcam território “guardam” um pouco de urina para, depois, urinarem um pouco em cada local.

Acredite ou não, mas durante um passeio, um cão que marca território até passa por postes e faz de tudo para que a sua urina alcance o local mais alto. Isso significa que eles sentem uma necessidade de liderança, certo?

Então, para ensinar seu animal a parar de marcar território, você deve mostrar quem é que manda. Para isso, o ideal é começar com os comandos básicos de obediência, como "Senta!", "Deita!", "Junto!", "Fica!" etc. Clique no link para saber mais sobre adestramento canino.

Outra coisa importantíssima: os donos devem trabalhar em três regrinhas básicas:

1. Eu vou à frente: sempre que vai sair ou entrar em algum local, deixe claro que você deve passar pela porta antes de seu cão;

2. Eu ganho primeiro: o humano deve sempre comer primeiro;

3. Eu fico mais alto: os cães jamais devem permanecer em locais mais altos que nós, mesmo que estejamos sentados e deitados.

Esses pequenos detalhes mostram ao cachorro quem é o dono do local e, com isso, ele saberá que o único ser que pode marcar território é você, afinal, a casa é mesmo sua.

Outras dicas úteis

  1. Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, jamais esfregue o focinho do seu animal no xixi ou cocô feito em lugar errado. Ele não entenderá porque está sendo repreendido e isso pode gerar até um trauma, piorando a situação. Escolha o banheirinho do seu cachorro antes mesmo que o pet chegue à sua casa.
  2. Ao usar jornais, você pode utilizar produtos que imitem o cheiro da urina de outros cães. Isso pode incentivar seu cachorro a fazer suas necessidades ali também.
  3. Quando o cão faz as necessidades no local errado, utilize produtos específicos para eliminar os odores. É uma forma de evitar que o animal volte a fazer suas necessidades nesse mesmo local.

O seu cachorro não deve ter acesso a todos os cômodos da casa quando você não estiver.

Fonte:



Ítens que devem ser avaliados ao escolher um animal de estimação exótico




Escolher o animal de estimação exótico certo para você pode ser um processo longo e complicado. Mas também pode valer, e muito bem, o esforço. Encontrar o animal que combina perfeitamente com as suas necessidades, desejos e lar pode fazer do seu animal de estimação exótico a experiência maravilhosa que esta deve ser.


Faça uma lista.

É importante fazer uma lista e avaliar as coisas que você quer e as que não quer. Inclua todos os prós que você deseja e contras que você espera evitar. Inclua nesta lista quanto dinheiro você poderá gastar, tanto na compra quanto nos cuidados com o animal. Liste coisas como tamanho, tipos de alimentos, e responda à questão sobre se você está procurando um único animal de estimação ou mais de um. 

Além disso, considere o tipo de relação que pretende ter com os animais. Alguns animais são melhores para abraçar, tais como um plentauro do açúcar ou um furão bem cuidados. Outros são legais, mas realmente devem ser deixados em paz, como a tarântula ou o escorpião.

Comece a pesquisar.

Agora que você tem sua lista de critérios, pode começar pesquisando os vários tipos de animais em que poderia estar interessado. Provavelmente você tem algo em mente, é por aí que deve começar. Se os animais que você está procurando combinam perfeitamente com os seus critérios, ótimo. Se não combinarem, continue a procurar até achar algo em que você se interesse.

Quando achar que encontrou o animal perfeito

Volte um pouco em sua pesquisa e descubra mais. É ótimo pensar "Claro, .... este é o animal Eu quero!" Se isto acontecer, volte novamente às suas pesquisas e examine o que todos os donos de animais de estimação exóticos pensam sobre as suas próprias experiências.

Este animal é legal onde eu moro?

Uma das maiores limitações para muitos proprietários animal de estimação exóticos é a legalidade. Muitos animais de estimação exóticos não são permitidos em certos países, estados, províncias, cidades ou vilas. 

