quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Quadro clínico da raiva em animais



Raiva canina: O período de incubação é, em geral, de 15 dias a dois meses. Na fase prodrômica os animais apresentam mudança de comportamento, escondem-se em locais escuros ou mostram uma agitação inusitada. Após 1 a 3 dias, ficam acentuados os sintomas de excitação. O cão se torna agressivo, com tendência a morder objetos, outros animais, o homem, inclusive o seu proprietário, e morde-se a si mesmo, muitas vezes provocando graves ferimentos. 

A salivação torna-se abundante, uma vez que o animal é incapaz de deglutir sua saliva, em virtude da paralisia dos músculos da deglutição. Há alteração do seu latido, que se torna rouco ou bitonal, em virtude da paralisia parcial das cordas vocais. Os cães infectados pelo vírus rábico têm propensão de abandonar suas casas e percorrer grandes distâncias, durante a qual podem atacar outros animais, disseminando, desta maneira, a raiva. 

Na fase final da doença, é freqüente observar convulsões generalizadas, que são seguidas de incoordenação motora e paralisia do tronco e dos membros.

A forma muda se caracteriza por predomínio de sintomas do tipo paralítico, sendo a fase de excitação extremamente curta ou imperceptível. A paralisia começa pela musculatura da cabeça e do pescoço; o animal apresenta dificuldade de deglutição e suspeita-se de “engasgo”, quando então seu proprietário tenta ajudá-lo, expondo-se à infecção. A seguir, vêm a paralisia e a morte.

Raiva felina:
Na maioria das vezes a doença é do tipo furioso, com sintomatologia semelhante à raiva canina.

Observação:
Especial atenção dever-se-á dar a outras sintomatologias que podem ocorrer quando a raiva em cães e gatos for transmitida por morcegos, fato que vem ocorrendo em algumas regiões do país.

Raiva em bovinos: Na raiva transmitida por morcegos hematófagos –Desmodus rotundus - o período de incubação é geralmente mais longo, com variação de 30 a 90 dias, ou até mais. A sintomatologia predominante é da forma paralítica.

Raiva em outros animais domésticos
: A sintomatologia da raiva em eqüídeos, ovinos, caprinos e suínos é bastante semelhante à dos bovinos. 
Depois de um período de excitação com duração e intensidade variáveis, apresentam sintomas paralíticos que dificultam a deglutição e provocam incoordenação das extremidades. Muitos animais apresentam alteração de comportamento e ingestão de objetos estranhos.

Raiva em animais silvestres:
A raiva ocorre naturalmente em muitas espécies de canídeos e outros mamíferos. Com base em estudos epidemiológicos, considera-se que os lobos, as raposas, coiotes, chacais são os mais susceptíveis. Os morcegos (hematófagos ou não hematófagos), guaxinim e as “mangostas”, apresentam um grau menor de susceptibilidade. A sintomatologia dos canídeos silvestres é, na maioria das vezes, do tipo furiosa, semelhante à dos cães.


Fonte:

Relatório da Campanha “Projetado para viciar” aponta: Cigarros estão ainda mais perigosos



O vício se tornou mais atraente para jovens, mulheres e outros públicos

Patrícia Santos/ComCiência/Labjor/DICYT - Um jovem fumante hoje tem mais risco de ter câncer de pulmão que seu avô nos anos 1960, mesmo consumindo a mesma quantidade de cigarros, segundo o relatório “Projetado para viciar”. Publicado pela iniciativa internacional Campanha para Crianças Livres de Cigarro, o documento enfoca como a indústria do tabaco tem reformulado seus produtos.

A organização defende a maior regulação sobre o design e o conteúdo dos cigarros para reduzir o impacto na saúde. A Food and Drug Administration (FDA), agência americana responsável por esse tipo de controle, deveria cobrar dos fabricantes a redução da toxicidade e da adição de ingredientes para atrair os jovens, segundo os autores, assim como controla a indústria de alimentos e de medicamentos. “Não há justificativa para se permitir que as companhias de tabaco façam alterações em seus produtos que provoquem mais mortes decorrentes de câncer e de outras doenças graves”, afirmam.

Com base em estudos americanos, o relatório traz informações sobre como os cigarros se tornaram mais viciantes e atraentes para jovens, mulheres e outros públicos e, consequentemente, ainda mais perigosos.

O aumento dos níveis de nicotina e a adição de açúcares, tornando a fumaça do tabaco mais fácil de ser inalada, são algumas das mudanças feitas ao longo dos anos. Aditivos também são usados para atrair novos consumidores como o ácido levulínico, que reduz a aspereza da nicotina e torna a fumaça mais suave e menos irritante, e broncodilatadores, que facilitam a passagem da fumaça pelos pulmões.


Quanto ao design, adotou-se o uso de filtros ventilados sob o argumento de diluir a fumaça e reduzir os teores de alcatrão e nicotina sendo, supostamente, menos nocivos. No entanto, esse recurso é perigoso por exigir inalação mais frequente e com mais vigor pelo fumante.

Os autores afirmam que, mesmo com as ações de combate ao tabagismo e a redução do número de fumantes, o cigarro continua sendo um problema de saúde pública. “Ao longo dos últimos 50 anos, os fabricantes de tabaco desenvolveram e comercializaram produtos ainda mais sofisticados, altamente eficazes para criar e manter a dependência à nicotina, mais atraentes para jovens novos fumantes e ainda mais nocivos. Eles transformaram um produto já letal e viciante em algo ainda pior”, afirmam os autores.


Proibição está suspensa no Brasil

No Brasil, desde 2013 está suspensa por liminar do Supremo Tribunal Federal a resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que controlaria as substâncias usadas na fabricação de cigarros (RDC 14/2012).

O pedido partiu da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que argumentou sobre o impacto econômico a ser causado pela resolução, com demissões e fechamento de fábricas. Paula Johns, diretora-executiva da Aliança de Controle do Tabagismo, reforça a importância da proibição. “Trata-se de colocar limites numa atividade comercial. Eles não podem colocar o que eles querem para o cigarro ficar mais atrativo. É isso o que acontece na prática”.

Ela explica que a decisão da Anvisa partiu de um processo longo de consulta pública iniciado em 2010, envolveu um grupo de trabalho e, posteriormente, especialistas internacionais. A expectativa é que a medida reduza a iniciação de novos fumantes, já que os aditivos tornam os cigarros mais atrativos para crianças e adolescentes.

Fonte:

Curiosidade: Proteína que ajuda animais em épocas de inverno pode proteger plantas na seca

O resultado da pesquisa pode ser fundamental em um cenário de mudanças climáticas
Roberto Takata/ComCiência/Labjor/DICYT


Estudo indica que uma proteína que auxilia animais a sobreviver ao inverno também pode permitir o desenvolvimento de culturas de plantas resistentes à seca e às alterações climáticas. A proteína desacopladora 1 (UCP1, na sigla em inglês) pode ser fundamental em um cenário de mudanças climáticas, com aumento de temperaturas globais e alteração do regime de chuvas em determinadas áreas.

Quando a proteína, presente nas mitocôndrias, é superexpressada, isto é, produzida em grande quantidade, ela induz uma série de modificações nas células, levando a um menor acúmulo de formas reativas de oxigênio. Dessa forma, evita danos por oxidação que normalmente ocorrem quando o organismo encontra-se em situações adversas.

Artigo publicado na revista BMC Plant Biology por um grupo de cientistas liderado por Paulo Arruda, pesquisador do Centro de Biologia Molecular e Engenharia Genética da Unicamp, avaliou a ação da proteína em plantas de tabaco.

Os cientistas inseriram o gene correspondente presente na Arabidopsis thaliana(parente da mostarda utilizada como modelo em pesquisas genéticas), o AtUCP1, em células de tabaco. O gene foi modificado de modo que a proteína fosse produzida em grandes quantidades.

As plantas de tabaco geneticamente alteradas que foram cultivadas em condições ambientais normais não apresentaram nenhuma alteração visível no desenvolvimento, em comparação com as plantas não modificadas. Mas as plantas com superexpressão de UCP1 desenvolveram-se melhor do que as plantas-controle (com produção normal da proteína) em condições de estresse ambiental. Segundo os autores, "como não afeta o crescimento nem o desenvolvimento da planta, esse mecanismo pode ser usado para criar linhagens cultivadas mais bem adaptadas às condições de estresse abiótico".

Mecanismo de ação


Em mamíferos em hibernação, a produção da proteína UCP1, ao tornar as mitocôndrias de células de gordura do tecido adiposo marrom menos eficientes, melhora a dissipação da energia na forma de calor, ajudando na manutenção da temperatura corporal durante o inverno.

O inesperado do estudo foi que a superexpressão da proteína levou à alteração de uma ampla gama de genes, e não apenas daqueles diretamente relacionados ao processo de produção de energia. Nas células das plantas modificadas, proteínas que participam da formação de mitocôndrias - são mais de 2 mil delas - eram produzidas em grande quantidade, o que explica o número aumentado das organelas em comparação com as células normais.

Além disso, genes relacionados à resposta ao estresse também tiveram sua expressão afetada: dos 1.071 identificados no estudo, 770 apresentaram expressão aumentada. Vários deles associados a estresse por calor, frio, seca, salinidade e metais pesados. Genes envolvidos em mecanismos antioxidativos também foram encontrados em um nível mais alto nas plantas modificadas, e o resultado foi um menor teor de formas reativas de oxigênio.

Essa variedade de genes superexpressados em função da UCP1 provavelmente é responsável pela melhor capacidade de as plantas modificadas resistirem às situações de estresse.

Fonte:


Seu cachorro engoliu um objeto estranho? Veja o que fazer


Assim como as crianças, animais de estimação também engolem objetos com facilidade – tais casos são mais comuns nos ambulatórios de hospitais veterinários do que muitos imaginam. Sabendo disso,aprenda como agir diante dessa emergência e cuide para que isso não ocorra em seu lar.
Atendimento rápido

Em qualquer emergência médica, o mais importante é manter a calma. Se você viu o animal engolindo algo estranho, tente identificar o que ele ingeriu e, rapidamente, leve-o ao veterinário com essa informação. No hospital, o veterinário pedirá alguns exames de imagem como o raio-X e o ultrassom, se necessário, tudo com o objetivo de tentar identificar o que o animal comeu e onde está o objeto. 

Quanto antes ele for atendido numa estrutura hospitalar, mais rápido será o diagnóstico e a retirada do objeto. Nos principais hospitais veterinários existem serviços de endoscopia que auxiliam muito no tratamento. Com um pequeno endoscópio com uma câmera na ponta, é possível retirar o objeto ainda no estômago por meio de pinças especiais. 

Com a evolução da medicina veterinária, o procedimento tornou-se menos invasivo e o animal pode ir embora para casa apenas com uma medicação para proteger o estômago. Porém, em alguns casos, o objeto pode ter caminhado até o intestino, sendo necessária a intervenção cirúrgica, que requer maiores cuidados no pós-operatório e uma internação.

Como prevenir?

Retire objetos de risco do ambiente frequentado pelo animal e coloque itens próprios para animais, como, por exemplo, brinquedos de borracha à venda nos pet shops. Espalhe-os no ambiente para que seu amigo possa brincar e não tenha interesse em abocanhar outros utensílios.

Fonte: