segunda-feira, 28 de março de 2016

Aves: Únicos animais viventes que têm penas


As aves são animais vertebrados que podem ser facilmente distinguidos pela presença de penas. A pena é uma característica exclusiva desses animais, ou seja, está presente em todas as espécies do grupo. Além disso, as aves não possuem dentes, são endotérmicas e apresentam um metabolismo elevado.
As aves podem ser encontradas em todos os continentes e, atualmente, já foram descritas cerca de 12.000 espécies. Entre as espécies desse grupo há uma grande variedade de formas, tamanhos e hábitos. Existem desde espécies com poucos centímetros de altura até espécies como o avestruz, que pode atingir mais de dois metros de altura.

Embora a maioria das aves esteja adaptada ao voo, existem algumas exceções. O pinguim, por exemplo, não voa, mas pode nadar e mergulhar. Já o avestruz pode caminhar e correr.

As aves surgiram durante a Era Mesozoica, cerca de 150 milhões de anos atrás. Acredita-se que elas evoluíram a partir de répteis bípedes, próximos aos dinossauros. O registro mais antigo de uma ave é o fóssil da espécie Archaeopteryx lithografica. Embora o Archaeopteryx possuísse penas, ele também apresentava outras características, como uma longa cauda e ossos compactos, mais semelhantes aos répteis do que às aves atuais.

Adaptações para o voo
As aves possuem diversas adaptações para o voo que estão relacionadas ao formato aerodinâmico e à redução do peso do corpo. A presença de membros anteriores, transformados em asas, e de penas são algumas dessas adaptações. A pena é uma estrutura leve, mas ao mesmo tempo flexível e resistente. Além de atuar no voo, é também um importante isolante térmico.

O isolamento térmico fornecido pelas penas foi essencial para o surgimento da endotermia nas aves. Isso permitiu que o calor produzido pela alta taxa metabólica desses animais não se dissipasse para o ambiente externo. Esse isolamento também protege as aves da perda de calor gerada pela passagem do ar pelo corpo durante o voo.

Muitos dos ossos das aves são pneumatizados. Isso significa que o seu interior é oco, o que os torna mais leves. No interior dos ossos pneumáticos existem extensões do pulmão chamadas de sacos aéreos. Os sacos aéreos contribuem para a redução da densidade das aves, além de promoverem a refrigeração interna e atuarem nas trocas gasosas durante a respiração.

Outras características que contribuem para a redução do peso são: ausência de dentesausência de bexiga urinária e atrofia das gônadas fora da época reprodutiva. Além disso, as fêmeas geralmente só possuem um ovário.

O osso que une as costelas na região ventral, o esterno, apresenta uma projeção chamada de quilha. A quilha é o ponto de inserção dos fortes músculos peitorais, responsáveis pelo batimento das asas.

Digestão e excreção
A ausência de dentes impede que as aves triturem o alimento na boca, antes de engolir. Esta função é assumida pela moela, uma região do estômago cujas paredes são dotadas de músculos fortes. Na moela os alimentos são triturados e esmagados, ou seja, é realizada a digestão mecânica. Algumas espécies armazenam pedrinhas na moela, que aumentam o atrito e auxiliam na trituração do alimento.

Muitas espécies possuem um papo. O papo corresponde a uma dilatação da porção posterior do esôfago e serve para armazenar, temporariamente, o alimento coletado. Quando estão com filhotes, as aves podem armazenar alimento no papo para transportá-lo até o ninho e alimentar a prole.

As aves, assim como a maioria dos répteis, excretam ácido úrico, uma substância nitrogenada que é insolúvel em água. As excretas são eliminadas na forma de uma pasta branca junto com as fezes, que possuem coloração escura.

Reprodução
A fecundação das aves é interna e, assim como os répteis, elas possuem um ovo terrestre com uma casca protetora externa. Internamente, encontram-se os anexos embrionários.

As aves são animais ovíparos, ou seja, botam ovos que completam seu desenvolvimento fora do corpo materno. Isso contribui para a redução do peso da fêmea, pois ela não carrega o ovo ou o embrião dentro de seu corpo, como na ovoviviparidade e na viviparidade.

As aves chocam os ovos e cuidam dos filhotes após o nascimento. Este comportamento de cuidado com a prole é chamado de cuidado parental. Em muitas espécies tanto a fêmea quanto o macho realizam esta atividade.

Órgãos dos sentidos
As aves possuem a visão e a audição bem desenvolvidas. Esses sentidos são essenciais para um deslocamento eficiente no ar, durante o voo. Já o olfato é pouco desenvolvido na maioria das espécies.

A produção de sons é realizada através de uma estrutura situada na base da traqueia, a siringe. A vocalização possui uma grande importância na comunicação das aves, sendo uma característica particular de cada espécie.
Alice Dantas Brites, Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação é professora de biologia.
Fonte


30 Livros que podem ajudar crianças a entenderem e enfrentarem perdas




Falar sobre perdas pode ser difícil para pessoas de qualquer idade -- e elas são uma realidade de que não podemos fugir: a morte de uma pessoa próxima ou a separação de alguém que amamos.

A situação pode ser mais delicada se tais pensamentos estiverem ocupando as mentes de crianças. Como podemos abordar esses assuntos? Aliás, devemos falar sobre isso com os pequenos?


"Tudo isso [a morte, as separações] faz parte da vida. Existe uma ilusão em poupar as crianças de assuntos difíceis, como se eles deixassem de existir ao ignorá-los", explica a psicanalista Maria Cristina Mantovanini, 55.

Uma estratégia é usar as histórias dos livros infantis para trazer a temática, porque as histórias proporcionam um distanciamento saudável, segundo Mantovanini.

Segundo a especialista, a partir de 7 anos, conforme a fantasia não é mais suficiente para todas as respostas, as crianças começam a entrar em crises existenciais e fazer questionamentos de muita angústia.

"Os assuntos vão chegar, independente de o adulto intermediar", diz Maria Cristina. Os livros são indicados para todas as idades, até para as crianças mais velhas. "A arte, seja a música ou a escrita, pode ser reconfortante. A escrita é um pensamento mais elaborado. Em terapia, nós usamos histórias como exemplos para a vida até para os adultos, a exemplo dos contos de fada."

"A literatura é um pulmão, onde a gente consegue respirar melhor e compreender no terreno simbólico o que não é fácil de ser digerido", explica Márcia Leite, 55, diretora da Editora Pulo do Gato, que investe em assuntos dessa natureza em seu catálogo infantil. "A gente tenta mostrar que o livro é uma espécie de ensaio de vida. Não estamos vivendo aquilo, mas a obra nos convida a chegar perto do tema", completa.

Veja uma lista com sugestões de livros:

  1. O Amor Pega Feito Bocejo (Antonio Geraldo Figueiredo Ferreira, Companhia das Letras): Escrito em verso, o livro conta a história de um garoto que tem uma tia com Alzheimer. Ela vive na casa dele e um dia desaparece. 
  2. Cadê Meu Avô (Lídia Carvalho, Editora Biruta): Renato está muito triste, pois perdeu um avô muito querido, que gostava de contar histórias. No Natal, ele decide pedir ajuda ao Papai Noel para encontrar o velho amigo. 
  3. Chakchuca Desapareceu (Galia Oz, Companhia das Letras): Chakchuca é uma cachorrinha. Ela desaparece e deixa sua dona muito aflita, iniciando uma aventura para desvendar o mistério do sumiço do animal de estimação.
  4. Começo, Meio e Fim (Frei Betto, Editora Rocco): A personagem é uma menina tão meiga e doce, que associa todos os membros da família às guloseimas que gosta de devorar. Quando descobre a morte, percebe que a vida também tem seu lado amargo. A descoberta é suavizada pela amorosa lição de vida dada por seu avô. 
  5. A Cruzada das Crianças (Bertolt Brecht, Pulo do Gato): O poema narrativo conta a história da árdua peregrinação de um grupo de crianças órfãs que foge dos horrores provocados pela Segunda Guerra Mundial. Juntas, elas buscam refúgio e lutam contra a fome, o frio, a miséria e o desamparo.
  6. O Domingo Trocado (Ruth Löbner, Brinque Book): Filho de pais separados, Jonas passa a semana com Ana, sua mãe. Os finais de semana ficam por conta do pai, Pedro, que é muito atrapalhado. Certo domingo, Jonas decide trocar de papel com o pai, realizando todas as tarefas. Tudo funciona perfeitamente até irem ao parque tomar sorvete e viverem algo inesperado.
  7. Eu Vi Mamãe Nascer (Luiz Fernando Emediato, Geração Editorial): Uma criança de oito anos narra suas reações diante da morte da mãe. O livro busca conforto não apenas ao falar da morte, mas também ao tentar responder qual é o sentido da vida. 
  8. Eloísa e os bichos (Jairo Buitrago, Pulo do Gato): Uma menina muda com o pai para uma nova cidade e enfrenta um mundo totalmente diferente do que conhecia, no qual se sente um verdadeiro bicho estranho.
  9. Greve de Vida (Amélie Couture, Companhia das Letras): Uma garota perdeu a mãe durante o seu nascimento e foi criada pela avó. Tudo muda quando essa avó morre e a menina passa a viver com o pai, a nova esposa e o filho deles. Revoltada com as mudanças, a personagem decide fazer uma greve de vida e ficar trancada no quarto, sem fazer nada e nem falar com ninguém.
  10. A História de uma Folha (Leo Buscaglia, Record): Como sugere o título, o livro conta a história de uma folha, ilustrando o equilíbrio entre a vida e a morte. Mostra-se como essa folha e suas companheiras mudam com a passagem das estações, caindo finalmente ao solo com a neve do inverno. 
  11. Íris - Uma Despedida (Gudrun Mebs, Pulo do Gato): A família de Íris descobre que ela está gravemente doente e precisa ser hospitalizada. A irmã mais nova narra os sentimentos que a afligem, como medo, a esperança e a tristeza.
  12. Lá e Aqui (Carolina Moreyra e Odilon Moraes, Pequena Zahar): uma criança fala sobre a separação dos pais e mostra como a situação pode ser vivida de maneira positiva, sem menosprezar o sofrimento.
  13. Malala – a menina que queria ir para a escola (Adriana Carranca, Companhia das Letras): A adolescente paquistanesa Malala Yousafzai foi baleada por membros do Talibã aos catorze anos por defender a educação feminina. O livro conta a história, as perdas e os ganhos da menina que se tornou Prêmio Nobel da Paz.
  14. O Medo da Sementinha (Rubem Alves, Paulus Editora): Durante o seu desenvolvimento, uma semente passa por medos e preocupações. A mãe dela acompanha esses sentimentos e a conforta.
  15. Menina Nina - Duas Razões Para Não Chorar (Ziraldo, Melhoramentos): Ao falar dos sentimentos de uma criança que perde a avó, o autor aborda os mistérios da vida e da morte, falando de dor e esperança.
  16. O Menino e o Vento (Regina Machado, Companhia das Letras): Desobedecendo o pai, um menino se lança ao mar para pescar sozinho e embarca em uma longa viagem. Ele se divertiu muito, até se dar conta que estava perdido dos pais.
  17. Meu Filho Pato (Vários autores, Companhia das Letras): Idealizado pelo escritor Ilan Brenman com a equipe de psicólogas do Instituto 4 Estações, especializadas em lidar com situações de perda, o livro reúne seis histórias sobre o assunto, escritas por seis escritores diferentes. Há contos cômicos, tristes, poesia e até cordel, além de textos de apoio para tratar o tema com as crianças.
  18. A Montanha Encantada dos Gansos Selvagens (Rubem Alves, Paulus Editora): O nascimento do gansinho Cheio-de-Jasmim alegrou a vida dos gansos selvagens, que enfrentavam o frio e o calor, os caçadores e a fome. O pequeno animal adorava ouvir histórias. Uma delas falava sobre a Montanha Mágica, para onde iam os gansos mais velhos...
  19. A Mulher que Matou os Peixes (Clarice Lispector, Editora Rocco): A personagem se esquece de alimentar os peixinhos de seu filho. Ela pede perdão aos leitores e procura explicar como tudo aconteceu.
  20. A Operação de Lili (Rubem Alves, Paulus Editora): A elefantinha Lili precisa fazer uma operação para retirar Gregório de sua tromba. O amigo sapo foi parar lá após uma brincadeira. Com muito medo da cirurgia, Lili contou com a ajuda da Fada da Floresta. 
  21. Os Porquês do Coração (Nye Ribeiro e Conceil C. Silva, Editora do Brasil): Mabel é uma menina curiosa e vive fazendo perguntas, na tentativa de entender o mundo. Ela ganha um peixinho de aniversário e com ele vai descobrir o sentido da amizade, do amor e da perda.
  22. A Preciosa Pergunta da Pata (Leen van den Berg, Brinque Book): Uma pata perdeu seu patinho e está muito triste. Surge a pergunta: Para onde vamos quando morremos? 
  23. O Reino Partido ao Meio (Rosa Amanda Strausz, Companhia das Letras): O reino de um príncipe é partido ao meio por um dragão furioso. A partir de então, ele precisa aprender a viver com tudo quebrado na metade, até seus pais. 
  24. Roupa de Brincar (Eliandro Rocha, Pulo do Gato): A maior diversão de uma menina é brincar no guarda-roupa da tia. Até que um dia a garota vai visitá-la e percebe que ela está muito triste. Quando entra no guarda-roupa, nota que até as cores haviam sumido. Tudo isso porque alguém querido morreu.
  25. Tempos de Vida (Brian Mellonie, Editora Global): A obra trata a morte como parte do ciclo natural, falando sobre o nascimento, crescimento, maturidade e o fim. Mostra que isso acontece com todos os seres vivos, dos insetos aos seres humanos.
  26. Um Outro País para Azzi (Sarah Garland, Pulo do Gato): Azzi é um menino refugiado. Após fugir às pressas com seus pais, embarca em um país desconhecido, com pouca bagagem e a esperança de uma vida mais segura. Agora o menino terá de enfrentar a saudade que sente da avó e muitos desafios.
  27. O Violinista (Colin Thompson, Brinque Book): Oscar toca seu violino na calçada de um teatro, entretendo as pessoas que aguardam na fila para comprar ingressos. Envolvido em sua própria música, ele sonha em ser um grande músico e ter ao seu lado a filha Marieta, que já se foi.
  28. Vó Nana (Margaret Wild, Brinque Book): Vó Nana e Neta moram juntas e compartilham tudo, inclusive as tarefas da casa. Certo dia, elas precisam se despedir da melhor maneira que conhecem.
  29. Vô, Eu Sei Domar Abelhas (Monika Feth, Brinque Book): Diego é muito apegado ao avô, que morre de repente. Mas as explicações para a morte não convencem o menino.
  30. Vovô Foi Viajar (Mauricio Veneza, Compor Editora): O sumiço do avô intriga a neta, mas os pais dela não conseguem responder suas perguntas. 


Falar sobre perdas pode ser difícil para pessoas de qualquer idade -- e elas são uma realidade de que não podemos fugir: a morte de uma pessoa próxima ou a separação de alguém que amamos.

A situação pode ser mais delicada se tais pensamentos estiverem ocupando as mentes de crianças. Como podemos abordar esses assuntos? Aliás, devemos falar sobre isso com os pequenos?


"Tudo isso [a morte, as separações] faz parte da vida. Existe uma ilusão em poupar as crianças de assuntos difíceis, como se eles deixassem de existir ao ignorá-los", explica a psicanalista Maria Cristina Mantovanini, 55.

Uma estratégia é usar as histórias dos livros infantis para trazer a temática, porque as histórias proporcionam um distanciamento saudável, segundo Mantovanini.

Segundo a especialista, a partir de 7 anos, conforme a fantasia não é mais suficiente para todas as respostas, as crianças começam a entrar em crises existenciais e fazer questionamentos de muita angústia.

"Os assuntos vão chegar, independente de o adulto intermediar", diz Maria Cristina. Os livros são indicados para todas as idades, até para as crianças mais velhas. "A arte, seja a música ou a escrita, pode ser reconfortante. A escrita é um pensamento mais elaborado. Em terapia, nós usamos histórias como exemplos para a vida até para os adultos, a exemplo dos contos de fada."

"A literatura é um pulmão, onde a gente consegue respirar melhor e compreender no terreno simbólico o que não é fácil de ser digerido", explica Márcia Leite, 55, diretora da Editora Pulo do Gato, que investe em assuntos dessa natureza em seu catálogo infantil. "A gente tenta mostrar que o livro é uma espécie de ensaio de vida. Não estamos vivendo aquilo, mas a obra nos convida a chegar perto do tema", completa.

Veja uma lista com sugestões de livros:
O Amor Pega Feito Bocejo (Antonio Geraldo Figueiredo Ferreira, Companhia das Letras): Escrito em verso, o livro conta a história de um garoto que tem uma tia com Alzheimer. Ela vive na casa dele e um dia desaparece.
Cadê Meu Avô (Lídia Carvalho, Editora Biruta): Renato está muito triste, pois perdeu um avô muito querido, que gostava de contar histórias. No Natal, ele decide pedir ajuda ao Papai Noel para encontrar o velho amigo.
Chakchuca Desapareceu (Galia Oz, Companhia das Letras): Chakchuca é uma cachorrinha. Ela desaparece e deixa sua dona muito aflita, iniciando uma aventura para desvendar o mistério do sumiço do animal de estimação.
Começo, Meio e Fim (Frei Betto, Editora Rocco): A personagem é uma menina tão meiga e doce, que associa todos os membros da família às guloseimas que gosta de devorar. Quando descobre a morte, percebe que a vida também tem seu lado amargo. A descoberta é suavizada pela amorosa lição de vida dada por seu avô.
A Cruzada das Crianças (Bertolt Brecht, Pulo do Gato): O poema narrativo conta a história da árdua peregrinação de um grupo de crianças órfãs que foge dos horrores provocados pela Segunda Guerra Mundial. Juntas, elas buscam refúgio e lutam contra a fome, o frio, a miséria e o desamparo.
O Domingo Trocado (Ruth Löbner, Brinque Book): Filho de pais separados, Jonas passa a semana com Ana, sua mãe. Os finais de semana ficam por conta do pai, Pedro, que é muito atrapalhado. Certo domingo, Jonas decide trocar de papel com o pai, realizando todas as tarefas. Tudo funciona perfeitamente até irem ao parque tomar sorvete e viverem algo inesperado.
Eu Vi Mamãe Nascer (Luiz Fernando Emediato, Geração Editorial): Uma criança de oito anos narra suas reações diante da morte da mãe. O livro busca conforto não apenas ao falar da morte, mas também ao tentar responder qual é o sentido da vida.
Eloísa e os bichos (Jairo Buitrago, Pulo do Gato): Uma menina muda com o pai para uma nova cidade e enfrenta um mundo totalmente diferente do que conhecia, no qual se sente um verdadeiro bicho estranho.
Greve de Vida (Amélie Couture, Companhia das Letras): Uma garota perdeu a mãe durante o seu nascimento e foi criada pela avó. Tudo muda quando essa avó morre e a menina passa a viver com o pai, a nova esposa e o filho deles. Revoltada com as mudanças, a personagem decide fazer uma greve de vida e ficar trancada no quarto, sem fazer nada e nem falar com ninguém.
A História de uma Folha (Leo Buscaglia, Record): Como sugere o título, o livro conta a história de uma folha, ilustrando o equilíbrio entre a vida e a morte. Mostra-se como essa folha e suas companheiras mudam com a passagem das estações, caindo finalmente ao solo com a neve do inverno.
Íris - Uma Despedida (Gudrun Mebs, Pulo do Gato): A família de Íris descobre que ela está gravemente doente e precisa ser hospitalizada. A irmã mais nova narra os sentimentos que a afligem, como medo, a esperança e a tristeza.
Lá e Aqui (Carolina Moreyra e Odilon Moraes, Pequena Zahar): uma criança fala sobre a separação dos pais e mostra como a situação pode ser vivida de maneira positiva, sem menosprezar o sofrimento.
Malala – a menina que queria ir para a escola (Adriana Carranca, Companhia das Letras): A adolescente paquistanesa Malala Yousafzai foi baleada por membros do Talibã aos catorze anos por defender a educação feminina. O livro conta a história, as perdas e os ganhos da menina que se tornou Prêmio Nobel da Paz.
O Medo da Sementinha (Rubem Alves, Paulus Editora): Durante o seu desenvolvimento, uma semente passa por medos e preocupações. A mãe dela acompanha esses sentimentos e a conforta.
Menina Nina - Duas Razões Para Não Chorar (Ziraldo, Melhoramentos): Ao falar dos sentimentos de uma criança que perde a avó, o autor aborda os mistérios da vida e da morte, falando de dor e esperança.
O Menino e o Vento (Regina Machado, Companhia das Letras): Desobedecendo o pai, um menino se lança ao mar para pescar sozinho e embarca em uma longa viagem. Ele se divertiu muito, até se dar conta que estava perdido dos pais.
Meu Filho Pato (Vários autores, Companhia das Letras): Idealizado pelo escritor Ilan Brenman com a equipe de psicólogas do Instituto 4 Estações, especializadas em lidar com situações de perda, o livro reúne seis histórias sobre o assunto, escritas por seis escritores diferentes. Há contos cômicos, tristes, poesia e até cordel, além de textos de apoio para tratar o tema com as crianças.
A Montanha Encantada dos Gansos Selvagens (Rubem Alves, Paulus Editora): O nascimento do gansinho Cheio-de-Jasmim alegrou a vida dos gansos selvagens, que enfrentavam o frio e o calor, os caçadores e a fome. O pequeno animal adorava ouvir histórias. Uma delas falava sobre a Montanha Mágica, para onde iam os gansos mais velhos...
A Mulher que Matou os Peixes (Clarice Lispector, Editora Rocco): A personagem se esquece de alimentar os peixinhos de seu filho. Ela pede perdão aos leitores e procura explicar como tudo aconteceu.
A Operação de Lili (Rubem Alves, Paulus Editora): A elefantinha Lili precisa fazer uma operação para retirar Gregório de sua tromba. O amigo sapo foi parar lá após uma brincadeira. Com muito medo da cirurgia, Lili contou com a ajuda da Fada da Floresta.
Os Porquês do Coração (Nye Ribeiro e Conceil C. Silva, Editora do Brasil): Mabel é uma menina curiosa e vive fazendo perguntas, na tentativa de entender o mundo. Ela ganha um peixinho de aniversário e com ele vai descobrir o sentido da amizade, do amor e da perda.
A Preciosa Pergunta da Pata (Leen van den Berg, Brinque Book): Uma pata perdeu seu patinho e está muito triste. Surge a pergunta: Para onde vamos quando morremos?
O Reino Partido ao Meio (Rosa Amanda Strausz, Companhia das Letras): O reino de um príncipe é partido ao meio por um dragão furioso. A partir de então, ele precisa aprender a viver com tudo quebrado na metade, até seus pais.
Roupa de Brincar (Eliandro Rocha, Pulo do Gato): A maior diversão de uma menina é brincar no guarda-roupa da tia. Até que um dia a garota vai visitá-la e percebe que ela está muito triste. Quando entra no guarda-roupa, nota que até as cores haviam sumido. Tudo isso porque alguém querido morreu.
Tempos de Vida (Brian Mellonie, Editora Global): A obra trata a morte como parte do ciclo natural, falando sobre o nascimento, crescimento, maturidade e o fim. Mostra que isso acontece com todos os seres vivos, dos insetos aos seres humanos.
Um Outro País para Azzi (Sarah Garland, Pulo do Gato): Azzi é um menino refugiado. Após fugir às pressas com seus pais, embarca em um país desconhecido, com pouca bagagem e a esperança de uma vida mais segura. Agora o menino terá de enfrentar a saudade que sente da avó e muitos desafios.
O Violinista (Colin Thompson, Brinque Book): Oscar toca seu violino na calçada de um teatro, entretendo as pessoas que aguardam na fila para comprar ingressos. Envolvido em sua própria música, ele sonha em ser um grande músico e ter ao seu lado a filha Marieta, que já se foi.
Vó Nana (Margaret Wild, Brinque Book): Vó Nana e Neta moram juntas e compartilham tudo, inclusive as tarefas da casa. Certo dia, elas precisam se despedir da melhor maneira que conhecem.
Vô, Eu Sei Domar Abelhas (Monika Feth, Brinque Book): Diego é muito apegado ao avô, que morre de repente. Mas as explicações para a morte não convencem o menino.
Vovô Foi Viajar (Mauricio Veneza, Compor Editora): O sumiço do avô intriga a neta, mas os pais dela não conseguem responder suas perguntas.

Pirataria de remédio para animais chega a 15% e coloca pets em perigo




O seu cão e o seu gato podem não estar sendo bem medicados. Mas o perigo ronda não só animais de estimação como bovinos, suínos, equinos e aves.

Isso porque pelo menos 15% dos medicamentos utilizados para a defesa da saúde animal no Brasil são piratas.

A pirataria vem tanto de produtos contrabandeados de países vizinhos como de fabricantes internos.

E os efeitos dessa pirataria são o de trazer problemas de saúde tanto para os humanos como para os animais.

A utilização de um medicamento sem qualidade não vai fazer efeito sobre a doença do animal. Pior, em alguns casos a persistência dessa doença coloca em risco a saúde humana.

No caso de outros animais, como bovinos, suínos e aves, a ineficácia e a impropriedade do medicamento pirata podem comprometer até a saúde dos consumidores dessas proteínas.

Essa pirataria de produtos destinados ao mercado de saúde animal (vacinas, medicamentos etc.) é um sinal de alerta, segundo Henrique Uchio Tada, presidente-executivo da Alanac (Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais). São produtos sem registros e sem comprovação de eficácia.

Além de colocar em risco a saúde pública, a pirataria no setor traz sérias dificuldades financeiras para o setor devido à concorrência desleal, segundo Tada.

O mercado brasileiro de produtos para a saúde animal movimentou R$ 4,5 bilhões no ano passado, 12% mais do que em 2014.

O segmento de bovinocultura é o mais importante, com vendas de R$ 2,4 bilhões e crescimento de 8% no ano. O que mais cresce, no entanto, é o setor de medicamentos para o mercado de cães e gatos, cujas vendas somaram R$ 734 milhões em 2015, com evolução de 25% em relação às do ano anterior.

A pirataria aparece no mercado na forma de produtos sem testes e sem eficiência comprovada e também com a falsificação de embalagens de produtos de empresas tradicionais do mercado.

Aumenta até a oferta de produtos manipulados nas gôndolas das lojas, o que não deveria ocorrer. São produtos diferenciados e que servem apenas para consumos específicos, segundo Tada.

Há uma movimentação tanto de empresas nacionais como de outros países vizinhos para uma busca de soluções contra a pirataria, segundo o presidente da Alanac.

No Brasil, as medidas de combate à pirataria de produtos veterinários estão sendo estudadas no Conselho Nacional de Combate à Pirataria, sob o guarda-chuva do Ministério da Justiça.

Entram ainda nessa lista de combate Anvisa, polícias Federal e Rodoviária, Inpi e Receita Federal.

O setor aguarda uma nova força nessa luta contra a pirataria. O Ministério da Agricultura fez um pedido para participar desse conselho, o que deverá ser avaliado na primeira quinzena deste mês.




AGRO TEM DE TER PERFIL DO CLIENTE, DIZ ESPECIALISTA

O agronegócio tem bom desenvolvimento, mas o desempenho das empresas seria ainda melhor se elas entendessem mais o perfil de distribuidores e consumidores.

Se a indústria fizer o que se faz em supermercados e farmácias –"fidelizar" e entender o setor–, o agronegócio teria mais eficiência.

A avaliação é de José Loyola, diretor da Agdata, empresa voltada para a montagem de sistemas de coleta de dados e avaliações de mercado.

As empresas gastam energia em montar sistema próprio para conseguir esses dados de inteligência. Os distribuidores de agroquímicos, por exemplo, atuam com diversas indústrias e têm de responder a vários sistemas para avaliar estoques, potencial do mercado e participação das empresa nas vendas.

Loyola diz que essa avaliação da inteligência dos negócios tem de ser unificada em um único formato padrão.

Os custos seriam menores para as indústrias e distribuidores na coleta de dados.

Comum nos EUA e no Canadá, empresas independentes fazem a coleta, diagnósticos e condensam informações espalhadas pela empresa.


Fonte:

Nos últimos anos, houve um aumento de interesse por animais raros e exóticos


A razão para isso acontecer tem sido amplamente discutida. Parece-me que passa por várias razões, como o status (o meu é melhor e mais raro que o teu); o mestre e tratador prestigiado (como não há informação disponível, eu sei mais que tu); asrazões exibicionistas (estás a ver? eu tenho! não é … diferente?); a preguiça e a busca do animal tamagochi (come menos, dorme mais, suja menos, chateia menos… e se morrer logo nasce outro!) e por último, por interesse e paixão por determinadas espécies.


Gostar da espécie pressupõe gostar do trabalho, gostar de criar ambientes fantásticos, (ser capaz de) manter rotinas difíceis e complexas em termos de tratamento e manutenção, de se importar realmente com o as condições ambientais que se proporciona a determinado animal.
É sobre os últimos tipo de donos que me quero debruçar e gosto de acreditar que se encontram em maioria.
No caso das espécies mais fáceis de encontrar e manter em condições ambientais favoráveis, temos o hamster, o gerbo, a ratazana, o porquinho da índia e o coelho, não necessariamente por esta ordem em termos da dificuldade de manutenção, até porque depende do tipo de trabalho que o dono mais gosta de fazer. Se o hamster tem um cheiro mais intenso, o coelho (por exemplo) necessita de um espaço muito maior.
O hamster será porventura o mais fácil de encontrar e mais acessível em termos de custo inicial, embora não possa considerar que os restantes se encontrem fora do alcance da maioria das carteiras. Se o hamster, porquinho e coelho são mais vulgares, os restantes exóticos, incluindo as ratazanas e os gerbos, estão em franca ascensão na “lista” de animais mantidos para estimação, sendo cada vez mais apreciadas as suas qualidades.
Inicio aqui uma breve análise de cada um dos animais exóticos que proponho para principiantes a fim de se verificar os pontos essenciais para manutenção de cada um deles.

Hamster

Existem à nossa disposição diversas espécies e variedades de hamsters. As diferenças entre espécies devem ser tidas em consideração, já que se uns são gregários ou sociais, outros são solitários, assim como existe diferença entre necessidades de espécie para espécie.
Muita gente opta pelo hamster apenas por ser barato, pois quando morre, compra-se outro (o que demonstra uma total falta de civismo). A meu ver, a todo o animal deve ser proporcionado uma vida digna com todas as condições necessárias ao seu bem estar.
Embora os custos de manutenção deste animal sejam baixos, o seu alojamento e cuidados veterinários a que deve ter direito, podem tornar-se numa despesa significativa. Portanto há que ter em consideração as despesas extra, antes de decidir adoptar um (ou mais) hamster. Este tipo de reflexão pode, e deve, adequar-se a todo o animal que não pediu para nascer e que se encontra em cativeiro.
No caso do hamster (e em qualquer outro animal) o primeiro passo passa por reunir o maior número de informação fidedigna utilizando meios diversificados como Internet, livros, revistas, conhecimentos provenientes de pessoas experientes, não esquecendo nunca que devemos fazer uma avaliação crítica de toda a informação que nos é apresentada.
hamster é o mamífero exótico de estimação por excelência devido à facilidade de manutenção e à sua divulgação no mundo moderno. É indicado para principiantes e atractivo devido à quantidade de variedades, de cores e de pelagens.
Como “contras” apenas vejo a questão do cheiro almíscarado que exalam, que se para alguns não faz qualquer diferença, para outros é verdadeiramente insuportável. Claro que mesmo para os mais sensíveis, a manutenção do alojamento em condições de salubridade óptimas atenuam ou quase eliminam qualquer odor.
Também deve ser considerada a questão da agressividade, embora a escolha de um bom exemplar proveniente de um bom criador, reduza exponencialmente a possibilidade de levar um hamster “refilão” para o seio da nossa família.

Onde comprar um hamster?

Prefira ambientes caseiros e criadores considerados competentes na área. Muitas vezes a diferença de preço não é significativa e o carácter do animal é completamente diferente.
É importante também tentar obter um animal de características morfológicas correctas e de carácter equilibrado a fim de combater as pragas de “criadores de vão de escada” que se têm observado, de pessoas sem escrúpulos que tanto se lhes dá que a progenitora seja bem ou mal tratada ou que tenha crias até à exaustão, pois afinal “só custou 5 euros”.
Escolher um hamster habituado ao maneio facilitará também a relação a ser criada com o mesmo.

Como escolher?

Apesar de existir um ou outro hamster que chama mais a atenção, principalmente se estiver em minoria na ninhada (como por exemplo um creme numa ninhada de pretos), devemos prestar atenção primordial ao estado do animal.
Deve ter os olhos brilhantes sem quaisquer mucos, inflamações ou lacrimejantes. O pêlo deve estar brilhante, sem sujidade, falhas, feridas ou pústulas. Deve ter os dentes amarelos (quanto mais idade tiver, mais amarelos devem ser). O seu comportamento diurno deverá ser mais calmo e com mais horas de sono, devendo, no entanto, reagir ao toque. Não deve ser agressivo nem demasiado amorfo.
As questões mais frequentes sobre hamsters aparecerão explicadas na bibliografia que consultar, já que as informações sobre os mesmos estão de sobremaneira estudadas e divulgadas nos mais diversificados suportes.
Gerbo da Mongólia
O gerbo da mongólia é outro dos animais indicados para principiantes, cuja vantagem se centra na quase total ausência de odores desagradáveis, dada a origem desértica do mesmo.
O gerbo é sociável e curioso por natureza, sendo um animal indicado para crianças ( que tenham sido devidamente educadas a lidar com animais deste porte), jovens e adultos.
A maior desvantagem do gerbo (para grande parte dos indivíduos) é a existência de cauda comprida, que causa uma certa repugnância em muita gente. Outro dos “contras” do gerbo é que são “roedores natos”, os “ases da destruição”, logo, qualquer material de madeira ou plástico que tenham à disposição será roído.
O gerbo é, para mim, um dos animais mais simples de manter se conhecermos os cuidados básicos que devemos prestar a esta espécie.

Como escolher um gerbo?

Devemos ter em atenção as mesmas características enunciadas nos hamsters, tendo especial atenção a faltas de pelo na base da cauda. Os gerbos têm vindo a ganhar terreno no campo do animal de estimação ideal, devido à sua meiguice e facilidade de manutenção. A sua variedade de cores e padrões, também é muito apelativa.
Ratazana
A minha terceira escolha para principiantes, e também a minha favorita.
Apesar da péssima fama da ratazana devido à associação com o lixo e com um vector transmissor de doença – especialmente ligada à peste bubónica (malditas pulgas) – a ratazana tem vindo a crescer como animal de estimação devido às apelativas características que apresenta.
A ratazana é uma excelente companhia especialmente devido à inteligência superior, se comparada com alguns dos restantes roedores, bem como a capacidade de interacção com o ser humano. Apesar da associação passada, a ratazana é um animal bastante limpo, cuidando da sua higiene diária com muito afinco (tal como um gato).
O maior “contra” que vejo na ratazana, na minha opinião, cinge-se ao facto de ser um roedor de porte médio, logo, especialmente se for macho, necessita de um alojamento de dimensões razoáveis (adequadas) e de limpeza regular.
Convém também ter muito cuidado com a escolha do criador e exemplar. A ratazana deve ser escolhida de modo a que tenham sido excluídos de criação (na medida possível) a maior parte dos problemas de saúde e de agressividade.
Todos os conselhos dados anteriormente para a escolha dos outros mamíferos exóticos são comuns à ratazana, no entanto, neste animal deve também prestar atenção à existência de borbulhas nas orelhas e cauda (sinais de sarna sarcópica) e de “cauda quadrada” ao invés da cauda roliça (sinais de sub-nutrição).


Porquinho-da-Índia
Sem dúvida um dos animais exóticos que apresenta menos problemas em termos de agressividade.
O porquinho é apelativo devido ao seu tamanho, facilidade de maneio e grande capacidade de comunicação. Claro, que devido ao seu porte, será necessário um alojamento de grandes dimensões e trabalho na limpeza de modo a manter um bom nível de higiene e de salubridade.

Quando, onde e como?

Em Portugal já existe um clube devidamente legalizado que trabalha com as raças de porquinho da índia, dinamizando exposições e lutando para que a criação de porquinhos seja feita de forma adequada. Nada melhor que pedir a lista de criadores ao respectivo clube para encontrar um exemplar.
Em termos de saúde o porquinho da índia deve ter sempre os olhos límpidos e brilhantes sem quaisquer infecções purulentas. O pêlo deve estar limpo, sem caspa, falhas, feridas ou piolho. As patas devem apresentar uma cor normal sem feridas, bolhas ou calosidades. As unhas não se devem encontrar retorcidas.


Coelho
Por último escolhi o coelho. Não fazendo parte dos roedores e sim dos lagomorfos, encontra-se ainda dentro dos animais adequados para principiantes nos mamíferos exóticos de fácil manutenção.
Apenas o seu porte o torna num animal um pouco mais complicado que os anteriores, dado que devemos suprir as suas necessidades em termos de espaço.
Dado que até à data ainda não existe uma entidade portuguesa responsável por esta espécie, há que procurar um criador que se responsabilize pela saúde das crias (e dos progenitores) e que mantenha os seus coelhos vacinados contra as doenças que os afectam (como a mixomatose e a febre hemorrágica viral).
O coelho que escolher deve ter os olhos límpidos e não apresentar altos ou hematomas especialmente se se localizarem nos olhos, orelhas e mucosas. todas as indicações em relação a falhas de pelo e feridas são válidas e deve-se prestar atenção à colocação dos dentes (dentes compridos demais ou tortos significa problemas).
Lembre-se que cada um dos animais anteriores tem uma esperança média de vida entre dois a quatro anos, à excepção dos de maior porte que podem atingir os dez anos de idade. Está preparado para dividir o seu tempo com eles?
Boas escolhas!

Fonte

Como Eliminar Pulgas em Cães e Gatos

As pulgas são um dos maiores pesadelos que assombram os donos de cães e gatos.
Principalmente nos meses mais quentes, como no Verão, conseguem infestar rapidamente um animal e a casa inteira onde ele vive. Não é por acaso que a pulga é “apenas” o parasita externo mais comum que existe em cães e gatos.
Apesar de ser uma praga mais antiga que o próprio ser humano, muitas pessoas com animais de estimação não sabem como eliminar as pulgas de forma segura e eficaz. Existe uma vasta gama de produtos destinados a eliminar pulgas, mas só funcionam quando bem escolhidos tendo em conta o animal, o ambiente e as diferentes etapas da infestação. Uma má escolha do produto pode inclusive colocar em risco a saúde do seu amigo, pelo que não deve descuidar este assunto.
Mas então, o que é preciso fazer para conseguir acabar com as pulgas?
Neste artigo, vamos indicar-lhe quais as melhores soluções para o conseguir, mas primeiro, precisa de “conhecer o inimigo”: o que são pulgas, os seus hábitos, ciclo de vida e como se propagam no seu animal e na sua casa. Aconselhamos a ler o artigo completo – infelizmente não existem atalhos rápidos ou soluções instantâneas, masquanto melhor você conhecer as pulgas, melhor as conseguirá eliminar e prevenir que reapareçam.

O que são pulgas?

Pulgas em gatoAs pulgas são insetos que gostam de temperaturas quentes, humidade e que se alimentam do sangue (hematófagos) de animais com sangue quente, especialmente cães, gatos, coelhos, esquilos, guaxinins, ratos e sim, seres humanos. Apesar de poderem parecer todas iguais – castanhas escuras e do tamanho da cabeça de um alfinete – já foram descritas mais de duas mil espécies de pulgas em todo o mundo.
Uma das principais características das pulgas é a sua enorme capacidade de salto: conseguem catapultar-se até cerca de 200 vezes o seu próprio tamanho. Quando encontra uma pulga e a tenta apanhar, o salto é a sua arma de defesa para escapar.
Uma pulga pode viver até um ano (ou mais em determinadas condições) e, no caso das fêmeas, pôr mais de dois mil ovos durante a sua vida. Não admira que o número de pulgas numa infestação aumente tão rapidamente.

Como se transmitem e propagam?

As pulgas transmitem-se através do contacto com animais infetados ou com ambientes onde elas estejam presentes. As pulgas que parasitam cães e gatos não estão relacionadas com qualquer tipo de classe social ou condições de higiene, pois basta passear com o seu cão num jardim onde tenha passado anteriormente outro animal com pulgas, para as poder trazer para casa.
Uma vez em casa, basta uma pulga fêmea colocar ovos para dar início à infestação.
Ciclo de vida das pulgas
Os ovos caem do pêlo do seu animal e ficam instalados em frestas de soalho, carpetes, a cama do animal, o seu jardim (se for o caso), ou outros locais menos acessíveis. Estes ovos desenvolvem-se e deles nascem larvas, que se deslocam para locais quentes ao abrigo da luz, sendo as frestas dos soalhos os seus locais de eleição.
As larvas vão-se alimentando da matéria orgânica que encontram pelo chão, principalmente no pó. Estas larvas evoluem para um casulo, onde aguardam condições favoráveis para eclodir. Basta pressentirem um ligeiro aumento de temperatura, ou a respiração (dióxido de carbono) de um animal, para eclodirem empulgas adultas.
Como o ciclo de vida das pulgas – desde o ovo à pulga adulta – está dependente das condições que encontra no meio, a limpeza e desinfeção da casa é um dos passos mais importantes para as eliminar. Já lá vamos.

Quais os perigos das pulgas para a saúde?

As pulgas não são simplesmente parasitas incómodos. Podem mesmo causar doenças e transmitir parasitas internos:
  • A saliva que a pulga injeta para melhor sugar o sangue, pode provocar irritação, eczemas e outras doenças cutâneas, como a DAPP (Dermatite Alérgica à Picada da Pulga);
  • Se o número de pulgas for elevado, o animal pode ficar anémico devido à quantidade de sangue perdida;
  • As pulgas podem transmitir parasitas internos como é o caso do verme intestinalDipylidium caninum, que além de infetar o intestino dos cães e dos gatos, também é transmitido a seres humanos, em especial crianças;
  • O constante desassossego do animal, em stress com a comichão incessante, pode levar o animal a comer menos, tornar-se deprimido e até agressivo, dependendo da sua personalidade.

Como eliminar as pulgas

Como eliminar as pulgas
Um dos erros que as pessoas frequentemente cometem ao tentar eliminar as pulgas, é só desparasitarem os seus animais.
A verdade é que quando encontra uma pulga no pêlo do seu animal, isso significa muito provavelmente que a sua casa já terá uma infestação em curso, em particular de ovos e larvas. Dizem as estimativas que os animais possuem apenas entre 5 a 10% das pulgas presentes em casa.
Portanto vamos começar a desinfestação por eliminar as pulgas do ambiente / casa.

Em casa

Eliminar pulgas dentro de casa
  • Aspire tudo o que for possível: chão (principalmente frinchas), carpetes, móveis (por baixo e nos cantos), caixas de transporte, tapetes, almofadas, sofás, porão (se for o caso), etc;
  • Tenha especial atenção em zonas mais húmidas e que não estejam muito expostas à luz do Sol, pois é onde as larvas se refugiam até se tornarem pulgas adultas;
  • Quando terminar de aspirar, coloque o saco do aspirador dentro de outro saco ou recipiente isolado (para evitar fuga de pulgas) e deposite-o fora de casa no ponto de recolha de lixo habitual;
  • Lave toda a roupa em que o animal tenha estado em contacto, em especial das camas (a dele e a sua), com água bem quente;
  • Note que a eliminação das pulgas pode demorar um par de semanas ou mesmo um mês, pelo que as lavagens e aspirações devem ser repetidas com frequência até que não existam quaisquer pulgas no ambiente;
  • Se for uma infestação mais grave, poderá ter de recorrer a um inseticida antipulgas em casa, sendo mais recomendado o Biokill. Caso escolha outro produto, tenha muita atenção aos rótulos para se certificar que não corre o risco de intoxicação de pessoas e animais;
  • Em casos de gravidade extrema, recorrer aos serviços de uma empresa de desinfestação poderá ser necessário.

Nos animais

Antipulgas para cães e gatos
A desparasitação nos animais deve começar após ter feito a primeira aspiração e limpeza em casa. Todos os cães e gatos em casa devem ser tratados, mesmo que acredite que apenas um deles está com pulgas.
Tenha atenção que alguns antipulgas para cães, como o Advantix e o Pulvex, são altamente tóxicos para gatos. Os gatos são particularmente sensíveis a certas substâncias e facilmente intoxicáveis.
Certifique-se que o produto que vai utilizar é 1) de uso veterinário e 2) indicado para o animal que pretende desparasitar. Consulte primeiro o seu veterinário para dissipar qualquer dúvida.

Os melhores produtos antipulgas para cães e gatos

Apesar de existirem diversos tipos de produtos, não aconselhamos o uso de sabonetes ou champôs antipulgas (salvo recomendação do seu veterinário), devido ao fraco efeito residual assim que é enxaguado e por alguns riscos associados a animais idosos ou debilitados. Tenha também especial cuidado com talcos antipulgas ou outros venenos inseticidas, pois podem ser tóxicos para os animais e criar problemas sérios, inclusivamente fatais.
De seguida deixamos-lhe uma breve apresentação dos produtos antipulgas mais seguros e recomendados:
Advantage para gatos e cães

Advantage

Cães: Sim
Gatos: Sim
Tipo: Pipeta
Eficaz contra: Pulgas (adultas e larvas) e piolhos
Saber mais: BayerVet (Portugal) |BayerPet (Brasil)
Frontline para gatos e cães

Frontline

Cães: Sim
Gatos: Sim
Tipo: Pipeta
Eficaz contra: Pulgas (adultas, larvas e ovos), carraças e piolhos
Saber mais: Frontline (Portugal) |Frontline (Brasil)
Program para cães

Program

Cães: Sim
Gatos: Sim (Program S7)
Tipo: Comprimidos, ampolas ou injetáveis
Eficaz contra: Pulgas (apenas larvas e ovos)
Saber mais: Novartis (Brasil)
Advantix para cães

Advantix

Cães: Sim
Gatos: Não
Tipo: Pipeta
Eficaz contra: Pulgas (adultas e larvas) e carraças
Saber mais: BayerVet (Portugal)
Pulvex para cães

Pulvex

Cães: Sim
Gatos: Não
Tipo: Pipeta
Eficaz contra: Pulgas (adultas), carraças, piolhos e mosquitos
Saber mais: Pulvex Spot-On (Portugal) |Pulvex Pour-On (Brasil)
Coleira Scalibor para cães

Scalibor

Cães: Sim
Gatos: Não
Tipo: Coleira
Eficaz contra: Pulgas (adultas), carraças e mosquitos (previne algumas doenças nos cães como a Leishmaniose)
Saber mais: Scalibor (Portugal) |Scalibor (Brasil)

Como prevenir o reaparecimento das pulgas?

Evitar reaparecimento das pulgas
Após eliminar com sucesso as pulgas do seu animal e da sua casa, deve adotar medidas preventivas para que estas não reapareçam. Como em muitos problemas, a prevenção é o melhor remédio.
Existem algumas dicas práticas que pode aplicar, para evitar que as pulgas voltem a entrar em sua casa. Nomeadamente:
  • Manter o ambiente limpo e arejado, evitando a humidade excessiva;
  • Aspirar frequentemente a casa e ter especial atenção a cestas e roupas em contacto com os animais (como as camas deles);
  • Encerar os soalhos, pois a cera é tóxica para as pulgas;
  • No jardim / exterior, pode aplicar produtos biodegradáveis contra pulgas.
Quanto ao seu animal, certifique-se de que lhe dá banho frequentemente (nos cães,menos frequente nos gatos) e de que não entra em contacto com outros animais que possam ter pulgas.
Caso tenha dúvidas sobre qual o produto mais aconselhável para o seu animal, ou se o seu animal foi afetado por outros problemas associados a uma infestação de pulgas (como alergias e parasitas internos), deve consultar o 
veterinário assistente, que saberá qual a melhor estratégia a adotar.



Fonte