segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Um trânsito mais eficiente impacta positivamente a economia das cidades

As prioridades de cada cidade são diferentes, mas de maneira geral encontramosquatro focos de melhorias que tem potencial de provocar impactos significativos no bem estar da população. Os quatro pontos mais comuns encontrados nas cidades brasileiras de grande porte são:
  • a redução dos congestionamentos e melhoria dos sistemas de transporte públicos;
  • melhoria na segurança pública, com redução dos índices de criminalidade;
  • melhoria nos serviços de saúde e educação e
  • melhores facilidades e funcionalidades na disponibilização dos serviços públicos aos cidadãos.
Entretanto, muitas vezes debatem-se estas questões minimizando-se seus impactos econômicos, que são enormes. Neste post, vou situar estas questões sob a ótica econômica, para vermos como, por exemplo, um trânsito congestionado afeta negativamente a economia, enquanto um trânsito que flui com rapidez, apoiado por um eficiente sistema de transporte público, aumenta signficativamente a produtividade e funciona como um pólo de atração para criação de novos negócios.

imagemO trânsito, cada vez mais congestionado nas grandes e até mesmo médias cidades brasileiras, é um ponto que aparece com destaque nos debates. Um trânsito que flui adequadamente e um eficiente serviço de transporte público de massa tem influência significativa na economia das cidades. Este lado econômico passa despercebido, mas um trânsito eficiente permite deslocamento mais rápido dos funcionários para seus locais de trabalho, aumentando a sua produtividade, bem como diminui sensivelmente os custos das operações logísticas. Como resultante, temos melhoria na qualidade de vida da população, uma maior produtividade econômica e menos poluição. Os congestionamentos tem um custo muito alto para a economia. Algumas estimativas apontam que chegam a custar 4% do PIB da cidade em Manila (Filipinas), 2,6% na Cidade do México e 2,4% em São Paulo. Nos EUA, os dados indicam que o tempo desperdiçado em congestionamentos chega a 4,2 bilhões de horas, com uma perda econômica em produtividade de cerca de 87 bilhões de dólares.

O trânsito acarreta também outros custos impactantes, quando se estima que acontecem, por ano, em todo o mundo, cerca de 50 milhões de acidentes nas estradas, com uma perda em vidas humanas ultrapassando 1,2 milhões de pessoas. Sugiro a leitura do paper publicado pela World Health Organization, “World Report on Road Traffic Injury Prevention: Main Messages”, acessado aqui.
Com o crescimento econômico dos países, a situação tende a piorar. São Paulo, por exemplo, emplaca cerca de 1.000 novos veículos por dia. Em algumas cidades da Índia, como Mumbai, Delhi e Bangalore, o trânsito cresce quatro vezes mais rápido que a população.

Por outro lado, um trânsito mais eficiente impacta positivamente a economia dos países e das cidades. Um recente estudo efetuado no Reino Unido mostrou que uma redução de 5% no tempo das viagens nas estradas poderia se traduzir em uma redução de custos de 2,5 bilhões de libras ou cerca de 0,2% do PIB. 

Os outros pontos também têm impactos significativos na economia. Uma cidade considerada segura atrai o turismo e a criação de novos empreendimentos. Um sistema educacional adequado atrai trabalhadores com maior skill, ampliando a oportunidade de criação de novos negócios de maior valor agregado. Por outro lado, alguns estudos demonstram claramente que cidades consideradas inseguras não atraem investimentos estrangeiros e desestimulam a criação de negócios “skill-intensive”, que são os mais atrativos econômicamente. Sugiro a leitura do paper do Center for Urban and Regional Studies, University of North Carolina, “The importance of quality of life in the location decisions for new economy firms”, aqui.

Portanto, dar os passos na direção de se tornar uma cidade inteligente passa por compreender que os problemas atuais podem ser, eles mesmos, impeditivos do crescimento econômico, criando um círculo vicioso. A criação de uma cidade inteligente obriga a gestão pública a ter uma perspectiva integrada dos principais sistemas que compõem uma cidade, como trânsito, segurança pública, saúde e educação.  Um trânsito eficiente e mais seguro não apenas reduz o congestionamento, mas melhora a saúde da população pela redução da emissão de dióxido de carbono e diminui o número de acidentes. Isto implica em uma maior produtividade da economia e abre oportunidades para criação de novos negócios, como no setor de entretenimento. Já vimos dados que mostram que em algumas cidades, a redução dos congestionamentos implicou em um aumento nas vendas do comércio. 
 
Um grande aliado neste processo de transformação para uma cidade inteligente é a tecnologia, cada vez mais ubíqua. Uma cidade instrumentada e conectada, que obtém e analisa dados do seu dia a dia, como fluxo de veículos, identificação dos pontos de maior criminalidade, situação de utilização dos leitos hospitalares, etc, agindo diretamente na correção dos problemas ou melhor ainda, agindo preventivamente para evitar que tais problemas ocorram, é sim, uma cidade inteligente.

Fonte: 



Os segredos das cidades inteligentes: Um salto de qualidade na gestão pública


Prefeituras de várias partes do mundo ganham destaque por terem dado saltos de qualidade na gestão pública. Há exemplos de México, Colômbia, Coreia do Sul e Malásia - mas nenhum do Brasil



Nem todo mundo se deu conta. Mas um marco foi ultrapassado em 2008: a partir dessa data, pela primeira vez, mais de metade da população mundial passou a viver em cidades. Não surpreende, portanto, que o tema urbano ocupe atualmente o topo da agenda global. Especialistas do mundo inteiro discutem como resolver os problemas de nossas cidades - e parece consenso que isso somente será possível com um salto de qualidade na administração pública. 



"As pessoas e as empresas estão vivendo a era da informação, mas o governo ainda não. A última reestruturação na administração pública aconteceu na era da TV em preto e branco", disse recentemente o presidente americano, Barack Obama - uma mensagem semelhante à emitida pelas multidões que saíram às ruas no Brasil no ano passado.

Obama não tem lá muita moral para falar sobre gestão pública - não há notícia de grandes avanços em seu governo. Mas é nas próprias cidades que as inovações mais interessantes parecem estar ocorrendo. A Bloomberg Philanthropies, órgão criado pelo bilionário Michael Bloomberg, ex-prefeito de Nova York, e a Fundação Nacional para a Ciência, Tecnologia e Artes, organização britânica independente, elegeram as 20 equipes de servidores públicos municipais consideradas referência em inovação governamental. 

Os grupos trabalham em cidades espalhadas geograficamente e também com diferentes estágios de desenvolvimento. Estão lá lugares como Nova York, Cidade do México, Bogotá, Estocolmo, Barcelona, Seul e Singapura (entre as 20 não há nenhuma cidade brasileira). "Há muito tempo se discute inovação no setor privado, mas só recentemente os governos começaram a criar equipes dedicadas a isso", diz Ruth Puttick, pesquisadora-chefe da Fundação Nacional para a Ciência, Tecnologia e Artes.

Um dos pontos fortes do ranking é não alimentar a ilusão de que a tecnologia por si só vá resolver os problemas da gestão pública. Para entrar na lista era preciso ter definição clara de objetivos, profissionais preparados, parcerias com o setor privado, transparência e controle de resultados (algo raro por aqui). 

Em Singapura foi formada uma equipe de elite de servidores que tinha como uma das metas diminuir a pressão sobre o sistema público de saúde. Depois de analisar os dados sobre internações mantidos por todos os hospitais, o grupo identificou 400 pacientes com histórico de três ou mais internações nos seis meses anteriores e destacou médicos e enfermeiros para tratar dessas pessoas em domicílio. Nos seis meses seguintes, esses pacientes foram hospitalizados, em média, apenas uma vez. Com isso, 9 mil diárias em hospitais foram poupadas. "Estamos combinando vontade política com tecnologia e gestão pública", diz Steve Leonard, vice-presidente da Autoridade de Desenvolvimento de Singapura, órgão do governo local.

Em Barcelona, um escritório da prefeitura escolhe companhias para testar projetos inovadores em espaços públicos. Até agora, 12 empresas implementaram dez ideias numa antiga área industrial. Quatro dos projetos envolvem a instalação de sensores. Eles foram acoplados a lixeiras, postes de iluminação pública, semáforos e vagas de estacionamento.

As lixeiras "avisam" a prefeitura quando os resíduos ocupam 70% da capacidade e, assim, reduzem a frequência da coleta. 



Os postes medem a umidade, a temperatura, a qualidade do ar e a poluição sonora. Os semáforos coletam informações sobre o trânsito e permitem que a prefeitura tome decisões mais rápidas para gerenciar problemas. Os sensores em vagas de estacionamento monitoram os lugares disponíveis e avisam os motoristas quais são as ruas onde é mais fácil estacionar. Por causa do custo dessas soluções, a maior parte delas fica mesmo restrita a essa região da cidade, que agora é conhecida como o distrito da inovação. 

Santander, também na Espanha, não entrou no ranking das 20 cidades escolhidas, mas se inspirou no exemplo de Barcelona. Com a ajuda de um financiamento da União Europeia, a prefeitura instalou 12 mil sensores em diversos locais. Graças a esses aparelhos, é possível regular a intensidade da luminosidade nos postes de luz em razão do movimento de pessoas e carros. O mesmo projeto deve ser replicado em Belgrado, na Sérvia, e Lübeck, na Alemanha.

A HORA DA VIRADA



No recém-lançado The Fourth Revolution: The Global Race to Reinvent the State ("A Quarta Revolução: a corrida global para reinventar o Estado", numa tradução livre), John Micklethwait, editor-chefe da revista inglesa The Economist, e Adrian Wooldridge, um colunista da revista, defendem que a conjuntura política é favorável a mudanças como essas. "As pessoas estão menos tolerantes com o abismo que se formou entre a eficiência do setor público e a do privado", diz Micklethwait. 


Enquanto a produtividade das empresas no Reino Unido cresceu 14% de 1999 a 2010, a do setor público caiu 1%. Nos últimos anos, muitos países se viram obrigados a cortar gastos, o que aumentou o escrutínio sobre como o dinheiro é empregado.

Nas próximas décadas, a pressão deve aumentar sobre os prefeitos. Segundo as Nações Unidas, em dez anos o mundo ganhará 100 municípios com 1 milhão de habitantes. Até 2050, 60% da população mundial viverá nas cidades. A boa notícia é que as prefeituras vão se beneficiar dos avanços tecnológicos, como mostra o exemplo de Barcelona. "A administração pública e as cidades serão cada vez mais afetadas pela tendência de digitalização", diz Carlos Ratti, diretor do laboratório Senseable City, dedicado aos estudos urbanos no Massachusetts Institute of Technology (MIT).

A eletricidade levou 50 anos para chegar a metade dos lares americanos. O telefone, sete décadas. A internet conseguiu esse feito em uma década e hoje também está nas ruas por meio dos celulares. Com tanta novidade a caminho, seria um enorme erro não preparar o funcionalismo para esse novo mundo. As inovações, afinal, exigirão uma capacidade de gestão muito maior. 

Não custa lembrar: a outra metade da população mundial está ávida para migrar para as cidades. 

HIGH TECH E ESTATAL
Confira no infográfico como as inovações tecnológicas conseguiram reduzir custos e aumentar a eficiência dos serviços prestados por várias cidades como Singapura e Barcelona.

Fonte:

Comportamento - Problemas de agressividade entre gatos



A agressividade felina é comum na prática da Medicina Veterinária Comportamental, sendo frequentemente citada por especialistas e por proprietários, nas queixas sobre o comportamento de seus gatos. Essa irritabilidade do gato pode ser demonstrada por meio de vocalizações, postura corporal, expressões faciais e ataques característicos. As patadas, mordidas e arranhões podem ser contra pessoas, mas, na maioria das vezes, é com os outros gatos, se houver, da casa. 


Os comportamentos podem ser caracterizados como ‘postura agressiva ofensiva’, em que o gato apresenta piloereção do meio do dorso até a cauda, as pupilas não estão dilatadas, a cabeça se projeta para frente, as orelhas permanecem eretas e o gato olha fixamente para seu oponente, movimentando-se lentamente. 
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Há também a ‘postura agressiva defensiva’, quando o gato fica com corpo e cabeça abaixados, as orelhas ficam para trás, perto da cabeça, as pupilas se dilatam e o principal movimento é golpe com a pata dianteira. Poucos são os estudos científicos em torno do tema da agressividade entre gatos. Esse pouco conhecimento limita as possibilidades de tratamento para aqueles que são muito alterados. Mas, em geral, as medidas terapêuticas são adaptadas para cada caso. 

Esse tipo de comportamento em felinos pode ser mais esclarecido na revista Cães&gatos VET FOOD nº 191 ou diretamente aqui: VER REVISTA

Fonte: 


Cães podem e devem envelhecer com saúde e qualidade de vida

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Quem mora em apartamento, deve que saber que os pets têm dificuldade de controlar a bexiga, por isso, precisam sair para urinar com frequência (Foto: divulgação)

Para calcular, aproximadamente, a vida do pet basta multiplicar cada ano dele por sete

A idade chega para todos, inclusive para os cãezinhos e, para eles, ainda mais depressa. Um ano do animal, corresponde a cerca de sete anos dos humanos. Ainda assim, esse tempo é relativo à raça, porte e hábitos de alimentação e atividade física. Por isso é importante se atentar as mudanças do corpo e no comportamento do animal.
Se ao realizar as contas, o dono perceber que o cão chegou à idade avançada, o veterinário do Clube de Cãompo (Itu/SP), Aldo Macellaro, lista três cuidados básicos e fundamentais:
Respeite as limitações do cão. Para o especialista, esta é uma das principais orientações para quem tem um cão idoso. “Eles costumam dormir muito ao longo do dia, ter sonos mais pesados e se cansar facilmente, então não force a situação”, comenta o veterinário, que também reforça a importância das caminhadas matinais.
Cuidado com a alimentação. É comum e normal os cães idosos ganharem peso, já que praticam menos exercícios físicos e passam a ter o metabolismo reduzido. Neste caso, Macellaro reforça o cuidado com a alimentação do cão, já que ele tem uma rotina mais sedentária e aumentam os riscos de diabetes, problemas circulatórios ou nas articulações.
Fique atento às mudanças do corpo. Unhas fracas e mudanças no pelo são os primeiros sinais do envelhecimento. “Evite cortar as unhas com muita frequência, para não enfraquecê-las ainda mais”, aconselha Macellaro. Suplementos vitamínicos ou alimentares podem ajudar, mas somente com a indicação de um médico-veterinário.
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