segunda-feira, 16 de maio de 2016

Confira todos os 10 benefícios do óleo de côco para os pets em pequenas doses



Eis um bom motivo para incluir o óleo de coco no cardápio dos pets: a ação anti-inflamatória e antisséptica do alimento. São vários os benefícios!
O segundo, por exemplo, se deve à presença de ácido láurico, que protege os animais de agentes oportunistas como bactérias e fungos. “Além disso, o óleo ajuda a hidratar o pelo presente no sistema digestivo e fazer com que seja eliminado mais facilmente, evitando bolas de pelo”, afirma Mariana Ramos, da clínica Vet Ideal.


O ingrediente ainda torna a pelagem brilhante e macia, sem cheiro, diminuindo coceiras e dermatites. Mas vale lembrar que a quantidade de consumo deve ser avaliada de forma individual por um veterinário para evitar problemas, como diarreias.



10 benefícios do óleo de coco para seu bichinho de estimação



1. O óleo de coco pode ajudar a prevenir o câncer em gatos e cachorros.
2. Se seu animalzinho sofre de artrite, ou está propenso a isso, o óleo de coco ajuda a aliviar a dor ou impedir que isso aconteça.
3. O óleo de coco é um antibacteriano e um anti-fungo natural. Portanto, é super útil no tratamento de infecções.
4. Nos seres humanos, o óleo de coco tem mostrado que ajuda a impulsionar o metabolismo. O mesmo vale para os animais.
5. Ajuda a hidratar o pelo dos bichinhos. Use óleo de coco após os produtos convencionais.
6. O óleo de coco é um desinfetante. Portanto, para pequenos cortes e ferimentos, seu bichinho pode ser curado mais rápido se você utilizar o óleo de coco. Claro que se seu animal sofreu algum ferimento grave, você deve consultar o veterinário antes de qualquer atitude.
7. O óleo de coco também ajuda a desinfetar o animalzinho todo. Use e abuse.
8. O óleo de coco alivia os incômodos estomacais.
9. Nos seres humanos, o óleo de coco tem mostrado melhorar a função da tireoide e, portanto, o mesmo vale para os animais.
10. Se preferir, é permitido você colocar um pouquinho de óleo de coco direto na comida dos bichinhos. Provavelmente, eles nem irão se importar com isso.
oleo-de-coco
Para os cães, dê uma colher de chá com a comida por dia. Se for cachorro grande, 2 colherinhas. Raças e cães menores, devem começar com ½ colher de chá.

Para os gatinhos adultos, ½ colher de chá. Para os felinos nenéns, 1/4.

FRIO, CALOR E DOR EM CÃES


Se você estiver convencido de que cachorros têm sentimentos e inteligência, é evidente que vai concordar que eles também sentem FRIO, CALOR e DOR, embora em níveis um pouco diferentes dos nossos.
Cachorros têm uma tolerância muito maior do que a nossa para a dor. Assim, se você ouvir um cachorro ganir de dor, tenha certeza de que está doendo MUITO. Para um cachorro ganir de dor, a dor que ele está sentindo é tanta que um ser humano não agüentaria sem desmaiar. Portanto, respeite e esteja alerta aos sinais de dor de seu cachorro.

Em hipótese alguma faça algo que possa trazer dor ao seu cão, porque ele só reclamará quando não agüentar mais. Coleiras muito apertadas, unhas cortadas muito rentes, feridas abertas, bicheiras, tudo isto causa dor. Trate o cachorro como trataria a si mesmo.

Já em relação ao frio e ao calor, sua sensibilidade depende do tipo de pelagem e da raça. De maneira geral, cachorros sentem bem mais calor do que nós, mas as raças de pelo curto sentem muito frio também.

Portanto, não deixe seu cachorro dormindo ao relento, no vento, na chuva, sem sequer um tapete ou um pano para protegê-lo. Principalmente no inverno. ELES SENTEM MUITO FRIO!!! Arranje uma casinha, forre com um tapete e coloque alguns panos quentinhos lá dentro. Eles gostam de fazer um "ninho" com os panos, e se aquecem com isto. Quanto mais curto for o pelo do cachorro, mais frio ele sente.

Dois excelentes "termômetros" para ver se o cão está com frio são as orelhas, principalmente nas pontas. Se o seu cão estiver com as orelhas frias, ELE ESTÁ COM FRIO!A ponta do focinho também serve como indicação. A ponta do focinho deve ser fria e úmida. Focinho gelado indica frio. Já focinho quente e seco pode indicar febre. Isto vale tanto para cães quanto para gatos.

Assim como o frio é danoso, o calor também é. Não deixe seu cachorro no sol sem opção de ir para a sombra. Não coloque a sua casinha diretamente no sol de verão. ELES SENTEM MUITO CALOR!!! Quanto maior o cachorro, mais calor ele sentirá. Cachorros grandes podem ter inclusive quedas de pressão e desmaios quando estiver muito quente. Não brinque ou corra, nem leve o seu cachorro para fazer exercícios extenuantes em pleno calor de verão. ELE PODE DESMAIAR.

As seguintes raças, entre outras, são especialmente sensíveis ao calor devido ao seu porte ou às peculiaridades da própria raça: Fila Brasileiro, Chow-Chow, Shar Pei, Husky Siberiano, São Bernardo, Akita. Para estas raças, a exposição demasiada ao calor pode ser fatal. Portanto, cuidado especial deve ser tomado.

Carnívoros ameaçados, ecossistemas em perigo

Boa parte dos maiores carnívoros do planeta – felinos (leões, onças, tigres, leopardos), ursos, lobos, baleias, jacarés e crocodilos, entre outros –estão em perigo de extinção. As causas? Perda de habitat, caça descontrolada e a eliminação de suas presas. Acha pouco? O equilíbrio dos ecossistemas globais depende deles


A revista Science - uma das publicações mais respeitadas da comunidade científica mundial - divulgou recentemente estudo preocupante sobre os carnívoros de grande porte: 75% das 31 espécies existentes pode desaparecer do planeta.

A maioria dos carnívoros vivos se concentra nas regiões da Amazônia, da Ásia e da África. No restante do mundo, estão praticamente exterminados, e as principais causas são:
- Perda de habitat, que é causada por conta do crescimento desenfreado das cidades;
- Caça ilegal, muitas vezes motivada por interesses financeiros; e
- Extração das presas, que pode ser resultado dos fatores anteriores.

E essa situação causa impactos negativos em todo o equilíbrio dosecossistemas globais. Esses animais - como em qualquer ecossistema - ajudam na manutenção e regeneração de florestas e matas ciliares (aquelas que se encontram à beira dos rios e ajudam a evitar erosão), outras ajudam nosequestro de carbono (ou seja, remoção do gás carbônico e liberação do oxigênio na atmosfera) e controle de doenças.

O principal autor do texto publicado pela Science, William Ripple, explica que os ecossistemas voltam rapidamente ao normal uma vez que as populações de carnívoros, como o lobo de Yellowstone e os linces da Finlândia, são restabelecidas.

Na realidade, todo ser vivo é importante na natureza. Qualquer animal faz falta ao equilíbrio dos ecossistemas, mas os carnívoros em especial já que, por seu porte e importância, é bem mais difícil substituí-los.

Fonte: Instituto Carbono Brasil



A loucura animal - reconstruindo a história da demência animal



Nos últimos sete anos, a bióloga americana Laurel Braitman pesquisou a demência de cães, gatos, elefantes ou golfinhos. Nesta entrevista ao site de Veja, ela conta sua jornada pela história da insanidade animal e explica de que forma os bichos nos ajudaram, também, a compreender a mente e as emoções humanas


Aos 6 anos, Oliver, um grande cão bernese que adorava brincar de esconde-esconde, atirou-se do quarto andar do prédio onde vivia. Ansioso por estar sozinho no apartamento, ele arrancou o aparelho de ar-condicionado da parede, comeu a fiação, jogou-se pelo buraco e, milagrosamente, sobreviveu. No hospital, olhando os ferimentos de seu cão, a bióloga Laurel Braitman resolveu entender o que se passava pela cabeça de Oliver para chegar a essa atitude extrema.

Procurou veterinários, psiquiatras, psicólogos e neurologistas e passou os últimos sete anos pesquisandoanimais que, como o seu bernese, apresentavam transtornos mentais. Encontrou elefantes com ataques de ansiedade, ursos depressivos, gorilas com transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), ratos e papagaios com tricotilomania (o impulso de arrancar os próprios cabelos) e golfinhos suicidas. "Identificar e entender ainsanidade animal e ajudá-los a se recuperar diz muito sobre nossa humanidade. Quando estamos ansiosos, raivosos, assustados ou compulsivos mostramos o quanto somos surpreendentemente iguais às outras criaturas com quem dividimos o planeta", diz Laurel.
Reprodução/VEJA
No livro Animal Madness (Loucura Animal, sem edição em português), recém-lançado nos Estados Unidos, a bióloga, que também é especialista em história da ciência pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), reconstrói a história da demência animal e conta como transtornos mentais de macacos, ratos, cachorros ou gatos impulsionaram a compreensão da mente humana. Foram eles as cobaias para testar os primeiros antidepressivos ou ansiolíticos inventados. E, da mesma maneira que nossa compreensão a respeito de distúrbios mentais evoluiu ao longo dos anos, o entendimento do cérebro e comportamento animais vem passando por uma revolução. De acordo com Laurel, a ciência não questiona mais se os animais têm emoções, mas se interroga, atualmente, que tipo de emoções são essas e de onde vêm.

Nesta entrevista ao site da revista Veja, a autora, que esteve no Brasil em outubro para acompanhar a conferência TED Global, no Rio de Janeiro, conta como foi sua jornada para desvendar a história da demência animal. E explica de que forma essa compreensão mudou também sua visão a respeito dos seres humanos.

Seu cão foi a porta de entrada que a fez descobrir a loucura dos animais. Quando percebeu que ele poderia ter algum distúrbio? Adotei o Oliver em 2002 e ele era uma criatura feliz e adorável. Mas, com seis meses de convivência, percebi alguns problemas. Ele não conseguia ficar sozinho e comia qualquer coisa que não fosse comida. Basicamente, ele ficava calmo apenas perto de mim e entrava em pânico isolado ou na presença de qualquer outro ser. Seu comportamento era muito distinto de todos os animais que conhecia.

Foi nesse momento que ele recebeu o diagnóstico de ansiedade? Achava apenas que ele era diferente — jamais pensei que animais pudessem ter transtornos mentais. Cresci em uma fazenda repleta de bichos e nunca havia visto algum com esse tipo de problema. Para mim, dizer que um animal tinha esses distúrbios era projetar sentimentos e emoções humanas neles. Mas percebi que meu cão era esquisito e, pouco tempo depois, ele se jogou da janela do quarto andar. Assim que se curou dos ferimentos causados pela queda, levei Oliver a um veterinário que receitou para ele Prozac e Valium.

Esses medicamentos são normalmente dados a cães? Nunca havia visto isso. Achei muito estranho e fui pesquisar como eles funcionavam nos cachorros. Mas não encontrei muita coisa sobre seu efeito em bichos e nem sobre como eles são usados em clínicas veterinárias. Como não havia livros, comecei a conversar com treinadores, cientistas e especialistas em comportamento animal para saber se esses medicamentos tinham em cães a mesma função que em nós e também para entender o que estava acontecendo com o Oliver.
Aos poucos, fui descobrindo que os animais, como nós, também têm transtornos mentais e, sim, tomam os mesmos remédios que nós para tratá-los. Foi aí que pensei em escrever um livro que pudesse ajudar outras pessoas que passam pelas mesmas dificuldades que vivi.

E que tipo de distúrbios os animais podem ter? Assim como em humanos, muitas das doenças mentais dos animais têm a ver com reações inapropriadas ao medo e à ansiedade. Isso acontece porque essas respostas são coordenadas pelas regiões mais primitivas do cérebro, compartilhadas pela maior parte dos vertebrados. Assim como nós, os animais sentem medo ou ansiedade em ocasiões desnecessárias e desenvolvem compulsões como Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) e várias outras formas de distúrbios mentais como ataques de ansiedade ou depressão.

Ou seja, se a base para o medo é a mesma, provavelmente elas também podem funcionar de maneira inadequada em animais, assim como acontece conosco. Exatamente. Por isso, os primeiros tratamentos e medicamentos para doenças mentais foram estudadas em animais. Há mais de um século, o médico russo Ivan Pavlov [1849-1936] estimulava conflitos psicológicos em cães e gatos para entender seu mecanismo. Durante a II Guerra Mundial, muitos médicos perceberam os mesmos sintomas daqueles animais nos soldados, no que viria a ser o stress pós-traumático. Nos anos 1930, as primeiras lobotomias foram feitas em dois chimpanzés agressivos e ansiosos e, na mesma época, outras criaturas foram cobaias para o desenvolvimento dos eletrochoques para tratar convulsões da esquizofrenia. Até hoje, novos medicamentos para doenças mentais são testados inicialmente em animais: ratos, porcos e gorilas ajudaram a entender os distúrbios humanos e, agora, nós estamos usando nossos remédios neles.

No entanto, os homens são capazes de responder emocionalmente ao medo. Os animais também?Tive uma conversa muito interessante com a cientista Lori Marino, que trabalha na Universidade Emory, nos Estados Unidos, e durante anos pesquisou a cognição em golfinhos. Ela me explicou que as emoções são uma das partes mais antigas da psicolgia, presente nos primeiros animais. Sem elas, um indivíduo não consegue agir ou ter decisões que são chave para a sobrevivência. Elas são selecionadas, algumas são mais simples, outras mais complexas, mas todos os animais têm emoções. Homens, grandes macacos, golfinhos e elefantes, que possuem um cérebro mais desenvolvido, podem elaborar estratégias para lidar com o medo ou a ansiedade. Mas, como a estrutura para as emoções é semelhante, a experiência emocional pode ser similar em todas as espécies, apesar da inteligência.

Vários estudos recentes têm sido publicados sobre o que seriam as emoções animais. Há pesquisas sobre suas dores emocionais ou mentais? Nos últimos anos, diversas pesquisas têm mostrado que os animais sofrem traumas emocionais. A discussão científica está mudando e deixou de ser ‘será que os animais têm emoções’, para ‘quais são elas e de onde vêm?’. Achamos que é uma novidade colocar cães em aparelhos de ressonância magnética funcional (fMRI) e pesquisar a neurociência das emoções animais — mas a inovação são as técnicas, que conseguem medi-las com bastante precisão. Mas quem trabalha com os bichos está acostumado com isso e não acha surpreendente que os animais tenham uma vida emocional rica e complicada.

Como assim? Elefantes que viram os mais velhos sendo mortos, cachorros que sobreviveram a explosões ou foram obrigados a trabalhar sob stress — como que escaparam do atentado ao World Trade Center ou do furacão Katrina — foram descritos como depressivos, agitados, ansiosos ou agressivos. No entanto, não sabemos e nunca saberemos se um animal tem os mesmos sentimentos de um humano — muito menos de um homem que sofre stress pós-traumático.
Mesmo para nós, não há uma única forma de experimentar essa doença: cada pessoa vive os sintomas de uma maneira diferente.

Então os animais, além de emoções e distúrbios mentais, experimentam a doença individualmente?Um dos encontros mais interessantes que tive ao fazer o livro foi com "monge de elefantes", em um vilarejo da Tailândia, em 2010. Seu trabalho é ajudar os elefantes que se tornam tristes, agressivos e descobrir por que isso está acontecendo. Fui até lá perguntar a ele qual a visão que ele tinha da mente animal, se os elefantes poderiam ‘perder a cabeça’ como nós. Ele simplesmente me disse que eu não precisava ter ido até lá perguntar isso, pois é óbvio que os animais têm sentimentos e emoções. E o que faz um elefante triste não é exatamente o que chateia outro elefante. No entanto, ainda acreditamos que só os humanos sentem como indivíduos e que os animais agem como espécie. Vários estudos têm mostrado que muitos animais não são assim. Eles também têm respostas individuais, de acordo com sua história e características.

No entanto, nunca saberemos o que os animais estão pensando. Mas também não conhecemos o raciocínio de nossos maridos, amigos ou filhos. Podemos perguntar a eles, mas isso não significa que vão nos dizer. De certa maneira, projetamos nossas ideias e nossa visão de mundo em outros humanos também. Fazemos isso todos os dias, o tempo todo. Temos tanto em comum com outros animais e, durante muito tempo, excluímos qualquer forma de projeção ou antropomorfização, vistas como sentimentais ou pouco científicas. No entanto, não temos escolha, não conseguimos tirar nosso cérebro de nossas cabeças para pensar sobre outros seres. Objetivamente, quando pensamos sobre mente, emoções animais ou mesmo a sanidade e loucura dos bichos, isso não existe — por isso, acredito que é mais útil projetar nossas ideias e raciocínios nos animais da melhor maneira possível, sem sermos tão centrados em nossas opiniões e valores. É muito difícil ser uma animal que sente. Perceber isso fez com que eu enxergasse todos os animais — inclusive os homens — de uma maneira muito mais generosa.

Há muitos bichos com problemas mentais? Os distúrbios mentais humanos são descritos no DSM, o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da Associação Americana de Psiquiatria. Mas, para o diagnóstico de animais, só temos o Google. Entretanto, os cientistas estimam que cães expostos a explosões ou combates estejam bastante sujeitos a stress pós-traumático: dos 650 cães militares enviados para as guerras no Iraque ou Afeganistão, 5% foram diagnosticados com o transtorno. Além disso, nos Estados Unidos e Europa, milhões dos mais de 16 bilhões de animais criados em laboratórios ou fazendas exibem comportamentos anormais. Isso inclui 91,5% dos porcos, 82,6% de galinhas, 50% de ratos de laboratório e 18,4% dos cavalos. A tricotilomania (o impulso de arrancar os próprios cabelos) foi identificada em seis espécies de primatas, além de ratos, porcos, coelhos, carneiros, cães e gatos. Há casos históricos de elefantes ou macacos deprimidos, mas nunca prestamos muita atenção neles.

O conhecimento de algumas doenças mentais humanas, como a hiperatividade, é recente. Isso também acontece com os animais? Se meu cão ansioso tivesse vivido no século XIX, provavelmente seu diagnóstico seria de insanidade, nostalgia ou melancolia. Os rótulos que usamos para comportamentos estranhos dos animais correspondem aos dados aos humanos. Veterinários, fazendeiros ou donos de animais aplicaram termos como histeria ou melancolia aos animais como hoje falam de TOC ou depressão. Nossos esforços para compreender a mente animal sempre refletiram nossas ideias a respeito da mente humana. É como olhar para um espelho que mostra também a história das doenças mentais humanas. Conhecer essa história nos ajuda, também a compreender a evolução do conhecimento sobre nossas próprias emoções e sentimentos.

Fonte:


Equação define tempos ideais de diagnóstico para erradicação de epidemias


No Brasil, 50% dos casos de influenza registrados já se devem ao vírus H1N1, segundo boletim divulgado em 4 de maio pelo Ministério da Saúde. Isso preocupa as autoridades sanitárias, pois esse subtipo é mais agressivo do que os demais vírus da gripe que circulam no país.
Em termos estatísticos, duas variáveis são consideradas críticas para o enfrentamento exitoso de uma epidemia: o tempo de detecção da doença e o tempo de isolamento dos indivíduos afetados.
Um modelo criado no Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI) – um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) financiado pela FAPESP – definiu a equação que permite calcular o valor ótimo para o tempo de detecção.
O estudo faz parte do trabalho de doutoramento de Stefan Ruschel, da Humboldt-Universität, na Alemanha. Orientado por Serhyi Yanchuk, em Berlim, Ruschel está concluindo seu doutorado no Brasil, sob orientação de Tiago Pereira, professor do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo, no campus de São Carlos, e pesquisador do CeMEAI.
O trabalho é apoiado por meio do acordo de cooperação da FAPESP com o Deutsche Forschungsgemeinscharf (DFG), no contexto do Projeto Temático “Fenômenos dinâmicos em redes complexas: fundamentos e aplicações”.
“Partimos de um modelo clássico da epidemiologia, o Susceptible – Infectious – Susceptible (SIS), que descreve infecções como as causadas pelos vírus da influenza, que não conferem imunização duradoura às pessoas que as contraem e se recuperam”, disse Pereira à Agência FAPESP.
“Os indivíduos são suscetíveis antes, infectados durante e suscetíveis depois. Esse modelo considera, portanto, apenas dois estados: ou as pessoas estão saudáveis ou as pessoas estão doentes. Nossa ideia foi agregar um terceiro estado: os indivíduos isolados. No novo modelo, os indivíduos infectados são identificados após um certo tempo e isolados para o tratamento”, disse.
Com base nessa reconfiguração do modelo, os pesquisadores chegaram à equação τ0 = log q – log [1 – 1/ r.S*], na qual τ0 é o tempo de detecção e diagnóstico da doença; q, a fração da população infectada identificada; r, o número de pessoas que podem ser infectadas se tiverem contato com um indivíduo já infectado (esse número varia de acordo com a enfermidade); e S*, a fração de indivíduos saudáveis na população.
“Se a doença for diagnosticada em tempo menor ou igual a τ0, o isolamento será sempre efetivo. Mas, se a doença for diagnosticada em tempo maior do que τ0, o sucesso na erradicação passará a depender criticamente do tempo de isolamento”, explicou Pereira.
Assumindo que tivesse sido possível identificar todos os indivíduos infectados (q = 1) e controlar completamente a doença (S* = 1), os pesquisadores obtiveram para algumas epidemias analisadasos seguintes tempos críticos de detecção:
– Gripes sazonais: r aproximadamente igual a 1,2, portanto, τ0 = 5,4 dias 
– Gripe Espanhola em 1917: r aproximadamente igual a 2; portanto, τ0 = 2,1 dias 
– Ebola em 2014 (Guiné e Libéria): r aproximadamente igual a 1,5; portanto, τ0 = 3,3 dias 
– Ebola em 2014 (Serra Leoa): r aproximadamente igual a 2,5; portanto, τ0 = 1,6 dia
Nesse tipo de cálculo, a população de um país é considerada um conjunto fechado – isto é, sem entradas e saídas de indivíduos. É claro que se trata de uma situação ideal, que não se aplica ao quadro real da epidemia de H1N1 no Brasil, onde as fronteiras estão abertas e a doença já se encontra disseminada em uma grande parcela da população. Mas a equação pode ajudar as autoridades de saúde a definir estratégias para o enfrentamento de epidemias futuras. 
 
Fonte: