terça-feira, 29 de março de 2016

Medição aponta piora na qualidade da água de rios nas cidades da região

SOS Mata Atlântica coletou dados entre março de 2015 e fevereiro de 2016.
Índice foi de 'regular' para 'péssimo' no Rio Tietê em Cabreúva (SP).

A ONG SOS Mata Atlântica divulgou um levantamento com a medição da qualidade da água em 183 rios, córregos e lagos de 11 estados brasileiros e do Distrito Federal. O estudo revela que 36,3% dos pontos de coleta analisados apresentam qualidade ruim ou péssima. Alguns rios analisados na região de Sorocaba (SP) e Jundiaí (SP) também tiveram esta qualificação.
Algumas melhorias já foram identificadas, mas ainda há trabalho (Foto: Reprodução/TV TEM)Índice do Rio Sorocaba foi novamente considerado
'regular' (Foto: Reprodução/TV TEM)
Em Cabreúva (SP), o Índice de Qualidade da Água (IQA) no Rio Tietê registrou piora. Foi de "regular", no ano passado, para "péssimo" em 2016. Já no trecho do Rio Tietê que passa por Itu (SP) e Salto (SP), o índice foi considerado "ruim" neste ano. Em 2015, o levantamento apontou como "regular" a qualidade da água em ambos os municípios.
Em Sorocaba, foram coletadas amostras no Rio Sorocaba. O índice de qualidade da água se manteve como "regular" em 2015 e 2016.
Todos os dados foram coletados entre março de 2015 e fevereiro de 2016, em 289 pontos de coleta distribuídos em 76 municípios. A lista completa de rios e pontos avaliados pode ser consultada pelo link.
Avaliação
Os pontos analisados em Cabreúva, Itu e Saltofazem parte dos 41,5% que estão sem condições de usos múltiplos como, por exemplo, abastecimento humano, lazer, pesca, produção de alimentos, dessedentação de animais, manutenção ecossistêmica, abastecimento público com geração de energia e drenagem, por apresentarem qualidade de água ruim ou péssima. Já Sorocaba faz parte dos 52,4% dos pontos que apresentaram índices regulares, em estado de alerta.
Para a avaliação da qualidade da água são considerados 16 parâmetros, incluindo níveis de oxigênio dissolvido, fósforo, nitrato, demanda bioquímica de oxigênio, coliformes, turbidez, cor, odor, temperatura da água, pH, entre outros parâmetros biológicos e de percepção. O kit utilizado pela SOS Mata Atlântica permite classificar a qualidade das águas em cinco níveis de pontuação: péssimo (de 14 a 20 pontos), ruim (de 21 a 26 pontos), regular (de 27 a 35 pontos), bom (de 36 a 40 pontos) e ótimo (acima de 40 pontos).
Trecho do Rio Tietê em Itu, SP (Foto: Prefeitura de Itu/Divulgação)Trecho do Rio Tietê em Itu, SP (Foto: Prefeitura de Itu/Divulgação)
Ações municipaisA Prefeitura de Itu informou, em nota, que atualmente trata 100% dos esgotos da sede administrativa fiscalizada pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e que o ponto de descarga fica muito abaixo do ponto de amostragem da ONG. Disse ainda que está com sua segunda estação de tratamento de esgoto pronta para operar, aguardando processo de licenciamento junto à Cetesb.
"O rio Tietê é um rio de domínio estadual e sua carga poluidora tem muita relação com os índices de tratamento da Região Metropolitana de São Paulo, onde a gestão da coleta, afastamento e tratamento de esgoto é de responsabilidade da Sabesp. O ponto de monitoramento do Tietê realizado pela SOS Mata Atlântica localiza-se na Estrada Parque, fora do períte:metro urbano", finaliza a nota.
A Prefeitura de Cabreúva foi questionada sobre a piora no índice, mas não respondeu até a publicação desta reportagem. A Prefeitura de Salto também não respondeu aos questionamentos, alegando que deveriam ser encaminhados para o Governo do Estado de São Paulo. Já a Secretaria Estadual do Meio Ambiente disse que não vai se manifestar 
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