quarta-feira, 30 de março de 2016

Veja qual é a diferença da gripe comum para a H1N1

O aumento do número de casos de gripe suína, um tipo de influenza causada pelo vírus H1N1, vem chamando a atenção das autoridades de saúde em todo o país, em especial no Sul e no Sudeste.
De acordo com o Ministério da Saúde, neste ano, até 12 de março, houve 188 registros e 30 mortes relacionadas à doença no país. No ano passado inteiro, o Brasil confirmou 141 casos de H1N1 e 36 óbitos.

Vírus H1N1
Creative Commons - CC BY 3.0 - Vírus H1N1 (Imagem: NIAID)
O principal surto da doença ocorre no estado de São Paulo. Até o momento, a Secretaria Estadual de Saúde confirmou o registro de 157 casos relacionados ao H1N1 e 23 óbitos – 66 casos e oito mortes foram registrados na capital.
De acordo com o médico infectologista e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Paulo Olzon Monteiro da Silva, não há uma resposta definitiva sobre o início do surto da doença, cuja maior incidência ocorre no inverno, mas a hipótese que vem sendo aceita pelos médicos é a de que brasileiros ou viajantes vindos de áreas endêmicas da doença, como os Estados Unidos, o Canadá e a Europa, tenham trazido o vírus para o hemisfério sul. “Hoje em dia com a facilidade de transporte, as pessoas circulam pelos países e em questão de horas podem trazer doenças de uma área para a outra”, explica. 
Além disso, as alterações do clima provocada pelo aquecimento global faz com que doenças cuja ocorrência ficavam restritas à determinadas épocas do ano possam acontecer em qualquer época do ano. “Doenças como a gripe comum e a gripe suína costumam acontecer mais em épocas frias, porque a penetração do vírus pelas vias respiratórias é facilitada nesse período, mas com as mudanças climáticas essa delimitação das estações do ano já não está mais acontecendo como antigamente.”
O médico ressalta a importância de se adotar cuidados para evitar o contágio pelo H1N1, como evitar locais fechados e com grande concentração de pessoas, evitar levar as mãos ao rosto ou boca e lavá-las com frequência, e aponta que é necessário saber distinguir os sintomas da gripe comum e o da gripe suína para procurar ajuda médica e evitar a automedicação. Confira abaixo quais os sintomas dessas doenças e como tratar e se prevenir do H1N1.

Gripe Comum X H1N1

A influenza é comumente conhecida como gripe. Trata-se de uma doença viral febril, aguda, geralmente benigna e autolimitada. Frequentemente é caracterizada por início abrupto dos sintomas, que são predominantemente sistêmicos, incluindo febre, calafrios, tremores, dor de cabeça, mialgia e anorexia, assim como sintomas respiratórios com tosse seca, dor de garganta e coriza. A infecção geralmente dura 1 semana e com os sintomas sistêmicos persistindo por alguns dias, sendo a febre o mais importante.
Existem três tipos de vírus influenza: A, B e C. O vírus influenza C causa apenas infecções respiratórias brandas, não possui impacto na saúde pública e não está relacionado com epidemias. Já os vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais. O vírus influenza A é responsável pelas grandes pandemias, entre eles encontramos os subtipos H1N1 e H3N2 circulam atualmente em humanos. Alguns vírus influenza A de origem aviária também podem infectar humanos causando doença grave, como no caso do A (H7N9).
Segundo o Centro de Vigilância Epidemiológica de São Paulo (CVE), a influenza suína ou gripe suína é uma doença respiratória dos porcos causada por um vírus de influenza do tipo A, que é motivo de surtos regulares em porcos. Estudos mostraram que esse vírus pode se disseminar de pessoa para pessoa.
A nova influenza A (H1N1), mais conhecida como gripe suína, que se propagou na primavera de 2009, é uma gripe sem precedentes e provocada por um novo tipo de vírus, ou seja a população não tem nenhuma imunidade contra ela.

Quais são os sintomas do H1N1

Os sintomas do H1N1 são similares aos sintomas da influenza humana comum (gripe comum). Eles incluem febre, tosse, garganta inflamada, dores no corpo, dor de cabeça, calafrios e fadiga. Algumas pessoas relatam diarreia e vômitos associados à enfermidade. Já foram relatadas formas graves da doença com pneumonia e falência respiratória, além de mortes. A gripe suína pode causar também uma piora de doenças crônicas já existentes.

Transmissão

Acredita-se o H1N1 possa ser transmitido da mesma maneira pela qual se transmite a gripe comum. Os vírus da influenza se disseminam de pessoa para pessoa especialmente através de tosse ou espirros das pessoas infectadas. Algumas vezes, as pessoas podem se infectar tocando objetos que estão contaminados com os vírus da influenza e depois tocando sua boca ou seu nariz.

Grupos de risco

Algumas pessoas, como idosos, crianças novas, gestantes e pessoas com alguma comorbidade possuem um risco maior de desenvolver complicações devido à influenza. A melhor maneira se prevenir contra a influenza sazonal é se vacinar todo ano.

Como tratar?

O tratamento dos sintomas da influenza sem complicações deve ser realizado com medicação sintomática, hidratação, antitérmico, alimentação leve e repouso. Nos casos com complicações graves, são necessárias medidas de suporte intensivo. Uma das principais complicações da influenza são as infecções bacterianas secundárias, principalmente as pneumonias. Em caso de complicações, o tratamento deve ser específico. O Ministério da Saúde alerta que é fundamental procurar atendimento nas unidades de saúde, para que haja identificação precoce de risco para agravamento da doença.

Resfriado e alergias são diferentes

O resfriado também é uma doença respiratória frequentemente confundida com a gripe, mas é causado por vírus diferentes. Os vírus mais comuns associados ao resfriado são os rinovírus, os vírus parainfluenza e o vírus sincicial respiratório (RSV), que geralmente acometem mais crianças.
Os sintomas do resfriado, apesar de parecidos com da gripe, são mais brandos e duram menos tempo, entre dois e quatro dias, segundo o Ministério da Saúde. Os sintomas incluem tosse, congestão nasal, coriza, dor no corpo e dor de garganta leve. A ocorrência de febre é menos comum e, quando presente, é em temperaturas baixas.
As medidas preventivas utilizadas para evitar a gripe, como a etiqueta respiratória, também devem ser adotadas para prevenir os resfriados.
Outra doença que também tem sintomas parecidos e que pode ser confundida com a gripe é a rinite alérgica, cujos principais sintomas são espirros, coriza, congestão nasal e irritação na garganta.

Como podemos nos prevenir?

De acordo com o Ministério da Saúde, para redução do risco de pegar ou transmitir doenças respiratórias, as pessoas podem adotar medidas gerais de prevenção:
- frequente lavagem e higienização das mãos, principalmente antes de consumir algum alimento;
- utilizar lenço descartável para higiene nasal;
- cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
- evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
- higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
- não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
- manter os ambientes bem ventilados;
- evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe.
Fonte:

Gerbo da Mongólia: Características desse animal de estimação


Conhecidos como ratos-do-deserto, gerbos ou esquilos da Mongólia, esses pequenos roedores - pesam entre 80 e 100 gramas - pertencem a uma família diferente, só sua e não são ratos nem esquilos.
O nome científico dos gerbos da Mongólia, Meriones unguiculatus, significa pequeno guerreiro com garras. Ele pode ser criado como animal de estimação, por conta de seu temperamento pacífico e sociável.

Os gerbos têm sua origem no norte da África, na Turquia, no noroeste da Índia e na Ásia Central.
 Detector de drogas
Donos de um faro aguçado, esses roedores passaram a ser utilizados para detectar drogas, em bagagens nos aeroportos e em revistas a visitas de prisioneiros na cadeia de Toronto, no Canadá. Hoje, o gerbo está entre os animais de estimação mais procurados nos Estados Unidos - e começa a ser popular entre os brasileiros.

habitat do gerbo da Mongólia é o deserto, ou seja, quente e seco durante o dia e frio de noite. Por isso, ele desenvolveu a capacidade de produzir pouca urina e suor - para evitar a perda de água.
 
Gerbos ouvem tudo
O gerbo tem orelhas pequenas e pêlos na cauda, para melhor conservar o calor. Sua audição é capaz de captar o bater das asas de uma coruja, a ave mais silenciosa que existe, pois seu ouvido interno é bem desenvolvido.

Em ambiente selvagem, os gerbos vivem em famílias de até 20 indivíduos, liderados por um macho e uma fêmea, chamados pelos cientistas de casal alfa. Apenas esses procriam no grupo.

Todos esses roedores são escavadores talentosos: eles usam as patas dianteiras, curtas, para cavar, e suas longas patas traseiras jogam a areia longe.
Tocas dos gerbos são cheias de câmaras
Os gerbos cavam várias câmaras em suas tocas. Elas servem para armazenar comida, dormir, e fazer as suas necessidades. As tocas têm mais de uma saída, para o caso de ser preciso escapar de predadores, como as cobras.

Asseados, gostam de tomar "banho": eles rolam na areia para retirar a sujeira de seus corpos. A limpeza, para os gerbos é, além de um ato de higiene, uma forma de estabelecer uma ligação social.

Ao contrário de seus primos hamsters, que se limpam sozinhos, os gerbos limpam e penteiam uns aos outros. Na natureza, o dominante sempre penteia o submisso e, assim, afirma a sua superioridade sobre ele.
 Não molhe o gerbo
Os machos costumam alisar os pêlos da barriga de uma fêmea prenha. Por serem animais tão sociáveis, recomenda-se ter sempre mais de um gerbo como mascote - do contrário, esses animais ficam estressados e infelizes.

Quem deseja ter um gerbo de estimação jamais deve molhá-lo, pois ele pode ficar com doenças respiratórias. Quanto à alimentação, os gerbos adoram sementes, raízes, folhas, frutas e, de vez em quando, comem insetos.
Sapatear para comunicar
Para se comunicar, os gerbos da Mongólia usam o olfato, algumas expressões faciais e o som de seu sapateado. Quando há sinal de perigo, eles batem suas patas traseiras no chão, num ritmo curioso.

Conforme outros roedores de sua família escutam, eles repetem o mesmo comportamento e, assim, transmitem a mensagem de alerta para todos os membros do grupo. Se, por acaso, um gerbo prova algo saboroso, ele pisca um olho - outro charme que cativa muitas pessoas que adotam esses animais.

Ao contrário de outras espécies de gerbos, o da Mongólia não dorme o dia todo. Eles alternam períodos de vigília e de sono tanto de dia como de noite. E seu tempo de vida vai de dois a cinco anos.
Cuidados com o gerbo
Para quem deseja ter um gerbo como animal de estimação, existem cuidados muito especiais a serem tomados, tanto para o bem-estar do roedor, como para os outros habitantes da residência.

Alguns desses cuidados são:
  • Manter a higiene do terrário do gerbo.
  • Evitar o contato de outros animais como cães e gatos com o gerbo, para evitar o estresse do roedor bem como risco de vida.
  • Dar alimentação adequada ao gerbo e usar bebedouros próprios para ele.
  • Não fornecer brinquedos de plástico, pois o gerbo vai roer e poderá ter problemas gastrointestinais.
  • Estar sempre atento a sinais como: focinho vermelho, cauda roída, inchaços - podem ser tumores - e qualquer outro alerta de anormalidade. Nesses casos, deve-se procurar um veterinário.
Mariana Aprile, Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação é estudante de biologia na Universidade Presbiteriana Mackenzie e aluna de Iniciação Científica do Mackpesquisa (PIVICK).pagina3@pagina3ped.com

Fonte

Literatura - "A Revolução dos Bichos" questiona a retórica da construção de uma sociedade mais justa e igualitária


A decepção com o stalinismo ou com o autoritarismo ditatorial que desvirtuou os propósitos da Revolução soviética atingiu vários intelectuais europeus que foram comunistas ou simpatizantes do comunismo em meados do século 20. Foi exatamente essa decepção que levou o inglês George Orwell a escrever as duas obras que o colocariam na história da literatura universal: "1984" e "A Revolução dos Bichos".
Neste último o autor tematiza exatamente o fracasso da Revolução e a ascenção do stalinismo, recorrendo ao velho expediente das fábulas tradicionais, ou seja, utilizando-se de animais para representar os homens. O ponto de partida são as reflexões de um velho porco (que representa Karl Marx), o qual constata que os animais, apesar de superiores aos homens, são explorados por eles. Propõe, então, uma revolução que modifique esse estado das coisas.
O porco morre, mas outros porcos decidem levar seus ideais adiante, promovendo a revolução na fazenda onde vivem. Com o auxílio de outros animais, subjugam o dono da propriedade, que passam a administrar, teoricamente em benefício da coletividade animal. Porém, com o passar do tempo, os porcos vão se impondo aos outros bichos e assumem, na prática, o papel que era exercido pelos homens.
Na visão orwelliana do processo revolucionário, os porcos representam os bolchevistas e o desenvolvimento da trama vai mostrá-los assumindo o mesmo papel de domínio e exploração anteriormente exercido pelos homens, que se identificariam com a burguesia.
É impossível discordar do autor no que se refere ao chamado socialismo real. Em todos os lugares do mundo onde ele foi implantado ao longo da história, um partido - e via de regra o líder desse partido - tomaram o lugar da classe social que deveria comandar o processo revolucionário, substituindo a "ditadura do proletariado" proposta por Marx por uma ditadura do partido. Foi assim na União Soviética e em seus satélites do Leste Europeu, na China, no Camboja, em Cuba e na Coréia do Norte.
Dada a difusão das idéias socialistas em toda a América do Sul, a leitura de "A Revolução dos Bichos" continua atual e oportuna, ajudando o leitor a refletir sobre utopias e realidade, bem como a questionar a retórica da construção de uma sociedade mais justa e igualitária, em nome da qual "os fins justificam os meios" (veja plano de aula).

A Revolução dos Bichos

George Orwell

Companhia das Letras

Veja a maneira correta de oferecer comida caseira para os cães

Especialista lista alimentos prejudiciais e outros que podem ser consumidos. 
Prática comum podem trazer riscos à saúde do animal de estimação.


Muita gente gosta de dar a mesma comida que consome para os animais de estimação, principalmente cães, que, segundo estatística do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), já são 52,2 milhões no País. O que a princípio pode ser uma atitude de carinho e vínculo com o bichinho também pode representar riscos à saúde dele, caso não tenha um acompanhamento veterinário.
Veterinária Ana Laura com seus cães (Foto: Arquivo pessoal)Veterinária Ana Laura Furigo com seus cães (Foto:
Arquivo pessoal)
"Os cães podem comer comida humana desde que sejam tomados alguns cuidados", afirma a veterinária Ana Laura Furigo. "Eles têm particularidades e alguns alimentos nossos podem ser prejudiciais e até mesmo tóxicos", explica. A especialista diz que, antes de o dono optar por preparar a refeição do cão, deve procurar um médico veterinário para que a alimentação seja balanceada e também na quantidade correta.

Segundo a veterinária, alimentos gordurosos e temperados, chocolates, frutas ácidas, carne suína e açúcares devem ser evitados. "No intuito de agradar o animal de estimação, muitos proprietários acabam oferecendo comidas que, a longo prazo, podem acarretar graves problemas de saúde", afirma Ana Laura.

Dona de três cães, a estudante Tamires Zanetti conta que já deu comida de humanos para os animais. "Eu evito ao máximo fazer isso, mas das três cadelas, duas ficam dentro da minha casa. Então, às vezes eu estou comendo e elas ficam olhando, daí não resisto", conta. Porém, a jovem diz que teve uma experiência nada agradável depois da prática. "O veterinário orientou a não dar mais, porque diz que não faz bem e uma vez aconteceu de elas vomitarem", diz Tamires.

Para a proprietária de uma empresa especializada em alimentação natural para cães, Carolina Tucci, os bichinhos podem fazer refeições com comida caseira, desde que haja uma orientação para que todos os nutrientes necessários sejam adicionados à dieta, e que se evitem os itens prejudiciais. "O animal pode ter problemas nutricionais relacionados ao excesso ou deficiência de nutrientes, o que pode trazer consequências à saúde e se transformar em doenças crônicas e de difícil reversão."
Dieta pode ter verduras  (Foto: Arquivo pessoal)Dieta pode ter carnes magras e vegetais (Foto: Arquivo pessoal)
Alimentos proibidos e permitidos
Carolina Tucci ressalta que é sempre importante saber quais os alimentos que não são recomendados aos cães: chocolate, café, álcool, frutas como uvas e passas, açaí, carambolas, cebolas, macadâmia, pães e biscoitos possuem alto nível glicêmico, ou seja, uma grande quantidade de açúcar, que pode torná-los obesos. "Donos de cães em condições especiais, que já tiveram cálculo renal, por exemplo, não podem comer alimentos como beterraba e vegetais de folhas escuras, como couve", alerta.
Carolina Tucci tem empresa especializada na alimentação de cães (Foto: Arquivo pessoal)Carolina Tucci tem empresa especializada na
alimentação de cães (Foto: Arquivo pessoal)
Já para os animais que não possuem restrição alimentar, os donos podem preparar refeições com carnes magras, carboidratos de baixo índice glimêmico, como batata doce, inhame, arroz integral, vegetais como abobrinha, chuchu, cenoura e folhas verdes. Vísceras, como fígado, também podem ser incluídas na dieta.

Perigos
A refeição natural para cães, caso sejam alimentados com comida humana de forma incorreta, pode tornar os animais obesos ou muito magros, além de desenvolver má formação óssea em filhotes, ter problemas reprodutivos, anemia e queda de pêlos. Entretanto, quando preparada de maneira correta, a alimentação possui benefícios.

"Melhora a pelagem, diminui o odor das fezes e pode reduzir o risco de doenças crônicas em longo prazo, até mesmo o câncer. Mas, para isso, deve ser preparada de maneira correta e com os ingredientes certos", diz Carolina. A empresária do ramo de comidas para animais ressalta que os donos podem procurar ajuda em livros e até encontrar porções prontas. "A pessoa pode contar também com empresas especializadas para preparar e balancear adequadamente as refeições dos cães."
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Cachorro "pega carona" e surpreende passageiros de ônibus: "Parece gente"

Estudante filmou animal dentro de coletivo em Sorocaba.
Cão foi reconhecido em rede social por outras pessoas.



Um cachorro mudou a rotina dos passageiros de um ônibus de Sorocaba (SP) ao entrar pela porta traseira e sentar em um banco vazio. A cena foi registrada nesta quarta-feira (23) pela estudante Isabella Mensatto, na linha do bairro Santa Bárbara. “Todos ficaram sem reação, mas depois começaram a rir”, diz. O cão já é conhecido na região pela simpatia. Além da “carona”, ele também garante alimento com a dona de uma lanchonete (Veja o vídeo acima).
Ao G1, a jovem conta que era um retorno comum da escola até ele aparecer e cativar a todos dentro do coletivo. “Ele entrou, mexeu com todo mundo e sentou no banco. Foi muito engraçado porque ele ficou olhando pela janela e desceu em um ponto do bairro, mesmo não sendo o ponto final. Não acreditei”, se diverte.
Em seguida, Isabella divulgou as fotos em uma rede social. E não demorou para reconhecerem o animal. De acordo com a proprietária de uma lanchonete, Laura Ribeiro, o cão é um “cliente” fiel e costuma entrar à vontade no local. “Dei liberdade e virou nosso amigo. Parece que sabe que gostamos dele e, quando aparece, cumprimenta todos e pede comida. Alimento ele não recusa, mesmo quando acaba de comer”, brinca.
O cão é de rua, segundo a comerciante, e não tem nome. Entretanto, ela e o marido o chamam de “Gentinha”. “Ele é diferente e expressivo, um cão muito especial e para pensar que é gente”, diz.
Dentre as oportunidades de acolher o cachorro, ela lembra que o acalmou em um dia chuva. Sem saber o que estava acontecendo e assustado, o animal procurou abrigo no comércio. “Ele chorou muito e até achei que estava machucado, mas era só medo. Eu o sequei e esperei acalmar”, comenta. A expectativa de Laura é que ele seja adotado por uma família que seja ativa, por ele gostar de passear e interagir.
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Beija-flor - Características, alimentação e reprodução

Os beija-flores são pequenas e coloridas aves pertencentes à família Trochilidae, para qual já foram descritas cerca de 330 espécies. Eles existem apenas nas Américas, onde podem ser encontrados nos mais diversos ambientes, onde ocorrem do extremo da América do Sul até o Alasca, sendo mais abundantes nas regiões próximas ao Equador.

A menor espécie de beija-flor pesa menos de 2 gramas (é o chamado beija-flor abelha) e a maior é o beija-flor gigante, que pesa cerca de 25 gramas e pode viver a mais de 4.000 metros de altitude.

O registro mais antigo desta ave é um fóssil de mais de 30 milhões de anos, que foi encontrado na Alemanha. Como atualmente os beija-flores só existem nas Américas, os cientistas ainda estão em dúvida entre duas hipóteses. A primeira é que eles existiam na Europa, mas se extinguiram há milhões de anos.

A outra é que o fóssil na verdade não pertence a um ancestral do beija-flor, mas sim a outra ave parecida. Esta segunda teoria é a mais aceita, pois se acredita que os beija-flores tenham se originado nas florestas do Brasil, onde competiam com os insetos pelo néctar das plantas, e então se dispersado para o resto do continente americano.
Alimentação do beija-flor
Os beija-flores possuem um bico fino e comprido e uma língua bifurcada com a qual se alimentam do néctar no interior das flores. Embora sejam tão pequenos, podem comer uma quantidade de néctar cerca de duas vezes maior do que o peso de seu próprio corpo. Muitas espécies também comem pequenos insetos e outros invertebrados.

Algumas espécies migram em épocas de escassez alimentar, como uma existente no México, que voa até o Alasca percorrendo mais de 4.000 km. Antes de migrar, os beija-flores costumam passar um período se alimentando intensamente, podendo até dobrar de tamanho em apenas uma semana.

O beija-flor é um importante agente polinizador, já que ao introduzir seu bico na flor em busca de alimento, milhares de grãos de pólen grudam em seu corpo e ele acaba levando-os de uma flor a outra.
Metabolismo dos beija-flores
Os beija-flores possuem uma alta taxa metabólica. Seu coração é responsável por cerca de 15% do volume total do corpo - esta proporção é a maior entre todos os animais. Em repouso, este órgão bate cerca de 500 vezes por minuto, chegando a mais de 1.200 batidas por minuto durante o voo. Em períodos de frio muito intenso ou de falta de alimento, o beija-flor é capaz de baixar seu metabolismo fazendo sua pulsação ficar abaixo de 50 batidas por minuto.

Uma peculiaridade da fisiologia de um beija-flor é que os impulsos elétricos responsáveis pela movimentação de suas asas são muito intensos, sendo mais parecidos com o dos insetos do que com os das outras aves. Suas asas podem bater até 80 vezes por segundo e eles podem permanecer parados no ar, além de serem capazes de voar para trás.
Reprodução e cuidado parental dos beija-flores
Geralmente os machos possuem uma coloração chamativa e brilhante, enquanto as fêmeas possuem cores mais discretas. Os cientistas acreditam que as fêmeas possuem este padrão como forma de camuflagem, ficando menos visíveis aos predadores quando estão no ninho cuidando dos filhotes. Já a plumagem vistosa dos machos atua como uma forma de atrair parcerias para a reprodução.

cuidado parental é realizado exclusivamente pelas fêmeas. Elas constroem o ninho, encubam os ovos e alimentam os filhotes sem ajuda dos machos. Geralmente os beija-flores botam apenas dois ovos e o período de incubação dura entre 15 e 20 dias. A maioria dos filhotes abre os olhos com quatro ou cinco dias e começa a voar após três ou quatro semanas. Em média, estas pequenas aves vivem entre quatro e oito anos, porém existe o relato de um indivíduo que viveu, em cativeiro, por 17 anos.
Alice Dantas Brites, Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação é graduada em ciências biológicas pela Universidade de São Paulo.

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