Você precisa saber quais são as leis na sua área. Não é uma boa idéia manter o projeto de possuir um animal de estimação que é ilegal na região onde você mora.

Você vai querer manter esse bichinho durante todo o tempo que ele viver? 

Responda honestamente esta pergunta. Muitos animais de estimação exóticos terminam indo parar em abrigos e locais de resgate porque os proprietários não pensaram as coisas por completo, e ninguém realmente quer que isto aconteça. Considere o tempo médio de vida que o animal provavelmente viverá. Ao adquirir um animal de estimação exótico, você precisa estar preparado para estar comprometido com o animal por toda a duração da sua vida, mesmo que isto seja 20 anos ou mais. Com certeza imprevistos podem acontecer, mas é melhor pensar se você vai ou não querer cuidar deste animal durante toda a sua vida.

Posso prover as necessidades deste animal?

Quando está procurando saber se um animal de estimação é para você, você tem que olhar para as necessidades dele. Você pode atendê-las? Isto inclui as necessidades financeiras, habitação, alimentação, brinquedos, amor e carinho, assim como um médico veterinário. 

Muitos veterinários não saberão cuidar de animais de estimação exóticos. Isto torna o atendimento veterinário para os animais exóticos mais difícil de encontrar, e mais caro. Você deve se certificar de que o animal tenha um veterinário, antes que ele chegue à sua casa. 

Isto ajudará você a assegurar que seu animal de estimação receberá todas as vacinas necessárias, que ele está saudável e que, se acontecer alguma coisa como uma doença ou lesão, há alguém para ajudar você a atender as necessidades deste animal.

Minha casa e minha família são adequadas?

Este é uma das grandes perguntas que você deve se fazer. Muitos animais de estimação exóticos não devem ir para famílias com crianças muito pequenas. Alguns precisam de um grande quintal, ou até muito mais espaço do que um grande quintal pode oferecer. Outros precisam de alguém que possa passar muito tempo com eles. É muito importante avaliar a sua casa e a sua família, para saber se você será capaz de satisfazer as necessidades do seu animal de estimação.


Se você ainda não tem o animal de estimação certoentão precisará encontrar um. Em alguns lugares é difícil encontrar um criador, em outros é fácil. O melhor é conseguir seu novo animal de estimação com de um criador de boa reputação. 

Isso significará que eles foram bem cuidados, serão de temperamento bem educado, e o criador vai entrevistar você para ver se o animal de estimação que você escolheu estará bem instalado na sua casa. 

A maioria dos criadores vai considerar que você é adequado para pelo menos alguns dos animais de estimação exóticos de sua escolha. Você pode se oferecer para trabalhos voluntários, a título de colaboração e para conhecer de perto os animais que gostaria de ter. Isto lhe dará alguma experiência concreta com eles.

Se você já encontrou o seu próximo animal de estimação exótico, comece a se preparar. Você deve estar preparado para o seu novo animal de estimação, antes de tentar consegui-lo com um criador. Isto significa que, se houver um destes animais precisando de um lar, você estará pronto logo em seguida. Isto também confere ao criador dos animais a opção de verificar as suas instalações, sejam elas uma casa, gaiola, ou quintal, para ver aprova a estrutura que você montou

Uma decisão responsável por um animal de estimação exótico demanda bastante trabalho e busca por informação. Há muitas coisas a considerar e muita pesquisa a ser feita. No entanto, se você realmente seguir os passos descritos acima, certamente vai achar o animal de estimação perfeito para você, e terá um amigo para toda a vida. Você também será um dos principais candidatos para receber este bichinho, e proporcionar-lhe o lar perfeito!

Fonte:

A importância de estimular a "arte de desenhar" na criança


O registro da aprendizagem.

O desenho tem papel fundamental na formação do conhecimento e requer grande consideração no sentido de valorizar desde o início da vida da criança, considerando a bagagem que trás de casa, assim como seu próprio dia-a-dia. 

O ato de desenhar deve ser considerado um fator essencial no processo do desenvolvimento da linguagem, bem como uma espécie de documento que registra a evolução da criança. 

