quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Dicas para viajar com pets de carro, ônibus ou avião com seu pet

Segundo pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última semana, o Brasil tem hoje mais cachorros do que crianças - 52,2 milhões de cães contra 44,9 milhões de crianças entre 1 e 14 anos. De acordo com o instituto, 44,3% dos domicílios brasileiros têm pelo menos um cachorro.

Para essas famílias, o planejamento das viagens inclui uma peregrinação para reunir a documentação necessária e a caixa mais adequada para transportar o bichinho. Em muitos casos, esse planejamento requer bastante antecedência. Confira abaixo as documentações e formas de transporte exigidas para viajar de carro, ônibus e avião com seu animal de estimação.

Saúde do animal - Antes de viajar, é importante consultar o veterinário para garantir que o bicho esteja em boa condição de saúde, já que, de modo geral, cachorros e gatos ficam estressados nas viagens aéreas e terrestres. Os veterinários não recomendam, porém, a sedação dos animais. 
Algumas companhias aéreas, como a TAM, proíbem o uso de medicamentos para esse fim, pois podem causar efeitos colaterais graves. Para os animais que costumam enjoar, vale a pena usar medicamentos específicos, mas não sem antes consultar o veterinário. Lembre-se também de dar água e levar seu bichinho para fazer xixi antes de pegar a estrada ou embarcar no avião.


Viagens de carro

Documentação: tenha em mãos a carteira de vacinação com a antirrábica atualizada - mínimo de trinta dias e máximo de um ano antes da viagem - e um atestado de saúde recente do animal. Os documentos podem ser solicitados por fiscais de barreiras sanitárias interestaduais.

Transporte: a lei proíbe apenas o transporte de animais no colo do motorista e à sua esquerda, mas se o cachorro fica solto no carro ele pode se machucar em caso de batida ou freada brusca. Há coleiras peitorais para cães de diferentes tamanhos. A recomendação para os gatos, em geral avessos a passeios de carro, são as caixas de transporte.

Fonte:
 http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/humanos-sao-super-predadores-unicos
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Cuidados para viajar com o cão com segurança e conforto


Com a chegada das férias e festas do fim de ano surge a dúvida sobre o que fazer com os animais de estimação na hora de viajar.  Existem dezenas de hotéis para cachorros que oferecem esse tipo de serviço. É preciso que o dono avalie as condições do lugar e as pessoas que vão cuidar do animal para garantir o conforto e a saúde dos bichos.
 
A importância dos proprietários visitarem de os hotéis antes de agendar as reservas. 

Os donos devem analisar a higiene das instalações, se existe um veterinário responsável pelo estabelecimento, se o hotel exige carterinha de vacinação dos animais, a disponibilidade de água e comida, quais os cuidados que são tomados com os animais durante a estadia e atividades realizadas para evitar que eles sofram com depressão.”

Cuidados para viajar com o cão com segurança e conforto

Quando o dono decide levar o cão na viagem é preciso tomar alguns cuidados para garantir a saúde do animal. Segundo a veterinária Amanda Sonnewend, todo e qualquer transporte causa estresse nos animais, por isso é essencial que sejam administrados produtos que minimizem os males. “Eu indico um produto à base de triptofano, magnésio e extrato proteico vegetal, que diminui a inquietação do animal sem o uso de sedativos, ansiolíticos e/ou tranquilizantes”, afirmou.

Aqueles que forem viajar de carro só devem levar cães que estejam acostumados com a estrada. “Para os que não estão acostumados é necessária uma adaptação, como passear de carro com o pet alguns dias antes da viagem. É importante também que os animais sejam acomodados no banco de trás, com fluxo de ar e temperatura adequada”, disse.

Caso a viajem seja de ônibus é preciso consultar a companhia rodoviária antes. No geral, as empresas aceitam apenas animais de pequeno porte e que estejam em caixas de transporte. “Os cães deverão estar em jejum de água e comida de no mínimo 2 horas antes da viagem. Durante o percurso, poderá fornecer um mínimo de água - só para molhar a boca - apenas para refrescar se estiver muito calor”, disse a veterinária.

As regras para transporte de animais em aviões também varia de acordo com a empresa área. É importante que o dono se informe antes de comprar a passagem.

