quinta-feira, 31 de março de 2016

O que fazer em casos de alergia a animais domésticos

Os animais domésticos, como cães, gatos, pássaros, hamsters, entre outros, são queridos por muitas crianças e adolescentes. Contudo, nem todas essas crianças e adolescentes estão livres da alergia a animais.
Abaixo respondemos a uma série de dúvidas frequentes entre os pais que possuem ou pretendem adotar um bichinho de estimação.
1. Por que as crianças e adultos sofrem de alergia ao entrar em contato com os cachorros e gatos? Pesquisando, achei informações sobre flocos de pele morta, restos de saliva e urina. Qual é a verdade nisso?
Os animais de sangue quente, ou de pelos e penas, desprendem cascas que contm proteínas da pele e também a saliva ou urina podem ser alergênicas e causar sintomas em pessoas geneticamente predispostas à alergia. Porém, nem todos os alérgicos terão esse problema.
2. Com relação aos outros animais, quais outros também são alérgenos? Pássaros, hamsters, porquinhos-da-índia... Tem mais algum? E existem animais de estimação que não causam nenhum tipo de alergia?
Qualquer animal de pelo ou pena podem causar alergias: pássaros, hamsters, porquinho-da-índia, cavalos, cobaias (ocorre em profissionais que trabalham em laboratórios).
Além do alérgeno específico do animal, a presença de animais no ambiente interno da casa, aumenta a quantidade de ácaros (maior disponibilidade na cadeia alimentar, já que ácaros se alimentam de detritos de pele).
3. Se a pessoa tem reações alérgicas aos O bichinhos, mas quer tê-los mesmo assim, qual é a postura que se deve adotar para ter o animal em casa sem prejudicar a saúde dos moradores? Banhos nos cachorros e gatos, limpeza das fezes e urina, limpeza da casa, etc.
O melhor é evitar o contato. Por exemplo, quem é alérgico a gatos, dependendo da gravidade da alergia, pode ter sintomas até quando o gato mora no apartamento vizinho, ou quando a avó, que tem um gato, vem visitar o netinho sem trocar de roupa... Pesquisas demonstraram a presença de alérgenos do gato no ambiente até seis meses após a retirada do animal.
De todo modo, se a alergia está controlada, pode-se tentar manter o animal fora da casa (de preferência no quintal) e dar banhos frequentes. Além de, é claro, fazer a limpeza adequada da casa.
4. É verdade que quanto mais a pessoa tiver contato com o animal, mais ela vai desenvolvendo tolerância ao bicho e fica mais resistente à alergia?
Isto não está comprovado. Existem estudos que demonstram o aumento da tolerância à exposição ao epitélio de cão e gato através da imunoterapia (aplicação de alérgenos em doses progressivamente crescentes, através das vacinas alergênicas).
5. Uma pessoa já apresenta uma alergia assim que entra em contato com o animal ou este processo alérgico pode desencadear após um tempo de convivência com ele?
Para que o processo alérgico ocorra, com formação de anticorpos contra o alérgeno do animal, deve ocorrer um contato inicial. Mas observa-se que essa alergia pode ser desencadeada após muito tempo de convivência também.
6. Em que casos de alergia a família deve decidir se desfazer do animal?
A principal recomendação para obter o controle das alergias é tentar manter-se distante do alérgeno que a causa (ex. alérgicos ao camarão não terão sintomas se não tiverem contato com o camarão). Do ponto de vista prático, em relação aos animais, esta medida deve ser mais incisiva quando se observa que a alergia está fora de controle, prejudicando com frequência a qualidade de vida do paciente.

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