quarta-feira, 11 de maio de 2016

Governo libera entrada no Brasil de viajantes com produtos de origem animal

Turistas e tripulantes poderão, a partir de agora, entrar no Brasil com produtos de origem animal, que incluem queijos, manteiga, doce de leite e salames. Os produtos foram classificados como “de risco insignificante” para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que divulgou a decisão nesta quinta-feira (10), por meio de instrução normativa. A medida visa melhorar o processo de fiscalização, com foco em produtos de maior risco. 
Os produtos autorizados serão limitados a 5 quilos por pessoa, devendo estar acondicionados nas embalagens originais e com rótulos que permitam sua identificação e origem. Os alimentos foram divididos em seis grupos: cárneos industrializados destinados ao consumo humano; lácteos industrializados, como doce de leite, leite em pó, manteiga e requeijão; produtos derivados do ovo; pescados; produtos de confeitaria que contenham ovos, lácteos ou carne em sua composição; além de produtos de origem animal para ornamentação.
Antes, por falta de regulamentação, apenas os produtos de origem vegetal eram autorizados a entrar no país.
Atuação do médico veterinário
Os médicos veterinários atuam como fiscais federais agropecuários, realizando controle em portos, aeroportos e postos de fronteira. A inspeção e fiscalização sanitária de produtos de origem animal pelo médico veterinário faz parte de suas atribuições e devem ser realizadas em locais de produção, manipulação, armazenagem e comercialização.
Assessoria de Comunicação com informações do Mapa
Fonte:

Portaria regulamenta regras para estabelecimentos e serviços veterinários

Foi publicada a nova portaria que regulamenta as condições higiênico-sanitárias e boas práticas de estabelecimentos e serviços veterinários. 

Confira o texto da portaria aqui.

Imunização contra a febre aftosa faz parte da preocupação com a Saúde Única

A imunização do rebanho de forma correta e nas datas previstas no calendário nacional de vacinação é fundamental para o combate à febre aftosa.
O médico veterinário está presente em várias etapas dessa campanha e seu trabalho é essencial para o cumprimento das metas de erradicação da doença no país.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou o calendário oficial de vacinação em 2016. Confira aqui a data de vacinação no seu estado.
Também é importante o preenchimento da declaração de vacinação e a entrega do documento no serviço veterinário oficial do estado, junto com a nota fiscal de compra das vacinas.
Confira abaixo as perguntas e respostas elaboradas pelo Ministério da Agricultura para tirar dúvidas sobre a febre aftosa. Clique aqui para conferir mais informações no  folder da campanha.
O que é a febre aftosa?
 É uma doença altamente contagiosa e se espalha rapidamente. Os animais têm febre, aftas na boca, nas tetas e entre as unhas, se isolam dos outros, babam, mancam, arrepiam o pelo e param de comer e beber.
Quais os animais que podem ser afetados pela febre aftosa?
Bovinos, búfalos, caprinos, ovinos, suínos e animais silvestres que possuem casco fendido (duas unhas).
Como a febre aftosa é transmitida?
O vírus está presente na saliva, no líquido das aftas, no leite e nas fezes dos animais doentes. Qualquer objeto ou pessoa que tenha contato com essas fontes de infecção se torna um meio de transmissão para outros rebanhos. A transmissão para humanos é raríssima.
Quais os efeitos da febre aftosa?
A doença pode ser fatal em animais jovens. Os animais afetados não conseguem se alimentar e enfraquecem muito, com perda severa de produção de leite e carne. O principal efeito da doença é comercial. Devido ao seu alto poder de difusão, os países estabelecem barreiras comerciais às regiões onde ocorreu Aftosa, causando sérios prejuízos econômicos e sociais.
O que fazer em caso de suspeita da doença?
Qualquer pessoa que verifique os sintomas nos animais deve comunicar imediatamente ao serviço veterinário oficial. Um veterinário oficial fará inspeção dos animais e tomará as providências necessárias.
Como a doença é controlada?
A vacinação é fundamental na erradicação e prevenção da Aftosa. Se confirmada a doença, a principal forma de controle é o isolamento e sacrifício de animais doentes, e eliminação de fontes de infecção. Quanto mais rápido for detectada a doença, mais rápida será a contenção e menores os prejuízos
Assessoria de Comunicação do CFMV com informações do Ministério da Agricultura

Toxoplasmose - Sintomas, diagnóstico, prevenção e tratamento


A toxoplasmose é uma doença infecciosa causada por um parasita, Toxoplasma gondii, muito comum no meio ambiente, responsável pela cocidiose dos gatos e felinos silvestres. É uma zoonose que afeta mais de 200 espécies animais entre mamíferos e aves. Está entre os dez principais agentes transmitidos pela ingestão de alimentos contaminados no mundo. Estima-se que 1/3 da população humana esteja infectada pelo Toxoplasma atualmente.
Como eu pego toxoplasmose?
O Toxoplasma gondii apresenta um ciclo biológico de vida com várias formas evolutivas (Figura 1) utilizando dois tipos de hospedeiros: o chamado definitivo que são felídeos, ou seja, gatos e felinos silvestres (gato do mato, onça, lince, tigre e outros); e os intermediários, como roedores, cães, suínos, ovinos, caprinos, aves domésticas, e até mamíferos aquáticos. Em cada um dos tipos de hospedeiros, o parasita assume formas diferentes que poderão dar origem à infecção. No intestino dos felídeos, estas formas são excretadas pelas fezes e por não serem facilmente destruídas no meio ambiente, podem permanecer vivas em ambientes úmidos como terra, solo, areia, baia, pastagem, jardim, e também nos alimentos que entrarem em contato com fezes desses animais infectados, incluindo água. Quando o animal ou o homem ingerem alimento e água ou tiverem contato com materiais ambientais contaminados com fezes de animais infectados; estas formas se transformam em cistos que se multiplicam alojando-se nos músculos, no globo ocular, no sistema nervoso; provavelmente pelo resto da vida do indivíduo, o que caracterizará a infecção crônica. Ocorre também como doença ocupacional para médicos veterinários e profissionais de que lidam com animais domésticos, rebanhos de produção e nos abatedouros, tanto pelo contato direto com animais ou com as suas excreções. Durante a gestação, podem atravessar a placenta e atingir o feto causando más formações e/ou abortamento. Em cerca de 40% dos fetos de mães que adquiriram a infecção pela via transplancentária durante a gravidez nascem com toxoplasmose ou seqüelas de infecção. A transmissão direta entre pessoas não ocorre, porém é possível na transfusão de sangue e transplante de órgãos. Crianças que brincam em tanques de areia em parques e escolas onde passeiam gatos errantes que ali defecam, podem vir a adoecer com toxoplasmose. A maior ocorrência de casos humanos se dá principalmente pela ingestão de carne crua e mal cozida de suínos e ovinos e de leite de cabras, quando infectados ou doentes. Os sintomas aparecem após 10 a 23 dias da ingestão desses alimentos; de 5 a 20 dias, após ingestão acidental de fezes de gatos. Nos animais domésticos, gatos e cães, a toxoplasmose ocorre pela ingestão de cistos presentes em carne crua ou por via transplacentária. A toxoplasmose em animais de produção ocorre necessariamente pela coabitação com gatos e felinos selvagens.

Quais são os sintomas da toxoplasmose nos animais?
Geralmente, os animais não apresentam sinais clínicos evidentes, ou podem ser muito variados, como febre, gânglios inflamados e doloridos (ínguas), pneumonia, encefalite, convulsões e abortamentos. Não foram ainda descritos casos clínicos de toxoplasmose em bovinos. Nos cães e nos felinos, pode aparecer juntamente com outras doenças, como a cinomose e leucemia felina respectivamente. Nos ovinos, caprinos e suínos, além das manifestações citadas, está associada aos transtornos reprodutivos, como abortamento e nascimento de animais fracos.

Quais são os sintomas da toxoplasmose nos seres humanos?
A toxoplasmose apresenta manifestações variadas, sem sintomas e benigna até generalizada e extremamente grave, principalmente em pessoas com tumores, em tratamento de quimioterapia ou com HIV. Os cistos do Toxoplasma gondii persistem por período indefinido neste tipo de paciente, que a qualquer momento pode vir a óbito. Febre, gânglios inflamados e doloridos (ínguas) principalmente no pescoço, diarreia, pneumonia, miocardite, inflamação intensa dos músculos, hepatite, encefalite e erupções na pele podem ser observados. Esse quadro pode persistir de uma semana a um mês, devendo-se realizar o diagnóstico diferencial com mononucleose infecciosa. A inflamação da retina (olhos) por toxoplasmose é a lesão mais frequente, e em 30% a 60% dos pacientes acometidos ocorre a perda progressiva de visão, algumas vezes chegando à cegueira. A doença em crianças pode apresentar-se de três maneiras: congênita (transmitida pela mãe ao feto durante a gestação), adquirida e ocular. Uma vez que a mãe pode não apresentar sintomas, o acompanhamento pré-natal da grávida é fundamental para imediato tratamento. No bebê, a toxoplasmose congênita, pode manifestar-se basicamente de quatro formas: já ao nascer; nos primeiros meses de vida, sendo grave ou discreta; como reativação de infecção uterina não diagnosticada; ou como infecção subclínica, isto é, sem sintomas ou discretos. Os sintomas, na forma congênita, podem ser neurológicos ou generalizados. Quando a infecção ocorre no início da gestação, são observadas calcificações intracranianas, problemas de visão, convulsões, microcefalia, hidrocefalia e retardo mental. A forma generalizada é resultante de infecção fetal mais tardia na gestação e apresenta, além das alterações anteriores, o aumento do fígado e do baço, gânglios inflamados e doloridos (ínguas) espalhados pelo corpo, icterícia (amarelão) e anemia. Alguns lactentes podem permanecer sem sequelas da infecção ou desenvolver estrabismo, retardo neuropsicomotor, hidrocefalia, convulsões e surdez em meses ou mesmo anos após o nascimento. O diagnóstico diferencial da toxoplasmose no recém-nascido deve ser realizado com Zica vírus, citomegalovírus, vírus Herpes simplex, vírus da rubéola, T. pallidum (lues), Listeria monocytogenes, Borrelia burgdorferi, além da eritroblastose fetal e doenças degenerativas. O acompanhamento médico é fundamental.

Diagnóstico
O diagnóstico da toxoplasmose não é fácil, pois ocorrem sinais clínicos variáveis, a confirmação depende dos exames laboratoriais. Vários são os exames laboratoriais a partir do sangue, liquido cefalorraquidiano, saliva, secreção nasal e ocular empregados para se confirmar a toxoplasmose. Entretanto, são os testes sorológicos os mais empregados, pois permitem a detecção de anticorpos que podem auxiliar na diferenciação da fase da infecção. No Brasil, tem-se notado o aumento no número de notificações de problemas oculares em crianças e adultos sadios com toxoplasmose crônica, sendo as lesões de retina as mais frequentes. Exames oftalmológicos de rotina associados com as outras técnicas mencionadas auxiliam no diagnóstico diferencial da enfermidade.

Como prevenir a toxoplasmose?
O controle da toxoplasmose é dificultado pela elevada capacidade do parasito em se adaptar a ambientes urbanos ou rurais, proporcionando a manutenção do seu ciclo de vida e aumentando as chances de infecção acidental de seres humanos e animais. A principal e mais frequente forma de contaminação para seres humanos é a via oral. A prevenção se faz evitando o consumo de carnes suína, ovina, caprina ou de caça cruas ou mal cozidas; ingestão de leite não pasteurizado; de vegetais mal higienizados; e água não tratada.

O uso de luvas é fundamental durante procedimentos e avaliação clínica dos animais, na limpeza dos ambientes e contêineres de dejetos evitando o contato com fezes. Quando do recolhimento de animais abandonados e errantes fazer uso de equipamentos de proteção individual, nunca colocá-los imediatamente junto ao convívio da família e de outros animais sem que haja uma prévia consulta da médico veterinário.

O gato sadio, castrado, vermifugado e devidamente assistido pelo médico veterinário, raramente se constitui em uma fonte de infecção para a toxoplasmose e demais zoonoses. Nas propriedades rurais, o acesso de felídeos aos comedouros e bebedouros dos animais de produção deve ser evitado. No Reino Unido e França há uma vacina comercial disponível para ovinos e que demonstra eficácia para suínos, porém não testada ou regulamentada para uso no Brasil.

No acompanhamento médico pré-natal das mulheres gestantes, o exame de toxoplasmose é obrigatório. Alguns países obtiveram sucesso na prevenção da contaminação intrauterina fazendo testes laboratoriais em todas as gestantes. Em pessoas com deficiência imunológica, a prevenção pode ser necessária com o uso de medicação dependendo de uma análise individual de cada caso.

Como tratar a toxoplasmose?
O tratamento curativo para toxoplasmose baseia-se em coccidiostáticos, que dificultam a multiplicação do parasita, mas não eliminam a infecção crônica. A suspeita clínica de exposição aos fatores de risco é de suma importância para o médico.

Podem ser realizados protocolos terapêuticos em gestantes com a enfermidade, porém as dosagens variam conforme o medicamento e o indivíduo, o papel do médico é fundamental na condução do caso. Não existe vacina para humanos.

O diagnóstico humano conta com o serviço do Ambulatório de Zoonoses do Instituto de Infectologia Emilio Ribas, na capital paulista. O endereço é: Avenida Dr. Arnaldo, 165 – Prédio dos Ambulatórios - Pacaembu. O contato telefônico pode ser feito pelo número (11) 3896-1200. As consultas podem ser agendadas por telefone ou pelo site http://www.emilioribas.sp.gov.br/. Os trabalhos são coordenados pelo Dr. Marcos Vinicius da Silva (marcos.silva@emilioribas.sp.gov.br).

Também contam com grupos de estudo, diagnóstico e apoio ao tratamento humano (itens 1 e 2) e animal (3 e 4) as seguintes entidades:

1-Instituto de Medicina Tropical, Universidade de São Paulo, Av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 470, Telefone: (11) 3061-7010. Site: www.imt.usp.br

2-Instituto Adolfo Lutz, Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, Av. Dr. Arnaldo, 355, Telefone (11) 3068-2876. Site: www.ial.sp.gov.br

3-Instituto Biológico, Secretaria da Agricultura do Estado de São Paulo, Av. Conselheiro Rodrigues Alves, 1252, Telefone: (11) 5087-1772. Site: www.biologico.sp.gov.br

4-Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, Av. Prof. Dr. Orlando Marques de Paiva, 87, Telefone (11) 3091-7701. Site: www.fmvz.usp.br


Fonte:


Publicada nova portaria que regulamenta regras para estabelecimentos e serviços veterinários


Foi publicada a nova portaria que regulamenta as condições higiênico-sanitárias e boas práticas de estabelecimentos e serviços veterinários. 

Confira o texto da portaria aqui.

13 de Maio - Dia do Zootecnista - um profissional para criar, manejar e melhorar a genética dos rebanhos brasileiros




13 de Maio - Dia do Zootecnista: Um profissional para criar, manejar e melhorar a genética dos rebanhos brasileiros

O Brasil ocupa a segunda posição no ranking mundial de maiores produtores de carne bovina do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o rebanho brasileiro supera os 212 milhões de cabeças. A força da agropecuária brasileira também está em outros setores como suinocultura, avicultura, caprinocultura e, ao longo dos anos, ganha cada vez mais destaque mundialmente.
O zootecnista contribui para o avanço do setor agropecuário na produção animal e está presente na criação, manejo e melhoria genética dos rebanhos brasileiros. Pensando nisso, em 2016, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) traz como tema da campanha do Dia do Zootecnista a importância do profissional na criação, manejo e melhoria genética dos rebanhos brasileiros.

Com dedicação, pesquisas e uso de novas tecnologias, o profissional torna possível o aumento da produtividade, garantindo o bem-estar animal e a sustentabilidade no campo.

Melhoramento genéticoSegundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a utilização de genética avançada e o manejo de pastagem foram os maiores responsáveis pela evolução do setor pecuário.

O estímulo ao confinamento, a recuperação de pastagens e a aquisição de matrizes e reprodutores de genética comprovada constam, por exemplo, em linhas específicas dos planos do governo de incentivo à produção agropecuária. Tanto trabalho e dedicação também refletem na economia brasileira, em especial na balança comercial do agronegócio e no Produto Interno Bruto (PIB) do País.

Hoje, o agronegócio é responsável por cerca de 22% do PIB brasileiro, de acordo com o Ministério da Agricultura.

Manejo alimentar A obtenção de um padrão de produção e comercialização, garantindo a rentabilidade dos rebanhos, se deve não só ao melhoramento genético, mas também ao manejo alimentar. Levando em conta os hábitos do animal, as condições climáticas e o manuseio do alimento, o objetivo é garantir aos animais uma nutrição adequada para seu crescimento e desenvolvimento, com a utilização de alimentos de qualidade e nas quantidades corretas.

Para garantir que tais condições sejam alcançadas, o zootecnista desenvolve suplementos alimentares e pesquisa as necessidades nutricionais do rebanho. Tudo isso feito de forma ética e sustentável. 


Atualmente estão registrados no Sistema CFMV/CRMVs e atuam como zootecnistas cerca de 8.800 profissionais.
Fonte: Assessoria de Comunicação do CFMV.