A criança ao desenhar desenvolve a auto-expressão e atua de forma afetiva com o mundo, opinando, criticando, sugerindo, através da utilização das cores, formas, tamanhos, símbolos, entre outros. 

É de ressaltar que o professor deve oferecer para seu aluno a maior diversificação possível de materiais, fornecendo suportes, técnicas, bem como desafios que venham favorecer o crescimento de seu aluno, além de ter consciência de que um ambiente estimulante depende desses fatores colocados, permitindo a exploração de novos conhecimentos. 

Partindo do pressuposto de que não são oferecidos tais suportes, a tendência é que o aluno bloqueie sua criatividade, visto que não lhe foram oferecidas tais condições. 
A importância de valorizar o desenho desde o início da vida da criança se dá pelo fato da necessidade que o universo infantil tem em ser estimulado, desafiado, confrontado de forma que venha enriquecer as próprias experiências da criança. 

Valorizando a arte, ou seja, o desenho na escola, o professor estará levando o aluno a se interessar pelas produções que são realizadas por ele mesmo e por seus colegas, bem como por diversas obras consideradas artísticas a nível regional, nacional e internacional. 

Enquanto mediador do conhecimento, o professor é essencial para incentivar o aluno, seja ele pelo caminho da arte ou por outra área do conhecimento, oferecendo os melhores suportes, de forma que venha a somar no crescimento e formação do mesmo. 


Por Elen Campos Caiado
Graduada em Fonoaudiologia e Pedagogia

Fonte:
Brasil Escola

Pesquisa confirma a importância dos pets no desenvolvimento de crianças e adolescentes




Os animais de estimação e as crianças



Uma pesquisa feita em Paris, na França, revelou que 76% dos entrevistados acreditam que a presença de um animal doméstico favorece a comunicação entre os membros de uma família. 

Um grupo de 60 crianças foi observado e concluiu-se que 63% delas possuíam animais de companhia como: cão, gato, pássaro, peixe ou tartaruga. Os resultados da pesquisa confirmam a importância desses animais no desenvolvimento da afetividade de crianças e adolescentes. O fato do animal estar permanentemente disponível para o convívio com os seus jovens donos aparece na pesquisa como um fator-chave para o relacionamento entre os familiares e também torna os animais domésticos, uma presença de grande importância nos lare

s.

As crianças que se criam junto com animais de estimação apresentam muitos benefícios. O despertar de sentimentos positivos para o animal pode contribuir para a auto-estima e autoconfiança da criança. 

Um bom relacionamento com os animais pode também ajudar no desenvolvimento na comunicação não verbal, a compaixão e empatia. 

Ter um animal também requer cuidados e estes cuidados, orientados por um adulto, estimulam a autonomia e a responsabilidade. 


Cuidar da limpeza do animal e do seu habitat, cuidar da sua alimentação, dividir o seu pão e oferecer-lhe um pedaço da sua bolacha, medicá-lo quando necessário, também favorece o desenvolvimento do vínculo afetivo e a lidar com os mais diversos sentimentos, da frustração à alegria e até à morte. 
É neste aspecto da vida e da morte que o animal de estimação tem um papel muito importante, pois a criança aprende a lidar com a perda e com a dor.

Enfim, são inúmeros os benefícios de ter um animal de estimação em casa. Veja um resumo deles abaixo:

A criança que convive com animais, é mais afetiva, repartindo as suas coisas, é generosa e solidária, demonstra maior compreensão dos acontecimentos, é crítica e observadora, sensibiliza-se mais com as pessoas e as situações.

Apresenta autonomia, responsabilidade, preocupação com a natureza, com os problemas sociais e desenvolve uma boa auto-estima.
Relaciona-se facilmente com os amigos, tornando-se mais sociável, cordial e justa. Sabe o valor do respeito.
Desenvolve a sua personalidade de maneira equilibrada e saudável, tendo mais facilidade para lidar com a frustração e liberta-se do egocentrismo.

A escolha do animal de estimação

Enquanto qualquer animal de estimação pode proporcionar prazer as crianças, é importante que se escolha o animal adequado para sua família, sua casa e estilo de vida, e um que a criança possa ajudar a cuidar. Os pais devem ser cuidados e não escolher animais agressivos como animais de estimação. Lembre-se que mesmo os animais domesticados e treinados podem ser agressivos. Os animais exóticos e pouco comuns podem ser difíceis de cuidar e deve-ser ter muito cuidado ao considerá-los.


No caso do cachorro, por exemplo, crianças de 3 e 4 anos podem tê-los, uma vez que já adquiriram certa autonomia. Nesta idade, os pequenos possuem habilidades motoras, são capazes de se defender e entender algumas regrinhas do que é ou não permitido fazer. Eles sabem, por exemplo, que não podem subir no cachorro ou puxar suas orelhas.

Na escolha de um animal de companhia, aproveite para conscientizar seu filho de que silvestre não é Pet! Chinchilas, Cobras, Papagaios, Araras, Cracatoa, Iguanas, Quatis, Macaquinhos, etc o lugar deles é livre na natureza. Passaros nasceram para voar e não ficar em gaiolas. 


As crianças menores de 3 anos, não tem a maturidade para controlar seus impulsos de agressividade e irritabilidade, devem ser observadas quando estão com seu animalzinho.
Para ter um pássaro não há restrição de idade e os pequenos podem ajudar nos cuidados com a limpeza e a alimentação. Os gatos são indicados a partir dos 3 anos. Eles são bichos limpos, carinhosos e proporcionam tranqüilidade. 


Os peixes também são próprios para crianças com iidade a partir dos 3 anos e os roedores são recomendados para a faixa dos 4 anos. Estes últimos são dóceis, tranqüilos e exigem uma manutenção barata.

Antes de escolher um bichinho, consulte um veterinário para que este auxilie na escolha de acordo com sua possibilidades, como ambiente onde o bichinho irá viver, espaço que necessitará, necessidade de passeios, etc. Além disso, ele lhe orientará quanto às questões de saúde e prevenção de doenças do seu animalzinho, especialmente quanto às zoonoses (doenças que são transmitidas dos animais para o ser humano). No caso, de crianças convivendo com animais isto é muito importante, pois elas estão sempre levando a mão à boca, e o risco de contrair algum tipo de zoonose é maior.

Cuidados com os animais
As crianças deve-se lembrá-las, que os animais, assim como as pessoas, necessitam de alimento, água, exercício e carinho.
Explicar que o animal muitas vezes não sabe o que está fazendo e orientar a criança de forma a aprender a lidar com ele com respeito e dedicação e não irritar-se quando o animal não obedece.

Conforme a idade da criança, é importante que os pais atribuam a elas algumas responsabilidades quanto ao cuidado do animal, como dar comida, remédio ou pentear o pêlo.
Os pais são modelos por excelência. As crianças aprendem a ser os donos responsáveis de seu animal de estimação observando o comportamento dos pais.
.
Convivendo com os animais desde cedo

A criança deve estar consciente de que os animais precisam de respeito e carinho, assim como qualquer relacionamento.
O convívio com o animal de estimação influenciará nas relações futuras com os amiguinhos. A criança que convive com animais de estimação é mais afetuosa, sociável, justa e não é individualista.

Um animal necessita de cuidados e a criança precisa ter responsabilidade sobre eles. Essa responsabilidade depende da idade do menino ou menina e deverá ser orientada e estimulada por um adulto.
Crianças pequenas ainda não sabem distinguir o seu bichinho de pelúcia do animalzinho de estimação e podem machucá-lo ao apertar demais, jogar para o alto ou mesmo bater para recriminar algo que o animalzinho tenha feito. Essa relação pode causar danos físicos ao animal e à criança (o gato pode arranhar ou o cachorro morder ao reagir a uma “agressão”).


Nessa situação, o adulto tem que estar sempre muito atento, procurando conversar com as crianças sobre como lidar com o animalzinho, do que ele gosta e o que pode machucá-lo.

Com crianças acima de 5 anos, os cuidados com seus animaizinhos podem aumentar. O filho já pode levar o bicho de estimação para passear, dar banho e até aprender alguns comandos de adestramento.


A criança pode ficar encarregada, com ajuda do adulto, de limpar o ambiente do seu animalzinho, dar comida e fazer carinho.


A responsabilidade que a criança terá ao cuidar do seu animalzinho desenvolve a autonomia, afetividade e os mais diversos sentimentos como alegria, frustração e respeito.
Atenção para que os cuidados de relacionamento com o animal de estimação não se tornem uma obrigação para a criança.



Além do contato com os sentimentos que precisará para lidar com outras pessoas, o animal pode trazer a experiência com a perda. A criança aprenderá sobre o ciclo da vida, desde o nascimento até a morte e o quanto isso é natural.



Agora o recado é para as mamães que ficam preocupadas quanto ao risco de alergias. Estudos mostram que crianças que convivem nos primeiros anos de vida com animais de estimação estão menos propensas a desenvolver alergia, pois o seu sistema imunológico já está “acostumado” com os agentes alergênicos encontrados nos animais.


Já o sistema imunológico de crianças que cresceram sem contato com animais não reconhece os agentes alergênicos provocando reações 


Não esqueça de levar o animalzinho ao veterinário sempre para que receba os cuidados necessários e evitar doenças, sempre acompanhado de seu filho para que também escute as orientações do doutor criando assim mais responsabilidade.


Fontes pesquisadas:

Fonte:

Brasil caminha rumo à eliminação da malária, diz especialista da Opas

As prioridades de pesquisa na área foram elencadas por Keith Carter, da Opas-OMS, e outros especialistas durante a Escola São Paulo de Ciência Avançada para a Erradicação da Malária (foto: WHO Key facts about Malaria)
Karina Toledo | Agência FAPESP – Entre os países americanos, o Brasil tem sido um dos campeões no combate à malária e caminha rumo à eliminação da doença que ainda mata no mundo cerca de meio milhão de pessoas anualmente – a maioria crianças menores de 5 anos.
A análise foi feita por Keith Carter, conselheiro sênior sobre malária e outras doenças transmissíveis da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) – vinculada à Organização Mundial de Saúde (OMS) –, durante a abertura da Escola São Paulo de Ciência Avançada para a Erradicação da Malária.
Realizado com apoio da FAPESP, Bill & Melinda Gates Foundation, Opas e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o evento reune 104 estudantes e jovens pesquisadores de 42 países desde o dia 22 de setembro até 2 de outubro na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP).
“O Brasil tem conseguido reduzir significativamente a transmissão de malária em seu território e representa um grande exemplo para o mundo. Claro que ainda há obstáculos a serem vencidos, especialmente nas áreas de fronteira. Já a Venezuela, onde o número de casos cresce a cada ano, é hoje o maior desafio do continente”, disse Carter em entrevista à Agência FAPESP.
Em sua apresentação, o representante da Opas lembrou que, no início do século 20, a enfermidade transmitida pela picada dos mosquitos do gênero Anopheles estava disseminada em praticamente todo o planeta. Em meados da década de 1950 – apenas alguns anos após a criação da OMS – teve início a primeira campanha global para erradicação da malária, que tinha como principal arma o inseticida DDT (diclorodifeniltricloroetano).
A ideia era dedetizar todas as casas, de todos os países, de modo a reduzir a densidade do mosquito vetor a um ponto que a cadeia de transmissão fosse interrompida.
O programa conseguiu eliminar a doença principalmente na Europa e na América do Norte, bem como reduzir o número de casos em outras regiões. Mas a erradicação efetiva não ocorreu tão rapidamente quanto se esperava e as fases de consolidação e manutenção se mostraram mais caras e demoradas do que o estimado.
“Em meados dos anos 1960, começaram a faltar recursos para dar continuidade aos esforços. Nas duas décadas seguintes o assunto caiu no esquecimento e o número de casos voltou a crescer”, contou Carter.
Na avaliação da brasileira Marcia Castro, professora da Harvard T.H. Chan School of Public Health, dos Estados Unidos, vários motivos explicam o fracasso da iniciativa.
“Em primeiro lugar, a cobertura não foi integral e mosquito não respeita barreira geográfica. Se você trata uma área, mas não todas, ele volta após algum tempo. Ficaram de fora da iniciativa, por exemplo, os países da África subsaariana, região onde até hoje concentra-se a maioria dos casos. Em muitos locais o acesso às casas era difícil por falta de estradas e falta de equipes de saúde bem estruturadas”, afirmou Castro.
Além disso, com o passar dos anos, os mosquitos foram adquirindo resistência ao inseticida e isso tornou inviável a proposta de reduzir a densidade vetorial a ponto de interromper a transmissão – meta que se tornou ainda mais difícil de ser alcançada uma vez que nem todos os pacientes estavam sendo tratados e, portanto, permaneciam como reservatórios do parasita causador da enfermidade.
Erradicação da pesquisa
De acordo com Castro, a iniciativa da OMS não só falhou em erradicar a malária como teve um efeito colateral nefasto: erradicou a pesquisa sobre a doença e o treinamento de profissionais de saúde em praticamente todo o mundo.
“Eles achavam que o DDT sozinho resolveria o problema, então não seria preciso treinar pessoas ou investir na busca de novas estratégias de controle e de novos medicamentos. Pensavam ser desnecessário estudar a ecologia das regiões endêmicas ou a biologia do parasita e do mosquito vetor”, disse a professora de Harvard.
A retomada só ocorreu nos anos 1990, disse Castro, quando muitos países se deram conta de que a malária não era apenas uma questão de saúde pública, mas um entrave ao desenvolvimento econômico. E era o início da globalização.
“Nos anos 1990, a tônica passou a ser o controle do número de casos para que a malária deixasse de ser um problema de saúde tão dramático. Já não se falava mais em erradicação (zero casos no mundo) ou eliminação (zero casos em uma região). Foi então adotada uma combinação de medidas, que inclui controle vetorial, diagnóstico e tratamento precoce dos pacientes”, explicou.
Dois passos à frente
Mas, segundo os especialistas, ainda são grandes os desafios a serem superados para, ao menos, manter a malária sob controle e isso só será possível por meio de investimento em pesquisas.
“A melhor droga antimalárica que temos hoje é a artemisinina e já há casos de resistência no sudeste da Ásia, onde ela foi muito usada. Não sabemos ao certo se a resistência já chegou à África e temos um grande receio de que ela se espalhe, pois não temos outra droga tão potente em mãos”, disse Castro.
Além de novos medicamentos, a professora de Harvard ressalta a necessidade de desenvolver novos produtos para tratar mosquiteiros e borrifar as casas, pois também já há resistência aos inseticidas atualmente usados.
“O mosquito parece estar sempre dois passos à nossa frente. Ele se adapta tanto em termos de desenvolver resistência como em termos de comportamento. Os livros sobre malária dizem que o Anopheles só se reproduz em águas limpas, mas larvas já foram encontradas em águas poluídas. Os livros dizem que ele pica dentro de casa, à noite, mas na Amazônia ele passou a atacar fora de casa, em dois picos: no início da noite e no início da manhã, quando as pessoas estão indo e voltando do trabalho”, relatou Castro.
Para Carter, também são fundamentais pesquisas antropológicas, que permitam entender como vivem e se comportam os moradores de áreas endêmicas, como usam os medicamentos, o que fazem quando estão doentes.
“Essas informações são importantes para guiar estratégias de saúde pública. E também temos de entender como as mudanças climáticas vão afetar a longevidade do mosquito nas diversas regiões”, disse.
Também são necessários, segundo os especialistas, novos métodos de diagnóstico que permitam identificar portadores assintomáticos da doença. Bem como métodos que permitam diagnosticar a forma latente da malária causada pelo parasita da espécie Plasmodium vivax, a mais prevalente na Amazônia brasileira, que pode provocar recaídas meses após a infecção primária.
Treinando lideranças
De acordo com o pesquisador do Instituto de Ciências Biomédicas da USP Marcelo Urbano Ferreira, organizador do evento, o curso oferecido no âmbito do programa Escola São Paulo de Ciência Avançada (ESPCA-FAPESP) é a primeira versão regional do “Science of Eradication: Malaria”, que vem sendo oferecido desde 2012 por três instituições líderes na pesquisa sobre o tema: Barcelona Institute for Global Health (ISGlobal, da Espanha), Harvard University e Swiss Tropical and Public Health Institute (Swiss TPH, da Suíça).
“Originalmente, é um curso avançado de capacitação, voltado a gestores de serviços de saúde ou pesquisadores sêniores da área. Nós adaptamos para o público da ESPCA, que inclui estudantes de graduação, pós-graduação e jovens pesquisadores – alguns deles envolvidos em programas de controle da malária”, disse Ferreira.
Além da excelência acadêmica, a seleção dos 104 participantes buscou dar representação aos países endêmicos, com destaque para aqueles que já contam com programas de eliminação ou erradicação de malária, como Sri Lanka, Butão, Etiópia e África do Sul.
“Conseguimos um bom equilíbrio entre pesquisadores de laboratório e acadêmicos que atuam como profissionais de saúde pública. Bem como um equilíbrio entre os envolvidos nas cinco áreas cobertas pelo curso: Epidemiologia e controle; Estudos dos vetores; Imunologia e vacinas; Tratamento e novas drogas; e Biologia de plasmódio”, disse Ferreira. 

Fonte:


Rato com focinho de porco? Saiba mais sobre a nova espécie recém-descoberta

A beleza está nos olhos de quem vê, certo?
Uma equipe internacional de pesquisadores que estuda animais isolados na ilha montanhosa de Sulawesi, na Indonésia, descobriu um bicho que tem uma cara que, realmente, só uma mãe poderia amar incondicionalmente. Com um nariz rosa peculiar, ele era até então completamente desconhecido para a ciência.
O rato com focinho de porco ganhou o nome de Hyorhinomys stuempkei.

Uma espécie bastante singular
Os cientistas rapidamente descobriram que a nova espécie era significativamente diferente de outras. Na verdade, geneticamente falando, o rato com focinho de porco é tão singular que os pesquisadores o descreveram como um gênero totalmente novo.
H. stuempkei se destaca de outros roedores. Além do seu nariz distintivo, também ostenta dentes mais frontais, orelhas extremamente grandes e longas patas traseiras que usa para impulsionar seus pulos.

Ambos os gêneros masculino e feminino desta espécie crescem pelos pubianos anormalmente longos, mas os cientistas não sabem ao certo porque exatamente. O palpite de um dos pesquisadores da equipe, Kevin Rowe, é que, provavelmente, estes pelos ajudam os ratos em alguma função reprodutiva.
Hyorhinomys stuempkei não têm músculos mastigadores, comumente encontrado na maioria dos outros mamíferos. Em outras palavras, esta nova espécie têm mandíbulas fracas, por isso sua dieta consiste de rapina macia, como minhocas e larvas do besouro.

Mais descobertas pela frente?
Este é o terceiro novo gênero de roedores descritos por este grupo de cientistas desde 2012, e provavelmente haverá mais. Sulawesi é uma grande ilha continuamente encharcada de chuva, tornando-se um lugar difícil para conduzir estudos. Este rato com nariz de porco, por exemplo, foi descoberto no Monte Dako a uma altitude de 1.580 metros, a uma caminhada de dois dias da aldeia mais próxima.
Estamos ansiosos para ver que outras novas espécies esta remota ilha indonésia tem para nos oferecer. 

Fonte: