sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Essencial na cozinha oriental, o glutamato monossódico realmente é nocivo à saúde?

  O mal estar vinha de repente e era conhecido como a “síndrome do restaurante chinês”: dores de cabeça, náuseas e um estranho formigamento que algumas pessoas sentiam depois de fazer uma refeição tipicamente oriental. O vilão era sempre o mesmo: o tempero chamado de glutamato monossódico (glutamato de sódio ou GMS).

A substância ficou famosa em 1968, quando o médico Robert Ho Man Kwok escreveu para a revista New England Journal of Medicine refletindo sobre as possíveis causas de uma síndrome que ele sentia toda vez que comia em restaurantes chineses nos Estados Unidos.

Kowk especulava se a causa não seria o molho de soja, mas ressaltou que usava o ingrediente em casa sem sentir os mesmos efeitos. Até que veio uma ideia: talvez fosse o glutamato de sódio usado como tempero nesses restaurantes.

A tese acabou se espalhando no meio acadêmico, dando origem a inúmeros estudos científicos, livros sobre “a verdade do GMS”, receitas “anti-GMS” e até a anúncios por parte dos restaurantes dizendo que não usavam o tempero em sua comida.

Até no leite materno

O glutamato monossódico é o sal sódico do ácido glutâmico. Como foi descoberto pelo químico japonês Kikunae Ikeda, em 1908, trata-se do sal mais estável formado a partir do ácido glutâmico e um dos melhores para provocar a sensação de paladar conhecida como “umami” – algo associado ao sabor da carne, mas que é diferente dos gostos salgado, azedo ou amargo típicos de outros alimentos.

O glutamato é o ingrediente mágico do GMS. É um aminoácido comum em uma ampla variedade de alimentos, incluindo tomate, queijo parmesão, cogumelos secos, molho de soja e leite materno.
Ikeda conseguiu isolar o componente a partir da alga kombu seca que sua mulher usava para fazer o caldo dashi, onipresente na culinária japonesa. Acrescentar sódio, um dos dois elementos do sal comum, permite que o glutamato seja estabilizado em forma de pó e adicionado à comida.

O condimento à base de GMS criado por Ikeda, batizado de Ajinomoto (“essência do sabor”, em japonês) e hoje encontrado em todo o mundo, fez do cientista um milionário. Image copyright Image caption Substância foi estabilizada na forma de sal e se popularizou em todo o planeta
Enxurrada de estudos

Depois da carta de Kwok, uma enxurrada de experimentos foi realizada em animais e humanos, que foram submetidos a grandes doses de glutamato de sódio tanto por via oral quanto por via intravenal.

De início, tudo indicava que Kwok teria razão. O pesquisador John W. Olney, da Universidade de Washington, descobriu que injetar enormes quantidades da substância sob a pele de ratos recém-nascidos levava ao surgimento de faixas de tecido morto no cérebro. Ao se tornarem adultos, os animais eram atrofiados, obesos e, por vezes, estéreis.

Outro estudo, realizado na Austrália, ofereceu doses cada vez maiores de GMS em cápsulas a 71 voluntários saudáveis – tratando alguns deles com um placebo. Os pesquisadores perceberam que os sintomas desagradáveis ocorriam com a mesma incidência, independentemente da substância ingerida.
Em 1995, em uma tentativa de encerrar as dúvidas de uma vez por todas, a Food and Drug Administration (FDA), órgão regulador de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos, encomendou à Federação das Sociedades Americanas de Biologia Experimental uma avaliação de todos os estudos científicos feitos até então.

Para começar, o painel de especialistas rejeitou o termo “síndrome do restaurante chinês” por ser “pejorativo e não refletir a natureza dos sintomas”. Depois, os cientistas concluíram que havia evidências suficientes apontando para a existência de um subgrupo de indivíduos saudáveis que podem reagir mal a altas doses de glutamato, normalmente uma hora depois da ingestão.

Mas essas reações foram observadas em estudos nos quais os voluntários receberam 3 gramas ou mais de GMS diluído em água, sem comida, um cenário difícil de ocorrer no mundo real.
‘Seguro’

Segundo a FDA, a maioria das pessoas ingere cerca de 0,55 gramas de glutamato adicional em sua dieta diária.


Substância foi estabilizada na forma de sal e se popularizou em todo o planeta 
Um estudo de 2000 tentou explorar o assunto com 130 pessoas que se diziam intolerantes ao ingrediente, apesar de serem saudáveis.

Depois de uma maratona de testes com o glutamato monossódico e com placebo, apenas dois voluntários mostraram reações consistentes à substância. Mas, ao receberem o produto na comida, as respostas mudaram, o que gerou dúvidas sobre a validade dessa sensibilidade.

De maneira geral, no entanto, o glutamato monossódico é notadamente pouco tóxico. Uma ratazana ou um rato podem encarar uma dose de 15 a 18 gramas por quilo de peso corporal antes de entrarem em risco de morte. Já os bebês desses animais são particularmente sensíveis aos efeitos do GMS.

Portanto, enquanto nada na ciência pode ser tido como verdade absoluta, a FDA agora acredita que a adição de glutamato de sódio aos alimentos é “de maneira geral, reconhecida como segura”.

Fonte:
BBC
BRASIL

Estudo sugere que falar mais de uma língua pode 'proteger' cérebro de sequelas após derrame


Estudo sugere que falar mais de uma língua pode 'proteger' cérebro de sequelas após derrame  

Falar mais de uma língua não traz apenas benefícios culturais. Segundo um estudo recente feito na Universidade de Edimburgo, na Escócia, ser bilíngue pode ajudar pacientes a se recuperarem melhor de um AVC (acidente vascular cerebral).

A pesquisa foi feita com 600 pessoas que foram vítimas de AVC – o resultado mostrou que 40,5% das que falavam mais de uma língua ficaram sem sequelas mentais; entre as que falavam apenas uma língua, só 19,6% ficaram sem sequelas.

Os pesquisadores acreditam que o estudo, que foi financiado pelo Conselho Indiano de Pesquisa Médica, sugere que o desafio mental de falar vários idiomas pode aumentar nossa reserva cognitiva – habilidade que o cérebro tem para lidar com influências prejudiciais, como AVC ou demência.

O estudo – divulgado na publicação científica American Heart Association - também levou em consideração idade dos pacientes, se eles eram fumantes ou não, se tinham pressão alta e se eram diabéticos.
Resultados

De acordo com os resultados da pesquisa, a habilidade bilíngue teria um papel "protetor" no desenvolvimento de qualquer disfunção cognitiva após um AVC.

É a primeira vez que se faz um estudo estabelecendo uma relação entre o número de línguas que um paciente fala e as consequências de um AVC para as funções cognitivas.

"A porcentagem de pacientes com funções cognitivas intactas depois de um AVC representava mais que o dobro em pessoas bilíngues em comparação com aquelas que só falam uma língua", diz a pesquisa.

"Em contraste, pacientes com disfunções cognitivas eram muito mais comuns entre os que só falavam uma língua."

Aprender outras línguas é algo que exige uma "ginástica" do cérebro, e vários estudos científicos já mostraram que falar muitos idiomas pode melhorar a atenção e a memória, formando uma "reserva cognitiva" que atrasa o desenvolvimento da demência, por exemplo.

"O bilinguismo faz com que as pessoas mudem de uma língua para outra, então quando eles inativam uma língua, eles precisam ativar a outra para poderem se comunicar", explicou Thomas Bak, um dos autores do estudo na Universidade de Edimburgo.

"Essa troca oferece um treinamento cerebral praticamente constante , o que pode ser um fator relevante para ajudar na recuperação de um paciente que teve um AVC", finalizou.



Fonte:
BBC
BRASIL

A tecnologia que promete internet 100 vezes mais rápida do que com WiFi

Thinkstock

  Grandes fabricantes estão interessadas em produzir smartphones compatíveis com LiFi

A popular tecnologia de transmissão de dados sem fio WiFi está prestes a se tornar ultrapassada.
 Pelo menos é o que indicam os primeiros testes de uma nova tecnologia, chamada de LiFi, que consegue transmitir 1GB de dados por segundo.

Isto representa uma velocidade 100 vezes maior que o atual WiFi. E pode ficar ainda mais rápido: a empresa de tecnologia Estonia Velmenni, que realiza estes experimentos, diz que testes realizados em laboratórios na Universidade de Oxford alcançaram 22GB por segundo.

A tecnologia LiFi, abreviação para "Light Fidelity" (Fidelidade da Luz, em tradução literal) usa ondas de luz para a transmissão, empregando diodos emissores de luz (LED).

"Criamos uma solução de iluminação inteligente para uma área industrial na qual a comunicação de dados se realiza através da luz. Também estamos fazendo um projeto piloto, criando uma rede de LiFi para acessar a internet no escritório", disse Deepak Solanki, diretor-geral da Velmenni.
  
Como funciona?
Em 2011, o criador desta tecnologia, o cientista Harald Haas, da Universidade de Edimburgo, demonstrou que com apenas um LED é possível transmitir mais dados do que com uma antena de telefonia.

O LiFi permite que uma lâmpada tenha duas funcionalidades: iluminar e garantir a conectividade com o roteador.

A tecnologia foi apresentada em 2012, na feira Consumer Eletronics Show, evento internacional com tecnologias para consumo, em Las Vegas. Em uma demonstração, dois smartphones a uma distância de 10 m trocaram dados entre si através da variação da intensidade da luz de suas telas.

Demonstrou-se, também, que o LiFi é mais seguro que o WiFi e não interfere com outros sistemas, mas que poderia ser usado sem problemas em um avião, por exemplo.

Mas há um inconveniente: a luz não consegue atravessar paredes.

É o fim do WiFi? 
Image copyright thinkstock

Mas, apesar de suas vantagens, o novo sistema não deverá substituir o WiFi por completo num futuro próximo.

Pelo contrário. Ambas as tecnologias poderão ser usadas em conjunto para criar redes mais seguras e rápidas. E pesquisadores trabalham na adaptação dos atuais dispositivos, para que sejam compatíveis com Lifi.

A PureLifi, empresa criada por Haas e sua equipe, oferece um aplicativo para um acesso sem fio seguro.

A empresa francesa de tecnologia Oledcomm está instalando o seu próprio sistema de LiFi em hospitais.

Ao mesmo tempo, empresas como Samsung, LG e outras fabricantes de dispositivos eletrônicos estão interessadas em criar smartphones com sensores de luz LiFi.
Fonte:
BBC
MUNDO
Tecnologia







Futuro melhor - Tecidos cultivados em laboratórios estão substituindo os animais nas pesquisas científicas


O site de VEJA publicou uma série de entrevistas com especialistas que discutiram os prós e os contras do uso de animais em pesquisas científicas. Steven Wise, professor de direito dos animais em Harvard, defende que alguns animais tenham os mesmos direitos que protegem os humanos; o médico Ray Greek tenta provar cientificamente que usar animais não vale a pena; Michael Conn, pesquisador e autor do livro The Animal Reserch War; e Marcelo Morales (em uma entrevista feita na 25ª reunião anual da FeSBE e publicada anteriormente pelo site), presidente da comissão de ética com animais da UFRJ, argumentam que sem a pesquisa com animais a medicina não teria avançado. Com esta matéria, encerramos a série.


Talvez esse debate não faça sentido daqui a cem anos — ou até menos. O uso de animais para esse tipo de pesquisa hoje é uma necessidade que pode desaparecer com a evolução de modelos que simulam os efeitos dos remédios em computadores e em tecidos humanos cultivados em laboratório. Mas, por enquanto, todos os remédios que estão nas prateleiras das farmácias foram testados em animais. Se vivemos mais e melhor, devemos muito às pesquisas com animais.

Talvez um dos casos mais emblemáticos seja a descoberta dos antibióticos, usado como exemplo tanto por defensores e detratores do modelo de pesquisa com animais. Em 1928, Alexander Fleming notou que a bactéria staphylococcus não proliferava em uma cultura contaminada com o fungo Penicillium notatum. A partir daí, foram 12 anos até que houvesse penicilina suficiente para testes científicos. Em 1940, dois cientistas ingleses infectaram oito camundongos com uma dose letal de bactéria e, uma hora depois, injetaram penicilina em quatro deles. Os que não foram tratados morreram. Mas a quantidade de penicilina necessária para tratar humanos era 3.000 vezes maior do que em camundongos.

Para os detratores, a diferença de escala revela a falta de precisão do modelo animal. Já os cientistas argumentam que, sem esses testes iniciais, a penicilina não teria sido mais estudada. O método revolucionou o tratamento de infecções bacterianas que, até então, causavam centenas de milhões de mortes.

Outros avanços semelhantes, atribuídos à experimentação animal pelos cientistas que a defendem, são a transfusão de sangue, a cura da tuberculose, o tratamento da asma, o transplante de rim, o tratamento do câncer de mama - e a produção de todos os medicamentos atualmente comercializados.

Certas pesquisas beneficiam tanto humanos quanto os próprios animais. Na USP, a geneticista Mayana Zatz conduz atualmente uma pesquisa com células tronco em busca da cura da distrofia muscular de Duchenne (DMD). Essa doença, que só atinge meninos e causa a degeneração dos músculos, pode fazer com que uma criança perca a capacidade de andar aos 10 anos — a partir daí a situação piora. Há alguns anos, um pesquisador americano descobriu que cães da raça golden retriever também desenvolvem a distrofia muscular. No intuito de descobrir um tratamento para seres humanos, a equipe liderada por Mayana busca a cura da doença nos cães. Até então, as pesquisas, com células-tronco, eram desenvolvidas em camundongos. “Se conseguirmos tratar esses cães, estaremos a um passo do tratamento em humanos”, afirmou a geneticista. Depois da pesquisa, os cães serão treinados para ajudar cadeirantes.

TROPEÇOS
Em 1957, um novo remédio chamado Talidomida chegou ao mercado. A substância, sedativa e anti-inflamatória, havia sido exaustivamente testada em cobaias. Os roedores, que metabolizavam a droga de forma diferente de humanos, não acusaram problemas. No entanto, as mulheres grávidas, que tiveram a droga prescrita para enjoo matinal, tiveram bebês deformados, com uma condição chamada focomielia, que impede a formação de braços e pernas. Para quem é contra o uso de animais em pesquisas científicas, esse caso mostra que os efeitos observados nos bichos não servem para prever o que acontecerá em seres humanos. Quem defende o uso argumenta que a lição foi aprendida e com o rigor científico de hoje isso não teria acontecido — o teste seria feito em roedoras gestantes e o efeito seria detectado a tempo.

De acordo com um relatório do Conselho das Organizações Internacionais de Ciências Médicas, de 2005, mais de 130 produtos farmacêuticos foram retirados do mercado mundial nos últimos 40 anos por motivo de segurança. Um terço nos dois primeiros anos de comercialização e 50% em até cinco anos. Os principais motivos apontados pelo órgão ligado à Organização Mundial de Saúde são as reações adversas causadas pelos medicamentos.

No Brasil, desde fevereiro de 2010 as empresas são obrigadas a monitorar os medicamentos que colocam no mercado nacional. Ao mesmo tempo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), também fiscaliza os remédios usados por profissionais de saúde, farmácias, hospitais e organismos internacionais. Nos últimos seis anos, pelo menos sete classes de remédios foram retirados do mercado por causar reações adversas nos pacientes. Entre eles, o Vioxx, em 2004, por causa de risco cardiovascular, e o Tacrolimos e a Closapina, em 2009, ambos por falta de eficácia.

ALTERNATIVAS
Com a recente decisão da União Europeia de restringir o uso de animais em pesquisas médicas e proibir de vez a utilização de grandes símios em experimentos científicos, as alternativas científicas ao teste em animais entraram em evidência. (http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/uniao-europeia-reduz-experimentos-cientificos-com-animais-e-proibe-grandes-simios)

O projeto Genoma, encarregado de sequenciar todo o material genético humano, completa 10 anos em 2010. Os resultados alcançados por ele permitem que modelos computacionais e matemáticos ganhem força no estudo de novas moléculas criadas pela indústria farmacêutica - o que antes só era possível com o teste em animais. Esses modelos, contudo, não são totalmente seguros e precisam de validação ulterior para que venham a substituir as práticas já consagradas.

PELE ARTIFICIAL
Além de computadores, os cientistas estão apostando em modelos in vitro com tecidos de seres humanos e cultura de células. Em 2006, pesquisadores da Unicamp desenvolveram uma pele humana artificial. Paralelamente, outros centros brasileiros desenvolveram pesquisas similares. Os biólogos Luísa Villa e Enrique Boccardo, do Instituto Ludwig de Pesquisa Sobre Câncer, recriam a pele humana e a utilizam para estudos do HPV (vírus do papiloma humano) no câncer cervical.

Mesmo na controvertida área dos cosméticos, combatida pelos defensores dos animais, está ocorrendo avanços. Na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, a equipe formada pelas biólogas Silvia Berlanga, Carla Brohem, Laura Cardeal e liderada por Silvya Stuchi Maria-Engler, desenvolveu um tipo diferenciado de pele humana artificial que utiliza fragmentos de pele natural doada em cirurgias plásticas, capaz de oferecer condições para reproduzir o melanoma, um tipo de câncer de pele extremamente letal. Com isso, é possível realizar o teste de novos medicamentos e cosméticos reduzindo a participação dos animais na pesquisa.

O passo seguinte é incluir elementos do sistema imunológico e reproduzir, in vitro, o envelhecimento da pele artificial. A longo prazo, outras aplicações serão possíveis, como cirurgias reparativas para pacientes que sofreram queimaduras ou cirurgias estéticas com a produção de “peles customizadas”, geradas com grau de pigmentação semelhante ao do paciente.

Seja qual for o modelo, a pesquisa científica caminha para um futuro com um uso cada vez menor de animais. Mas, no presente, eles ainda são necessários para continuar a salvar vidas — humanas e não-humanas.
Fonte:
http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/desenvolvimento/futuro-melhor-animais-605773.shtml

Perguntas e respostas para viver bem com menos água e sem perder a calma

 




 



  
  

  
 

 
 




 
 

 

 


Pró-adoção - Duas grandes redes de pet shop do Canadá param de vender filhotes para incentivar adoção

Por enquanto, a ideia tem feito sucesso entre os canadenses. O que você achou da iniciativa? Aprovaria que a ação fosse adotada pelos pet shops brasileiros? 
Imagem: Getty Images/Royalty Free/Photodisc


Duas grandes redes de pet shop do Canadá, a PJ’s Pets e a Pets Unlimited, tomaram uma decisão para lá de corajosa nos negócios: suspender a venda de filhotes de cães e gatos em todas as suas lojas. A intenção das marcas, ao abrir mão de uma das atividades mais rentáveis nas lojas de animais, é apenas uma: incentivar a adoção dos incontáveis bichinhos que, atualmente, vivem em abrigos ou mesmo nas ruas, à espera de um dono.

A nova regra imposta pelas duas companhias começará a valer em setembro e os espaços antes destinados à exposição dos filhotes serão ocupados por stands de ONGs e abrigos de animais, interessados em mostrar aos clientes fotografias dos cães e gatos disponíveis para adoção. Nas lojas maiores, também serão construídos canis, que ficarão à disposição dessas entidades.

O “cantinho da adoção” também será usado para a distribuição de panfletos de conscientização sobre a importância de adotar animais, ao invés de comprá-los. Isso porque as empresas acreditam que, apenas, deixar de vender filhotes, sem uma campanha educativa, não resolverá o problema dos “animais órfãos” – já que os clientes podem, simplesmente, sair da loja e procurar outra, na próxima esquina, para comprar os bichinhos.

A PJ’s Pets e a Pets Unlimited ainda prometeram que os cães de reprodução de seus canis particulares – bem como as ninhadas que ainda não haviam sido vendidas – também serão destinados à adoção. Além disso, as empresas farão o possível para remanejar os funcionários que trabalhavam nesses locais, evitando demissões.


Atitude - Animal Sustentável: Cães e gatos podem contribuir com meio ambiente


Veja como é possível transformar o seu animal de estimação em um defensor do meio ambiente
Cães e gatos não podem estar mais preocupados em salvar a Terra do que conseguir, a qualquer custo, um carinho dos donos. Já, de seus fiéis proprietários, certa dose de consciência ambiental conta e muito para o meio ambiente.

Estima-se que haja em todo o mundo 250 milhões de cães domésticos, 32 milhões deles no Brasil. Imagine o impacto na natureza, se a cada passeio diário com os bichinhos, pelo menos uma sacola plástica de supermercado for usada para recolher os dejetos do animal. Seriam necessários milênios para a decomposição de todo o plástico descartado.

Felizmente já estão disponíveis no mercado algumas alternativas "verdes" capazes de incluir os membros mais peludos e carentes da família num estilo de vida mais amigo da natureza. Na lista de produtos ecológicos para os animais domésticos entram saquinhos de papel para coleta, xampus e produtos de limpeza livres de químicas nocivas, fraldas biodegradáveis e até casinhas ecológicas.

Conheça a seguir algumas opções que tornam a vida dos seus bichinhos mais verde e ajudam a minimizar os impactos negativos sobre o meio ambiente:

Para limpar a sujeira:
A utilização de embalagens de papel para recolhimento de fezes de animais já é tradição em países como Alemanha, Israel, Suécia, Holanda e Tchecoslováquia, entre outros. No Brasil, a iniciativa pioneira chama-se Kata Kaka. Trata-se de um Kit, com pá e saquinho de papel reciclado, ambos descartáveis e rapidamente degradáveis, que podem ser acondicionados em um display instalado na saída dos edifícios. Cerca de mil condomínios de São Paulo já aderiram ao Kata Kaka.

Lar doce lar:
Casinhas recicláveis e biodegradáveis feitas 100% de papelão. Além de higiênicas, elas funcionam como isolante térmica e são antialérgicas. Embora comum nos Estados Unidos, por aqui as casinhas ecológicas de papelão para cães e gatos começaram a ser fabricadas há apenas oito meses, pela EcoBichos. Com durabilidade de três meses, as casinhas de papelão ainda podem ser coloridas pelos donos ou pela criançada. Só tem que tomar cuidado para não molhar.

Cheirosos e no estilo:
Xampus, sabonetes e condicionadores à base de substâncias naturais, tapetes ecológicos, ecobags e até um kit viagem feito de material reciclado são alguns dos produtos "verdes" da Dog´s Care. A empresa brasileira é a pioneira na produção de fraldas de plástico óxibiodegradável, material que se decompõe até 20 vezes mais rápido que um saco comum. Ela também possui uma linha de acessórios produzida com tecidos de algodão, lonas recicladas, garrafas Pet e ecojuta, uma fibra natural da Amazônia.

Por
Vanessa Barbosa

Portal Exame

Regiões Metropolitanas de Sorocaba e Vale do Paraíba terão DDD unificado até abril do ano que vem


A reivindicação do Governo do Estado foi confirmada pela Anatel e ligações entre os municípios de cada uma dessas regiões serão tarifadas como locais até abril do ano que vem

O governador Geraldo Alckmin anunciou nesta segunda-feira, 16, que os municípios os municípios que integram as Regiões Metropolitanas do Vale do Paraíba e Litoral Norte (RM Vale) e de Sorocaba (RM Sorocaba) terão a unificação das tarifas de DDD. Com a decisão, as ligações entre as cidades que fazem parte dessas unidades regionais passam a ser tarifadas como locais.

Alckmin foi informado do comunicado oficial, feito pelo presidente da Anatel, João Rezende, que esteve em reunião com o subsecretário de Assuntos Metropolitanos, Edmur Mesquita e com o diretor vice-presidente da Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano (Emplasa), Luiz José Pedretti, em Brasília.

“É uma conquista importante para mais de quatro milhões de pessoas das duas Regiões Metropolitanas, beneficiadas por um projeto de integração regional exitoso”, disse o governador Geraldo Alckmin.

Para o secretário-chefe da Casa Civil e ex-secretário de Desenvolvimento Metropolitano, Edson Aparecido, a unificação é fruto de um trabalho que começou em 2011. “A articulação para que chegasse esse momento começou em 2011 e é o desdobramento do processo de regionalização retomado pelo governador Geraldo Alckmin, quando criou a Secretaria de Desenvolvimento Metropolitano, com a missão de articular politicas públicas de interesse metropolitano”, relembrou.

O pedido foi deferido agora, momento em que a agência está fazendo a revisão periódica de seus contratos com as operadoras de telefonia. O prazo para as empresas se adequarem para a cobrança unificada é até abril de 2016. As regiões metropolitanas de São Paulo, da Baixada Santista e de Campinas - institucionalizadas anteriormente - já contam com esse benefício.

De acordo com Pedretti, a Emplasa (Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano) criou o ambiente para essa conquista, institucionalizando as regiões metropolitanas e instalando suas estruturas de governança. "Como secretaria-executiva das duas Regiões, a Emplasa foi proativa e iniciou esse processo de unificação dos DDDs. Esse é um exemplo do exercício do Governo do Estado de São Paulo na governança metropolitana, com ações conjuntas entre o Estado e os municípios", destacou.

Como forma de dar transparência ao processo, a Anatel abriu consulta pública em seu site no último dia 4 (www.anatel.gov.br) e a sociedade civil tem um prazo de 30 dias, desde então, para se manifestar. A Emplasa entrou com um processo, há cerca de um ano, junto à Anatel, solicitando a unificação das tarifas de DDD para essas regiões, últimas a serem institucionalizadas no Estado de São Paulo.
Seis municípios da RM Sorocaba e um da RM Vale não foram incluídos na universalização do DDD de suas respectivas regiões por terem DDD diferentes. Pelas normas da Anatel, só é possível fazer esse procedimento entre cidades com o mesmo código. Mesmo assim, os prefeitos e a sociedade civil podem solicitar a inclusão em fóruns, como as reuniões dos Conselhos de Desenvolvimento Metropolitanos, podendo ser atendidos com maior agilidade. 

Fonte:
 http://www.emplasa.sp.gov.br/emplasa/Publicacoes/Noticias/2015/arquivo/N_16_11_2015_sorocaba-e-vale-ddd-unificado.html