quinta-feira, 24 de julho de 2014

Conjuntivite em gatos

A conjuntiva é uma membrana altamente vascularizada, com uma trama de pequenos vasos, que recobre o olho. É facilmente inflamada por numerosas causas e independentemente da causa, a aparência clínica da inflamação é bastante semelhante. Dessa maneira, é fundamental o conhecimento das possíveis etiologias da conjuntivite em felinos para o desenvolvimento de planos diagnóstico e terapêutico adequados.
Os sinais clínicos incluem descarga ocular (serosa, mucosa ou purulenta), quemose conjuntival, hiperemia conjuntival, associadas ou não a outras alterações oculares.
Os agentes infecciosos que causam conjuntivite em gatos são Chlamydophila psittacci (felis),Mycoplasma felis, Herpesvírus felino tipo 1 (HV-1), calicivírus e menos comumente bactérias gram-positivas, fungos e parasitas. Conjuntivite neonatal pode ocorrer com as pálpebras ainda fechadas, geralmente causada por herpesvírus e/ou infecções bacterianas.
As causas alérgicas ou imunomediadas causadoras de conjuntivite felina são antígenos externos como pólen (hipersensibilidade do tipo I), alergias alimentares, picadas de insetos e doenças auto-imunes.
Como causas traumáticas ou irritantes destacam-se as substâncias químicas pulverizadas ou esfregadas sobre a face do gato, e menos comumente inflamações crônicas causadas por distiquíase, triquíase, cílios ectópicos, além de entrópio (raro) por traumatismo ocular.
Outras doenças oculares como úlcera de córnea, uveíte ou glaucoma podem cursar com conjuntivite em felinos.
O diagnóstico primário deve incluir anamnese completa, abordando especialmente a duração ou recidiva dos sinais clínicos além da existência de contactantes que apresentem a mesma sintomatologia clínica. Infecções por herpesvírus são frequentemente recidivantes enquanto que a clamidiose e a micoplasmose tendem a ser crônicas durante várias semanas, sendo autolimitantes e não recidivantes. Conjuntivite associada a sinais respiratórios superiores sugerem etiologia viral ou sistêmica.
O diagnóstico secundário baseia-se no exame oftálmico, citologia conjuntival ou da secreção ocular, swab para cultura de microorganismos e até mesmo PCR.
O tratamento depende da causa da conjuntivite, mas deve ser direcionado inicialmente para clamidiose e micoplasmose. Preparações tópicas oculares, associadas ou não a medicações de uso oral ou parenteral, são a melhor forma de tratamento.
Autor: Tathiana Mourão dos Anjos (ANJOS, T.M.) Professora dos cursos de Medicina Felina e de Nefrologia e Urologia em Pequenos Animais do CPT Cursos Presenciais.

Clonagem de gatos já é comum nos EUA

O mercado voltado à área PET apresenta importantes números econômicos, além de um crescimento acima da média em todo o mundo.
Cuidados com os bichinhos de estimação, desde banhos, alimentação, odontologia, até cirurgias, estão cada vez mais comuns nas cidades e apresentando evolução em acessibilidade e tecnologia empregada.
Uma empresa americana, buscando inovar este rentável e promissor mercado, desenvolveu um método aplicado a gatos, que permite a clonagem desses felinos.
A Genetic Savings and Clone, com sede próxima de São Francisco, realiza clonagem de gatos por 50 mil dólares. A intenção é realizar, com maior sucesso, o procedimento tornando-o acessível também para a clonagem do "melhor amigo do homem": os cães.
O sucesso com a clonagem de cães ainda é baixa, havendo muitos nascimentos de animais deformados e poucos com sucesso, para a tristeza dos proprietários mais apegados aos seus amigos.
Para realizar a clonagem é necessário fazer uma retirada de DNA do estômago do animal vivo ou imediatamente após a sua morte.
Por ser um tratamento oneroso e ainda inicial, sendo acometido por muitos problemas, as associações de defesa dos animais criticam esta prática, visto que acreditam que ao invés de clonar, as pessoas poderiam adotar os milhares de cães e gatos diariamente mandados a abrigos.
Fonte: Redevet
Adaptação: Revista Veterinária  
 

Você sabe quem é o campeão de velocidade no mundo animal?


A Barata! Sim, ela é a campeã de velocidade no Reino Animal.
Cientistas da Universidade Hebraica de Jerusalém, Israel, intrigados pela dificuldade de se caçar uma a barata, realizaram um estudo e descobriram que o inseto é um dos campeões de velocidade do reino animal.
A barata pode percorrer um metro por segundo. Considerando-se o seu tamanho, proporcionalmente para um homem equivaleria correr a 150 quilômetros por hora.
Além disso a barata é também campeã de dribles - é capaz de desviar o rumo, em plena corrida, 25 vezes por segundo.
O registro foi feito com uma câmera de vídeo especial.
  Fonte: Site de Curiosidades Adaptação: Revista Veterinária  

Pesquisa comprova que cães podem sentir pena de humanos


A pesquisa já comprova o que suspeitávamos, dizem as pesquisadoras portuguesas. Foi realizada uma pesquisa pelo Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, de Portugal, que afirmou que os cachorros são capazes de ter empatia com os humanos, a ponto de compartilhar as mesmas emoções de seus donos.
Essa empatia vai além de uma simples cópia do comportamento humano. Eles ficam aborrecidos, como crianças, quando expostos a situações familiares de conflito. As hipóteses levantadas pelas pesquisadoras portuguesas, para esse comportamento, são pelo fato dos cães serem descendentes dos lobos, animais altamente sociais e cooperativos.
Além disso, a seleção feita pela domesticação pode ter escolhido cães mais inteligentes e mais sincronizados com os sentimentos humanos.

Pessoas que convivem com animais possuem coração mais saudável

Pessoas que convivem com animais possuem coração mais saudável

possuem coração mais saudável

A Universidade de Kitasato realizou uma importante pesquisa sobre a convivência do homem e o animal. Afirma que pessoas que possuem animais de estimação melhoram sua qualidade de vida, pois eles fazem muito bem ao coração, que, por sua vez, bombeia sangue mais rapidamente, aliviando as situações de estresse.
O estudo mostrou, também, que pessoas com hipertensão, por exemplo, e que convivem com um animal, costumam ter coração mais saudável do que aquelas que não o possuem. Além disso, as pessoas portadoras dessas doenças cardiovasculares crônicas podem prolongar a vida em até um ano.
As lojas especializadas em artigos para os pequenos animais estão faturando alto, porque as pessoas, cada dia mais, estão presenteando seus animais de estimação, até mesmo por gratidão e pela grande amizade e companheirismo que eles demonstram.
Fonte: G1
Adaptação: Revista Veterinária

AIDS feliha, isso existe? - O que é o FIV (Vírus da Imunodeficiência Felina)

A AIDS felina é causada por um vírus chamado de Vírus da Imunodeficiência Felina (FIV). A FIV altera drasticamente o sistema imunológico do animal, deixando mais susceptível a outras doenças.
É uma doença que só acontece em gatos e é transmitida através de brigas, mordidas e arranhões onde acontece o contato do sangue com a saliva. A transmissão pode acontecer, também, durante a gestação da mãe para o filhote.
A possibilidade do vírus ser transmissível sexualmente não é descartada, mas faltam trabalhos que comprovem esse tipo de transmissão.
A doença pode acontecer em gatos de todas as idades e raças, mas gatos inteiros (não castrados) que têm acesso á rua são mais acometidos porque na maioria das vezes a doença é transmitida em brigas por território.
O vírus destrói lentamente as células de defesa do animal até levá-lo a um quadro de imunossupressão. A sintomatologia da doença pode demorar a aparecer, normalmente só aparece em casos avançados.
Os sintomas são inespecíficos, podendo apresentar perda de peso, lesões e infecções frequentes e/ou recorrentes.
O diagnóstico é feito pelo histórico e exame sorológico através do sangue.
O tratamento é feito dando suporte ao sistema imunológico do animal, tratar as infecções secundárias e oferecer uma alimentação equilibrada e de qualidade.
O animal infectado deve ser mantido longe de outros gatos, para evitar a transmissão e para evitar possíveis exposições a infecções secundárias.
Para prevenir essa doença, o ideal é manter o animal em casa e castrá-lo.
Ao adquirir um novo animal, o ideal é mantê-lo em quarentena, fazer exames de sangue, e ter hábitos simples de higiene como deixar vasilhas de água comida, caixas de areia e o local onde o animal vive sempre limpos para impedir o contágio através de objetos.
Fonte:  Site Dicas Veterinárias Adaptação: Revista Veterinária  

Principais doenças que acometem cães e gatos

Um estudo inédito realizado durante 2,1 milhões de atendimentos clínicos de cães e cerca de 450 mil gatos em 770 hospitais veterinários de 43 estados norte-americanos identificou as doenças corriqueiras que estão afetando os animais de estimação nos últimos anos.

"Por meio do nosso compromisso em oferecer um mundo melhor para os pets, queremos utilizar o nosso conhecimento para ajudar os veterinários e donos a cuidarem de seus animais, além de sensibilizar para os problemas de saúde que afetam cães e gatos.", explica Jeffrey Klausner, diretor-médico do Banfield Pet Hospital, empresa da Mars, responsável pelo levantamento. Entre os principais diagnósticos registrados em pets estão:

• Diabetes - desde 2006, tem havido um aumento de 32% de diabetes canina e um aumento de 16% de casos em felinos; • Dirofilariose - a doença parasitária que afeta os corações dos cães é um dos três maiores riscos de saúde para animais no sul dos Estados Unidos;

• Problemas dentários - a doença mais comum entre cães e gatos, afetando 68% dos gatos e 78% dos cães com idade superior a 3 anos. A doença dentária tem sido associada a alterações no fígado, rins e funções cardíacas;

• Otite externa (infecção do ouvido) - a segunda doença mais comum tem tido um aumento de 9,4% em cães e um aumento de 34% em gatos desde 2006;

• Pulgas e Carrapatos - a proporção de infestação de pulgas aumentou 16% em cães e gatos em 12% nos últimos cinco anos;

• Parasitas internos - lombrigas, tênias e solitárias podem ser transmitidas para os seres humanos. Ascarídeos, ancilostomídeos e nematódeos têm aumentado em gatos desde 2006, enquanto ancilostomídeos e nematódeos têm crescido na população canina. A a médica veterinária Cristiane Astrini, diretora da Call Vet Clínica Veterinária, esclarece como prevenir e detectar algumas das doenças apontadas no estudo americano visando melhorar a qualidade e aumentar a expectativa de vida de cães e gatos brasileiros.

* Diabetes Prevenção: evitar a obesidade em cães e gatos, que é um fator predisponente; evitar que os animais consumam uma dieta rica em lipídeos e açúcares; Sintomas: forma simples de detectar o diabetes é observando a presença de formigas no local onde o animal urinou, o que sugere a presença de glicose na urina. Pode-se também observar no animal os 4 Ps: poliúria ( urinar demais), polidipsia ( beber água de forma exagerada), polifagia ( desejo exagerado de comer) e perda repentina de peso sem motivo aparente, como restrição de alimento por exemplo. Diagnóstico: Quando houver suspeita de Diabetes, o animal deverá ser levado ao médico veterinário para que um teste de glicemia de jejum seja feito. Devemos fazer a glicemia de jejum a cada 2 meses em animais com suspeita de Diabetes e em animais com o diabetes já diagnosticado o controle da glicemia deverá ser diário até ser estabilizado com o uso de insulina e mudança na alimentação. O manejo alimentar terá que ser alterado, mudando-se a ração para uma ração específica para animais diabéticos. Também, terá de ser estabelecido um tratamento a base de aplicações de insulina.

Otite: é uma infecção no conduto auditivo: que pode ser causada por bactérias, fungos ou ácaros. Ela causa prurido, dor, vermelhidão, odor forte , produção exacerbada  de cerúmen, que poderá estar com a coloração alterada. Prevenção: animais com orelhas caídas são mais susceptíveis a otites. O animal deverá ser levado ao veterinário sempre que os sintomas acima forem observados, ou a cada 6 meses para consulta de rotina. Devemos sempre orientar as pessoas que dão banho no animal para proteger bem os ouvidos e não permitir que entre água nos condutos. Depois do banho os ouvidos devem ser secos com algodão. Sintomas: o proprietário geralmente detecta essas alterações e percebe que seu cão balança as orelhas, e então o leva ao veterinário. Diagnóstico: o clínico, através da otoscopia, que é a visualização do conduto auditivo com o uso do otoscópio, vai diagnosticar o problema. Exames complementares como a análise da secreção otológica poderão ser necessários para o diagnostico do tipo de otite que o animal apresenta. A partir daí um tratamento será instituido, com o uso de pomadas otológicas, soluções limpadoras de conduto auditivo e em casos mais graves medicação sistêmica.

Dirofilariose: surge através da picada de um mosquito hospedeiro do agente patógeno. Esse mosquito se tornou hospedeiro picando outro cão contaminado. Essa doença pode ficar sem manifestar sintomas por longos períodos da vida do animal, a não ser que a infestação seja muito grande, causando assim uma insuficiência cardíaca. Sintomas: o animal passa a ter então os sintomas dessa insuficiência, como cansaço, tosse, cianose ( mucosas de coloração azulada), ascite ( ou barriga d'água) e edema pulmonar em casos graves.

Problemas dentários: Prevenção: a profilaxia deve ser feita através da escovação diária dos dentes, com o uso de creme dental próprio para animais, que pode ser deglutido porque não contem saponáceos e flúor, que poderão causar toxicidade nos animais. O uso de biscoitos e ossinhos que ajudam a limpar os dentes também é valido, mas não substitui a escovação. A cada 6 meses o animal deverá passar por uma consulta veterinária, onde o clínico vai examinar a cavidade oral e avaliar a necessidade ou não de uma limpeza. Procedimentos: quando os cálculos dentários conhecidos vulgarmente como tártaro já se instalaram nos dentes, o que se deve fazer é o procedimento de raspagem, polimento e fluoração dos dentes. Esse procedimento deverá ser obrigatoriamente realizado sob o efeito de anestesia geral, pois em alguns pontos poderá ser doloroso e porque há a necessidade de acessar a face interna dos dentes, além dos dentes molares que ficam no fundo da cavidade oral. O animal acordado jamais permitirá a manipulação desses locais, prejudicando a qualidade do procedimento e levando a riscos de traumas na boca, uma vez que os instrumentos utilizados para a remoção do tártaro são afiados e pontiagudos. A raspagem poderá ser realizada com o uso de curetas ou com um aparelho de ultrassom.Ela visa remover as placas de tártaro. Depois, um polimento deverá ser realizado, no intuito de deixar a superfície do dente bem lisa, para dificultar a aderencia da placa bacteriana no dente novamente. Por fim, um banho de flúor é aplicado nos dentes.

* Pulgas e Carrapatos: animais que frequentam a rua ou locais com aglomeração de outros animais estão mais susceptíveis a adquirir pulgas e carrapatos. Por isso, o uso de ectoparasiticidas deve ser feito de forma regular, uma vez ao mês. Além disso, sabe-se que quando há uma infestação, apenas o tratamento do animal não é o suficiente. Devemos tratar também o ambiente onde o indivíduo vive, pois lá existe um grande número de ovos, larvas e pupas dos ectoparasitas. Animais alérgicos podem sofrer muito com pulgas, pois basta uma picada para que eles tenham a liberação de uma substância no corpo chamada histamina, que vai causar um prurido intenso por toda a superfície corpórea e por longos períodos de tempo. Carrapatos podem ser responsáveis pela transmissão de várias doenças sérias, que, se não diagnosticadas e tratadas a tempo, poderão até levar ao óbito do paciente.

* Parasitas internos: podem ser adquiridos através da ingestão de ovos de parasitas, que pode ocorrer com o indivíduo pisando em sujidades de outros cães na rua e depois lambendo as patas. Também, lambendo diretamente sujidades nas calçadas ou, ainda ingerindo água contaminada. A prevalência poderá ser maior em locais com grande concentração de animais. Prevenção: animais deverão realizar o exame parasitológico de fezes a cada 4 meses, no intuito de detectar infestações de parasitas intestinais. O uso indiscriminado de parasiticidas é contra indicado, pois poderá gerar resistência parasitária. O tratamento correto deverá ser indicado pelo veterinário, levando em consideração o peso do animal.
A Dra. Cristiane Astrini também alerta para outras doenças comuns em cães e gatos, como problemas dermatológicos, otopatias, nefropatias e problemas oncológicos. Portanto a qualquer sinal de mudança procure um médico veterinário de confiança.

Fonte: Época SP