segunda-feira, 30 de maio de 2016

Medicina tradicional chinesa pode levar rinocerontes à extinção


Biólogos da África do Sul afirmam que os rinocerontes estão sofrendo um grande perigo de extinção: pelo menos um é abatido todos os dias. A maioria dos animais é morto para alimentar a demanda por medicamentos tradicionais chineses.
De acordo com a WWF, mais de 340 rinocerontes foram mortos só este ano na África do Sul, e o problema está piorando. No início deste mês, a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais divulgou um novo relatório sobre as espécies ameaçadas de extinção, concluindo que o rinoceronte preto ocidental está oficialmente extinto. Duas outras espécies de rinocerontes também estão seriamente ameaçadas e podem desaparecer da natureza dentro de poucos anos.
Os rinocerontes são caçados em grande parte por causa de seus chifres, que são vendidos como troféus ou para decoração, mas mais frequentemente são triturados e usados na medicina tradicional chinesa. Às vezes, o pó é adicionado aos alimentos ou transformado em chá, pois algumas pessoas acreditam que os chifres de rinocerontes africanos são poderosos afrodisíacos e remédios. Esses animais não estão sendo mortos pela carne ou para controle de população, mas por desinformação e superstição.
E não são apenas os rinocerontes que enfrentam essa ameaça. Em toda a Ásia, o pênis, garras e ossos de diversos animais – incluindo tigres, rinocerontes e ursos – são vendidos em lojas de medicina popular para curar todo o tipo de problema, como impotência, artrite, asma e até mesmo câncer. Algumas pessoas acreditam que os ossos e garras de tigre podem curar uma variedade de doenças, incluindo dor nas costas, artrite e fadiga.
Em julho, guardas ao longo da fronteira entre a Rússia e a China interceptaram um caminhão que transportava mais de mil garras de urso e 26 lábios de alces, que estavam sendo enviados a lojas de medicina por toda a Ásia.
Populações de tubarões também têm diminuído drasticamente nos últimos anos, em parte porque as barbatanas de tubarão são comidas como uma iguaria e usadas na medicina chinesa.
Não há nenhuma evidência científica de que qualquer uma dessas partes de corpo de animais tratem ou curem qualquer doença, mas velhas crenças persistem. A ameaça à biodiversidade da Terra não vem apenas da poluição e da demanda humana por alimentos. A extinção do rinoceronte revela um lado ruim da crença em medicinas alternativas. 
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FBI tratará casos de maus-tratos a animais como crimes graves



Os crimes de maus-tratos contra os animaismpassarão a ser investigados pelo FBI (Agência Federal de Investigação) a partir deste mês, nos Estados Unidos. A decisão foi tomada após uma parceria entre a agência americana e a instituição Animal Welfare Institute.
O governo norte-americano crê que a crueldade contra os animais é um indicador de violência criminosa, por isso decidiu tratar o tema com mais seriedade. Os crimes serão divididos entre maus-tratos e abuso sexual de animais.
“Os casos de extrema violência não serão mais incluídos na categoria de ‘outros crimes’ somente porque as vítimas são animais“, disse Wayne Pacelle, presidente da Humane Society of the United States, em nota à imprensa. “O FBI tratará os crimes contra os animais da mesma forma que os crimes de ódio e de outras categorias importantes.”

Assim, os atos de crueldade desta natureza integrarão a base de dados National Incident-Based Reporting System (NIBRS), consultada por várias agências do país e pelo próprio FBI. Futuramente, os dados serão disponibilizados ao público.


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Infecções por agentes de leishmaniose e Chagas têm imagens inéditas

Pesquisadores da Escola Paulista de Medicina (EPM) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) obtiveram o registro fotográfico microscópico inédito de coinfecções pelos protozoários parasitas Trypanosoma cruzi, causador da doença de Chagas, e Leishmania amazonenses, responsável pela leishmaniose, dentro de uma célula infectada. Também foram registradas pela primeira vez na literatura científica formas vivas doTrypanosoma cruzi dentro de tecidos do intestino e do coração de camundongos.

A imagem da coinfecção foi escolhida para ilustrar a capa da edição de maio do periódico Infection and Immunity, publicado mensalmente pela American Society for Microbiology, enquanto a outra está na capa de junho da revista Cellular Microbiology.
As duas imagens foram obtidas em pesquisas conduzidas no âmbito do Projeto Temático “Biologia molecular e celular do parasitismo por Trypanosoma cruzi”, realizado com apoio da FAPESP, cujo objetivo é analisar diferentes linhagens do protozoário e de espécies de tripanossomos em mamíferos, contemplando estudos de evolução cromossômica.
O registro da coinfecção dentro do vacúolo parasitóforo, estrutura na qual o parasita se aloja dentro das células hospedeiras, foi possível graças a uma técnica utilizada durante o trabalho de mestrado “Formação de vacúolos quiméricos com Leishmania amazonenses e Trypanosoma cruzi e participação da subunidade D2 da ATPase vacuolar na biogênese dos vacúolos parasitóforos de Leishmania amazonenses”, de Carina Carraro Pessoa, realizado com Bolsa da FAPESP. O vacúolo contendo as duas espécies de protozoários parasitas foi aberto e seu conteúdo exposto pela ação de fita adesiva.
“Trata-se de uma técnica simples que se revelou bastante satisfatória. Uma fita adesiva colada na lâmina que continha a amostra, quando retirada, ‘rasgou’ o vacúolo e expôs seu conteúdo interno, permitindo que ele fosse fotografado por um microscópio eletrônico”, disse Renato Arruda Mortara, professor da disciplina de Parasitologia da EPM-Unifesp e coordenador do trabalho.
“A observação pode ampliar o conhecimento que se tem sobre processos de coinfecções, especialmente porque, como foi observado no trabalho, a diferenciação do T. cruzi pode ter lugar em vacúolos contendo Leishmania, sugerindo que isso ocorre antes da fuga do parasita para o citosol (líquido no interior das células dos seres vivos) da célula hospedeira”, explicou.
Já a capa da Cellular Microbiology traz imagens obtidas com a ajuda da proteína verde fluorescente (GFP, na sigla em inglês), introduzida nos parasitas por meio de transfecção – processo de introdução intencional de ácidos nucleicos nas células. Com capacidade de absorver e emitir luz, a GFP fica verde quando exposta a luz ultravioleta.
Após a infecção de tecidos do coração e do intestino de camundongos com os parasitas fluorescentes, as amostras foram seccionadas e os cortes, expostos a microscopia confocal, tecnologia utilizada para aumentar o contraste do registro microscópico e construir imagens tridimensionais.
“As imagens de determinadas cepas do protozoário vivo possibilitaram o estudo de diversas características do seu comportamento dentro dos tecidos do hospedeiro. Os resultados desses estudos forneceram informações moleculares importantes e que podem abrir novos caminhos para o desenvolvimento de novos fármacos contra o patógeno”, disse Mortara, que também orientou o trabalho.
Os resultados do mestrado foram relatados no artigo Trypanosoma cruzi: single cell live imaging inside infected tissues, publicado na Cellular Microbiology e assinado por Bianca Lima Ferreira, Cristina Mary Orikaza, Esteban Mauricio Cordero e Renato Arruda Mortara. O texto, destacado pela revista como “Editor’s Choice”, pode ser acessado emonlinelibrary.wiley.com/enhanced/doi/10.1111/cmi.12553.
Já o artigo Trypanosoma cruzi Differentiates and Multiplies within Chimeric Parasitophorous Vacuoles in Macrophages Coinfected with Leishmania amazonenses, capa da Infection and Immunity, de autoria de Carina Carraro Pessoa, Éden Ramalho Ferreira, Ethel Bayer-Santos, Michel Rabinovitch, Renato Arruda Mortara e Fernando Real, está disponível para assinantes emiai.asm.org/content/84/5/1603.abstract
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Veterinários do National Geographic explicam comportamentos estranhos de gatos



Não importa a proximidade entre gatos e humanos, esses animais permanecem misteriosos. Por isso, o National Geographic, em sua sessão semanal dedicada a perguntas sobre animais, decidiu responder algumas questões do público sobre gatos.

Corina Sansone e seu marido se mudaram há cerca de dois anos e meio e temem que isso tenha deixado o gato traumatizado. Ele, temporariamente, parou de comer e começou a andar e miar pela casa à noite.

No novo bairro, o gato já se envolveu em várias brigas com outros gatos e guaxinins e, por isso, precisou ser levado ao veterinário. Agora ele passa mais tempo em casa e nada o acalma.

Segundo os veterinários John Bradshaw, da Universidade de Bristol, e Carlo Siracusa, da Escola de Medicina Veterinária da Universidade de Pensilvânia, para excluir qualquer dor física, é preciso levar o animal ao veterinário.

Outra possibilidade, diz Bradshaw, é o gato ter se tornado surdo, possivelmente devido a uma infecção no ouvido, e “não poder ouvir seu próprio miado”.

Siracusa afirma que a causa mais provável desse comportamento se deve a uma questão territorial. “O miado pode ser territorial, como se ele dissesse ‘’Eu estou aqui, vai embora”, diz ele.

Os especialistas dizem que é melhor manter o gato dentro de casa do que ao ar livre para que ele não se incomode com o cheiro e com os sons de outros animais.

Já o leitor Pat pergunta por que um gato iria para a casa de um estranho, onde não há outros gatos e correria diretamente para o quarto.

De acordo com Siracusa, um cheiro específico pode atrair o gato. Além disso, os quartos têm armários cheios de grandes esconderijos e o felino pode saber disso.

Qualquer gato “pode ocasionalmente investigar a possibilidade de expandir seu território”, afirma Bradshaw.

Ambos dizem que não há motivo para preocupação e que esse comportamento é um sinal da natureza independente dos felinos.


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Adoçante xilitol pode ser fatal para os cães



Apesar de ser difícil de encontrar no Brasil, o xilitol é um adoçante vendido como um substituto ideal para o açúcar. Usado bastante nos EUA, ele pode ser encontrado desde pastas de dente até em gomas de mascar. Mas, apesar de fazer bem para as pessoas, ao que parece, é um veneno para os cães.


A FDA, órgão responsável pelo controle de alimentos nos EUA, divulgou um novo aviso afirmando que, embora seja muito bom para as pessoas, o adoçante se provou fatal para os cães. Não dar ao seu cão um chiclete sem açúcar pode parecer algo intuitivo, mas alguns dos produtos que possuem xilitol – principalmente importados – mesmo que não sejam destinados a cães, acabam sendo comidos por eles de qualquer maneira.

É o caso das pastas de dente, produtos de panificação e até mesmo a manteiga de amendoim que os donos nos EUA às vezes usam para disfarçar remédios dos seus cães.

O problema começa com uma súbita onda de insulina que atinge os cães (embora não os seres humanos) depois de comer algo que contenha xilitol. Isto pode deixar os níveis de açúcar no sangue deles fatalmente baixos. Uma vez que um cão tenha comido algo com xilitol, os sintomas – que incluem vômitos, cambaleamento, convulsões e até mesmo a morte – agem de forma rápida e pesada dentro de um dia.Mesmo antes do aviso da FDA, os veterinários já tinham começado a tentar avisar as pessoas do perigo para seus animais de estimação. Esta é a primeira informação oficial, e deve ir muito mais longe no sentido de espalhar a notícia sobre o perigo. Lembre-se: só porque algo é seguro para você comer não significa que ele é seguro para o seu cão.


Fonte:
[Gizmodo]