sábado, 26 de setembro de 2015

10 coisas hilárias que as pessoas costumavam pensar sobre animais comuns


Hoje, mesmo quem nunca viu a Mona Lisa poderia descrevê-la, graças a fotografias, à internet e à TV. Mas, no passado distante, não era fácil descrever algo que você nunca tivesse visto, como um leão, por exemplo.


Confira 10 histórias de pessoas confundindo animais famosos por bestas míticas, híbridos estranhos ou criaturas bizarras vindas de sua própria imaginação:

10. O ciclope nasceu do elefante



Raramente pensamos sobre como os animais se parecem debaixo de todo aquele pelo e pele. Por exemplo, você sabia que o crânio de um elefante tem um buraco enorme bem no meio? É fácil para nós, como pessoas que sabem como um elefante se parece, perceber que o buraco marca a localização da tromba do animal. No entanto, os gregos antigos não tinham essa informação; por isso, quando encontraram os crânios gigantes do parente pré-histórico do elefante, Deinotherium giganteum, formularam a única hipótese que poderiam: ele pertencia a um homem de um olho só gigante.

Estudiosos sugerem que os ossos e crânio deste elefante primitivo abriram caminho para o mito do Ciclope, juntamente com contos de outros animais míticos. Pode parecer bobagem hoje, mas um grego antigo provavelmente não teria pensado que uma besta de quatro patas gigante com um nariz do comprimento de seu corpo era mais plausível do que uma besta de um só olho. Na verdade, quando artistas da Idade Média foram incumbidos de desenhar um elefante a partir de uma descrição vaga, retrataram criaturas tão irreais quanto os ciclopes.
 

 9. O estranho elefante bíblico



O “Speculum Humanae Salvationis” (“Espelho da Salvação Humana”) foi um livro de autoria anônima da Idade Média, que apresentava poemas com base em histórias da Bíblia. O livro foi popular por cerca de 200 anos, e foi republicado dezenas de vezes em várias línguas, com desenhos feitos por diferentes artistas anônimos. Uma história particularmente popular do manuscrito é a de Eleazar Avaran, um soldado esmagado até a morte por um elefante durante a Revolta dos Macabeus de 160 aC.

Muitos artistas se encarregaram de mostrar este ato heroico, apesar da desvantagem de nunca terem visto um elefante em suas vidas. As diversas representações artísticas do animal provam o quão severamente eles “erraram o alvo”. Curiosamente, a única coisa que conseguiram acertar foi a tromba do elefante, o que já é melhor do que os gregos fizeram.
 

 8. O leão por um taxidermista que não o conhecia



Os leões são um dos mais famosos grandes felinos do mundo. Houve um momento na história em que você praticamente não podia nem assistir a um filme sem um leão rugindo diretamente em seu rosto. Em 1731, no entanto, esse não era o caso. Embora as imagens de leões fossem predominantes em brasões, os animais em si ainda eram uma estranha fera quase mítica para a maioria do mundo ocidental.
Então, quando o rei Frederik da Suécia enviou um leão para seu taxidermista local, ele praticamente não tinha ideia do qual animal estava sendo convidado a montar. O resultado final foi uma caricatura de desenho animado que não pareceria fora de lugar em um filme temático da Disney sobre a banda Kiss.

Obs.: A história é possivelmente inverídica. Cada fonte que a cita volta para um único blog sueco, deixando os detalhes quase impossíveis de se discernir.
 

7. O falso ornitorrinco



Mesmo sabendo que o ornitorrinco é real, o animal ainda é quase inacreditável. É um mamífero, mas põe ovos, e também é venenoso e tem um bico de pato ridículo. Com tudo isso em mente, não é difícil imaginar que, quando a criatura foi descoberta pela primeira vez, muitas pessoas pensaram que era mais um “Pé Grande”. A descrença vinha inclusive de naturalistas.

Um especialista, George Shaw, chegou a atacar descontroladamente um ornitorrinco empalhado com uma tesoura para provar que era falso. O espécime no Museu Britânico ainda ostenta elegantes marcas de tesoura, como um testamento eterno ao ceticismo do homem.


6. O camelopardo



“Camelopardo” (às vezes escrito como “camelopardalis”) é o nome inventado pelos antigos romanos para a pobre girafa. Ela ganhou esse nome sob a falsa premissa de que era um cruzamento incomum entre um camelo e um leopardo. Não está claro se os romanos achavam que as duas criaturas tinham acasalado para criar uma girafa, ou se acreditavam que um de seus deuses mais “travessos” tinha sido o responsável pelo resultado.

Eles amavam o animal, no entanto. Entre a elite romana, a criatura tinha uma reputação como um bicho estranho e gentil tão tímido que poderia ser levado ao redor com nada mais do que uma simples corda. E, apesar de ser uma associação bizarra, é possível perdoar os romanos por pensar que a girafa estava de alguma forma relacionada com o camelo. Ambas as criaturas são grandes mamíferos quadrúpedes com longas pernas finas.

Os romanos também, por alguma razão, pensavam que o avestruz se assemelhava a um camelo. Na verdade, o famoso naturalista romano Plínio, o Velho se refere abertamente ao avestruz como “struthio camelus” (“pássaro camelo”) em suas obras.
 

5. O rinoceronte blindado de Durer



Albrecht Durer foi um artista alemão do século 16 tido como celebridade em toda a Europa. Seus desenhos, devido ao advento da impressão de xilogravura, estavam livremente disponíveis para compra em todo o continente. Um dos mais famosos é a sua gravura de um rinoceronte, uma criatura que Durer nunca viu. A única referência que ele tinha para seu desenho era um esboço e uma carta detalhando as dimensões do animal.

Portanto, a versão de Durer mostrou-se muito mais elaborada do que o bicho real. Tudo é exagerado a ponto da hilaridade. Por exemplo, a pele grossa que todos sabemos que os rinocerontes têm é desenhada para se parecer com uma armadura blindada, e seu chifre parece uma adaga cerimonial. Nós não sabemos por que Durer pensou que o animal fosse assim, ou se fez isso de propósito, mas certamente nos achamos pessoas melhores por já termos visto um de verdade.
 

4. O canguru-rato gigante australiano



O canguru é o símbolo da Austrália desde que foi visto (e morto) lá pela primeira vez pelo naturalista Sir Joseph Banks, em 1771. O cientista estava a bordo do navio HMS Endeavour, em sua viagem de pesquisa para o “novo” país. Ao ver o canguru, ele sabia que o animal tinha que ser documentado, o que significava que tinha de ser morto.

Quando o Endeavour retornou à Inglaterra, canguru morto no reboque, Banks pediu ao eminente pintor George Stubbs que fizesse um retrato do bicho para seus registros. Apesar de ter um espécime real no qual basear seu desenho, Stubbs ainda pintou a criatura de maneira bizarra, com braços grossos, uma cauda excessivamente longa, e uma cabeça de rato. Independentemente de quão erradas as dimensões do desenho estavam, ele ainda foi considerado bom o suficiente para ser exibido na capa do livro que detalhava a viagem do Endeavour a Austrália, cimentando o animal como o principal emblema do país.
 

3. A Besta de Gévaudan (ou um lobo)




Durante a Idade Média, lobos se tornaram cada vez mais violentos para com os seres humanos, devido aos muitos (comestíveis) cadáveres deixados para trás pela Peste Negra. Como eles caçavam ativamente humanos para comê-los, os artistas começaram a desenhar estas “bestas misteriosas” com certas liberdades artísticas. Um exemplo particularmente famoso é a Besta de Gévaudan, uma criatura que supostamente aterrorizou a área de Gévaudan, na França, entre 1764 e 1767. O animal foi descrito como tudo, de um monstro gigante bípede coberto de espinhos a um híbrido entre um cão e uma hiena.

Podemos perdoar OS artistas da época por desenhos como a imagem acima (mesmo que pareça que o homem retratado, François Antoine, que realmente matou um lobo cinzento, tenha matado um misto de tamanduá e cachorro com raiva).
 

2. O famoso dodô, que ninguém sabe como é




Apesar de não perambular por aí desde os últimos 300 anos, o “animal-propaganda da extinção” dodô é conhecido em todo o mundo graças aos desenhos anatômicos de artistas como Roelant Savery. Mas muito poucos artistas realmente viram um dodô em suas vidas. Eles basearam seus desenhos em descrições escritas do pássaro, peças isoladas de espécime, ou mesmo outros desenhos imprecisos.

Isto levou a duas representações distintas da ave: o familiar dodô desajeitado, e uma versão de aparência decididamente mais maléfica, e bem mais magra, como o desenho acima do biólogo do século 17 Carolus Clusius. Curiosamente, ninguém sabe ao certo qual dessas representações é mais precisa. Qualquer uma ou ambas poderiam estar hilariantemente erradas.
 

1. A hiena que pode escolher seu sexo




A hiena pode não ser o animal mais bonito do mundo, mas é um dos mais famosos da África, o que a levou a ser destaque em inúmeras peças de arte histórica. No entanto, uma característica da hiena nunca ninguém parecia ser capaz de acertar. Já nas fábulas de Esopo, a hiena tem sido descrita como uma criatura capaz de mudar seu sexo à vontade.

Embora essa crença tenha sido contestada por mentes respeitadas como Plínio, o Velho e Aristóteles, ainda conseguiu ser perpetuada até a Idade Média (o que não é nada em comparação que os mitos ridículos que as pessoas acreditavam sobre o órgão genital feminino, sendo que alguns sobreviveram até muito pouco tempo, ou mesmo vivem até hoje).



Fonte: [Listverse]

Adaptação:



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