quarta-feira, 20 de abril de 2016

Orteoartrose em cães idosos


A osteoartrose é a causa mais comum de claudicação (manqueira) em cães. Causada pela degeneração da cartilagem que reveste as articulações, trata-se de uma doença dolorosa capaz de diminuir seriamente a qualidade de vida de seu cão. Os cães idosos são frequentemente acometidos.
É possível tratar a osteoartrose?

Em cães adultos, as células articulares são mais lentas para regenerar. Isso significa que não existe cura natural para osteoartrose. Os tratamentos visam suprimir a dor, melhorar a mobilidade do cão e retardar a evolução da doença. O Veterinário será capaz de explicar as possibilidades clínicas (ou cirúrgicas) para o caso de seu cão.
Se você não cuidar das articulações de seu cão, a mobilidade dele sofrerá um rápido declínio. Os cães com osteoartrose grave podem sofrer de total rigidez em seus membros.

A nutrição pode ajudar a proteger as articulações

Caso seu cão esteja com peso acima do ideal (ou seja, com sobrepeso), a prioridade deve ser ajudá-lo a atingir um peso ideal. Com um peso menor, as articulações serão aliviadas.

Uma série de nutrientes específicos também pode ter efeitos benéficos sobre as articulações.

- Os dois nutrientes mais bem-conhecidos são a glicosamina e o sulfato de condroitina, duas moléculas encontradas naturalmente na cartilagem. O consumo diário de glicosamina e condroitina é particularmente valioso para cães grandes e pesados.

- Ácidos graxos ômega-3 (presentes em óleos de peixe) também ajudam a diminuir a velocidade da inflamação nas articulações. Esses ácidos graxos atuam como anti-inflamatórios naturais e não apresentam efeitos colaterais notáveis.

Fonte:

Nem brinde, nem brinquedo - Nem tudo o que é bonito para nós é divertido para eles


Pelos coloridos

Nem tudo o que é bonito para nós é divertido para eles. É comum donos usarem seus animais para expressar o seu espírito de festas ou o amor por um time, por exemplo. E enquanto uma roupinha verde-amarela ou uma coleira "natalina" são inofensivos, outras práticas prejudicam a saúde do pet. 
Você sabia que o papel crepom possui substâncias tóxicas? Essa e outras tinturas podem causar queda de pelo e alergia se não forem específicas para a espécie e aplicadas por um profissional. Não utilize produtos na região dos olhos e mucosas e evite submeter o seu pet a procedimentos incômodos desnecessários.
Os animais são seres sencientes, ou seja, sentem dor e desconforto assim como nós e não devem ser tratados como objetos para a expressão da nossa personalidade. 

Nem brinde, nem brinquedo

Em comemorações populares, como as tradicionais festas juninas, é comum ver animais sendo oferecidos como "brindes" em barracas de jogos ou como atrativo para as crianças. Os animais nunca devem ser tratados como mercadoria. Até mesmo a adoção deve ser feita de forma consciente e não impulsiva: levar um animal para casa significa assumir a responsabilidade por outra vida. Você está preparado para alimentar, cuidar e dar abrigo constante para este animal? Conhece as suas necessidades e hábitos naturais? Sabe o tempo médio de vida da espécie? Essas questões devem ser levadas em conta antes de assumir o compromisso para que se evite futuros abandonos. 
Além disso muitos dos animais oferecidos em feiras ou festas populares são submetidos à tintura, por vezes tóxica (como explicado anteriormente), e a um confinamento inadequado. Sejam pintinhos ou filhotes de coelho, nenhum animal deve ser mantido em um espaço pequeno ou amontoado que restrinja os seus movimentos – causando estresse e até mesmo ferimentos –, o que vale também para os peixes aprisionados em sacos plásticos, por longas horas. Os animais devem ainda ter acesso a alimento, água, sombra e proteção contra o frio. 

No Brasil são, anualmente, 750 mil atropelamentos de animais silvestres, o que equivale a 2.055 vítimas diárias


Só no Brasil são, anualmente, 750 mil atropelamentos, o que equivale a 2.055 vítimas diárias. Boa parte delas, em consequência do aumento do espaço urbano e dos reservatórios de empreendimentos hidrelétricos. Os números foram apresentados nesta quinta-feira (4) pelo presidente da Associação Protetora dos Animais Silvestres (Apas), Agnaldo Marinho.



“Infelizmente, em algumas localidades, a onça-parda virou gato de rua, e as pessoas acabam achando que [todos animais] dentro da cidade são ou gato ou cachorro”, disse ele, durante o programa de rádio Amazônia Brasileira, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Mas não são apenas carros que estão ferindo ou matando animais silvestres no Brasil. “Precisamos jogar menos lixo na natureza [o que também pode causar problemas para a fauna silvestre] e ter menos animais de estimação desse tipo. Em alguns estados, muitos adquirem papagaios porque é bonito ver o bichinho falando. Mas, para cada louro dar o pé, 50 deram a vida ao ser transportados [pelos traficantes de animais silvestres]”, afirmou Marinho.

Segundo ele, ao adquirir um animal silvestre, as pessoas também não têm conhecimento de que podem estar pondo a própria saúde em risco. “Esses animais costumam ter doenças silvestres que afloram em situações de estresse, e podem até passá-las aos seres humanos. Isso já foi comprovado. E é por isso que sempre digo: precisamos prevenir agora para não ter de gastar dinheiro amanhã”, acrescentou.

Outro fator que Marinho considera prejudicial ao meio ambiente são os reservatórios das usinas hidrelétricas. Nas proximidades de Assis, em São Paulo, onde ele criou a Apas após ficar sensibilizado com o número de animais apresentando problemas de saúde como queimaduras e feridas até por agressão, há três hidrelétricas construídas a uma distância de 10 a 15 quilômetros, uma da outra.

Por causa dos reservatórios construídos para as usinas, os animais começaram a migrar para as cidades da região. “Quando começou a implantação dessas hidrelétricas, havia na região animais endêmicos e transitórios fazendo fluxo. Como a cidade sempre apresentou deficiência e falta de um papel visível do Estado, eu acabava fazendo o resgate deles e os levava [de forma intercalada] para uma clínica diferente a cada dia [para evitar sobrecarregar alguma delas]”, lembra o ambientalista.

“Posteriormente, como meu pai tinha uma chácara, comecei a usá-la [para ajudar no tratamento dos animais]. Vi, então, que era necessário envolver o Poder Público. A Apas virou referência e hoje conseguimos tanto reabilitar animais silvestres como disponibilizar a eles um mantenedor [empreendimento autorizado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para criar e manter espécimes em cativeiro, após terem sido apreendidos ou vítimas de maus-tratos]”, acrescentou.

De acordo com Marinho, os reservatórios acabam causando problemas para outros tipos de animais bem menos visíveis. “A fauna aquática [da região] foi quase 70% dizimada. As concessionárias [das usinas] têm plano de soltura, mas priorizam os peixes que servem para pesca esportiva, que acabaram concorrendo com os da fauna nativa. Com isso, vários peixes sumiram.”

O ambientalista considera “excelente” a lei de crimes contra a fauna, embora classifique de falha a prática da legislação. “São aplicadas multas de até R$ 200 mil, mas, como a pessoa não tem condições de pagar, acaba prestando serviços à comunidade. Em geral, para instituições como asilos, que nada têm a ver com o meio ambiente”, destacou.

Fonte:


FAPESP e IESS anunciam resultado de chamada do concurso FameLab

FAPESP e IESS anunciam resultado de chamada
Foram selecionados quatro projetos de pesquisa em "Sustentabilidade do Setor de Saúde Suplementar"
A FAPESP e o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) anunciam o resultado de uma chamada pública de propostas para apoiar pesquisa acadêmica em “Sustentabilidade do Setor de Saúde Suplementar”, lançada em 2015
Foram selecionados quatro propostas de pesquisa, que poderão ter até dois anos de duração.
Propostas selecionadas:
Pesquisadores
Projeto
Arnaldo Luiz Ryngelblum
Inst Ciencias Sociais Comunicacao / UNIP
Regulamentação da saúde suplementar no Brasil: evolução, tendências e impactos
Processo FAPESP: 2015/50353-2
Mario Ferretti Filho
Soc. Beneficente Israelita Brasileira Hospital Albert Einstein
Segunda opinião nas indicações de cirurgias de coluna: avaliação de custo-efetividade
Processo FAPESP: 2015/50352-6
Alexandre Pereira Salgado Junior
Facultade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirao Preto / USP
Proposta de boas práticas em gestão que colaborem para sustentabilidade financeira de hospitais filantrópicos vinculados a saúde suplementar
Processo FAPESP: 2015/50354-9
Gustavo Cardoso Guimarães
A.C. Camargo Cancer Center / FAP
Analise da custo-efetividade do rastreamento e das modalidades terapêuticas do câncer de próstata
Processo FAPESP: 2015/50383-9
Mais informações sobre a chamada: www.fapesp.br/9501

2016 caminha para ser o ano mais quente da história


Ano passado já ultrapassou as expectativas, quebrando os recordes de temperatura; Mudanças climáticas geraram grande impacto na economia brasileira
Cada vez mais o aquecimento da Terra tem gerado preocupação aos especialistas e governos. E não é para menos. A Agência Espacial Americana (NASA) confirmou o que a população mundial sentiu na pele: 2015 foi o ano mais quente da história desde quando se iniciou a medição. Em média, a temperatura na superfície terrestre foi 0,13°C maior do que em 2014. Segundo a instituição, os 15 anos mais quentes foram registrados nos últimos 16 anos. Para 2016, a realidade não será diferente. A NASA afirmou que os meses de janeiro e fevereiro deste ano já bateram os recordes do mesmo período de 2015.
Os dados revelaram que fevereiro deste ano foi o mês mais quente já registrado na história mundial, sendo que o segundo mês mais quente foi seu antecessor (janeiro), enquanto o terceiro mês com temperaturas mais altas na história foi dezembro de 2015. Nunca houve um trimestre tão quente no mundo: entre dezembro e fevereiro, a média da temperatura no planeta ficou 1,2ºC acima da média – no limite exato do aumento ao qual ainda podemos nos submeter nos próximos 84 anos que ainda restam para o final do século.
“Esses dados confirmam que o aquecimento global não só é verdadeiro, como está se intensificando”, afirma André Ferretti, gerente de Estratégias de Conservação da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, instituição que participa da coordenação geral do Observatório do Clima, rede de ONGs que atuam na agenda climática brasileira.
O fenômeno El Niño, que provoca o aquecimento anormal das águas do Pacífico, também é em parte responsável por esse resultado, pois tem sido bastante severo. Porém, a principal causa da intensificação do aquecimento global continua sendo a ação do homem, que, ano após ano, tem ampliado a emissão de gases de efeito estufa (GEEs). Ferretti alerta que os governos não podem mais continuar com o discurso teórico sobre as alterações do clima, sendo preciso agir de forma planejada para adaptar-se às mudanças climáticas cujos efeitos serão ainda mais presentes esse ano.
O instituto de meteorologia do Reino Unido, Met Office, já afirma que 2016 irá ultrapassar 2015 como ano mais quente, prevendo um aumento de 1,14°C acima da temperatura nos anos iniciais da Revolução Industrial, por volta de 1820. “Se isso se concretizar, estaremos muito próximos do limite estabelecido pelo Acordo de Paris, firmado no ano passado, que determina que a temperatura não pode atingir 2ºC acima da era industrial, e orientando que ficasse em, no máximo, 1,5ºC”, completa Ferretti, que esteve na 21ª Conferência das Partes (COP-21) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) quando o documento foi elaborado.
Aqui no Brasil o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) afirmou que o El Niño continuará alterando o clima nesse ano. O órgão afirma que as regiões Norte e Nordeste terão redução na quantidade de chuvas, enquanto que o Sul sofrerá com o aumento de precipitação. Com esse somatório de fatores, os fenômenos climáticos extremos – grandes estiagens e enchentes – serão cada vez mais frequentes gerando perdas desde patrimônio e safras agrícolas até vidas humanas.
Economia é impactada pelas alterações climáticas
O brasileiro pode até não ter percebido os motivos, mas com certeza já sentiu no bolso o impacto das mudanças do clima. O famoso PF, composto pelo arroz, feijão, bife, batata frita e salada ficou 20% mais caro em 2015, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA15), alta que significa quase o dobro da inflação - 10,74 para os últimos 12 meses.
Um dos principais responsáveis é o clima: o Rio Grande do Sul detém 70% da produção nacional de arroz, mas as chuvas torrenciais e fora de época causaram prejuízos e atrasos no plantio. Já Minas Gerais sofreu o oposto. Responsável por 30% da produção brasileira de batatas, o estado enfrentou grande seca que impactou gravemente a lavoura. A falta de chuvas também influenciou na plantação de feijão da região mineira.
Com essa situação adversa, o Brasil deve importar mais arroz, o que deve aumentar ainda mais o preço do alimento. Já o feijão carioquinha - mais consumido pelos brasileiros e que ficou 30% mais caro no ano passado – não tem produção fora do país e, por isso, o Instituto Brasileiro do Feijão prevê desabastecimento já no fim de fevereiro.
Solução pode estar na própria natureza
Para André Ferretti, dentre as estratégias de adaptação às mudanças climáticas uma que tem se mostrado eficaz e mais duradoura é a chamada Adaptação Baseada em Ecossistemas (AbE), na qual aproveitam-se os serviços ambientais (como produção de água e proteção do solo) providos pelos ecossistemas conservados, bem como da sua biodiversidade, para auxiliar as pessoas e as comunidades na adaptação aos efeitos das mudanças climáticas.
Exemplo prático dessa realidade é o Parque Nacional da Tijuca, o mais visitado do país com cerca de três milhões de turistas por ano. Nos séculos XVII e XVIII, o então chamado Maciço da Tijuca foi devastado para agricultura e extração de madeira, o que gerou grande impacto na cidade. O mais sentido deles foi a escassez de água. Dessa forma, em 1861, D. Pedro II declarou a região como “Florestas Protetoras”, protegendo a região e garantindo a quantidade e qualidade da água para os cariocas.
“A lógica é simples, se protegermos os ambientes naturais eles devolvem essa proteção para nós. É o equilíbrio que a natureza pode nos ensinar”, conclui o gerente de estratégias de conservação da Fundação Grupo Boticário.
Sobre a Fundação Grupo Boticário: a Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza é uma organização sem fins lucrativos cuja missão é promover e realizar ações de conservação da natureza. Criada em 1990 por iniciativa do fundador de O Boticário, Miguel Krigsner, a atuação da Fundação Grupo Boticário é nacional e suas ações incluem proteção de áreas naturais, apoio a projetos de outras instituições e disseminação de conhecimento. Desde a sua criação, a Fundação Grupo Boticário já apoiou 1.457 projetos de 488 instituições em todo o Brasil. A instituição mantém duas reservas naturais, a Reserva Natural Salto Morato, na Mata Atlântica; e a Reserva Natural Serra do Tombador, no Cerrado, os dois biomas mais ameaçados do país. Outra iniciativa é um projeto pioneiro de pagamento por serviços ambientais em regiões de manancial, o Oásis. Na internet: www.fundacaogrupoboticario.org.br, www.twitter.com/fund_boticario e www.facebook.com/fundacaogrupoboticario.
Fonte:



Aprenda os sinais que revelam o humor dos cães



Os cães são animais expressivos e demonstram quando estão felizes, tristes, nervosos, irritados etc. É importante aprender a reconhecer esses sinais.

Prestando atenção em seu comportamento e expressões, é possível interpretar as necessidades de seu animal de estimação e interagir com o seu cão de uma forma mais saudável e segura.


Relaxado e feliz
Quando seu cão está feliz, ele demonstra uma linguagem corporal relaxada. Seus músculos não estão tensos e sua cauda e orelhas ficam em posição neutra: nem muito altas, nem tanto para baixo. Ele pode mover a cauda de um lado para o outro ou em movimento circular. Sua expressão facial fica tranquila e seu nariz ligeiramente aberto, ofegando normalmente. Geralmente, a sua língua estará dentro da boca ou ligeiramente caída. E a boca fica parcialmente aberta, como se estivesse sorrindo para você. Este estado de tranquilidade e felicidade é facilmente interpretado por quem tem cães em casa.
Este é o melhor momento para dar e receber carinhos de seu animal de estimação. 

Brincadeira e diversão
Seu corpo está pronto para brincar quando ele estica as pernas traseiras, erguendo o rabo e colocando o peso em seus cotovelos. Esta posição é chamada de “reverência à brincadeira”. Neste momento, o seu cão pode então saltar ao redor de você, com as orelhas e cauda bem eretas, muitas vezes abanando rabo. O olhar pode estar fixo (cuidado para não confundi-lo com o olhar de agressividade e medo, leia mais abaixo) em um objeto como bolinhas ou brinquedos. Ou fixo na pessoa que ele está convidando para brincar.
Quando o cão está neste estado, é o melhor momento para você interagir com ele: brincar, jogar bola ou até mesmo fazer um passeio.

Medo ou estresse

Quando seu cão está com medo, ele faz o seu melhor para escapar ou parecer menor. Isso pode acontecer por submissão ou nervosismo. Seu corpo fica curvado, sua cauda é encolhida para debaixo do corpo e as orelhas ficam para trás. Em alguns casos de nervosismo, os cães babam, lambem seus focinhos e evitam olhar diretamente em seus olhos. E ficam tentando se esconder, se proteger.
Neste momento, tenha cuidado: se você tentar se aproximar, ele pode mostrar os dentes e até mesmo te morder. Quando o seu cão esta neste estado de medo ou estresse, é melhor deixá-lo sozinho e quieto para que possa relaxar.

Irritado ou agressivo

Quando está agressivo, o cão geralmente projeta seu corpo para frente, com os músculos rígidos, tentando ao máximo parecer maior e intimidar. O animal também mantém a cabeça erguida, com as orelhas apontando para cima e para frente. A sua cauda fica ereta e o seu pêlo eriçado. O cão pode mostrar os dentes franzindo o nariz e retraindo os lábios para mostrá-los. E pode começar a rosnar e a latir.
Tome cuidado com um cão que esteja demonstrando este tipo de comportamento: ele pode lhe morder a qualquer momento. Mantenha-se longe dele até que ele acalme.
Conhecer a linguagem dos cães nos torna melhores tutores. O reconhecimento destes sinais nos ajudará a saber quando e como podemos interagir com nossos cães e quando devemos deixá-los sozinhos.


Fonte:


De quem é esse jegue?



Nos últimos anos, o número de jumentos abandonados tem crescido drasticamente no Brasil e o problema se intensifica com a reprodução descontrolada.

Animais domésticos abandonados que perambulam sem destino são uma preocupação atual da nossa sociedade – seja por suas condições de vida ou pelo risco de acidentes de trânsito e transmissão de doenças. Porém, a grande questão que permeia o assunto é: como reduzir ou controlar o número de animais abandonados nas ruas, como os cachorros, gatos ou mesmo os jumentos, animais culturalmente utilizados no nordeste para o trabalho?

A população de jumentos, também conhecidos como asnos ou jegues, chega a aproximadamente 900 mil indivíduos só no Brasil, sendo que 90% desses estão no nordeste. Nos últimos anos, o número de jumentos abandonados tem crescido drasticamente e o problema se intensifica com a reprodução descontrolada.
Abate humanitário

Desde o inicio deste ano, no estado do Rio Grande do Norte, está em evidência o abate de jegues para alimentação humana. A exigência descrita no 


(RIISPOA), fiscalizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), deixa claro que animais domésticos (como bovinos, suínos e frangos) podem ser abatidos para o consumo humano. Dentre essas espécies legalmente permitidas estão os equídeos, ou seja, cavalos, burros, mulas e jumentos. A World Animal Protection defende, todavia, que todos os abates devem ser realizados de maneira humanitáriae em frigoríficos com inspeção.

No Brasil, existem plantas frigoríficas autorizadas a abater cavalos, mas muitas delas provavelmente precisariam ser adaptadas para funcionar de forma adequada a animais menores. Instalações feitas para outras espécies, como corredores projetados para cavalos, podem gerar sofrimento desnecessário. Devido ao seu porte pequeno, por exemplo, dois jumentos poderiam tentar passar ao mesmo tempo no local e acabar manejados incorretamente – sendo afastados um do outro por batidas de vara ou mesmo choques, de forma não humanitária.

Outro ponto importante a se considerar é o consumo desse animal: todos os produtos e subprodutos de uma espécie sacrificada para consumo humano devem ser aproveitados de forma consciente. A morte de um animal, considerado de produção, não é justificável se não for para alimentar pessoas e outros animais.
Soluções equivocadas

De acordo com uma reportagem do Globo Rural, programa transmitido pela emissora de TV Globo, o jumento foi substituído pelas motocicletas nos últimos anos como meio de transporte. A sua perda de função ocasionou um aumento no número de animais abandonados. Recolhê-los das ruas e não prover condições humanitárias, todavia, não resolve a situação. Tradicionalmente associados à agricultura, os jumentos podem produzir leite, ser de grande ajuda para a subsistência e transportar materiais e equipamentos, mas submetê-los a trabalho pesado e a maus tratos não deixa de fazer parte do problema.

Sacrificá-los para controlar a sua população também é ineficaz. Enquanto se sacrifica 10 jumentos, outros 20 estão sendo abandonados e maltratados nas ruas e estradas – alguns acabam amarrados, sem acesso a água ou comida; ficam sujeitos a atropelamentos e doenças; e em casos mais extremos, têm latas ou fogos de artifício amarrados em seu rabo, tornando-se vítimas de brincadeiras cruéis. A World Animal Protection acredita que somente a educação e a posse responsável com a castração são maneiras eficazes de controle e reduzem o sofrimento animal.

Seria muito simples sacrificar um animal e achar que o problema está resolvido, mas a verdadeira causa não esta sendo tratada. Podemos abandonar um dos animais ícones da paisagem e da cultura nordestina? Esse jegue também é nosso.

Por Paola Rueda, zootecnista
Supervisora de bem-estar animal da World Animal Protection no Brasil