terça-feira, 14 de julho de 2015

Gado Leiteiro: A importância da saúde das vacas e dos ordenhadores


Para obtenção de um leite saudável e de boa qualidade, é necessário que as vacas estejam em boas
condições de saúde. O ordenhador deve estar sempre atento a certos sinais apresentados pelas vacas,
como por exemplo: olhos fundos, pelos arrepiados, diminuição na ingestão de alimentos, parada da
ruminação, queda na produção de leite e alterações na urina ou nas fezes (muito mole, ou muito seca, ou
com sangue) que podem ser indicativos de problemas de saúde.

Os cuidados com a vaca começam antes mesmo do parto, no período seco. Esse período deve durar pelo
menos 60 dias e é conhecido como o período de descanso da vaca. O período de descanso é fundamental
para o desenvolvimento do feto, para melhorar a condição corporal da vaca, para a recuperação da
glândula mamária e para a produção de colostro de boa qualidade.
Na fase de lactação, deve-se ter atenção especial com a mastite, doença que causa grandes prejuízos
para a atividade leiteira. Conforme o tipo de microorganismo causador da mastite, ela pode ser
classifi cada em: contagiosa e ambiental.

Mastite contagiosa: causada por microorganismos que estão presentes no úbere e são transmitidos
pelas mãos do ordenhador e equipamentos de ordenha. Esses microorganismos entram no canal do teto
e causam a infecção. Este tipo de mastite é facilmente transmitido de um animal para outro durante a
ordenha, por isso a importância da adoção de boas práticas de higiene e desinfecção.

Mastite ambiental: causada por microorganismos presentes no ambiente (solo, camas, material
vegetal, pisos dos currais, etc.), ocorrendo com maior frequência em períodos quentes e úmidos. O maior
risco de contágio é logo após a ordenha, quando os esfíncteres (orifícios) dos tetos ainda estão abertos e
a vaca deita sobre solo ou material contaminado, facilitando a entrada de microorganismos no canal do
teto, o que leva à infecção.
Quanto ao diagnóstico, a mastite pode ser classifi cada como clínica e subclínica.

Mastite clínica: é mais fácil de ser percebida, geralmente causa diminuição na ingestão de alimentos,
a vaca fi ca com o úbere infl amado (com aumento de volume, avermelhado e quente) e o leite com
grumos, pus ou sangue. Para melhor controle deste tipo de mastite deve-se fazer o teste da caneca de
fundo preto em todas as ordenhas.

Mastite subclínica: é mais difícil de ser percebida, pois a vaca não apresenta sintomas claros do
problema, a não ser, pequena queda na produção de leite. A mastite subclínica pode ser detectada pelos
testes de contagem de células somáticas no leite (CCS) ou com o Califórnia Mastite Teste (CMT).

Os testes para diagnóstico de mastite clínica e subclínica serão explicados mais adiante neste manual.

O ordenhador deve sempre cuidar de sua higiene pessoal e de sua saúde, realizando exames de rotina,
com atenção especial para brucelose e tuberculose.
A adoção de procedimentos básicos de higiene é fundamental, devendo-se lavar as mãos antes e durante
as ordenhas; lavar as mãos após ir ao banheiro, manter cabelo preso e unhas cortadas e usar roupas,
aventais e botas limpos.

Tudo isto contribui para melhorar a saúde das vacas e a qualidade do leite.

Fonte: http://www.agricultura.gov.br/


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