Precauções

* Saiba das condições de saúde do animal antes da viagem
* O animal deve estar com o cartão de vacina em dia
* Em viagens internacionais e interestaduais, o animal precisa de um Guia de Trânsito Animal (GTA), emitido por médicos veterinários credenciados
* Não alimente e ofereça água ao animal 6 horas antes da viagem para evitar vômitos e enjoos
* Para os animais que enjoam com facilidade existem remédios. Procure o médico veterinário para que ele prescreva o remédio mais indicado e na posologia certa
* Se o animal apresentar algum problema de saúde em outra cidade, a melhor opção é procurar o médico veterinário mais próximo

Fonte:

Pequenas dicas - Queimaduras, intoxicação, choques elétricos, lesões, envenenamento por plantas



Quedas, queimaduras e intoxicação estão entre acidentes mais comuns.

Veterinários sugerem atendimentos simples e sem uso de medicamentos.

Acidentes domésticos com cães e gatos podem ser mais comuns do que se imagina. Além de quedas e atropelamentos, objetos pontiagudos e cortantes podem representar uma armadilha para animais de estimação.

Em filhotes, especialistas ressaltam a importância do cuidado com a ingestão de pequenos objetos. Vale lembrar também o perigo das queimaduras, choques elétricos e intoxicação.

De acordo com a veterinária Denise Saretta Schwartz, do Hospital Veterinário da Universidade de São Paulo e professora doutora do departamento de clínica médica da Faculdade de Medicina Veterinária da USP, os primeiros cuidados com um animal acidentado devem ser simples. “Em muitos casos é importante o uso do bom senso. Depois do primeiro atendimento é fundamental levar o animal a um veterinário, de preferência tendo ligado antes para que o veterinário se prepare para um atendimento específico”, afirma Denise ao G1.
 

A prevenção também pode ser uma ótima saída para evitar seqüelas ao seu pet. Segundo o veterinário José Alfredo Dallari Junior, integrante do Projeto Veterinário Solidário da ONG Arca Brasil - Associação Humanitária de Proteção e Bem-Estar Animal, deve-se evitar objetos pequenos ao alcance dos animais para que não sejam engolidos.

“É importante ter cuidado com varas de pesca e venenos para controle de ratos em locais de fácil acesso. No caso de gatos, que são escaladores, deve-se ter cuidado com janelas e objetos de vidro colocados sobre os móveis da casa”, afirma Dallari Junior. Vale lembrar que em casos de fraturas, o dono do animal não deve movimentá-lo e deve chamar imediatamente o atendimento médico.


O gato Homero, de 8 anos, foi recolhido das ruas de São Paulo há três anos. Há cerca de três meses, ele teve um ferimento na orelha causado, possivelmente, por um atropelamento. O gato foi encaminhado ao veterinário rapidamente e teve que tomar oito pontos no ferimento. Para evitar que Homero coçasse o local, ele utilizou um capacete durante cerca de um mês. Homero foi tratado ainda com uma pomada repelente, para evitar o contato de moscas com o ferimento.

Queimaduras
Em caso de queimadura por fogo, Denise orienta que o dono abafe as chamas com o auxílio de cobertores. Em seguida, devem ser colocadas compressas frias no local queimado. Jamais aplique pomadas ou pasta de dente na queimadura e encaminhe o animal rapidamente para o veterinário, com uma toalha molhada no local na queimadura. É importante que o dono não tente remover a pele queimada sozinho.

Choque elétrico
Choques elétricos são comuns, principalmente em época de natal, por conta das luzes que enfeitam as casas. Em caso de choque, não toque no animal para não levar um choque também. Se possível, tire o fio da tomada ou utilize um pedaço de madeira para afastar o animal do local do choque. Não dê nenhum medicamento ao cão ou gato e o encaminhe a um veterinário.

Plantas
A ingestão de algumas espécies de plantas pode causar irritação na mucosa dos animais. Quando ocorrem acidentes como esse, o dono não deve provocar o vômito no animal e nem dar medicamentos. Caso o animal esteja salivando, a orientação é dar água e lavar a boca do animal com água corrente. Ao levar seu pet para o veterinário, não se esqueça de levar a planta que causou irritação para facilitar o diagnóstico.

Produtos químicos

Lesões por produto de limpeza que caem sobre o animal podem causar queimaduras. Nesse caso, lave o local com água corrente fria por cerca de 15 minutos. Se o produto cair no olho do animal, o dono deve lavar o local com água corrente e solução fisiológica. Produtos em pó devem ser protegidos dos olhos, fucinho e boca do animal, e a maior parte possível do produto deve ser retirada pelo dono com um pano. Para agentes em pó, não molhe a boca do animal para evitar a absorção do produto e encaminhe o pet ao veterinário.

Medicamentos
Em caso de ingestão de qualquer tipo de medicamento, o dono deve levar o animal para veterinário o mais rápido possível, junto com a caixa do produto.

Chocolate
O consumo de chocolate, segundo especialistas, pode intoxicar o animal mesmo em pequenas quantidades - chocolate meio-amargo apresenta maior concentração da substância que pode intoxicar. Portanto, evite dar chocolate ao seu cão. Caso o animal coma o alimento e fique agitado ou tenha vômitos, ele deve ser levado para o veterinário imediatamente.

Picada de inseto
Em caso de picada de inseto, o local deve receber compressa fria e com gelo para diminuir a absorção do veneno do inseto. É importante não dar medicamento, nem tentar arrancar o ferrão. O animal deve ser levado ao veterinário. 


Fonte:

Quais são os seres vivos que dominam o planeta Terra?



Formigas são capazes de modificar o ambiente para seu próprio benefício


Nós, humanos, temos a tendência de achar que mandamos na Terra. Com nossas habilidades físicas, linguísticas e cognitivas avançadas e com nosso status de superpredadores, estamos convencidos de que somos a forma de vida dominante no planeta. Mas será verdade?

Existem seres vivos que são muito mais numerosos, estão mais espalhados pela superfície da Terra e representam uma parcela maior da biomassa do planeta do que nós.

Certamente nós causamos enormes impactos em todos os cantos do globo e em seus outros habitantes. Mas será que existem seres vivos com uma influência maior e mais significativa? Quem, afinal, domina o planeta?


Superpopulações

Colêmbolos são menores que a cabeça de um alfinete e estão por toda parte


Se a resposta for apenas uma questão numérica, nenhuma espécie pode se comparar aos colêmbolos (Collembola), criaturas de seis patas que mais parecem com minúsculos camarões, medindo entre 0,25 e 10 milímetros. Em cada metro quadrado de terra há cerca de 10 mil desses animais, mas em alguns lugares essa concentração pode chegar a 200 mil por metro quadrado.

As 6 mil espécies dessa ordem de artrópodes podem ser encontradas em todos os habitats do mundo, de praias tropicais às geleiras da Antártida.

Assim como os fungos, os colêmbolos aceleram a transformação de plantas mortas em nutrientes reutilizáveis. Sua importância nesse processo varia de acordo com cada habitat, mas estima-se que eles sejam responsáveis por até 20% da decomposição de matéria orgânica morta em alguns lugares.

Outro animal campeão, em termos quantitativos, é a formiga. Cientistas calculam que existam de 10 quatrilhões a 1 septilhão (um milhão de quatrilhões) delas no planeta. É o inseto mais numeroso do mundo.

E, apesar de representarem uma população menor que a dos colêmbolos, as formigas têm muito mais capacidade de influenciar o ambiente onde vivem.

"As formigas controlam cada milímetro da superfície da Terra que habitam, o que quer dizer a maioria dos lugares", afirma Mark Moffett, entomologista do Instituto Smithsonian, em Washington, e autor do livro Adventures Among Ants (Aventuras entre formigas, na tradução livre). "Elas administram esses territórios alterando ou removendo elementos para seu próprio benefício."

O controle das formigas ocorre de várias maneiras: ao revolverem mais terra do que as minhocas, ao removerem seus mortos para reduzir a transmissão de doenças e ao travarem verdadeiras guerras com populações inimigas. As formigas são também capazes de cultivar fungos como alimentos e até usar um pesticida bacteriano para aumentar a produtividade desses cultivos.

Elas ainda "domesticam" afídios (ou piolhos-de-plantas) com a finalidade de extrair deles uma substância chamada de melada, da qual as formigas também se alimentam.


Questão de especialização

Existem 400 mil espécies de besouros catalogadas, cada uma com funções bem específicas

Mas talvez alguns seres vivos maiores sejam capazes de dominar os menores de uma maneira menos evidente.

Não podemos nos esquecer das plantas. A biomassa das espécies vegetais existentes no planeta é cerca de mil vezes maior que a dos animais. E, enquanto outras formas de vida podem ser mais numerosas, mais diversificadas e claramente mais assertivas, a vasta maioria não existiria sem o oxigênio liberado pela vegetação através da fotossíntese.

As angiospermas, capazes de dar flores, representam quase 90% de todas as espécies de plantas no planeta. Elas também estão na base da grande maioria dos ecossistemas terrestres.

Só que isso não quer dizer que elas mandam na Terra. Afinal, a dominação também pode ser uma questão de diversidade e especialização.

E nenhum outro ser vivo tem mais estratificações especializadas do que os besouros. Cientistas já catalogaram cerca de 400 mil espécies desses insetos – ou seja, eles representam de 20% a 33% de todas as formas de vida já reconhecidas no mundo.

"Os besouros são o grupo dominante nos ecossistemas terrestres", afirma Max Barclay, diretor da coleção de besouros do Museu de História Natural de Londres. "Eles dividiram o mundo em pequenas partes para se especializaram em diferentes tarefas, conseguindo coexistir sem entrarem em competição".

Não é só a capacidade de adaptação que coloca os besouros na lista de possíveis "reis do mundo". Eles também exercem um papel fundamental na maioria dos ecossistemas, liberando nutrientes para outros seres vivos – ao se alimentarem de madeira ou esterco, por exemplo.

E se os insetos não existissem (e 40% deles são besouros), a maioria das plantas não seria polinizada e não estaria no planeta para produzir o oxigênio de que tanto precisamos.


Manipulação microscópica


Bactérias do gênero Wolbachia são capazes de manipular cromossomos de insetos

Mas até aqui estamos adotando uma abordagem totalmente centrada no Homem. Se o famoso cientista americano Stephen Jay Gould estivesse vivo, ele certamente reclamaria de termos até agora ignorado uma forma de vida comprovadamente mais adaptável, indestrutível e espantosamente diversificada: as bactérias.

As do gênero Wolbachia são um exemplo particularmente bom da dominância imperceptível desses microrganismos. Extremamente engenhosas e bem espalhadas, essas bactérias vivem nas células de cerca de 60% de todos os insetos e outros artrópodes, como as aranhas e os ácaros.

Elas são transmitidas de uma espécie a outra através dos óvulos das fêmeas hospedeiras, e por isso conseguem manipular esses organismos para aumentar suas próprias chances de sobrevivência. Isso inclui táticas como induzir mudanças para transformar em fêmeas os machos de borboletas, cupins e crustáceos.

Essas bactérias também conseguem fazer alterações nos cromossomos de abelhas e formigas para que elas consigam se reproduzir sem a necessidade de um macho. Elas ainda são capazes de matar embriões machos em espécies onde existe muita competição por recursos entre filhotes.

"Pela maneira como manipulam e alteram seus hospedeiros, as Wolbachia podem ter sido o principal motor de mudanças evolucionárias em muitas espécies", afirma John Werren, professor de biologia da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos.

Não é de se espantar que essa bactéria seja uma forte candidata ao posto de ser vivo mais dominante do mundo.




'Quatro pilastras'
 

As cianobactérias foram os primeiros organismos a liberar oxigênio na atmosfera

Mas não podemos esquecer que nem só de terra firme vive a Terra, e que nem tudo o que produz oxigênio é planta.

A verdade é que a atmosfera terrestre continha pouquíssimo oxigênio até o advento das cianobactérias, que evoluíram para se tornarem os primeiros organismos fotossintéticos, há 2,5 bilhões de anos.

Essa mudança na atmosfera foi o que abriu caminho para a biodiversidade que temos hoje no planeta.

A cianobactéria forma uma sequência móvel de células que podem se destacar de suas colônias para formar novas. Podem ser encontradas em quase todos os habitats terrestres e aquáticos, vivendo entre fungos, plantas e animais e formando a gigante massa visível azul-esverdeada dos oceanos.

Além de gerar oxigênio, elas exercem um papel fundamental com sua capacidade de converter o nitrogênio atmosférico em nitrato orgânico ou amônia, nutrientes essenciais que as plantas retiram do solo para crescerem.

Essas funções e sua onipresença em todos os habitats fizeram muitos cientistas argumentarem que as cianobactérias são os mais importantes e mais bem-sucedidos microoganismos da Terra.

Mas para Moffett, do Smithsonian, a melhor maneira de definir quem domina o planeta é pensar em diferentes escalas físicas. "Se levarmos em consideração os tamanhos dos seres vivos, poderíamos dizer que os micróbios dominam sua escala, o Homem domina sua escala e as formigas tendem a dominar tudo o que está no meio", diz.

Já Sandy Knapp, diretora do setor de plantas do Museu de História Natural de Londres, acredita que é impossível se chegar a uma resposta para essa pergunta porque os seres vivos são interdependentes. "É a mesma coisa que perguntar qual das quatro pilastras sustentando uma casa é a mais importante", afirma. "Se você tirar uma delas, verá que tudo vai desmoronar."
 

Leia a versão original desta reportagem em inglês no site BBC Earth.

 Fonte:

A impressionante memória dos cavalos

Os primeiros cavalos (Equus caballus) foram domesticados há cerca de 6 mil anos e, desde então, esse animal vem desempenhando papeis muito importantes em sua relação com o homem. Mas a capacidade de entender os gestos de seu domador é algo que cientistas só começaram a investigar recentemente.

Até agora, as pesquisas existentes sugeriam que, apesar de os cavalos serem capazes de entender alguns sinais, como quando seu dono aponta para algo, eles só conseguiam aplicar esses sinais quando a pessoa estava posicionada perto da recompensa.

Os cientistas também acreditavam que os cavalos tinham um nível de habilidade semelhante ao das cabras ou dos gatos, que são capazes de atender a gestos humanos mas sem entender seu significado.

Um estudo publicado em 2004 sugeriu que cavalos tinham uma memória curta e talvez não fossem dotados da capacidade de se lembrarem de tarefas que deveriam fazer mais tarde (a chamada memória prospectiva).

Velocidade x precisão

Agora um grupo de cientistas da Universidade de Pisa, na Itália, demonstrou que os cavalos não só são capazes de entender os gestos humanos como também podem mudar a maneira como respondem a uma tarefa baseados em suas próprias experiências.

"É algo fácil de entender em humanos, mas não tão comum em animais", afirma Paolo Baragli, um dos autores do estudo, publicado na revista Applied Animal Behaviour Science. "Se um animal não consegue executar uma tarefa como esperamos, isso não quer dizer que ele não tenha capacidade. Pode ser que ele esteja usando uma estratégia diferente da que esperamos que ele use."

Os pesquisadores treinaram 24 cavalos adultos de diferentes raças para se aproximarem de um balde emborcado e deslocá-lo para encontrar uma cenoura escondida. Os animais foram, em seguida, divididos em dois grupos iguais.

O primeiro grupo tinha que encontrar uma cenoura colocada sob um dentre três baldes depois de ter visto uma pessoa escondendo o alimento. Os cavalos tinham que esperar dez segundos para o voluntário sair do local e aí tentar encontrar a cenoura.

A mesma experiência foi realizada com os outros 12 cavalos, que tiveram que encontrar o alimento por conta própria, sem a ajuda de um ser humano.

Aqueles animais que viram a cenoura ser escondida acertaram mais na primeira tentativa do que aqueles que não tiveram essa ajuda, apesar de terem levado mais tempo na tarefa.

Mais tarde o mesmo grupo encontrou a cenoura em menos tempo, mas precisou de mais tentativas.

Segundo os autores, isso sugere que os sinais humanos se tornaram menos importantes à medida que os cavalos aprenderam que receberiam a mesma recompensa pensando em suas escolhas ou simplesmente adivinhando.


Instinto de sobrevivência

Em testes posteriores, os pesquisadores também descobriram que os cavalos que tinham visto o voluntário esconder a cenoura tinham mais chances de ir diretamente ao balde onde encontraram comida anteriormente.

Isso indica que os cavalos são capazes de lembrar onde alimentos estão escondidos mesmo depois de um intervalo, ao compreenderem o significado de ter uma pessoa posicionada perto do alvo.

Eles também conseguem mudar sua estratégia de tomada de decisões entre a confiabilidade transmitida pelo sinal humano e uma recompensa mais imediata.

Isso quer dizer que eles sabem escolher se querem ou não usar os sinais humanos, dependendo se preferem ser mais rápidos ou mais precisos.

Baragli afirma que essas habilidades cognitivas são essenciais para a sobrevivência desses animais, mais até do que capacidades mais elaboradas.

"Este estudo é o primeiro a demonstrar que cavalos são capazes de tomar uma decisão baseados em informações obtidas por estímulos ambientais (o homem), e conseguem mudar sua estratégia comportamental baseados em sua própria experiência para resolver o mesmo problema de uma maneira mais rápida", explica Baragli.

Leia a versão original desta reportagem em inglês no site BBC Earth.

 Fonte:
 

'Blitz de saúde' pode retardar envelhecimento das células, diz estudo


Tamanho de estrutura na extremidade do DNA é indicar de envelhecimento celulas


Cientistas de uma universidade americana descobriram que uma mudança completa de estilo de vida pode reverter o envelhecimento das células.

Eles encontraram indícios de que uma rotina rígida de exercícios físicos, dieta e meditação podem reduzir o ritmo de envelhecimento celular.

A descoberta foi feita por uma equipe de pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.


O estudo foi publicado na revista científica Lancet Oncology.

Os cientistas afirmaram, contudo, que as conclusões ainda não são definitivas.

A pesquisa avaliou 35 homens com câncer de próstata. Aqueles que mudaram seu estilo de vida apresentaram células mais novas em termos genéticos.


Estudo

Os pesquisadores observaram mudanças visíveis nas células de um grupo de 10 homens que adotou uma dieta à base de vegetais e seguiu à risca uma rotina recomendada de exercícios físicos.

Eles também passaram a fazer meditação e ioga, com o intuito de se livrar do estresse.

Segundo os cientistas, as mudanças estão relacionadas às capas protetoras nas extremidades dos cromossomos, chamadas telômeros.

O papel desses dispositivos é proteger a extremidade do cromossomo e prevenir a perda de informação genética durante a divisão celular.

À medida que o ser humano envelhece e suas células se dividem, os telômeros diminuem de tamanho – sua estrutura fica enfraquecida, enviando uma espécie de "mensagem" às células para que elas parem de se dividir e morram.

Os pesquisadores sempre se questionaram se esse processo seria inevitável ou poderia ser interrompido ou mesmo revertido.

O professor Dean Ornish e sua equipe mediram a extensão dos telômeros no começo do estudo e depois de cinco anos.

No grupo de 10 homens com baixo risco de câncer de próstata que mudou o estilo de vida, o comprimento dos telômeros aumentou cerca de 10%.

Comparativamente, a extensão dos telômeros diminuiu, em média, 3% no grupo restante de 25 homens que não adotaram qualquer mudança em seus hábitos.


Envelhecimento celular

Telômeros menores estão associados a uma ampla gama de doenças relacionadas à idade, incluindo cardiopatias e vários tipos de câncer.

O estudo não analisou se as mudanças no estilo de vida e no comprimento dos telômeros tiveram um impacto na evolução do câncer, mas os pesquisadores afirmam que isso ainda será objeto de investigação.

Segundo Ornish, "as implicações desse estudo podem ir além de homens com câncer de próstata. Se validado por estudos controlados feitos de forma aleatória em larga escala, essas mudanças de estilo de vida podem reduzir significativamente o risco de uma grande variedade de doenças e de mortalidade precoce".

"Nossos genes, e nossos telômeros, são uma predisposição, mas não necessariamente o nosso destino".

Lyn Cox, especialista em bioquímica na Universidade de Oxford, no Reino Unido, afirmou que não foi possível chegar a nenhuma conclusão a partir do estudo, mas acrescentou: "No geral, no entanto, as descobertas desse relatório de que as mudanças no estilo de vida podem ter um efeito positivo nos marcadores da idade amparam os benefícios pela adoção de hábitos de vida mais saudáveis".

Especialistas afirmam que a redução do comprimento dos telômeros não é a única explicação para o envelhecimento humano.

Humanos, por exemplos, têm telômeros mais curtos do que primatas e ratos, mas vivem mais.

Estudos realizados anteriormente mostraram que pessoas que levam uma vida sedentária podem envelhecer mais rápido, uma vez que seus telômeros diminuem de tamanho a um ritmo também mais veloz.
 

Fonte: