sábado, 19 de setembro de 2015

Ecologia - Planeta perde metade de sua fauna nos últimos 40 anos

Conclusão é do Relatório Planeta Vivo 2014, elaborado pela WWF.


As populações de mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes foram reduzidas à metade nos últimos 40 anos. A conclusão, alarmante à conservação da biodiversidade, é do Fundo Mundial para a Natureza (WWF, na sigla em inglês) ao divulgar o Relatório Planeta Vivo 2014.

O estudo avaliou mais de 10 mil populações de 3 mil espécies entre 1970 e 2010. Esta é a décima edição do material que é divulgado a cada dois anos pela WWF e mostra as mudanças na biodiversidade, nos ecossistemas e a demanda por recursos naturais.

Em todo o mundo, as espécies terrestres diminuíram 39%, e a principal causa é a perda de habitat em razão de atividades como agricultura e caça. A fauna marinha teve o mesmo percentual de redução. Já as espécies de água doce minguaram ainda mais: há 76% menos espécies vivendo no planeta em relação a 40 anos atrás.

 — Esses animais mostram a saúde do ecossistema do planeta — diz o superintendente de Políticas Públicas do WWF-Brasil, Jean-François Timmers.
De acordo com o estudo, a maior queda registrada foi na América Latina: 83%. Timmers explica que em algumas regiões, como a África, a questão da caça é preocupante, mas na América Latina a diminuição dos animais tem outras causas, como o desmatamento, a destruição de ecossistemas aquáticos e a pesca no litoral.
Outro dado importante relatado pela WWF é a chamada Pegada Ecológica, que mede a demanda da humanidade por recursos naturais.

— É um índice que vai agregando o consumo de carbono, de água e de algumas commodities (produtos básicos com cotação internacional). É uma estimativa comparativa, mas relacionada ao consumo de bens naturais e emissão de carbono — afirma Timmers.
O documento mostra que a demanda global é maior que a capacidade de reposição do planeta: seria necessária uma Terra e meia para atender as necessidades atuais.

— Estamos gastando 50% a mais do que a natureza é capaz de repor por ano, e a tendência é crescer, porque a classe média, principalmente na Ásia, vai crescer muito, e as demandas vão aumentando.
Apesar dos índices, a WWF destaca que existem ações para reverter a perda de biodiversidade. Segundo Timmers, existem pacotes de medidas para agricultura de baixo carbono, uma série de alternativas tecnológicas para geração de energia limpa.
Com relação à América Latina, o superintendente lembra que as recentes catástrofes ambientais e crises como a de água, na região da Cantareira, em São Paulo, por exemplo, ajudam a chamar a atenção para o tema ambiental.

—  Existe um nível de consciência crescente na região como um todo, dos governantes em geral, das autoridades acadêmicas e da população com relação a questões ambientais. Isso faz com que a agenda ambiental se torne importante.
Os números globais, e principalmente os da América Latina, segundo Timmers, "são um alerta". Agora, a WWF fará análise mais específica dos dados da região

— Vamos desagregar esses índices para saber a que se deve, de forma precisa, esse aumento crescente da degradação ambiental na América Latina e provocar discussões de nível nacional e regional — explica.

O Relatório Planeta Vivo 2014 faz uso do banco de dados da Sociedade Zoológica de Londres, uma fundação científica sem fins lucrativos, que tem projetos de conservação em mais de 50 países. Os dados relacionados ao índice de Pegada Ecológica são da Global Footprint Network, uma organização internacional que trabalha com o debate dos limites ecológicos e é parceira da WWF.

Fonte: 
Curso Pré-Universitário

Saúde Humana: A água com gás faz mal?


Todo mundo sabe que tomar refrigerantes e outras bebidas gasosas e açucaradas o dia inteiro não é uma boa ideia.
A mistura do alto teor de açúcar com a acidez provocada pela carbonização (o processo de injeção de bolhas de ar) gera resultados curiosos. Se você já deixou moedas em um copo de refrigerante tipo cola por algumas horas, pôde ver que elas saem limpas e brilhantes. O motivo para isso é que o ácido fosfórico presente na bebida remove a camada de óxido que se acumula nas moedas.

E água com gás, faz mal?
Comecemos pelo estômago. A água com gás é fabricada com a adição de dióxido de carbono sob pressão ao líquido. O resultado é que a bebida passa a conter ácido carbônico, um ácido fraco. Engolir um copo de água com gás de uma só vez pode causar soluços ou indigestão. E se você tomar aos pouquinhos? Será que a ideia de que ela faz mal ao estômago tem fundamento?


Na realidade, parece ser exatamente o contrário. Em um teste realizado na Universidade de Nápoles, na Itália, pacientes com dispepsia ou constipação frequentes foram divididos em dois grupos. Cada um deveria consumir exclusivamente água com gás ou água sem gás por 15 dias. Todos passaram por uma série de testes, e ambos os grupos tiveram suas condições melhoradas com a água com gás, enquanto nada mudou entre aqueles que tomaram água do filtro.

Quem bebe muita água com gás pode se sentir inchado, mas cientistas da Universidade de Hyogo, no Japão, descobriram que isso tem suas vantagens. Um grupo de voluntárias fez uma noite de jejum e para quebrá-lo, cada uma tomou lentamente água comum ou com gás. Os pesquisadores descobriram que 900 mililitros de gás são liberados em apenas 250 mililitros de água. Por isso, a bebida causa uma ligeira dilatação do estômago, dando a sensação de saciedade. Como as voluntárias não se sentiram mal, os cientistas passaram a recomendar a água com gás como uma maneira de evitar se comer em excesso.

Algumas pessoas acreditam que a água com gás também tenha um bom poder reidratante, principalmente se deixarem o gás escapar. Mas um estudo feito na Grã-Bretanha com crianças com gastroenterite aguda mostrou que, em comparação com sais de reidratação vendidos em farmácias, a água mineral tem bem menos sódio e potássio. Portanto, para essa finalidade, os sais ainda são melhores.

Fonte: 
Curso Pré-Universitário

Problemas emocionais em cães: veja o que você deve fazer diante destes sinais

Perda de apetite e inatividade incomum podem ser sinais de transtornos psicológicos em pets.

Fred tinha traumas após viver nas ruas (Foto: Maria José/ BBC)

Fique alerta para estes sinais



Consultamos três especialistas sobre como detectar problemas emocionais em nossos animais de estimação e o que fazer diante deles.

Segundo o biólogo comportamental e psicólogo de animais Dennis Turner, diretor do Instituto de Etologia Aplicada e Psicologia Animal, da Suíça, não se pode ignorar qualquer mudança significativa no comportamento do animal, como:


  • Perda de apetite;
  • Inatividade incomum;
  • Comportamentos destrutivos quando são deixados sozinhos em casa;
  • Tentativas de escapar ou de se esconder.


Para a norueguesa Turid Rugaas, treinadora de cães e considerada uma grande especialista na área, um cachorro pode estar cronicamente estressado se:

Está nervoso, deprimido ou com medo;
Fica incomodado ou se sente ameaçado com muita facilidade;
Apresenta um comportamento histérico;
Não manifesta curiosidade;
Reage com exagero ao toque ou a ruídos.

Para Alab Fernández, há um sinal inconfundível:

"Se você tem de castigar seu cachorro toda hora, algo está errado."
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O que os donos devem fazer?
Observar o bichinho com cuidado e objetividade.
Dar atenção especial a mudanças em longo prazo e anotá-las.
"Uma vez confirmado que o problema é real e não apenas um capricho no estado de ânimo do animal de estimação, consulte um veterinário behaviorista (linha da psicologia ligada ao comportamento) ou um psicólogo de animais com um diploma de uma sociedade profissional".

Rugaas considera fundamental que os donos saibam o que um cachorro precisa para ter um boa saúde mental. Ele recomenda:
  • Não castigue o animal
  • Não se mostre incomodado ou ameaçador
  • Não o prenda nem coloque coleiras
  • Não jogue galhos ou bolas
  • Não o use para ganhar prêmios
  • Deixe que ele seja curioso e permita que ele explore o mundo por meio de seus sentidos
  • Permita que ele construa sua autoconfiança para que enfrente as situações
  • Alimente-o bem e deixe que durma o suficiente
  • Dê companhia a ele, limite as restrições físicas e estimule-o mentalmente

Para Fernández, a empatia é a chave:

"Ponha-se na pele do cachorro"
Aprenda a se comunicar com seu animal de estimação
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O ambiente
Para Rugaas, quando se fala de uma saúde mental dos cachorros, se fala das emoções que resultam na forma em que foram tratados e das condições em que viveram.

"A saúde mental dos cachorros não tem nada a ver com doenças mentais. Nunca vi um cachorro com uma", diz. "Nossos cachorros podem sofrer de problemas mentais, mas só porque o ambiente em que vivem faz com que se sintam muito mal. Não é porque eles têm uma doença", disse a BBC Mundo.

Segundo Fernández, problemas como hiperatividade e agressividade geralmente têm como fundo o medo.

Mas não existe padrão para detectar transtornos emocionais em cachorros, não só porque cada animal é único mas porque cada dono é único também. Por isso é importante entrevistá-los com atenção e obter respostas honestas.

"Eles costumam pedir nossa ajuda para resolver problemas de conduta de seus animais de estimação que estão afetando a eles", diz.

O que é claro para a especialista é que "quase 99% das desordens emocionais dos cachorros se devem a falhas das pessoas que fizeram parte de sua socialização (os primeiros quatro meses de vida são determinantes) e do ambiente em que se desenvolvem".

De acordo com Turner, nosso cachorros e gatos podem sofrer de fobias e outras desordens de ansiedade, como a que provoca a separação, e podem se manifestar com sintomas muito similares aos que as pessoas experimentam quando estão deprimidas.

Também podem desenvolver transtornos compulsivos e neuroses.

Apoio e paciência




Ainda que Rugaas e Fernández falem de problemas emocionais e não de doenças mentais em cachorros, nos Estados Unidos, a historiadora científica Laurel Braitman se dedicou a investigar esse aspecto da vida animal a partir de uma experiência pessoal.

A autora de Animal Madness (Loucura Animal) falou em um TedTalk chamado "Depressed dogs, cats with OCD: What animal madness means for us humans" ("Cães deprimidos, gatos com TOC: o que a loucura animal significa para humanos) sobre seu bichinho de estimação.

"Era um cachorro da raça boiadeiro bernés. Meu ex-marido e eu o adotamos e aos seis meses descobrimos que era um desastre. Sofria de uma angústia de separação de forma que não podíamos deixá-lo sozinho. Uma vez, pulou do terceiro andar de nosso apartamento. Comia tela, coisas recicláveis. Caçava moscas que não existiam. Tinha alucinações. Foi diagnosticado com desordem canina compulsiva e isso era só a ponta do iceberg."

Braitman destacou que o processo de tentar ajudar seu cachorro a superar os ataques de pânico e ansiedade também mudou sua vida.

"Ao tratar de ajudar meu próprio cachorro a superar o pânico e a angústia, minha vida mudou, meu mundo se quebrou por inteiro. De fato passei os últimos sete anos investigando doenças mentais em outros animais. Eles podem ficar mentalmente doentes como as pessoas? E se for isso, o que isso diz sobre nós?", pergunta.

"Descobri que acredito que eles podem sofrer de doenças mentais, e que estudar e identificar doenças mentais com frequência nos ajuda a ser seus melhores amigos e também pode nos ajudar a entender melhor a nós mesmos."

Para Braitman, o apoio, carinho, paciência e o tempo que as famílias dedicam aos animais com transtornos emocionais pode transformar qualquer trauma passado em um experiência positiva.

"Se você acha que seu cachorro ou gato podem estar traumatizados ou deprimidos, provavelmente você tem razão", disse a especialista.

Por isso, como já havia dito Fernández, a empatia é a chave.

E Maria José sabe muito bem disso.

"Meu cachorro tem um problema difícil de solucionar, mas não impossível. Sei que precisa de ajuda profissional e grandes doses de carinho e paciência."


Fonte:

G1

Inundações e terremotos: desastres que representam maior perigo às cidades, diz estudo

quake tsunami (Foto: Kyodo News/AP)


Pesquisa feita por seguradora suíça analisou 616 centros urbanos do globo. Ásia é área mais vulnerável.

As inundações e os terremotos são os desastres naturais que representam o maior risco para os habitantes de todo o mundo, segundo um estudo feito pela seguradora suíça Swiss Re. Atualmente, 1,7 bilhão de pessoas vivem em centros urbanos, o que representa um quarto da população global. Em 2050, cerca de 6,3 bilhões de pessoas poderão viver nas cidades.

A pesquisa mostra que 308 milhões de pessoas poderiam ser afetadas por grandes inundações, em decorrência do aumento dos níveis de água nos rios. Cerca de 280 milhões de habitantes também poderiam ser atingidos por terremotos severos.

O trabalho abrangeu 616 centros urbanos do mundo e avaliou os riscos ligados a cinco tipos de desastres naturais, incluindo tsunamis e tempestades. Os autores estabeleceram uma diferença entre o impacto humano, o número de dias de trabalho perdidos por causa dos desastres e o impacto da perda de produtividade na economia nacional.

Quando a infraestrutura de uma cidade é danificada, a ponto de as pessoas não poderem ir para o trabalho, desastres naturais podem prejudicar de forma significativa a economia local e nacional, destacou o estudo.

Segundo o modelo da Swiss Re, as cidades da Ásia são as mais vulneráveis do mundo. Na região de Tóquio – com Yokohama à frente –, até 29 milhões de pessoas podem ser atingidas por terremotos. Tóquio-Yokohama também alcança o topo do ranking em termos de dias de trabalho perdidos, seguido por Osaka-Kobe e Nagoya.

Amsterdã-Rotterdã está em quinto lugar entre as cidades potencialmente mais expostas em termos de perda de produtividade, enquanto Los Angeles e Nova York estão, respectivamente, em sexto e sétimo lugar. Paris ocupa a nona posição.

Ainda de acordo com a pesquisa, um terremoto devastador em Los Angeles poderia afetar tantas pessoas quanto em Jacarta, mas a queda no valor devido aos dias de trabalho perdidos seria 25 vezes maior.

Em algumas regiões, um desastre natural pode ter consequências graves para a economia nacional, mesmo quando o impacto se limita ao nível da própria cidade. Esse é o caso, por exemplo, de Lima, no Peru, mas também de cidades menores, como San Jose, na Costa Rica, que são os principais centros de produção desses países.

Para a Swiss Re, o levantamento destaca a necessidade de entender o que torna as cidades mais resistentes e quais decisões devem ser tomadas sobre investimento e infraestrutura, com o objetivo de reduzir as perdas humanas e econômicas.

Fonte:

G1